Amor Ou Ódio? escrita por Nikki


Capítulo 4
4. Briga? Não, ele vai ficar bem.


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem a demora. Vida corrida pra caramba. Bom, aproveitem o capítulo. /Enjoy



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POV Rebeca



Eu não conseguia negar nada pra ele, e dessa vez não foi diferente. Aproximei minha boca da sua, roçando meus lábios nos dele. Dougie abriu sua boca, me dando passagem. Beijei-o com vontade. Não podia negar que ele me atraía. Se eu dissesse que não, estaria mentindo. E agora, estávamos nos beijando. E que beijo.



Sua boca se movia lentamente. A língua explorando cada pedacinho da minha boca, como se quisesse memoriza-los. Minhas mãos que estavam nos seus braços, foram para o seu pescoço, acariciando a nuca, e puxando seus cabelos.



Dougie tinha suas mãos na minha cintura, subindo até os seios, e descendo até a base das costas. Me apertei contra ele, e senti que Dougie estava indo pra trás, me levando junto. Deu dois passos, ouvi um clique e depois foi me fazendo andar de costas. Caí pra trás na cama, e Dougie em cima de mim. Suas mãos desceram para as minhas coxas, apertando-as deliciosamente. Foi subindo as mãos e junto, o vestido.



Eu só conseguia beija-lo e beija-lo.



Dougie se levantou, e ficou me olhando deitada na cama.



Linda. – sussurrou.



Esticou a mão para que eu levantasse, e foi descendo o zíper do vestido nas minhas costas. Olhando fixamente nos meus olhos, preparado para ver alguma negação ali. Mas quem disse que eu conseguia negar? Ou me mexer?



O vestido escorregou para os meus pés, me deixando somente com uma lingerie preta de renda. Dougie me deitou carinhosamente na cama, novamente, e começou a me beijar. Suas mãos acariciavam meu corpo, como se eu fosse uma boneca de porcelana. Fácil de quebrar.



Nossa sessão de amasso não passou disso. Dougie só me beijava e me acariciava, passando as mãos carinhosamente no meu corpo. Depois, ficamos deitados na cama. Eu, no seu peito, e ele, fazendo carinho no meu cabelo escuro.



– Obrigado. – disse de repente.



Levantei a cabeça, sem entender seu agradecimento.



– Obrigado. – repetiu, dessa vez olhando para mim. – Pelo beijo. –



Corei.



– Não tem de quê. –



Do jeito que estávamos, dormimos. Não vi nem minha mãe chegar em casa.




–x-




Acordei com alguma música tocando, que depois de uns segundos, percebi que era um celular. Mas não era o meu, porque estava tocando Aerosmith. E o meu toque era Demi Lovato.



Dougie estava sem camisa, e sem calça, somente de boxer, então ele deve ter levantado no meio da noite e tirado a roupa. Levantei da cama pra procurar aquele treco chato tocando. Me tirou do meu sono, e a propósito, eram 15:30.



Quando vi a hora, levei um susto.



– PUTA QUE PARIU. – gritei, e Dougie deu um pulo na cama assustado.



Quando percebeu que não era nada, só eu que tinha gritado, reclamou.



– Porra pequena, puta susto que você me deu. Caramba hein. – disse coçando os olhos.



Sorri envergonhada.



– Me desculpa. É que eu me assustei com a hora. – olhei pro lados, voltando a procurar a merdinha que insistia em tocar. – cadê essa porcaria que não para de tocar? – sussurrei pra eu mesma.



De repete escuto um pigarreio atrás de mim, e vejo Dougie com o aparelho na orelha, me mandando ficar quieta, porque eu ia reclamar de ele ter me deixado procurar que nem tonta.



– E aí, manés... Tava dormindo. Minha prima deu um grito e me assustou. – fez cara feia pra mim nessa hora. – Dormi com ela essa noite. – sorriu malicioso. Tentei pegar o celular das suas mãos, mas não consegui. – Mas porque me ligaram? – esperou um pouco. – O QUÊ? – gritou de repente, e quem se assustou dessa vez foi eu. – Oloco! Eu querendo me livrar de vocês, e fazem isso comigo? Tudo bem. Quando chegam? Amanhã a noite? Ok. Vocês me dão um toque, e eu vou buscar vocês. Até mais. –



Dougie desligou o aparelho, e se jogou na cama, bufando.



