O Brilho Eterno De Uma Mente No Passado. escrita por Lorys Black, Carla Blackwater Cavill, CarlaSophie Blackwater


Capítulo 3
Capítulo 2 - Escuridão


Notas iniciais do capítulo

Olá..Mil desculpas pela demora...Mais minha querida amiga Bruna, teve um pequeno lapso de inspiração pra essa fic...
Mais graças aos céus que tudo agora entrou nos eixos.
Agradecemos pelos comentários e tentaremos manter a postagem regular.
Vamos ler mais sobre como nosso moreno lindo Jacob Black, continua confuso com tudo.
Sem mais delongas.
BOA LEITURA!!!



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"É possível viver quase sem lembranças e viver feliz, mas é impossível viver sem esquecer."

Nietzsche

Um corredor escuro.

É essa a visão a minha frente neste momento.

O Dr. Omar tentava explicar minha situação após o acidente, porem a única coisa que ecoa na minha mente repetidas vezes, é: Estamos em dois mil e onze.

– Respire com calma. – o médico loiro tentava me acalmar.

– Eu quero falar com Seth, ele estava aqui. – a imagem dele vestido de branco e com barba agora fez sentido. Seth um médico. Meu Deus.

– Jacob meu nome é Carlisle Cullen, vamos tentar organizar seus pensamentos, ver Seth novamente neste momento pode deixá-lo mais agitado, já que ele é um garoto na sua mente agora. – seu tom de voz calmo não me relaxou nem um pouco.

– Meu Pai, onde esta? Minha Mãe? Por favor, alguém da minha família, se é que eu tenho família ainda. – o desespero dominava meu corpo.
– Sua Mãe esta ai fora. Vou chamá-la. – o médico com cara de artista de cinema saiu do quarto.

Tentava de toda forma controlar minha respiração, Porem meu coração estava batendo frenético, e não conseguia controlar isso.

Minha Mãe entrou no quarto. Seus olhos estavam cheios de lagrimas.

Ela estava tão diferente.

Cabelos curtos na altura dos ombros, mais claros, roupas diferentes, porem, seu olhar amoroso em minha direção era o mesmo. Foquei-me nele.

– Meu filho. – ela me abraçou cuidadosa. – Eu tive tanto medo de perdê-lo, tanto Jacob. Graças a deus você esta vivo, esta bem.

– Bem? Mãe eu estou quase doze anos a frente, na minha vida e não lembro disso. Como posso estar bem? Seth esta aqui me atendendo. Um médico, eu mal consigo dizer isso em voz alta. Médico. – é totalmente surreal dizer essas palavras sem ter uma vontade enorme de rir.

– Você esta vivo. Isso é importante meu filho, memória nós podemos recuperar, ajudar você a se lembrar de continuar a sua vida. – ela me abraçou cuidadosamente novamente, estava emocionada.

– Mãe onde esta Bella? Antes de perceber que estava sendo atendido por Seth ele disse que ela estava no corredor, estava bem. Por favor, peça para ela entrar Mãe, só vou acreditar que isto tudo não é uma grande loucura quando eu ver a minha namorada, ou esposa. – o corpo em meus braços ficou paralisado. – Mãe? Você esta bem?

– Estou meu querido, estou. Antes o Psicólogo vai falar com você esta bem. – ela tentou se levantar, segurei seu braço.

– Espere. Chame Bella já Mãe. Depois o Papa pode entrar neste quarto e eu estarei preparado. Mas preciso vê-la. – seu olhar era cauteloso. – Mãe, por favor, diga algo. – ela parecia engolir a seco. – Mãe? Onde ela esta? – minha mente não conseguia trabalhar e aceitar o que possivelmente ela diria.

– Não sei filho. Não a vejo há algum tempo. – precisava acordar deste pesadelo.

– E eu? Há quanto tempo não a vejo Mãe? – as perguntas simplesmente saiam, mesmo que eu definitivamente não queria ouvir as respostas.

– Alguns anos Jacob. – soltei o braço dela.

A voz tranquila de Seth dissipou o torpor que ameaça tomar conta do meu corpo.

– Muita emoção para um único dia não é? – ele parecia tímido na porta, cauteloso.

Minha mente estava vazia.

Escura.

– Eu quero que você me conte tudo Seth. Preciso saber de uma vez o que fiz da minha vida, com quem, onde. Quero levar uma pancada única, ai invés de ficar sendo nocauteado aos poucos. – não conseguia sentir nada. Apenas um vazio.

– Não acho isso uma boa ideia filho. – minha Mãe estava preocupada.

– Seth, vamos. – de uma vez só.

– Tem certeza Jacob? – apenas assenti. – Vou contar o que sei, sua Mãe preenche as lacunas. Esta bem?

Seth começou a me contar fatos que ocorreram em dois mil e um, quando vivia em La Push. Fatos sobre minha formatura, o fim do meu namoro, minha profissão. Um casamento.

