As Seis; Livro Dois: Just Friends escrita por Zotinha


Capítulo 2
A Carta


Notas iniciais do capítulo

Gente! Eu não fui engolida pela terra, ok?
É que eu fiquei meio que sem inspiração pra fazer o capitulo e quando a inspiração vinha, eu acabava escrevendo demais e enrolando muito (como sempre). O capitulo tava ficando enorme, então eu dividi ele. Espero que curtam! :D



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Pov. Marina

 20 de Janeiro de 2012

5h30min PM

 -Então... Por que você nos chamou? Você disse que era importante pelo celular. (Flávia)

 -E é. Foi alguma de vocês que me enviou essa carta? (Marina)

“Escola Morada da Magia

Diretora: Dolores Pinheiro

Prezada Srta. Duarte,

Temos o prazer de informar que V.S.a tem uma vaga na Escola Morada da Magia. Estamos anexando uma lista dos livros e equipamentos necessários.

O ano letivo começa dia 1º de Fevereiro. Um aluno veterano a buscará dia 21 de Janeiro.

Atenciosamente,

Regina Santoro

Diretora Substituta.”

 -Você... Você também recebeu? (Flávia)

 -Como assim “também”? (Marina)

 -Eu recebi uma dessas no dia que voltamos do Acampamento da Skill. (Flávia)

 -Eu também! (Ana Thaís, Éllyda e Raíssa)

 -É óbvio que tem alguém tirando uma com a nossa cara! (Flávia)

 -Pus que? Não pode ser real? (Ana Thaís)

 Flávia revirou os olhos.

 -É absurdo demais pra ser real. E, tipo, qualquer um que conheça a gente sabe que pelo menos a Marina e a Éllyda são loucas pelo mundo Harry Potter. Muita coincidência. (Flávia)

 -É. E outra, as cartas de Hogwarts são enviadas pra crianças de 11 anos, não adolescentes de quase 14! (Marina)

 -Francamente, você não lê? Tá escrito “Morada da Magia”! Não “Hogwarts”! Vai ver que é diferente no Brasil. (Ana Thaís)

 -Concordo com a Ana. Eu acho que é real. (Raíssa)

 -E você, Éllyda? O que você acha? (Marina)

 -Tô em cima do muro. Não acho que seja real, mas já aconteceu tanta coisa louca com a gente que nem sei mais no que acreditar. (Éllyda)

 -Fala sério! Me dê uma prova concreta de que existe uma chance de ser real. (Flávia)

 -Nárnia. (Ana Thaís)

 -... (Flávia)

 -Vamos fazer assim, de acordo com a carta, o veterano vem nos buscar amanhã. A gente dorme aqui na casa da Marina e amanhã a gente tira a prova. (Éllyda)

 -É. Boa ideia. (Marina)

 -Hm... Tô com fome. Vou lá cozinha fazer um brigadeiro e já volto. (Raíssa)

 E saiu do meu quarto.

 Você não tá entendendo nada, né? Vou explicar. Quando eu voltei do Acampamento, minha mãe me entregou essa carta. Eu tentei falar com as meninas sobre isso, mas minha internet tava uó, a Ana Thaís e a Éllyda tavam viajando pra São Luís e a Raíssa passou sete dias em Salvaterra. A Flávia? Tava na cidade. Na praia.

 Só eu que fiquei enfurnada em casa mesmo.

 -! (Marina)

 -O que foi? (Ana Thaís)

 -A Raíssa foi fazer brigadeiro! (Marina)

 -O que tem demais? (Flávia)

 -Você se lembra da última vez que ela fez brigadeiro lá em casa? (Éllyda)

 -Quando? Naquela vez que ela botou pimenta e o brigadeiro explodiu? (Ana Thaís)

 -O.O (Flávia)

 -Aé! Você ainda não tinha se juntado com a gente! (Ana Thaís)

 -Explodiu?! (Flávia)

 -É. (Éllyda)

 -É bom a gente ir atrás dela! (Marina)

 Saímos do meu quarto e fomos pra cozinha.

 -♫ lê lê lê/ lê lê lê/ lê lê lê/ um cafezinho, lê lê lê/ lê lê lê/ lê lê lê/ uma jujubinha, lê lê lê/ lê lê lê/ creme de leite, lê lê lê/ lê lê lê/ lê lê lê/ leite em pó e lê lê lê/ caramelinho, lê lê lê/ lê lê lê/ um marshmelow, lê lê lê/ lê lê lê/ lê lê lê/ uma goiabada, lê lê lê/ uma pimentinha, lê lê lê... ♪ (Raíssa)

 Um detalhe, ela tinha feito uma macumba e sempre que ela falava um ingrediente, ele vinha flutuando e despejava um pouco na panela de brigadeiro.

