Amor Ou Ódio? escrita por Nikki


Capítulo 2
2. Dormindo com Dougie Poynter.


Notas iniciais do capítulo

Primeiro capitulo aí. Ah, o segundo já está pronto. (;



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POV REBECA

- Muito bem alunos, as apresentações estavam ótimas, mas só saberão as notas na semana que vem. E não se esqueçam de estudar para a prova oral na sexta.

A professora de português, Maria Helena, tinha que lembrar dessa maldita prova oral? Ah é, tinha.

Lá estava eu reclamando de novo. Hoje era segunda-feira, e eu já estava assim.

Ah, nem me apresentei. Meu nome é Rebeca Reis, tenho 17 anos, e estou no último ano do colegial.

- Berréca, será que a gente pode estudar junto? Sabe que sou péssima em chamada oral. – fez um biquinho. Ela sabe que não consigo dizer não.

- Tudo bem Shyned. Passo na sua casa mais tarde. – resmunguei.

Shyned Jane é minha melhor amiga. Desde a 3ª série. Ela tem 17 anos também.

Peguei todo o meu material e caminhei para fora da sala de aula, com Shyned no meu encalço, falando sem parar da banda favorita dela. Eu estava com a cabeça nas nuvens, pensando em nada. Somente distraída.

Shyned simplesmente A-M-A a banda McFly. Ela fala dos quatro integrantes como se fossem deuses. Só reviro os olhos e a deixo falando sozinha. Não me condenem. Se estivessem no meu lugar, fariam a mesma coisa, pois quando Shyned Jane começa a falar, é cansativo.

Fui andando para a saída e Shyned continuava falando. Quando saímos lá fora, o pai da Shyned já estava lá. Despedi-me dela. Peguei meu carro e fui pra casa.

Shyned e eu morávamos no mesmo condomínio. Nós éramos... ricas. O pai dela era um psicólogo bem conhecido e prestigiado na cidade, como meu pai. Mas a diferença é, que meu pai é promotor, e os dois trabalham juntos. Deixei o carro na garagem.

- Oi mãe. – cumprimentei-a.

- Oi filha. O almoço estará pronto em 5 minutos. –

- Ok. –

Subi pro meu quarto para me trocar, e colocar uma roupa confortável. Peguei um short curto, e uma batinha laranja frente única, que ganhei da Shyned. Laranja é sua cor preferida.

Desci para a sala de jantar, e encontrei com meu pai. A pessoa que eu queria falar.

- Pai, quero falar com você. –

- Oi, tudo bem com você? Eu to bem também. –

- Ah, para. – ri. – preciso de grana pra ir ao shopping. –

- Fazer o que lá? Rebeca, eu te dei dinheiro semana passada. Não posso e não vou te dar grana toda semana.  Sabe muito bem disso. –

- Eu sei pai. Mas semana passada foi pra eu ir ao cinema. –

- E hoje é pra que? – perguntou cruzando os braços.

- Pra eu comprar uma sandália muito linda que vi na vitrine de uma loja. – respondi com os olhinhos brilhando.

- Quanto custa essa sandália? –

- 260,00 –

- Eu vou te dar exatamente essa quantia. –

- Tudo bem. – sorri.

Depois de almoçarmos, papai voltou ao fórum, não sem antes me deixar o dinheiro que precisava.

- Mãe, vou lá na Shyned ajuda-la a estudar pra prova oral. – avisei batendo a porta da frente.

Shyned morava a três casas pra frente da minha. Cheguei na casa dela e já fui entrando. Ela estava sozinha em casa. A mãe dela tinha ido embora para os Estados Unidos depois que se separou do pai dela, e casou-se com um americano. Subi pro seu quarto, ouvindo já das escadas o som alto, como sempre, tocando McFly.

A porta do quarto dela estava aberta, e ela estava deitada na cama, de olhos fechados e cantarolando a música. Fui até o rádio e deliguei.

- EEEEI – gritou. – liga de novo. – mandou.

- Não. – desafiei.

- Eu to mandando você ligar de novo Rebeca. –

- Já disse que não. Nós vamos estudar. Temos poucos dias considerando que estamos falando de ajudar você, – frisei. – a estudar. –

- Caramba Berréca, não precisa humilhar também né. – baixou a cabeça.

- Ah Shy, me desculpe. Não quis ofender, mas você não quer me ouvir. Só quero te ajudar. –

- Tudo bem. Aceito suas desculpas. – riu.

Ela sempre fazia isso. Só pra eu me desculpar. Eu só ria. Afinal, minha melhor amiga era assim mesmo.

Ficamos estudando a tarde toda. Estávamos já no fim do mês de outubro, mais especificamente, no dia 22, e na outra semana, já começariam as provas finais. Eu sei, eu sei. Super cedo, mas fazer o quê. Aquelas pessoas eram malucas.