Uma grande piada.

Minha Mãe preenchia as “lacunas” de Seth, e definitivamente era pior.

Segundo ela sou um brilhante arquiteto decorador.

Gargalhei alto com esse detalhe.

Me casei com uma moça chamada Reneesme. O pior foi ouvir o sobrenome dela. Cullen. Os Cullens que conheço detesto, porem casei com a mais nova deles. Maravilha.

Sou feliz realizado. Bem de vida, moro em Port Angels, mas vivi durante um ano em Nova York. Viajei, para algumas partes do mundo com a minha esposa. E não tenho filhos por enquanto.

Ouvindo todo o resumo da minha maravilhosa vida, eu podia jurar estar vendo algum canal onde só existem novelas Mexicanas. Vazias, mal interpretadas e muito mal contadas.

É engraçado não ter familiaridade alguma com a minha própria vida. É doloroso não saber como cheguei a ela. Mas é desesperador não ter Bella em nenhum risco desta nova vida.

– Quero ficar sozinho. – não deixei minha Mãe finalizar a frase. Já não fazia a menor ideia qual o pedaço da minha vida era indesejavelmente apresentado a mim.

– Filho... – minha mãe se aproximou.

– Por Favor! – deitei tentando me ajeitar com os fios.

Senti os lábios dela em minha testa.

Dormi com a sensação de ter levado varias pancadas no estomago.

....

Acordei com as mãos quentes de alguém em meu peito. Segurei rapidamente a mão.

– Céus Jake. – um sorriso escapou involuntário por meus lábios.

– Leah! – a puxei para um abraço. Ela gargalhou.

– Para um homem acabando de sair do CTI você esta muito forte hã? – uma lagrima escapou dos olhos negros dela. – Estou feliz de te ver assim. Acordado, forte.

– E doido. – completei sem humor.

– Isso você sempre foi. – rimos juntos da piada. – Digamos que agora você é um Louco desmemoriado apenas.

– Pelas roupas vejo que é medica também. – ela estava de branco, os cabelos presos e um coque.

– Não, como você sabe não gosto de ganhar dinheiro e por isso resolvi ser apenas uma enfermeira. – ela debochou. – Eu resolvi seguir Seth e fazer a mesma faculdade, estudamos juntos.

– Claro claro. – estava me deparado com a realidade mais uma vez. – Eu nem sei mais se a conheço, olhe para você! Em um hospital, adulta. E ainda sim tentando me assediar. – brinquei sobre a ultima frase.

– Jacob é normal sentir-se perdido agora. Logo você vai lembrar. – ela trocou o soro no meu braço, e aplicou uma injeção. – Eu sou a mesma Leah, só que um pouco mais velha. E por isso jamais tentaria nada com você Black insuportável. – ela riu apertando a ponta do meu nariz. – Agora levante a blusa e vamos tirar os eletrodos.

Leah retirou os fios realizou mais alguns exames.

Eu tinha medo de perguntar e saber mais coisas sobre meu futuro, ou melhor, minha vida e não gostar nem um pouco das respostas.

– Bem Senhor Black, seu quadro esta evoluindo muito bem. Seus reflexos estão ótimos e se tudo der certo e você se comportar, assino sua alta para o quarto em dois ou três dias. – ela fazia anotações no prontuário. Apenas assenti. Não estava muito a fim de ver pessoas e aqui as visitas estão limitadas.

Leah fazia algumas prescrições e a aliança de ouro brilhando em seu dedo seria um gancho. Preciso saber dela.

– Você se casou? Nossa achei que era contra isso. – ironizei, ela sorriu.

– Talvez eu seja ainda. – rimos juntos. – Porem amor é amor, e vamos lá afinal o casamento é ou não o maior dos desafios do mundo?! Posso afirmar que é. – ela continuava escrevendo nas folhas do meu prontuário.

– Deve ser mesmo. Leah sei que vou iniciar a terapia logo, mas gostaria de fazer uma pergunta. – media as palavras.

– Se eu puder respondo. – ela não parecia desconfiar das minhas intenções.

– Bella se casou Leah? – ela ficou paralisada por alguns segundos. – Me disseram que não estou com ela há alguns anos, mas agora os nãos sumiram dos meus olhos, e preciso saber dela. – o tom de suplica fugiu sem controle.

– Jake Eu... – ela parecia indecisa se responderia ou não.

– Leah, eu dormi com o corpo colado e sentindo o cheiro de morango dos cabelos castanhos dela. Posso sentir o aroma suave do perfume usado por ela. Acontece que eu acordei doze anos á frente. Para vocês o tempo passou, mas para mim não.

