Amor Ou Ódio? escrita por Nikki


Capítulo 3
3. A festa


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora. ://



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POV Rebeca


Levantei da minha cama, e fui ao meu banheiro fazer o que devia. Hoje ia ter um dia cheio. Estava escovando os dentes quando uma Shyned super vermelha (só não sei se de vergonha, ou raiva), entrou no banheiro.


– Como você não me diz que Dougie Poynter é seu primo? –


É de raiva. Ela tá vermelha de raiva.


– Eu não te contei? Ah, me desculpe. Eu me esqueci. Fazia tanto tempo que não o via. – terminei de escovar os dentes, e virei-me para Shyned.


– Como se esqueceu? Eu só falo no McFly, e no Dougie. – sussurrou a última parte.


– Que você só fala no McFly, eu sei. Mas há muito tempo... – fiquei quieta antes de terminar a frase. Se eu falasse, “mas há muito tempo, eu não ouvia”, ela iria ficar magoada. – mas como eu disse, há muito tempo não o via, e acabei esquecendo de mencionar isso a você. Me desculpe mesmo Shy. –


– Tudo bem. Mas não vai mais me esconder nada, entendeu? – apontou o dedinho na minha direção, me forçando a concordar. Balancei a cabeça concordando, e ela continuou. – E o que o seu primo estava fazendo dormindo na sua cama e com você? – frisou.


– Sabe que eu nem sei? Cheguei tão cansada e com tanto sono, que nem percebi que ele veio comigo. Vou falar com ele agora. –


Saí do banheiro encontrando Dougie Poynter sem camisa, deitado tranquilamente na minha cama, com as mãos atrás da cabeça.


– Hey, porque dormiu na minha cama? – cruzei os braços.


– Ah, eu não queria dormir sozinho, lá naquela cama fria. – fez um biquinho.


Ele não ia me enrolar, de jeito nenhum.


– E por isso, aproveitou que eu estava mais pra lá de Bagdá, e veio dormir comigo. Você é um idiota Poynter. – ri.


– Sabe que eu te amo né, Becca. – Dougie se levantou vindo na minha direção. Passou seus braços pela minha cintura, ficando com sua boca perigosamente perto da minha.


– Pois é. Eu sei. – saí de seu abraço arrastando Shyned comigo. Mas antes de bater a porta, virei-me de volta. – E sai do meu quarto, mané. –


Shyned e eu descemos, com ela me questionando o que foi aquilo no quarto, e ela não acreditava quando eu dizia, “não foi nada”. Mas não estava com paciência para explicar a ela. Na verdade, não estava com tempo agora, porque eu precisava ir ao salão de cabeleireiro. Eu e a Shyned né. E já eram 14:40. Nossa, dormi pra caramba.


A festa seria às 22:00. Shyned e eu ficamos lá, fazendo tudo que se tem direito. Saímos de lá, já eram 20:00. Shyned iria terminar de arrumar lá em casa, então quando chegamos, fomos direto ao meu quarto. Só o Dougie estava em casa. Os outros já haviam ido para o local da festa.


Trocamos de roupa e descemos pra sala, e meu primo tava lá, todo largado no sofá.


– Eu levo vocês. E, aliás, vocês estão lindas. –


Shyned ficou vermelha com o elogio. Mas quem respondeu foi eu.


– Você não está nada mau, loirinho. – sorri.


Saímos e fomos pra minha festa. A festa seria em um tipo de chácara, mas era um salão de festas, enorme. “Mamãe escolheu bem”, pensei. O tema era anos 60, rock’n roll. Estava tudo muito lindo, e o DJ arrasando nas músicas. A festa perfeita.


Tinha certeza que meus olhos estavam brilhando. Mamãe sorria me olhando. Corri (leia-se ‘andei’) até ela e dei um mega abraço apertado, dizendo ‘obrigado, obrigado. Amei tudo’, em seu ouvido. Minha mãe só ria.


Bastante gente já havia chegado, e Shyned e Dougie já tinham se jogado na pista de dança. Convidei todo mundo da escola, e do meu condomínio. Alguns familiares também estavam presentes, que mamãe convidou, inclusive as gêmeas idiotas e insuportáveis.


Falando nelas, estavam vindo na minha direção. Minha mãe saiu de perto, quando um garçom a chamou para resolver algo.


– Olá priminha. – disseram com desdém.


– Vocês são tão legais. Ainda fazem questão de virem falar comigo. – sorri.


– Ai, sabemos disso fofa. Sua festa está linda. Quem escolheu o tema? Sua mãe né? A ideia de uma festa assim, nunca sairia da sua cabeça. E esse vestido? Lindo. Certeza que também foi sua mãe que escolheu. –


Eu estava com um vestido tomara que caia preto, com bolinhas brancas. Tinha uma fita vermelha para marcar a cintura, e a saia era rodada. O vestido ia até o meio das coxas. E sapatos de salto preto verniz.


– Não querida, EU escolhi o tema, e EU escolhi o vestido. Mas obrigado. Fico feliz que tenham gostado. Aproveitem a festa. – disse e saí dali, indo na direção do meu primo e da minha amiga ainda na pista de dança.


A festa correu tudo bem. Aquelas idiotas não vieram me torrar a paciência de novo pelo resto da noite.


Cheguei em casa às 04:00 da manhã, morrendo. Mas feliz. Minha mãe tinha arrasado na preparação da festa.


O vizinho lindo, maravilhoso, tudo de bom e gostosura da Shyned estava lá também. Claro que eu convidei né. Queria muito ficar com ele, mas quem disse que minha timidez deixa eu fazer algo?


–----

Dougie saiu pra pegar umas bebidas pra gente. Shyned e eu continuamos dançando, quando sinto alguém pegar de leve no meu braço esquerdo. Me virei pra quase cair de costas.