 Isso não vai prestar...

 Ela tirou o brigadeiro do fogo e o pôs num prato.

 A coisa borbulhava de um jeito sinistro e parecia ter vida própria.

 -Frigus! (Raíssa)

 O brigadeiro esfriou como se tivesse passado meia hora na geladeira.

 Só então ela viu a gente.

 -Meninas! Vieram provar meu delicioso brigadeiro? (Raíssa)

 -Viemos! A Ana Thaís primeiro. (Éllyda)

 -Por que eu? (Ana Thaís)

 -Por que se você explodir, ninguém mais come, ué! (Éllyda)

 -¬¬ Valeu pelo apoio. Minha alto-estima agradece. (Raíssa)

 -... (Ana Thaís)

 Éllyda pega uma colherada da coisa (leia-se: uma colherada que pegou metade do conteúdo do prato) e enfiou na boca da Ana.

 Ana Thaís arregalou os olhos e engoliu.

 Enquanto isso, Éllyda murmurava baixinho alguma coisa como: “Explode! Explode! Explode!”

 -Ana? Você tá bem? (Flávia)

 -É bom! (Ana Thaís)

 -?! (Todas)

 -^3^ (Raíssa)

 -O brigadeiro... É muito bom! (Ana Thaís)

 Ana pegou outra colherada extra ggg gigante e pôs na boca. Com uma cara de satisfação maior do que a que ela fez quando ganhou a Barbie patinadora no gelo.

-Ana! Não come tão rápido que você pode... (Raíssa)

 Tarde demais. Ela já tinha esvaziado o prato e agora tava raspando ele.

 Ana começou a ficar vermelha e saiu correndo que nem uma condenada pra geladeira, beber água.

 -...Ter um probleminha com a pimenta malagueta. (Raíssa)

 Depois de beber uns três ou quatro copos d’água, Ana resmunga:

 -E só agora você me avisa? (Ana Thaís)

 Enquanto isso, Éllyda tava pra rolar no chão de tanto dar risada.

 -Vamos ver um filme? Eu aluguei alguns aqui. Eu tenho: A garota da capa vermelha, Harry Potter e as Relíquias da Morte parte 1, O Chamado 2, Fúria de Titãs, 300 de Esparta, Sherlock Holmes, Atividade Paranormal 3, o Ladrão de Raios... (Marina)

 -Você alugou esses filmes todos pra gente ver hoje? A gente ia precisar de uma noite de 96 horas pra assistir tudo! (Flávia)

 -Claro que não. A gente escolhe um ou dois e assiste. Vamos fazer uma votação. (Marina)

 -300 de Esparta. (Éllyda)

 Por que será?

 -Atividade Paranormal 3. (Raíssa)

 -Sherlock Holmes. (Flávia)

 -Fúria de Titãs! (Marina)

 -Não tem Barbie? (Ana Thaís)

 -¬¬ (Todas)

 -Não. Não tem Barbie. (Marina)

 -Poxa... Então “O Ladrão de Raios”! (Ana Thaís)

 -E agora? Todo mundo escolheu um! (Flávia)

 -Ana e Éllyda vão no par ou ímpar. Eu, você e a Raíssa vamos no zerinho ou um. (Marina)

 Eu e a Ana Thaís ganhamos.

 -Pedra, papel, tesoura? (Marina)

 -Pode ser. (Ana Thaís)

 Eu joguei papel.

 A Ana jogou...

 -Ana? O que diabos é isso? (Marina)

 -É uma arma. (Ana Thaís)

 -¬¬ Não tem arma nesse jogo. (Marina)

 -Claro que tem. A Lalá sempre me ganha usando ela. (Ana Thaís)

 -¬¬ Sem comentários. (Éllyda)

 -Desculpa Ana, mas a Marina ganhou. (Flávia)

 -Ganhou não! (Ana Thaís)

 -Sim. Ela ganhou. (Flávia)

 -Não ganhou. (Ana Thaís)

 -Ganhou. (Flávia)

 -Aé? Se viesse um ladrão com uma arma apontada pra sua cabeça, você se defenderia com uma folha de papel? (Ana Thaís)

 -... (Todas)

 -Não. Eu ganhei. (Ana Thaís)

 -O.o Estamos criando um monstro! (Marina)

 -O.o Até que essa lógica distorcida dela faz sentido! (Éllyda)

 Ana foi andando pro meu quarto.