– Chantagista. – ela me olhava divertida. – Esta bem vou contar apenas como ela esta agora, não direi nada alem disso. – Leah caminhou e ficou ao meu lado na cama. – Bella voltou a morar por aqui a mais de três anos. Agora ela mora em La Push, come todas as semanas na casa de Emily como sempre fez, anda corre comigo na praia todas as manhãs, mora sozinha na vila onde todos nós moramos menos Seth, a ovelha desgarrada que mora em Forks próximo ao Hospital. Bem é isso ela esta bem Jake, vivendo a vida como sempre quis. – tudo um imenso vazio.

– Não me enrola Leah, fale logo e de uma vez o que eu quero saber. – ela me olhava séria.

– Ela namora Jake, porem, não casou. Feliz? – ela deu as costas e continuou escrever no prontuário.

Eu queria sair daqui correndo e ir atrás dela, pedir, implorar ajuda. Porem apenas fiquei tentando visualizar todas as coisas que Leah me disse.

Meu grande problema com Bella é, ou melhor, eram os planos de futuro. Ela queria estudar e sair de Forks, ter dinheiro no banco, uma vida mais sofisticada, Eu sempre gostei de ser tranquilo, por mim trabalharia o suficiente para abrir um negócio próprio e aqui mesmo em La Push ou Forks.

É praticamente impossível enxergar minha vida sem ela ao meu lado.

Leves batidas na porta e voltei a minha estranha realidade.

– Posso entrar? – outro médico pedia com receio. Ignorei.

– Claro Dr. Carlisle. – Leah respondeu educadamente. Ele já havia feito alguns exames e puxado papo comigo antes.

– Como se sente hoje Jacob? – se eu respondesse a verdade ficaria neste quarto eternamente.

– Bem. – respondi sem animo.

– O psicólogo vira falar com você mais tarde, caso sinta-se melhor eu fico no quarto na consulta esta bem? – ele parecia preocupado.

– Vou me sentir melhor, com Leah ou Seth aqui. Mas obrigado de qualquer forma. – no momento precisava de pessoas conhecidas ao meu redor.

Ele falou com Leah e saiu.

– Boa Black. Menosprezando o Cullen. Acho que vou me divertir muito com sua ausência de memória. – olhei sem entender. – claro como fui esquecer. – ela bateu na testa teatralmente. – Você acaba de dispensar seu sogro Black.

Havia me esquecido totalmente de um pequeno detalhe, Eu era um homem casado.

........

Entra e sai de médicos e enfermeiras no meu quarto. Assim é minha vida nos três últimos dias.

Hoje estou no quarto finalmente.

Aqui me sinto melhor.

Minhas visitas mais frequentes são as psicólogas do hospital, minha Mãe e Seth.

Os médicos pedem calma ao restante da família.

Eu prefiro por enquanto ficar assim. Sem visitas. Apenas duas pessoas que eu gostaria de ver e ainda não vieram, ou não podem. Meu pai e Bella.

É engraçado, me olho no espelho varias vezes durante o dia. Meus olhos enxergam a passagem do tempo, porem minha mente não aceita. Meu coração não fica mais calmo, ou menos desesperado.

– Posso entrar? – a voz feminina tímida arrancou-me dos meus devaneios. Com certeza era horário de alguma medicação, ou alguém estava do lado de fora querendo me ver.

– Um momento. – me ajeitei na cama. Meus olhos presos na neve caindo incessante do lado de fora.

Eu amo neve, dias mais frios.

– Você esta bem! – a voz emocionada da mulher chamou minha atenção. – Eu pedi tanto Jacob. Eu precisava ter certeza. Ver-te de perto. – ela tocou meu rosto. – seu choro era continuo. – Eu sinto tanto.

O desespero, em vê-la me tratando com tanta intimidade e sequer saber quem era ela, dominou meu corpo.

– Desculpe. – me levantei calmamente.

– Você não faz a menor ideia, quem eu sou certo? – seu tom de voa, era triste.

– Não.

– Meu nome é Reneesme Cullen... – ela respirou fundo... – Black. Sou sua esposa Jacob.

Minha respiração ficou acelerada. Meu desespero era quase visível, quase.

– Há. É. Hum Prazer! – estendi a mão, sem saber ao certo como agir, sem jeito por nem ter desconfiado.

Ela sorriu, e se lançou para um abraço.

– Vamos lembrar juntos Jacob. Prometo. – estava sem graça, não pelo abraço dela, e sim por desejar com todas as minhas forças, que fosse outra pessoa ali. Outros braços entrelaçados no meu pescoço. Outro cheiro.

Reneesme permaneceu mais de uma hora.

Contava com entusiasmo como nos conhecemos. Sobre a cerimônia de casamento, algumas viagens.

Sinceramente? Impossível ser eu casado com ela.

Onde foi que eu virei o Jacob casado com Nessie? Como ela prefere ser chamada. Qual caminho me desviou de uma maneira tão bruta dos meus sonhos?