– Será que eu posso dançar com a linda aniversariante? – linda? Ele me chamou de linda? OMG! OMG! OMG! E bem nessa hora, uma música lenta e romântica começou a tocar.

E que voz era aquela? Meeeeeeu Deus, queria me matar mesmo. Voz, sorriso, olhos verdes. Ai ai... morri, e não sei se volto viu. Bye.

– Ela é toda sua Alex. – Shyned respondeu por mim, e murmurou algo como “vou atrás do Dougie”, no meu ouvido antes de sair.

Passei minhas mãos pelo pescoço do Alex, e aproximei meu corpo do dele. O rosto perto do sue pescoço, assim, dando pra eu sentir o perfume gosto que ele usava. Ele passou seus braços pela minha cintura e apertou o abraço, fazendo com que eu encostasse completamente meu corpo no dele.

Eu sabia que o Alex fazia academia e tal. Que ele era todo sarado, mas dançando daquele jeito, com o corpo tão perto do dele, senti a rigidez de seus músculos, o que só me deu vontade de apertar seus braços fortes.

Inconscientemente, apertei um pouco meus braços em volta do seu pescoço, e ele resolveu quebrar o silêncio.

– Parabéns pela festa. E pelo seu aniversário. Dezoito anos, hã. –

– Pois é. To ficando velhinha. E obrigado. – sorri.

– Você também está linda. Aliás, você é linda. – disse, enfatizando o ‘é’.

– Obrigado Alex. – senti meu rosto formigar nas bochechas.

Nós ficamos conversando sobre varias coisas, banalidades, quando percebemos que a música tinha acabado. Dançamos mais umas três, até que Shyned apareceu dizendo que minha mãe estava chamando.

–----


Corri pro meu quarto, e me deitei na cama, pensando no que tinha acontecido. Eu sabia que o nome dele era Alex. Quer dizer, Alexander, mas todo mundo chamava ele de Alex. Mas não sabia o sobrenome, e nem a idade. Ele tem 21 anos, e se chama Alexander Pettyfer, é britânico, nascido na Inglaterra, mas criado aqui porque a mãe é brasileira. Loiro de olhos verdes. É pra matar né. Só pode.


Fui tirada do transe com um peso em cima de mim, e adivinhem? Dougie babaca Poynter.


– Sai de cima de mim, caralho. –


– Não. –


– Dougie, sai logo. Tá pesando, sabia? –


– Sabia. –


– Que ótimo. Agora sai. –


– Não. –


– SAI PORRA. –


– Não. –


Desisti de mandar ele sair de cima de mim, e resolvi perguntar o que ele queria.


– Ok. Então o que você quer? –


– Você. – respondeu sério.


Ele me pegou de surpresa com essa resposta. Sempre foi tudo brincadeira. Exemplo, aquela ceninha que fizemos quando ele chegou, e no quarto mais cedo. Quando Shyned apareceu de surpresa no quarto.


Engoli seco. Tava sentindo que a coisa tinha começado a ficar séria.


– Isso você não pode ter. O que quer? – refiz a pergunta.


– Já disse. Você. Pra mim. – respondeu novamente. – Só minha. – acrescentou.


Fiquei um tempo sem falar nada. Não sabia o que responder. Meus pais ainda não haviam chegado, então, estávamos somente eu e ele naquela casa enorme de dois andares. Completamente sozinhos.


– Não pode querer o que não pode ter Dougie. Somos primos. –


– Quem disse que não posso? Quem disse que não podemos? –


– Eu estou dizendo Dougie Poynter. Você sabe muito bem que não pode me ter, e fazer seja lá o que quer comigo. –


– Eu quero te possuir. Quero sentir você. Quero que seja completamente minha. –


– Dougie, - dei uma risada forçada, tentando tira-lo de cima de mim. Inutilmente, porque ele era mais forte. – para de falar besteira. –


– Não estou falando besteira, pequena. Somente a verdade. –


– Pois não devia. Já pensou se alguém ouve? O que vão dizer? –


– Então essa é a sua preocupação? Não tem problema. Ninguém vai ouvir, e muito menos dizerem alguma coisa. – deu um sorriso de canto, e me roubou um selinho.


Dougie tinha perdido a cabeça. Onde já se viu, querer me possuir? Ele sabia que eu era virgem?


Parecendo que tinha lido minha mente, Dougie respondeu a segunda pergunta.


– Sim, eu sei que você é virgem. –


Olhei pra ele assustada, e ele se explicou.


– Tá escrito na sua testa que pensou isso. – riu.


Respirei fundo.


– Dougie, eu gosto de você. Você é meu primo. E acho o mais lindo, legal, companheiro, amigo, talentoso de todos, mas não posso fazer isso. Como eu disse, você é meu primo. Gosto de você, mas nada mais que um sentimento de irmãos. Só. Me desculpa. Não posso fazer nada. – respondi.


Ele ficou um tempo em silencio. Respirou fundo e saiu de cima de mim, me puxando pra levantar da cama e ficar de frente a ele. Segurou minhas mãos com as suas, e olhou nos meus olhos.


– Eu sei qual sentimento tem por mim, Becca. – sorriu compreensivo. – Mas eu sinto mais que isso. –


– Você não pode tá apaixonado por mim, loirinho.


– Eu já estou pequena. No começo, era só brincadeira, mas depois, começou a ficar sério. E quando vi, estava apaixonado por você. –


– Mas Dougie... – ele me interrompeu, colocando seu dedo indicador nos meus lábios, fazendo shiu com a boca.


– Não diz nada. Só quero te pedir uma coisa. – fiquei quieta, dando permissão para que continuasse. – um beijo. Quero um beijo.




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