– O que foi? – perguntei.



– Os caras da banda estão vindo pra cá. –



– E você não quer? –



– Lógico que não. Já passei tempo suficiente com eles. –



– Credo garoto. Eles são seus amigos. – levantei da cama, onde eu tinha sentado há uns segundos atrás. Mas não dei dois passos e senti braços me puxando. Caí em cima do Dougie.



– São meus amigos. Mas passar quatro meses na companhia de mais três homens não é pra qualquer um. E agora que encontrei um mulherão pra eu ficar perto, junto, eles vêm atrás de mim? – me deu um beijo na bochecha.



– Ah, eu acho que vai ser legal. – dei de ombros.



Dougie deu de ombros também, mas sussurrou, “quero só ver no que vai dar. Danny junto, resultado, muita merda”. Mas eu deixei pra lá.



Ficamos lá deitados um tempo, até que minha mãe bateu na porta mandando eu levantar, por já ser quase 17:00. Dougie se vestiu e saiu do meu quarto, dizendo que ia tomar um banho. Fiz o mesmo que ele.



Fui ao banheiro, e entrei embaixo da ducha quente. Fiquei pensando no que tinha acontecido logo que cheguei da festa, entre eu e Dougie. Aquilo não podia ter acontecido. Não podia ter atendido ao pedido dele. Mas foi tão bom.



Corei com esse pensamento.



Na minha vida inteira, tinha ficado somente com dois caras. Meu primo foi o terceiro.



Ele beija tão bem.



Corei novamente.



“Oh Deus! Isso não pode mais acontecer. E não vai.” Pensei.



Terminei logo meu banho, e fui ao meu quarto somente com uma toalha em volta do corpo. Qual não foi minha surpresa ao ver Dougie (de novo), no meu quarto? Sentado ao pé da cama, de frente para a porta do banheiro.



Fiquei lá parada, e ele quase babando, olhando pra mim de cima a baixo.



Bufei.



– O que tá fazendo aqui de novo Dougie? –



– Nada. –



– Ótimo. Então já pode sair pra eu me trocar. – descruzei os braços, e abri a porta do closet para procurar uma roupa confortável.



– Não quero. – petulante.



– Mas eu estou mandando. – retruquei.



“Que cara chato do caralho, velho.” Pensei, mas deixei só em pensamento.



– Não manda em mim. –



– Mas este quarto é meu, e eu digo quem quero, ou deixo de querer aqui. – respondi sem me virar pra ele.



Peguei um short curtinho, e uma t-shirt do Mickey vermelha, e calcinha e sutiã.



– Mesmo assim... não saio daqui. Pode se trocar na minha frente mesmo. Não vou me importar. – respondeu com desdém.



– Interessante que não pedi a sua opinião. Mas já que não quer sair, não tem problema. Me troco no banheiro. Pode ficar. – sorri.



Entrei no banheiro ouvindo-o reclamar baixinho. Ri sozinha.



Quando saí do banheiro, Dougie já não estava mais lá, e então desci pra cozinha pra ver se tinha algo comestível. Abri a geladeira, e peguei uma salada de tomate que tinha lá. Sentei na bancada pra comer, quando alguém põe as mãos na minha cintura e me dá um beijo na nuca.



Não deveria, mas... eu me arrepiei, e a tal pessoa, riu ainda com a boca na minha nuca.



– Caralho Dougie. Para com isso. Aquilo que aconteceu entre nós, não vai mais se repetir. E isso inclui, isso que acabou de fazer. Esse tipo de coisa. Você sabe disso. –



Ele ficou quieto um instante, e logo depois, tirou suas mãos da minha cintura e se afastou. Me senti mal por isso. A última coisa que queria era magoá-lo, mas ou eu o magoava, ou dava esperanças a ele por uma coisa que não seria verdadeiro. Ou seja, eu mentiria.



Ele iria ficar bem. Eu sei que iria. O que sentia por mim era só atração. Não era paixão. Não podia ser. E eu não conseguia acreditar. Não conseguia, e não podia.



– Você tá certa. Não posso. É mais forte que eu. Me desculpa. – disse e saiu da cozinha.