Quando “Nessie” saiu uma lembrança dominou minha mente.

Bella e eu discutíamos em frente a minha casa. Na frente de alguns amigos nossos.
Ela empurrava as duas mãos contra meu peito. Com força. Eu permanecia parado, com um sorriso nos lábios.
– Idiota, estúpido, como pode fazer isso comigo? Como Jake? – sua voz era colérica.
– Fazer o que? Amar-te? Sua culpa. – segurei suas mãos.
– Pare de dizer isso. – minha respiração se confundia com a dela.
– Pare você de achar que é a única que pode amar. Você me disse Eu te amo, e não foi quase espancada por isso. – puxei seu corpo para perto.
– Mas você disse que não poderia me amar desta forma. Você.
– Eu já te amava, só não podia te perder caso não soubesse lidar com isso, mas eu sempre soube, só tinha medo de admitir. – Eu Te amo, Bella Swan. “Aceite isso, e seremos felizes para sempre.”

.

Gargalhei com a ironia das minhas memórias.

Cinco anos após essas palavras, eu a deixei.

.........

Os dias passavam lentos. Até esta manhã.

Seth, Leah e o Dr. Carlisle, entraram no meu quarto junto com os psicólogos, para notificar minha alta.

Meu sorriso poderia cobrir todo meu rosto.

– Eu vou para minha casa? – minha alegria era enorme.

– Sim. – Dr. Carlisle respondeu com entusiasmo.

Seth e Leah se entreolharam.

– Qual o problema? – perguntei irritado.

– Jake... – Leah parecia cautelosa. – Você sabe para onde vai certo?

– Claro, para minha casa em... – a frase morreu quando a realidade me alcançou... – na reserva, certo?

– Jacob você não vive mais em La Push. É importante que volte a sua rotina normal. Sua casa, seu trabalho.

– Mas eu não me lembro de nada. – soltei as palavras.

– Não se preocupe você vai lembrar amor. – Nessie estava parada na porta. – Eu te ajudo. E podemos ficar na nossa em casa em Forks.
Assim você pode ficar perto da sua Mãe, sua irmã.

Olhei para Leah com um desespero visível.

– Escute, eu estarei por perto. Caso precise é só me ligar, ou para Seth. – assenti.

– E eu te levo. – a voz conhecida e forte dela fez meu coração ficar aliviado.

– Rachel. – levantei e a abracei com vontade. – Que bom você esta aqui.

Ela tinha lagrimas nos olhos.

– Eu sei. Não pude vir antes, e não queria deixá-lo ainda mais confuso. É você estava provando o que eu sempre soube. – ela segurou meu rosto em suas mãos.

– O que seria?

– Que tem alguns parafusos a menos. – gargalhei com a piada.

Me senti mais forte com a presença dela. Queria apenas saber o motivo de não ver meu Pai, ou minha irmã Rebecca por ali, mas falaria sobre isso depois.

Minha alta foi assinada. Sai do hospital sob uma chuva de recomendações.

O caminho foi rápido. Rachel falou o tempo todo. Não percebi quando o carro parou.

A casa era imensa, não parecia nem de longe com um lugar que eu compraria, não só pela poupa, mas também pela aparência.

Segurei minha mala com força.

– Só dê um passo de cada vez, e logo estará na cama, te dou alguns calmantes escondido. – Rachel entrelaçou o braço no meu.

Nessie parecia incomodada, assim como minha Mãe.

Quando entramos, algumas pessoas estavam na grande sala.

Não conhecia ninguém.

Porem todos se emocionaram quando abri a porta.

A situação chegava a ser engraçada, me sentia como os artistas famosos devem se sentir, quando encontram com fãs chorando, pelas estradas da vida. Sem entender ou ligar para as lagrimas ali. Apenas fingindo entender, que eu sou importante para eles.

Apenas os pais de Nessie, estavam ali, alguns deles.

Minha Mãe e a Reneesme, me guiavam pela casa.

Um lugar imenso.

Tudo ali parecia ser tão vazio, frio. Totalmente diferente do que eu sempre quis, ou achava querer.

Minha vontade é sair daqui correndo, a verdade é essa. Porem se essa é minha vida, tenho que tomar a controle dela novamente.

Minhas malas estavam em um quarto aconchegante, e enorme. Era o quarto de hóspedes.

Respirei aliviado por ter um momento meu.

Tomei um banho demorado, e a inquietação por não ter visto meu Pai, parecia querer me consumir.

Coloquei uma camiseta e jeans, que minha Mãe deixou sobre a cama e desci. Todos estavam na sala. Rachel era a única de canto, parecia isolada, e tão perdida quanto Eu. Caminhei rapidamente em sua direção.

– Vou ser objetivo, pois sei que você não vai mentir. – ela colocou o copo em um móvel.

– Pode perguntar. – não havia receio na voz dela.

