30 Dias Para Me Esquecer escrita por Molly


Capítulo 5
4ºDia:Eu realmente amo aquele chapinhado.


Notas iniciais do capítulo

c:



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/245849/chapter/5

Ele olhou meio intrigado para Gheorge, eu respirei fundo.

–hum… - desviou o olhar para mim, ele estava estranho - eu esqueci meu celular na tua casa - assenti e olhei para Gheorge.

–hum…você…pode esperar aqui um pouquinho - ele assentiu sorrindo e devolvi o sorriso - vem Georg - o chamei com a mão, tirei as chaves de casa da bolsa e entrei com Georg em casa. Ele olhava no sofá da sala, na cozinha em todos os lugares, mas não achou - eu vou ligar pra ele “tá dentro do sofá”engoli em seco e liguei mesmo assim.

Ao longe ouvi um barulhinho vindo de dentro do sofá, bufei e girei os olhos.

–não acredito nisso! - ele respirou fundo e tentou enfiar a mão no sofá, se abaixou e ficou lá puxando mas nunca conseguia. Coloquei a bolsa em cima da mesa e empurrei ele.

–deixa eu tentar - enfiei a mão no sofá e agarrei o celular, mas quando fui puxar a mão agarrou - me ajuda - fiz uma careta de dor e ele agarrou em meu braço, respirei fundo e puxamos com força, tanta força que eu virei rápido e bati contra seu peito, ficamos a centímetros de distância e eu meu coração batia rápido, tão rápido que eu podia ouvi-lo bem. Senti meus olhos arderem, saber que ele estava ali comigo e não fazer nada era difícil, mas a vida dele estava em jogo, por isso, lutei contra todos os meus desejos e o afastei de perto de mim - aqui tem - estendi o celular e ele pegou sério - agora vamos - abri a porta e fui até Gheorge que estava com um pé na parede mexendo no celular.

–tchau - acenou sorrindo sem graça.

–tchau - ele desceu pelas escadas enquanto eu apertava o botão do elevador - desculpa ter feito você esperar, o celular dele ‘tava no sofá - ri sem graça.

–não faz mal - as portas do elevador se abriram e nós entramos”que situação, hein?”– ri.A reunião foi uma chatice, Gheorge ficou lá falando com o sindico enquanto eu fui pra casa, tomei um banho e fui dormir.

**

O despertador tocou, pra minha sorte, e me sentei na cama ajeitando o cabelo, lá fora estava sol e eu adorava o solzinho alemão, sorri.

Peguei o celular “21/07/2007, 11h34”, levantei da cama e fui para o banheiro, tomei um banho e fiz minhas higienes, saí enrolada na toalha e vesti apenas uma blusa gigante de uma banda qualquer e fui para a cozinha, procurava alguma coisa pra comer, fiquei uns 30 minutos olhando para a geladeira sem vontade nenhuma de comer. A campainha tocou e olhei no relógio, 12h32, meu estômago roncou e coloquei a mão sobre o mesmo”Georg”– girei os olhos.

–você é doida. Como sabe isso? - um risinho e meu estômago roncou de novo. Caminhei até a porta e abri dando de cara com Georg, ele segurava aqueles sacolas do Mc’Donalds, sorri e ele me olhou de cima a baixo.

–quer almoçar comigo? - abaixei a cabeça e abri a porta dando espaço pra ele passar. Ele entrou olhando para o apartamento, foi até a cozinha e colocou tudo em cima do balcão.

–adivinhou que eu ’tava com fome? - riu e me olhou de novo, abaixei o olhar e só aí lembrei que estava apenas com um t-shirt gigante de banda. Puxei a blusa pra baixo e ele riu - eu vou mudar de roupa - ele riu e fui até meu quarto.”pouca vergonha hein?” ri”muito querido da parte dele vir aqui almoçar com você”

–também achei, mas pronto… - coloquei uns shorts curtos, parecia na mesma que eu estava sem nada por baixo, mas pelo menos eu sabia a verdade. Voltei para a cozinha e ele já tinha colocado tudo no devido lugar e jogado as sacolas no lixo.

–gosta de bacon? - assenti, cheirava incrivelmente bem me sentei de frente pra ele no balcão.