 -Raíssa? (Marina)

 -’Xá comigo! Ninguém entra no quarto! (Raíssa)

 Ele estendeu as mãos na direção da porta e disse:

 -Ad Collapse! (Raíssa)

 Ficamos em silêncio por um segundo.

 -Já podemos entrar? (Marina)

 -Já. (Raíssa)

 Entramos.

-Bem melhor! (Marina)

 Meu quarto estava pelo menos umas quatro vezes maior. As paredes eram de um tom de laranja fosforescente muito louco, tinha pôsteres das melhores bandas, séries e filmes, dos atores mais gatos e dos cantores mais charmosos de todos os tempos. Uma TV de tela plana na parede com um aparelho de DVD blu-ray, um computador de ultima geração, vários livros na estante mega-giga-tera-gigante, quatro camas de solteiro uma do lado da outra (praticamente coladas), uma cor-de-rosa, uma roxa, uma preta, uma laranja e uma azul-marinho. Vários pufes e almofadas coloridos, alguns jogos de tabuleiro, um aparelho de som moderníssimo, os CDs de todos meus cantores e bandas favoritos (e das meninas também), um monte de Barbies num canto para a Ana, um Playstation 3, um Xbox, um Wii... Deu pra entender, né?

 O quarto dos meus sonhos.

 -*U* É perfeito! (Meninas)

 -*U* Fuck Yeah! Eu sou demais! (Raíssa)

 -¬¬ Nem se acha essa aí. (Éllyda)

 Liguei a TV e coloquei o filme. Cada uma sentou num pufe e demos o Play.

 •••

 7h30min PM

 *U*

 Eu já disse que adoro Mitologia Grega?

 Se não...

 EU ADORO MITOLOGIA GREGA!

 [Pov. Éllyda: Ah vá! É mesmo? Eu não sabia! ~ le ironia ~] [Pov. Marina: Alguém te perguntou alguma coisa? ù.ú] [Pov. Raíssa: Ouch! Que patada, hein Éllyda?]

 Cara... Que filme incrível!

 -*U* Que incrível! (Marina)

 -*U* Concordo! (Ana Thaís)

 -ù.ú Não achei. (Éllyda)

 -É... Legalzinho. (Flávia

 -Zzzzzzz... (Raíssa)

 -¬¬ (todas)

 Só podia ser a Raíssa mesmo.

 Éllyda se afasta dela.

 -? (todas)

 -Prefiro não arriscar. (Éllyda) [N/A: Capitulo 04x1 “O Aniversário da Ana”]

 -E aí? Vamos fazer o que agora? (Flávia)

 -Vamos banhar na piscina! (Ana Thaís)

 -¬¬ De noite? (Flávia)

 -É! (Ana Thaís)

 -¬¬ Ei zoiúdinha, a gente não trouxe biquíni! (Éllyda)

 -E daí? (Ana Thaís)

 -Quer que a gente banhe de roupa e tudo? De noite? (Éllyda)

 -É! (Ana Thaís)

 -E não é que a Loira de Farmácia teve uma idéia que preste? (Éllyda)

 -¬¬ Valeu! (Ana Thaís)

 -Os seus pais não brigam? (Flávia)

 -Os meus? Devem estar pra lá do sétimo sono. Não acordam nem se cair uma bomba no quintal. (Marina)

 -Então, por mim tudo bem. (Flávia)

 -Gosto da idéia. (Éllyda)

 -Não é bom a gente acordar a Raíssa? (Ana Thaís)

 Éllyda dá um meio-sorriso DuMal.

 Eu hein... Quando ela sorri assim, coisa boa não sai.

 -Deixem comigo! Muahahahahahaha! (Éllyda)

 -O.o (todas)

 Agora ela me deixou com medo!

 Ela saiu do quarto com um sorriso sádico e voltou com um balde de água gelada.

 Não estou exagerando no “gelada”. Até cubinhos de gelo ela botou!

 -Ela vai te matar. (Marina)

 -Vai ter valido a pena. Um... Dois... Três! (Éllyda)

 Ela jogou a água na Raíssa, que se levantou num salto.