– Onde esta o meu Pai? – sua expressão decidida desmoronou. – Ele a Mãe, não estão mais juntos, é isso? Ele foi embora, ou esta com outra? Rachel me diga.

Senti o toque suave, e delicado no meu braço.

– Jake, vamos falar sobre isso, após o jantar. – Nessie encarava Rachel séria. – Você precisa se alimentar.

– Não estou com fome. – encarava Rachel.

– Venha filho, estou com saudades, de ter você a mesa. – Minha Mãe entrelaçou o braço no meu. Não sai do lugar.

Meus olhos e meu coração viam algo, que eu simplesmente não queria admitir, algo muito errado aconteceu.

– Rachel?! – soltei meu braço, que estava entrelaçado ao da minha Mãe.

– Venha. – Rachel passou por mim e estendeu a mão.

– Vamos falar sobre isso depois. – o tom de suplica de Reneesme, fez algo se comprimir no meu peito.

– Não, ele quer saber agora, e vai – Rachel e Nessie, nitidamente não se gostam.

– Filha! – minha Mãe levou uma mão ao peito. – Não. – um fio de voz, foi o único som que saiu da garganta dela.

– Ele tem o direito de saber. – ela sentou no sofá, e bateu a mão, indicando onde eu deveria sentar.

– O que houve? – empurrei as palavras.

– Jacob, pela segunda vez eu vou partir seu coração. – surreal, e inacreditável. – Há oito anos, nosso Pai sofreu um acidente Jake, e não resistiu... – nenhum som chegava mais aos meus ouvidos. Nenhuma pessoa poderia penetrar esse silêncio.

Um pesadelo sem fim.

Não sei ao certo, em que momento eu levantei, nem como fiz isso.

– Jacob! – a voz da minha Mãe era tão sofrida.

– Eu preciso ficar sozinho, preciso. – subi as escadas e entrei no quarto, tranquei a porta e me sentei na cama.

Estranhamente meu peito parecia estar preparado para essa noticia, como se eu soubesse o tempo todo. Ironia da vida, mas eu realmente sabia.

Deixei a escuridão dos meus pesadelos me carregarem, com sorte acordaria na minha vida novamente.

...

Os dias se arrastavam. Chatos, estranhos e insuportáveis.

O esforço de Reneesme em me manter ocupado com as coisas que, segundo ela eu amava fazer era imenso.

Eu fingia gostar, ou me importar com o que o “novo” Jacob fazia. Mas a verdade é única. Detesto tudo aquilo que me transformei, e não pretendo gostar disso tudo jamais.

Minha Mãe tem ficado por aqui, e isso tem me segurado dentre essas paredes frias.

Preciso sair daqui, antes de enlouquecer.

Reneesme e minha Mãe, acharam saudável dar uma reunião com pessoas do meu convívio, ideia que eu simplesmente desaprovei. A reunião será em dois dias.

Óbvio não fui sequer notado. Trazer minhas lembranças de volta é prioridade máxima para elas.

Meu bote salva vidas desapareceu. Rachel.

Desde o dia em que ela me deu a notícia, não voltou mais. Pelo telefone me disse que não estava preparada, para isso. Mais uma vez.

Entre outras palavras, eu vou enlouquecer.

Leves batidas na porta.

– Posso entrar? – minha Mãe pedia tímida.

– Pode. – meus olhos continuavam presos na paisagem fria, do quintal.

– Te trouxe algumas coisas. – olhei em sua direção, ela trazia uma caixa de madeira nas mãos. – Acho que você pode se lembrar de algo com elas.

Ela passou a caixa, e segurei firme.

– O que tem aqui? – a encarei sério.

– Fotos, cartas, coisas suas. Da sua antiga vida, se enrolando com a nova. – minha Mãe depositou um beijo na minha bochecha, e saiu.

Respirei fundo e abri a caixa.

Lá centenas de fotos, mostravam aquilo que eu sempre tento negar. O tempo passou.

Eu não estava sonhando, tendo alucinações. Sou eu aqui, nessa vida ridícula, e estranha.

Tentava organizar pelo ano anotado, em algumas delas.

Reneesme me ajudou em algumas datas, as que ela não me conhecia minha Mãe ajudou.

Me emocionei praticamente em todas, as que meu Pai sorria, feliz, saudável.

Montei uma espécie de mural no quarto, e passei os últimos dois dias praticamente ali. Enterrado nas imagens, mesmo que nenhuma lembrança surgisse delas, me confortava de alguma maneira, e me apavorava de tantas outras.

Gostaria de ficar preso aqui sempre.

Mas a festa vai acontecer em alguns minutos, e serei obrigado a socializar com “meus amigos”.

– Pronto? – a voz de Reneesme me sobressaltou.

Ela estava linda.

– C-claro. – respirei fundo.

Me aproximei dela e estendo o braço, ela entrelaçou a mão delicada e segurou com firmeza.