No dia 27, seria meu aniversário, cairia num sábado. E minha mãe estava organizando a festa. Iria bombar, lógico. Como sempre.

Paramos de ler aqueles livros, e ficamos conversando um pouco. Espiamos o vizinho tudo de bom da Shyned também. Ele estava no quarto dele, que era de frente com a janela da Shy, deitado na cama, sem camisa, com um headfphone nas orelhas. Shyned só o achava bonito. Já eu, achava-o lindo demais, e tinha uma queda por ele. Como a minha melhor amiga diz, “não é uma queda né amiga. É um tombo.”  Mas ele nunca olhou pra mim, e como sou super tímida, não tinha coragem de falar com ele.

Fui pra casa, já umas 21:00. Cheguei em casa e todos já haviam jantado. Tomei um banho, coloquei meu pijama, e desci pra cozinha procurar algo comestível. Tinha salada de frutas na geladeira. Comi, assisti um pouco de tv, e quando o sono pesou fui pro quarto.

-x-

A terça-feira passou lentamente, a quarta se arrastou, a quinta então nem se fala. Mas quando chegou a sexta, parecia que eu havia tomado litros de energético, pois não parava quieta, e nem de boca fechada. Estava falando mais que a Shyned.

Sexta-feira, véspera do meu tão esperado aniversário de 18 anos.

Fui a escola, fiz a prova oral, mas nem tinha percebido de tão animada. Shyned voltaria comigo pra casa, já que passaríamos no shopping pra ela fazer não sei o quê. Acho que era comprar um vestido, se ouvi certo.

Chegamos em casa, e minha mãe estava eufórica. Deixei Shyned na casa dela, e fui pra minha. Tinha um carro diferente parado na frente de casa, mas não estava reconhecendo. Abri a porta da frente, e encontro minha mãe eufórica, quase pulando. Estranhei aquela atitude dela.

- Mãe, calma. O que foi? Por que tá assim? Parece doida. –

Mamãe ficou séria, e colocou as mãos na cintura.

- Mais respeito com sua mãe menina. –

Me deu vontade de rir, porque logo que ela disse isso, voltou a sorrir, e quase pular.

- Será que dá pra me dizer porque está assim, mãe? – eu ainda não tinha saído da porta.

- Tudo bem. Tenho uma surpresa pra você. –

- Pra mim? Então diz logo né. Já enrolou pra caramba. –

- Ai menina, para de reclamar. Vem cá. – pegou no meu braço direito e me puxou pra sala de estar.

Meus olhos se arregalaram, e quando me dei conta de quem estava ali sentado conversando com minha irmã, um sorriso enorme se abriu no meu rosto.

- DOOOOOOUGIIIIIIIIIEEEEEE! – corri e pulei no seu colo, abraçando-o pelos ombros.

Dougie se levantou pra me segurar, e quase caiu pra trás.

- Oi pequena. – me abraçou carinhosamente.

Dei um beijo no seu rosto.

- Estava com saudades. –

- Eu também estava Becca. – sorriu apertando de leve meu nariz.

- Veio pro meu aniversário? Quanto tempo vai ficar dessa vez? Pelo menos um mês né? Diz que sim, por favor? –

Ele riu do tanto de perguntas que fiz.

- Calma, vamos por partes. Sim, eu vim para o seu aniversário. Vou ficar muito tempo. Não, não só um mês. Tá feliz? –

- Quanto tempo vai ficar dessa vez, então? –

Ele olhou pra cima, fingindo pensar.

- Bom, tirei 4 meses de férias, então... que tal... 4 meses? Faz muito tempo que não te vejo. Tenho que tirar o atraso. – respondeu sorrindo maliciosamente.

Desci do seu colo fingindo estar enojada.

- Credo Dougie. Para com essas merdas. Isso é nojento sabia? –

- Ah, vai dizer que você não quer? –

Minha mãe e irmã já nem estavam mais na sala, mas eu ouvia as risadas das duas da cozinha.

- Ah, loirinho, eu até quero, mas não posso. Você é meu primo. Não poderia pegar você. – fiz uma carinha triste.

- Só por isso? Então não tem problema. Hoje não somos primos. Só amanhã. Que tal? Topa? – me abraçou pela cintura.

- Ai, eu não sei. –

Dougie apertou os braços em volta da minha cintura, e aproximei a minha boca da dele.

- Agora sabe? – ele sussurrou.

- Ainda não. – respondi.

Ele apertou os braços novamente e roçou seus lábios nos meus.

- E agora? –

- Eu topo. – respondi e dei um beijo no cantinho da sua boca, sorrindo quando ele reclamou, e tirei seus braços da minha cintura.

- Foi quase. Quase ganho um beijo da minha prima mais linda. – fez uma carinha de choro, e eu não resisti, e apertei suas bochechas.

- Você é lindo, mas não faz meu tipo. – disse e comecei a rir de sua cara indignada.