–nervoso para o jantar? - negou de boca cheia, sorri e um silêncio se instalou ali, mas não por muito tempo - porque não almoçou com os rapazes? - ele riu e deu um gole na RedBull, me encarou.

–os rapazes não comem isso - apontou para a carne, ri”menininhas”bati na cabeça disfarçadamente”hey!”– e como você deve almoçar sozinha, eu vim - assenti. Terminamos de comer e colocamos tudo no lixo, o encarei sorrindo.

–quer ir dar uma volta? - assentiu sorrindo - me dá…10 minutos - corri para o quarto não troquei de roupa, apenas coloquei umas sapatilha cinzentas nos pés, algumas pulseiras, brincos e um colar de uma banda, peguei as bolsa e óculos de sol e fui até a sala, aonde ele esperava de pé - vamos - saímos e fomos para a praça em frente ao prédio, andavamos devagar e o silêncio ainda reinava.

–eu ainda não sei nada sobre você - nós sentamos em um banco afastado, eu olhei para o anel e comecei a falar.

–eu…sou brasileira, como você já sabe - ele sorriu e olhei para a rua - moro aqui na Alemanha á um pouco mais de um ano, minha mãe morreu quando eu tinha 18 anos e… - respirei fundo vendo o passado mais distante passar na minha frente - tenho uma irmã mais velha, ela se chama Sasha, mas eu não faço a mínima aonde ela está - ri nervosa e triste ao mesmo tempo - eu…estava noiva há 1 ano, faltavam 2 meses para o casamento e…ele bebeu muito e tivemos um acidente - segurei as lágrimas e olhei pra o Georg, senti um aperto no peito vê-lo ali e me lembrar dele no quarto do hospital - a gente se conheceu em uma sessão de autógrafos, ele ‘tava com a banda no shopping e a gente, sem querer, se esbarrou, nós conversamos um pouco e…olha, deu nisso - olhei para o anel de noivado. O silêncio ali se tornou normal, já não me fazia diferença.

–eu lamento muito - assenti sorrindo.

–eu acho melhor você ir, a menina precisa alisar o cabelo - ele fez cara de incrédulo.

–como você sabe que eu aliso o cabelo? - semicerrei os olhos rindo.

–ah! Moritz, qualquer um que já te viu ao vivo e em cores sabe que você usa chapinha na sua provável juba - ri mas ele estava sério - o que foi? - parei de rir e ele semicerrou os olhos.

–você me chamou de Moritz, certo? - assenti rindo - eu…não parece a primeira vez que alguém o diz, mas…você foi a primeira pessoa a me chamar assim desde o início da banda - ri um pouco arrependida.

–bem, eu só te conheço agora, por isso - ele ri dando de ombros”foi por pouco”assenti - vai chapinhar o teu cabelo - me levantei e ele fez o mesmo.

–chapinhar? - riu do verbo e eu gargalhei empurrando ele até o carro.

–sim, chapinhar! - paramos quando chegamos no carro que estava estacionado na frente do prédio - boa sorte no encontro - mordi o lábio inferior.

–você ‘tá com ciúmes - girei os olhos rindo - você queria ‘tar no lugar dela - “ele não é burro de todo”ri.

–você é um convencido, agora vai logo - ele abriu a porta do carro rindo - depois me conta como correu - assentiu sorrindo, se aproximou e me deu um beijinho no rosto, fiz o mesmo.

–tchau Molly -acenei e ele saiu.“você realmente ama aquele chapinhado né?”– ri sozinha na rua.

–ahum - entrei no meu apartamento e percebi que estava sozinha de novo, dei de ombros e corri para o quarto, me joguei na cama e abri a gaveta do criado mudo, lá tinha um papel amassado, abri o mesmo com cuidado pra não rasgar. Um número do Brasil, meu coração acelerou e fiquei olhando para o papel.

“vai mesmo ligar pra sua irmã?”–eu não sei.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Cabelo da Molly: http://www.dicasdemulher.com.br/index.php?callback=image&pid=1097
Piercing do lábio: http://moda.novidadediaria.com.br/wp-content/gallery/piercing-na-boca/piercing-na-boca-2.jpg
reviews? *-*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "30 Dias Para Me Esquecer" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.