Escutava do topo da escada diversas vozes.

Ao ganhar visão da sala, meu espanto foi enorme.

Ela estava cheia. Pessoas desconhecidas sorrindo na minha direção.

Não vi Seth, Leah ou Kim.

– Jacob! – um homem loiro, e alguns centimetros mais baixo me abraçou. – Nossa estou feliz em te ver. Espero que recupere logo a memória, e possamos voltar a jogar nas noites de quintas.

– Ele não faz ideia de quem é você. – Reneesme parecia se divertir.

– Nossa, desculpe. Mike Newton. – ele parecia sem graça. – Nos conhecemos na faculdade, no primeiro ano, logo que você entrou. Somos amigos, desde então, e trabalhamos juntos. – assenti.

A noite seria longa.

Mais pessoas, que não me dizem nada, não me lembram de coisa alguma. Porem para elas eu represento alguma coisa.

Estou cercado de desconhecidos, que conhecem melhor minha vida que eu. Irritante.

Aproveitei a distração de Reneesme, e minha Mãe e subi. Entrei no quarto aliviado.

– Bem aqui estamos nós. – segurei uma das fotos do mural nas mãos. – Enfim sós.

Fiquei ali por minutos, ou horas não sei ao certo. Olhar essas fotos me deixa feliz, tranquilo.

–Esta tudo bem, amor? – a voz suave dela, me sobressaltou.

– Nessie, que susto! – fui sincero.

– Desculpe amor, você desapareceu, eu fiquei preocupada. – seu tom era de desculpas.

– Apenas me assustei. – dei de ombros. – Estou aqui tentando reconhecer algum rosto, nome ou história. – desabafei.

– Meu amor acalme-se. Meu Pai já nos disse, o quanto isso pode demorar, e como devemos ter calma, e paciência. Ela parecia indecisa com algo.

– É eu sei. – tentava disfarçar o desconforto, com a forma a qual ela se refere a mim, “Amor”. – Mas este vazio, por não saber quem eu fui nos últimos doze anos, precisa ser preenchido.

Ela se aproximou rapidamente. E me abraçou forte, emocionada.

Não posso imaginar o quanto isso também é difícil para ela, porem não consigo deixá-la fazer, nada mais que isso.

Não me lembro da nossa relação, ou como me sentia ao lado dela. Infelizmente Reneesme, é apenas uma pessoa sem rosto agora.

– Você vai lembrar, eu sei que vai. – tão rápido, que não pude impedir. Os lábios dela colaram nos meus, urgentes, desesperado. Fiquei sem reação, ela se soltou. – Me desculpe Jacob. Eu precisava.

– Não se desculpe. – não sabia ao certo como agir.

– Vou descer. Os convidados estão lá em baixo. Fique aqui o tempo necessário, e qualquer coisa me chame. – ela saiu sem olhar para trás, parecendo totalmente desconcertada.

Esperei ela desaparecer nas escadas e tranquei a porta.

Sem saber ao certo, como estava me sentindo com o que houve agora.

Olhava a foto do ultimo aniversário do meu Pai.

Meu olhar era diferente ali, um brilho imenso.

Automaticamente fui verificar meu reflexo no espelho. Aquele brilho não se encontra mais ali.

Neste momento havia apenas um homem sem memórias, e vazio. Totalmente perdido nessa casa, nessa vida neste momento.

Estranho era lembrar com riqueza de detalhes o que aconteceu há um mês atrás para mim. Mas que na verdade aconteceu a mais de doze anos.

A ausência dela é opressora. E venho tentando controlar, desesperadamente, a falta que ela faz.

Bella.

A vontade de saber como ela esta, a dor por não tocar, ouvir, sentir.

Passo o tempo todo me convencendo de que acabou há anos. Mas como posse acreditar nisso?

O tempo parou de existir para mim. Não passou. Logo meu amor por ela continua aqui. Intacto.

Leves batidas na porta.

Talvez fingisse, que estava dormindo.

– Jacob, abra a porta. Sou eu Rachel. – quase cai sobre o mural, para abrir a porta.

Rachel é a única que eu consigo conversar, pois ela sempre me entendeu como ninguém, ou fingi maravilhosamente bem.

Abri a porta, e a abracei com força.

– Estava enlouquecendo. – a encarei sério. – Nunca mais faça isso. Não suma. – ela me abraçou com força.

– Nunca mais. – ela estava emocionada. – Agora venha. Que tal um passeio no túnel do tempo. – meu coração acelerou, pois imediatamente entendi o que essas palavras significam. – Vamos, eu sei onde ela está.

Meu sorriso se alargou e preencheu meus lábios.

Saímos escondidos pelos fundos da casa. Não avisei ninguém.

O caminho parecia tão maior.