 -FACEBOOK! (Raíssa)

 -kkkkkkkkkkkkkkkk... (todas)

 Raíssa para e pensa por um segundo. Em seguida ela faz uma carranca e diz:

 -Eu vou matar vocês! (Raíssa)

 Ela começa a correr atrás de nós quatro. A gente sai da casa e começa a correr em círculos ao redor da piscina. Rindo como umas loucas. Até que a Raíssa escorrega e cai na piscina.

 -rsrsrsrsrsrsrsrsrs (todas)

 Uma mão vinda do além (lê-se: a mão da Raíssa) agarra o pé da Éllyda e a puxa. Ela se desequilibra e puxa a Ana, que por sua vez puxa a Flávia e as três caem com tudo na piscina.

 -KKKKKKKKKKKKKKK (Marina)

 Elas saem da piscina, se olham com um sorriso cúmplice e vêm correndo em minha direção.

 Eu?

 Saio correndo e gritando coisas altamente inteligentes como: “SOCORRO!”, “AAAAAHHHHH!”, “HELP!”, “SOS!”, “AAAAAAAAAAHHHHHHH!”...

 Quando elas me alcançam, eu me agarro com unhas e dentes uma das pilastras da garagem e digo:

 -Daqui não saio, daqui ninguém me tira! (Marina)

 -Sai sim. Quer ver? (Raíssa)

 Ela começa a me puxar com força pelos pés. Mas com tanta força que eu acho que cresci uns 10 cm.

 -AAAAAAAHHHH! NÃO SOLTO! NÃO SOLTO! NÃO SOLTOO! (Marina)

 Sim. Eu estou dando um chilique. Algum problema?

 -Solta sim. Quer ver? (Éllyda)

 Ela começa a fazer cócegas em mim.

 -HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA! PARA! PARA! HAHAHAHAHA! (Marina)

 -Solta! Solta! (Éllyda)

 -HAHAHAHAHAHAHA…! (marina)

 E eu ri tanto, mas tanto...

 Que soltei.

 Imediatamente elas me levantam (Raíssa me segura pelas pernas e Flávia pelos pulsos) e me carregam até a piscina.

 -Vocês não vão fazer isso, né? (Marina)

 Elas começam a me balançar de um lado pro outro.

 -É um... (Raíssa)

 Ai não!

 -É dois... (Flávia)

 Elas vão!

 -E é três! (Raíssa e Flávia)

 Elas me jogam.

 Tchibum!

 As meninas pulam logo depois.

 A Raíssa materializou uns balões d’água e ficamos brincando de “queimado” até começar a chover. Como ninguém queria pegar um resfriado, saímos da chuva.

 Entramos em casa, nos enxugamos e olhei o relógio.

 12h53min AM [N/A: Meia noite já é “AM”, né?]

 Já?

 Caramba... Passou rápido!

 -Tô com fome! (Raíssa)

 -De novo? (Éllyda)

 -Não me olhe com essa cara! A Ana comeu todo o meu brigadeirinho! *chuif* (Raíssa)

 Reviramos os olhos.

 -Tuudo bem. Vamos pra cozinha ver se achamos alguma coisa. (Marina)

 Fomos.

 Raíssa abriu a geladeira e listou os itens

1-    Alface

2-    Presunto

3-    Chocolate

4-    Coca-cola

5-    Queijo mussarela

6-    Tomate

7-    Iogurte natural

8-    Pudim

No congelador:

1-      Uma pizza de quatro queijos

2-      Sorvete de creme

No armário:

1-     Biscoito recheado

2-     Bananas

3-     Laranjas

4-     Jambos (adooro!)

 Resultado: A Raíssa pegou as laranjas, os jambos, o iogurte e o chocolate e bateu tudo no liquidificador. A alface, o presunto, o queijo e o tomate ela usou para fazer sanduíches.

 Você imagina a cara desse suco, né? Olhando de um certo ângulo, dava até medo.

 Raíssa encheu o copo dela e tomou, depois olhou pra gente e disse:

 -Vão tomar não? (Raíssa)

 Eu olhei pra gororoba, a gororoba olhou pra mim, eu olhei pra gororoba e disse:

 -Nem pensar que eu tomo essa coisa. (Marina)

 É sério. A coisa era de um vermelho quase rosa-choque, tinha raspas de chocolate em cima e era meio gosmento demais pro meu gosto.

 Raíssa revirou os olhos.

 -Medrosa. (Raíssa)

 Semicerrei os olhos.

 O-DE-IO que me chamem de medrosa.