Fiquei lá sentada, brincando com a salada no prato a minha frente. Tinha perdido até a fome depois disso. Não gosto que as pessoas fiquem tristes, chateadas por minha causa. Ainda mais, quando é alguém que é tão importante pra mim.



Senti que alguém tinha se sentado ao meu lado na bancada, e a voz da minha mãe, me tirou do transe.



– Ouvi o que conversaram, Becca. O que aconteceu entre vocês? –



Contei a minha mãe tudo o que Dougie disse, o beijo que dei, que dormimos juntos. Tudo. Minha mãe só ouvia, e balançava a cabeça me incentivando a continuar, e mostrar que estava entendendo.



– O que eu faço mãe? Amo o Dougie, ele é como um irmão pra mim, mas não quero que fique magoado comigo. Aliás, não podemos ter nada. Somos primos mamãe. – disse quando terminei de contar tudo.



– Filha, me ouça. Você fez a coisa certa. Ontem... quer dizer, hoje, você não deveria mesmo tê-lo beijado. Mas você pensou que se fizesse a única coisa que ele pediu, ficaria tudo bem. Estou errada? – perguntou e eu neguei com a cabeça. – Então, e agora, você não fez a coisa errada. Foi duro pra ele? Foi, mas não há mais nada pra você fazer. É só com ele agora. Vai ver. Var dar tudo certo. Conheço Dougie. – sorriu.



– Obrigado mãe. – dei um beijo na sua bochecha.



– Não há de quê. – piscou sorrindo, e saiu da cozinha.



Guardei o que tinha sobrado da salada que mal toquei, e fui pra sala jogar vídeo game, pra ver se distraía a cabeça.




xxxx




– E aí? O que tá fazendo? –



Me assustei com a pergunta. Eu estava há sei lá quanto tempo jogando vídeo game. Tinha perdido a noção do tempo, e Dougie ainda não tinha aparecido.



– Ai Shyned, não faça mais isso. – dei pausa no jogo e coloquei o controle em cima da mesa de centro.



– Fazer o que? – perguntou confusa.



– Chegar de surpresa. –



– Mas eu bati na porta. Bati muito ainda, e como ninguém veio me atender, eu entrei. O carro da sua mãe não está aí, e nem o do seu pai. –



– Ah, me desculpa. Eu não ouvi. Tava distraída jogando vídeo game. – sorri amarelo. – Como assim os carros dos meus pais não estão? –



– Ué, pensei que você soubesse onde eles estão. – respondeu mais confusa que eu.



– Eu não. Nem vi eles saírem. –



Shyned se jogou ao meu lado no sofá. Ficamos um tempo em silêncio, até que ela resolveu quebra-lo e eu já sabia que seria aquela pergunta.



– Onde está Dougie? –



Suspirei. Dougie. Meu primo apaixonado, e chateado comigo. Ótimo. “Tudo que sempre pedi de presente de aniversário”. Bufei com esse pensamento.



– Não sei. – abaixei a cabeça, brincando com minhas mãos.



– O que aconteceu, Berréca? – se aproximou de mim, vendo que eu não estava bem.



– Nada de mais. – respondi. Mas uma lágrima que escorreu do meu olho esquerdo me entregou.



– Se não fosse nada de mais, você não estaria com essa carinha, amiga. Anda, o que aconteceu? – perguntou novamente.



E lá vai eu contar toda a história de novo. Contei também o que minha mãe disse.



– Sua mãe está certa Becca. O que fez, foi errado, mas achou ser o certo. Você achou que ele ficaria bem, se importou com ele. Só dê um tempo. Ele precisa desse tempo pra esfriar a cabeça. – deu um sorriso de canto.



– É, eu sei. Só espero que esse tempo não demore a passar. É horrível ficar sem falar com a pessoa, sendo que moramos na mesma casa. –



– Mas vai passar. E agora, vou te dar uma surra no Guitar Hero. Cadê aquela guitarra linda e laranja sua? – perguntou com os olhos brilhando.



Ri disso, mas peguei a guitarra laranja pra ela, e a roxa pra mim. Antes de começar a jogar, dei uma olhada no relógio, e já eram 21:00. Faziam umas 3 horas que não via Dougie.



– Pronto. Vamos começar logo. – Shyned me tirou do transe.



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