O dia foi tranquilo. Dougie e eu colocamos os assuntos em dia. Shyned não apareceu, e nem mandou mensagem. Minha mãe e minha irmã ficaram fora o dia todo. Disseram que iam na casa da minha tia.

O que aconteceu mais cedo entre eu e Dougie, não se repetiu. Nós somos primos de 1º grau. Somos totalmente diferentes. Ele é loiro do olho azul. E eu sou morena, de olhos castanhos. A mãe dele é irmã da minha mãe, só que ele puxou para a família do pai dele, que são loiros. Já eu, também puxei para a família do meu pai, que são morenos.

Apesar de ele ser nascido e criado na Inglaterra, e eu no Brasil, sempre fomos muito ligados. Dougie é 7 anos mais velho que eu. E desde quando eu tinha 14 anos, ele tenta ficar comigo. Por quê? Não sei. Mesmo fazendo isso, tentando ficar comigo, nosso relacionamento não mudou. Ele é como um irmão mais velho pra mim.

À noite, Dougie quis sair. Não sei como, nem o que ele disse, mas ele convenceu meus pais a me deixarem ir com ele. Só nós dois. Só sei de uma coisa... Isso vai ser o máximo.

Saímos de casa às 20:00. Dougie disse que iriamos ao cinema e depois a alguma boate. Concordei.

Era um filme de terror. Dougie sabia que eu tinha medo, mas que eu sempre topava assistir. Nem sei o nome do filme, e quando chegava nas partes que me assustavam, eu encolhia as pernas, e assim, meu vestido que era meio soltinho e batia no meio das coxas, subia. Minhas pernas ficavam completamente descobertas. Percebi que Dougie não tirava os olhos das minhas coxas, mas não liguei muito pra isso. Em um momento do filme, senti uma mão quente acariciando de leve a coxa esquerda.

Olhei em seus olhos, vendo-os brilharem, e não sei como, mas meus pés foram para o chão, e senti que estava sendo puxada. Dougie me colocou sentada no seu colo, meu vestido completamente erguido, e minhas coxas sendo acariciadas. Eu não conseguia raciocinar. Estava hipnotizada pelo brilho dos olhos azuis.

Quando senti seus lábios roçando nos meus, voltei a si afastando-me.

- Loirinho, ainda não vai ser dessa vez. – sorri e dei um beijo na ponta do seu nariz, levantando-me do colo dele e arrumando o vestido.

O resto do filme, Dougie se comportou. E como ele havia dito, depois que saímos do cinema fomos a uma boate. Me diverti pra caramba, não bebi muito porque o careta do Poynter não deixou. Ficava na minha cola.

Chegamos em casa às 04:30 da manhã. Mortinhos. Estava tão cansada, que fui direto pra minha cama. E nem percebi que o tapado do meu primo foi junto.

-x-

- REBECA REIS! –

Ih, fodeu’. Foi o que pensei antes de abrir os olhos e ver uma Shyned parada na porta de olhos arregalados e boca aberta.

- O que foi? – perguntei inocente. Vai saber o porque essa doida gritou.

- O... o... o que... tá acordada? – sorriu amarelo, vindo se sentar no pé da minha cama, olhando para um ponto fixo atrás de mim.

- Não Shyned, to dormindo. O que foi? –

Ela parecia receosa de perguntar, e se aproximou do meu ouvido.

- Você não é mais virgem?

Sem entender nada, Shyned fez um sinal com os olhos, apontando algo ao meu lado. Olhei por cima do meu ombro e vi uma cabeleira loira de costas pra mim. Eu reconheceria aqueles cabelos em qualquer lugar. Aliás, o que ele estava fazendo aqui mesmo?

- DOUGIE POYNTER, SEU IDIOTA! – gritei, dando uma cotovelada nas costas dele.

Ele acordou e sentou na cama assustado, olhando de mim pra Shyned, com os olhos maiores que a cara.

- Nossa Becca, assim você me assusta. Não faz mais isso não. –

- Desculpa aí. Não falo mais. Eu acho. –

- Berréca...

- Oi Shy. –

- Quem é ele? – Shyned perguntava, mas seus olhos não saíam de Dougie.

- Ah, ele é meu primo. Dougie Poynter. Dougie, essa é minha melhor amiga, Shyned. –

- Oi Shyned. – Dougie deu aquele sorriso que faz qualquer garota derreter.

Mas a Shyned, desmaiou.

Não, você não leu errado. Ela desmaiou mesmo. Dougie olhou assustado pra mim, e foi tentar fazer a Shyned acordar. Eu fiz o mesmo.

- Shy... Shyned... – chamava, até que ela acordou. – Você tá bem? – perguntei.

- To. Eu to no céu. – ela sorria debilmente pro troxa do meu primo, e o idiota continuava com aquele sorriso no rosto. 


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