 Olhei a gosma de novo e tomei uma golada grande.

 Sinceramente?

 Eu amo suco de laranja. E jambo é a minha fruta favorita. Mas misturar um com o outro? Com iogurte? E chocolate?!

 Não podia dar coisa que preste.

 A coisa era tão ruim que sai correndo pro banheiro e cuspi. Escovando os dentes em seguida.

 Eu devo ter jogado pedra na cruz. Só pode.

 Voltei pra cozinha.

 O copo da Éllyda estava vazio e ela estava meio verde, Flávia havia “discretamente” jogado tudo fora pela janela e Ana Thaís encarava seu copo, ainda cheio, com nojo.

 -Por favor, Ana. Toma um pouco, vai! (Raíssa)

 -Não toma. Essa coisa tem gosto de espinafre e chocolate amargo. (Marina)

 Ana Thaís empurrou o copo pra longe.

 Raíssa me fuzilou com os olhos.

 -Não está assim tão ruim. (Raíssa)

 -Está. (Éllyda)

 -Valeu pelo apoio. (Raíssa)

 -Eu tomei isso. Já te dei apoio pra vida toda. (Éllyda)

 -Que tal a gente parar de discutir isso e comer nossos sanduíches? (Marina)

 -’Bora. (Todas)

 Montei meu sanduba sem o tomate. E comi.

 Tava gostoso...

 Depois, nós tomamos banho (uma de cada vez), pusemos nossos pijamas e voltamos pro meu quarto.

 Eu usava uma camisola azul-marinho de mangas compridas com o desenho de um coração feito com estrelinhas. Ana Thaís usava uma camisola curtinha de alcinhas que era rosa claro e tinha o desenho de vários lacinhos bem pequenos. Éllyda usava um conjuntinho que era: uma camisa branca com o desenho de um ursinho dormindo e um shortinho branco com bolinhas amarelas. Flávia usava um pijama branco com listras amarelas e um par de pantufas de coelhinho cor-de-rosa. Raíssa usava uma camisola preta que tinha escrito “Sleep All Day”.

 Não aconteceu muita coisa depois disso. Quer dizer, a Ana escorregou num tapete e caiu de cara no chão, deixando a mostra sua calcinha (azul claro, com o desenho de um cupcake e escrito e vermelho “eat me!”). Fora isso, a Éllyda deu umas patadas na Ana, a Raíssa resolveu mudar o cabelo e fez uma macumba, o fazendo ficar mais liso e mais escuro ainda. Aí a gente ficou falando da vida alheia até cair no sono.

 E eu tive o sonho mais bizarro de toda a minha vida.

 Foi o seguinte: Eu estava andando distraída pela rua, quando aparece o Jason (era ele mesmo? O que eu vi era o cara da mascara de esquiador. É o Jason?) vestindo as roupas do Restart e com uma franjinha muito emo. Ele começou a me perseguir com uma faquinha de manteiga enquanto, ao fundo, tocava aquela musiquinha de filme de terror, sabe? Aquela “Cri! Cri! Cri! Cri!” remixada com uma música do Restart.

 Então, começou a chover café descafeínado (já viu coisa mais estranha? Ou é café ou é descafeínado! Não pode ser os dois!). Aí eu caí de um precipício e fui salva por uma aranha gigante chamada Lucinda, aí ela começou a dançar a macarena. A cena era tão estranha que eu fiquei olhando com cara de interrogação e me esqueci que estava sendo perseguida pelo Jason-emo. Ele me alcançou e eu acordei um segundo antes de ele me fatiar com a faquinha de manteiga e me comer com geléia de laranja.

 Fui a primeira a acordar. Todo mundo ainda estava dormindo.

 Olhei o relógio da parede.

 9:35 AM

 Caramba!

 Peguei minha toalha e uma muda de roupa e fui pro banheiro tomar banho antes que meu despertador tocasse e as meninas acordassem.

 [Pov. Flávia: Nem precisamos. Você estava escutando Hit The Lights tão alto no banheiro que acordou a gente]

 Tomei um banho demorado, me vesti (uma camiseta branca escrita “You Read my T-shirt” em dourado, um short jeans preto e meu par de havaianas roxas), prendi meu cabelo num rabo de cavalo e saí do banheiro.

 As meninas estavam tomando café da manhã. Na mesa da cozinha, tinha algumas frutas, torradas, geléia, café, leite, chocolate, ovos fritos...

