— SeHun? Ah, mas o que fez seu rosto ser estampado em sites de noticias? — Jessie perguntou curiosa.

— E qual seu nome? Sou membro de um grupo chamado EXO. Nunca ouviu falar? — Ele respondeu confuso.

— Pode me chamar de Jessie. Já ouvi falar sim, tenho algumas amigas kpoppers. Só não lembrava de onde conhecia você. — Ao responder, Jessie e SeHun começaram a andar sem perceber.

— Ah, você não me falou de qual país você veio... — SeHun perguntou interessado.

— Sou do Brasil. — Jessie se sentiu um pouco envergonhada por ter medo de críticas contra seu país.

— Rio de Janeiro, né? — Quando SeHun pronunciou fez Jessie rir, parecia que ele tinha língua presa. — Por que você está rindo?

— Não foi nada, desculpe. — Falou e tentou segurar o riso.

— Ah, então tá né. Então, veio estudar aqui em Seoul? — Jessie percebeu que ele sorria, mas imediatamente seu humor voltava a ser fechado, na dele.

— Isso, vou estudar na Universidade Nacional de Artes da Coreia. Meus pais já vieram para cá antes de mim e me matricularam lá. As aulas estão prestes a começar e estou muito ansiosa. Massss, espere um momento. — Jessie fez uma pausa breve e logo em seguida continuou: — Por que estou falando isso a você? Mal te conheço e já sai falando da minha vida.

— Ah, desculpe, é que eu... simpatizei com você. E novamente, me desculpe pelo estrago que fiz no seu cadirgã. Devia gostar dele.

— E eu me simpatizei com você. Não tenho nenhum conhecido por aqui. Poderia me mostrar lugares legais? — Jessie não tinha noção do que estava pensando ao falar aquilo, mas sentia segurança estando falando com SeHun. Mesmo estado somente alguns minutos ao lado dele.

— Sim, claro. — Foram andando e logo chegaram ao que parecia um lago e acharam um banco, como aqueles de praça, e sentaram.

— Bem, estava vindo para cá até esbarrar em você. — Deu um sorriso de lado e logo voltou para seu humor... normal.

— Você parece ser tão... normal. Não parece ser famoso... Quer dizer, não foi isso que quis dizer. Você é bonito. Mas sua personalidade é legal. Se você fosse como os demais teria passado por mim e se quer teria me pedido desculpas.

— Ah, consegui seguir sua linha de raciocinio e te entendo. — Ele começou a olhar para o logo, como se estivesse lembrando de algo

— Tenho alguns amigos que não são famosos e eles me fazer sentir... normal, como você diz. Meu sonho era se tornar um cantor e um dançarino famoso, e eu consegui. E com isso vinheram as fãs que gritam seu nome e vivem ao seu redor, é ótimo saber que todas elas sentem um carinho enome por você e eu as amo, de verdade. Mas as vezes, gosto de lembrar de como eu era quando ainda não me chamavam de 'preciosidade das Noonas'.

— Acho que consigo imaginar como você se sente e te entendo muito be... — Ele interrompeu, sem querer, o que ela falava.

— E nesses minutos que estou conversando com você, eu consigo me sentir normal. — Ele falou e tentou não olhar pra reação de Jessie. Ela ficou sem palavras e não tinha ideia do que responder a ele.

— Não sei o que dizer, sinceramente. Eu me sinto bem falando com você mesmo mal te conhecendo. Eu me esqueci das saudades que estava dos meus pais, das minhas amigas... e... e de tudo.

— Então... seremos amigos? — Ele olhou para ela, esperando uma resposta positiva.

— Claro que seremos. — Ela sorriu e pegou seu celular para olhar a hora. — Oh, meu Deus! Como a hora passou rápido! Os pais devem estar preocupados.

— O que aconteceu? — Ele olhou para ela como se estivesse preocupado.

— Ah, a mãe e o pai são amigos dos meus pais que ficaram responsaveis por cuidar de mim enquanto eu estou estudando aqui. Vou ligar para eles. — Jessie pegou o celular e ligou par a a mãe e explicou onde estava e que não se preocupasse com ela.

— Você já vai embora? — SeHun perguntou olhando atentamente nos seus olhos.

— Terei que ir, faz algum tempo que sai de casa.

— Então, pode passar seu número e eu te ligo depois para conversamos mais vezes?

— Claro! — Jessie sorriu tentando ser simpatica. SeHun entregou o celular dele a ela, para que pudesse digitar seu número. E vice-versa.

— Então, até mais! Vou voltar para o dormitorio, os outros membros devem estar preocupados comigo.

— Até mais. Gostei de te conhecer.

— Ah, e estou te devendo outro cadirgã. — Ele perguntou sorrindo brevemente. — E não esqueça de mim! Consigo me sentir 'normal' falando com você.

— Não esquecerei, não se preocupe. E se cuide. — Jessie se levantou. — Até mais. — E acenou para ele. E saiu andando. Por eles terem vindo andando devagar, ela conseguiu decorar o caminho e voltou logo para casa.

Ao chegar em casa, seus pais estavam na sala esperando-a preocupados.

— Onde você esteve, Jessie? — A mãe perguntou apreensiva com o celular na mão, provavelmente esperando outra ligação dela.

— Mãe, me desculpe por ter demorado tanto e ter feito a senhora se preocupar comigo.

— Sem problemas. Mas não faça isso novamente! — O pai respondeu.

— Vou para o meu quarto, está certo?

— O que foi isso na sua roupa? — A mãe olhou estranhando.

— Ah, eu comprei um cappuccino e na volta pra casa um rapaz sem querer bateu em mim e acabou derramando na minha roupa.

— Sem problemas, é só uma manchinha, depois coloque nas roupas sujas que eu lavarei. — Deixe, mãe. Eu mesma lavo. — Jessie respondeu e foi para o seu quarto. Ao chegar no quarto, pegou o celular colocou em cima do criado mudo e foi tomar um banho. Quando voltou sentiu seu celular vibrar e havia chegado uma mensagem. E logo pensou: "Será que uma das meninas lembrou de mim?". Mas não, ao ver o nome e a mensagem, Jessie não sabia o que pensar. A mensagem tinha o seguinte:

"Você me faz sentir bem. Por favor, permaneça na minha vida."