Porém, pela primeira vez, em um mês estava me sentindo em casa novamente. O carro percorria as ruas onde cresci. Minhas ultimas lembranças felizes.

Rachel estacionou o carro.

Havia um café, no outro lado da rua.

– Ela sabe que estou aqui Rachel? – soltei o cinto. Meu coração batia acelerado.

– Espere aqui. – ela desceu do carro. Deixando-me ali sozinho, ansioso.

Rachel atravessou a rua, entrando em um restaurante. Na verdade parecia um aconchegante café.

Desci do carro, e a segui.

Entrando notou se tratar realmente de um café, havia uma pequena livraria integrada ao lado. O lugar estava movimentado. Era gostoso, relaxante e tranquilo.

Me lembrei de algo que disse a Bella, há alguns meses atrás, ou melhor, anos. Perco-me com datas, e espaços de tempo.

Combinamos que seríamos donos do nosso próprio negócio, Bella fazia questão disso. Então íamos abrir uma linda livraria. Viajaríamos todos os dias sem sair de casa. E quando deitássemos em nossos travesseiros a noite, estaríamos orgulhosos pelo nosso negócio.

Senti um aperto no peito.

Onde diabos, eu tinha errado, ou tínhamos falhado? Como eu a deixei, me casei com outra, e agora vivia no meio de estranhos, totalmente diferentes de mim?

Um arrependimento de estar ali, e não gostar de ouvir, quais os motivos, quase me empurrou para fora. Quase.

Me sentei no balcão próximo a porta, para impedir a saída de Rachel caso a visse.

Então eu a vi. Tentei dizer algo, porem fiquei paralisado.

https://www.youtube.com/watch?v=FBXtfTCAwtI


Ela estava simplesmente linda. Tão mulher, decidida, igual, e totalmente minha. Somente minha e isso não havia mudado.

Como eu pude esquecê-la? Deixá-la? Ia me fazer a mesma pergunta até ter as respostas.

Os cabelos voando suavemente com a brisa, a cor dos olhos contra a luz do sil, as nuances do rosto, quando ela não pode controlar as emoções, ou disfarçá-las. Eu continuo conhecendo tão bem Bella, como se fosse ontem que eu tivesse deixado de viver ao lado dela.

Instintivamente apertei meu peito. Meu coração parecia querer saltar dali. Os pensamentos desordenados, e o frio na barriga que a presença dela sempre trás, continuam os mesmos de sempre. Ou como na realidade, são os mesmos de anos atrás.

Sem conseguir mais ficar ali, olhando caminhei até onde ela conversava com a minha irmã. Séria, com a expressão carregada.

Pela primeira vez, desde minha saída no hospital, não estou perdido, com receio, ou medo.

– Jacob! – ela levantou em um impulso. Seus olhos se encheram de lágrimas, e sua respiração ficou irregular.

Sem conseguir me controlar, a abracei.

Aqui neste abraço, a solidão e a dor, que estavam com ele o tempo todo sumiram.

As lágrimas rolaram por meus olhos. Naturais, e necessárias, mas que aconteceu somente ao lado dela, como tudo sempre aconteceu.

– Calma Jake. – ela passava os dedos pela minha nuca. – Vai ficar tudo bem, daremos um jeito nessa bagunça. – ela apertou o corpo contra o meu. – a voz dela era tão relaxante, tão familiar, céus como eu precisava disso.

– Porque eu não consigo lembrar nada depois de você? Onde foi que o “Nós”, deixou de existir? – soltava as palavras, sem o habitual controle, com que estou me acostumando.

Ela colocou dois dedos nos próprios lábios, tentava controlar as palavras, não deixa-las sair no rumo, pois as lagrimas já haviam molhado seu rosto.

– Uma coisa por vez Jacob, para o seu bem temos que ir com calma, certo? – a irritação me dominou. Estou cansado de fazer isso, ir devagar e com cuidado.

– Não quero ir devagar Bella. – segurei suas mãos, meu coração frenético no peito, precisava dela. – Você não me amava mais? Eu deixei de te amar?

– Não, não foi isso Jake. – os olhos dela, não desgrudavam dos meus lábios. Queria abraçá-la mais um pouco, me sentir completo por mais alguns minutos.

– Então me diga o que houve? Pois vivo em uma casa, onde aparentemente sou feliz, mas não lembro se quer de ter passado em frente, me sinto vazio, estranho, sou casado com uma mulher que segundo algumas pessoas eu amo. Porem a única mulher na minha mente é você, Há fotos por todos os lados, com olhares de felicidade, mas nenhuma com olhar de amor. Então me diga o que nos separou? Fui eu, ou você? Diga-me. – precisava de respostas.

– A vida nos separou Jacob. Escolhemos caminhos diferentes, e nenhum tentou levar o outro. E depois nenhum admitiu, o quanto precisava do outro. – ela soltou suas mãos, das dele.