 Me servi com um ovo frito e um jambo e tomei um pouco de chocolate quente (não gosto de café). As meninas ainda estavam de pijama, menos a Ana Thaís que estava tomando banho no outro banheiro. Assim que ela saiu do banheiro (vestindo uma regata rosa bem claro, um shortinho branco e um par de havaianas brancas), a Flávia entrou.

 Depois que a gente terminou de tomar café e enquanto a gente esperava que todo mundo tivesse tomado banho, ficamos jogando Super Mario no Pc.

 Depois de uma meia hora, todo mundo já estava banhado, vestido e a gente tinha terminado de zerar o jogo (um recorde!). Éllyda usava uma camisa preta que tinha escrito várias vezes em tamanhos, cores e letras diferentes “não tem nada escrito aqui”, um short jeans listrados de cinza e branco. Flávia vestia uma camisa sem mangas branca, um casaquinho rosa-claro e uma legging preta. Raíssa usava um vestido branco bem curto, meia calça preta e botas pretas com detalhes prateados.

 -Tô entediada! (Raíssa)

 -Se fosse só você, a gente ainda dava um jeito. (Éllyda)

 -Porque a gente não vai pra Bob’s? (Flávia)

 -De novo? (Éllyda)

 -É. Tem ideia melhor? (Flávia)

 -... (Éllyda)

 -Imaginei. (Flávia)

 -Vou pedir dinheiro pra minha mãe e já volto. (Marina)

 Saí do meu quarto e fui pro quarto da minha mãe.

 -Mãe? (Marina)

 -Pode entrar. (Mãe)

 Minha mãe e bem parecida comigo. Digo, ela é mais alta e mais adulta. Além de ser loira e de ter os olhos verde-amarelados. Mas fora isso, a gente é bem parecida.

 -Mãe, a gente quer ir pra Bob’s. (Marina)

 -De novo? (Mãe)

 -Por favor! (Marina)

 Ela revirou os olhos.

 -Tudo bem. Mais alguma coisa? (Mãe)

 -Sim. Me dá dinheiro pra eu gastar lá? (Marina)

 Ela arqueou a sobrancelha.

 -Seu pai não pagou a sua mesada um dia desses? (Mãe)

 -Pagou. Mas eu gastei ela comprando o livro “A Bussola de Ouro”. (Marina)

 Ela me encarou.

 Fiz minha melhor carinha de Gato de Botas.

 -Por favorzinho! (Marina)

 Ela suspirou, pôs a mão na bolsa e me entregou uma nota de cinquenta.

 -Obrigado! (Marina)

 Saí do quarto da minha mãe voltei pro meu quarto.

 Troquei minha havaiana por um par de all-star rosa, desfiz meu rabo-de-cavalo e fiz uma trança espinha-de-peixe. Ana Thaís também havia trocado suas havaianas, por um par de salto alto branco com preto. Éllyda havia posto uma sapatilha azul. Raíssa estava do mesmo jeito e Flávia havia posto um par de sapatilhas prateadas.

 Fomos pra Bob’s batendo papo, nos sentamos na nossa mesa de sempre, fizemos nossos pedidos (eu pedi ovomaltine pequeno, Éllyda pediu morango médio com morango extra, Raíssa quis chocolate médio, Flávia quis morango grande, extremamente gelado e Ana Thaís quis morango pequeno.)

 Logo que nossos pedidos chegaram, um cara loiro, alto, de olhos castanhos e com um cicatriz na bochecha se sentou com a gente.

 -Ei cara. Essa mesa é nossa. (Éllyda)

 -Eu sei. Você devem ser Ana Thaís, Éllyda Landim, Flávia Câmara, Marina Duarte e Raíssa Rayanne. (cara)

 -Somos. Como você... (Marina)

 -Deixem que eu me apresente. Sou Luke Castellan, o veterano que vai levá-las para a Escola Morada da Magia. (Luke)

 [Continua...]


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Notas finais do capítulo

E aí? Tenso o final, né?
Gostou? Comente!
Odiou? Comente!
Achou o capitulo engraçado? Comente!
Não achou? Comente!
Se seu sonho é tomar Cherry Coke azul, comente!
Se é receber uma carta de Hogwarts (eu ainda espero. Só está um pouquinho atrasada), comente!
Se é descobrir que seu guarda-roupa é na verdade uma passagem pra Nárnia, comente!
Ministério da Saude adverte: Comentar (ou Recomendar) não faz mal a saúde, e deixa o autor muito feliz e inspirado!



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