Eu a olhava incrédulo com essas palavras. No que eu havia me transformado?

– Não sei o que houve, pois dormi brigando com você por um chocolate, e acordei doze anos mais velho, em um hospital, e casado com uma desconhecida. Ara você o tempo passou, acontece que para mim não. E você é o único rosto que me faz sentir em casa, seguro, feliz. – ela não segurou as lágrimas. – Sei que isso pode ser injusto com a sua nova vida, porem não tenho noção do que estarei fazendo, assim mesmo farei. Bella por favor, não me deixe no escuro, sozinho, preciso de você agora, preciso de você e... – ela colocou os dedos em meus lábios.

– Eu estou aqui Jake, sempre estive exatamente no mesmo lugar. Vou te ajudar iluminar seu caminho, e assim você pode escolher seu caminho de volta. – ela empurrou as últimas palavras.

Assenti, sem a menor vontade de trilhar de volta o caminho que estive nos últimos doze anos.

– Obrigado. – segurei as mãos dela novamente, apenas mais alguns instantes. – Você prometeu não me abandonar, e aqui estou após doze anos para cobrar a promessa.

Ela sorriu. Aquele sorriso que sempre me devolve e esperança, quando acho que tudo está perdido, O meu sorriso.

– Promessa é dívida, certo? – seu tom era divertido.

– Claro claro. Bem vou embora, nos falamos em breve. – levantei da cadeira, e só então percebi que minha irmã não estava ali.

– Estarei por aqui. – ela suspirou profundamente.

Me aproximei e a abracei pela ultima vez hoje.

Quero levar o cheiro dela comigo. O calor do corpo e a sensação de paz, que ela me traz.

Instintivamente depositei um selinho em sua bochecha.

Ela fechou os olhos. Queria tanto beijá-la, porem me controlei, e antes de ver o brilho nos olhos dela novamente, parti.

Forcei minhas pernas, e me forcei a não ceder ao impulso, de levá-la para longe dali.

Saindo do café, Rachel aguardava dentro do carro.

– Vamos embora o mais rápido possível, por favor. – respirei fundo, tentando me concentrar.

– Posso perguntar o que houve? – minha irmã ligou o carro, e acelerou, nos tirando dali.

– Pedi a ela, para me ajudar, não me deixar só na escuridão em que estou. Ela vai tentar fazer o que conseguir. Vou com a ajuda dela, tentar trazer essas malditas lembranças de volta. – soltei as palavras, irritado com algo, que nem eu consigo saber ao certo o que é. – Você não quer seu irmão de volta, pois bem vamos trazê-lo.

– Meu irmão esta aqui. Aliás, há muito não o sinto tão meu irmão como voltei a sentir após o acidente. – ela bagunçou meus cabelos. – mas estranho, você pedir ajuda justamente a ela.

Olhei para ela, com uma desculpa na ponta da língua. Porem desisti, ela saberia a verdade de qualquer maneira.

– Ela me faz sentir bem Rachel, seguro, em casa. Pensei que você entenderia. – a encarei sério.

– O sentimento eu entendo Jake, mas você não acha que pedir ajuda a única pessoa, que não o conhece mais, indica alguma coisa? – seu tom de sarcasmo me intrigou.

– O que você quer dizer. – cruzei os braços.

– Nada demais. Apenas acho que você voltou, ao lugar onde jamais quis sair. – a forma natural que ela soltou as palavras, me deixou inquieto.

Porem não vou procurar mais nada hoje.

A presença, o cheiro, o som da voz de Bella vão me aquecer por algum tempo. Não quero perder essa paz tão rápida.

Hoje, não farei esforço para lembrar nada. Não me sinto mais sozinho, e estou feliz com as memórias que tenho. Nelas não existe dor, magoa, nem dúvidas.

Esta noite vou dormir feliz, por ter apenas as lembranças felizes, de pertencer a Bella, e me sentir completo por isso.

O abraço dela me aqueceu, deu força, e isso hoje me basta.

Amanhã é uma nova realidade, e com ela lido ao abrir os olhos pela manhã.

Rachel parou o carro, e nos despedimos.

Haviam alguns convidados pela casa.

Passei sorrateiramente por eles, e fui direto ao meu quarto.

Tirei a roupa e tomei um banho rápido.

Deitei na cama, e pela primeira vez em um mês não fiz esforço algum para pegar no sono, não senti dores de cabeça.

Dormi com a luz dos olhos da minha Bella, iluminando a escuridão em que me encontrava.

Me agarrei a essa luz e dormi tranquilamente.





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Notas finais do capítulo

N/Carla: Então amadas, nosso moreno na completa confusão, só lembrando do que viveu com bella, e agora, o que será que vai acontecer???
Se fosse eu, acho que já tinha pirado...que situação hein..
Bruna e eu esperamos que curtam...
Aproveitem e comentem muito..ate o proximos