No Capítulo Anterior...

Rose cochilou por alguns instantes, não sabia o quando, mas quando ouviu o barulho da porta se abrir, um sorriso involuntário surgiu em seu rosto e virou para encarar aquele rosto tão belo e tão conhecido, mas seu sorriso sumiu e sua face tornou-se confusa quando o viu.

_Sentiu minha falta amorzinho?

Rose quando o viu não podia acreditar. Aquilo não podia ser real, só podia ser um pesadelo e aqueles bem ruins.

_Mas... Mas como? – perguntou com a voz trêmula.

_Simples, quem saber como entrei aqui? Pela porta querida. – sorriu cinicamente.

_Mas, você...

_Achou que nunca mais ia me ver é? – perguntou indo até a cozinha – Ah querida, vou pegar algo para comer se não se importa, esperei muito tempo ai fora, estou faminto.

Rose não conseguia responder seu coração estava a mil. Não podia ser ele, ou era, será? Não impossível, ele estava morto, enterrado, ela mesma tinha ido ao seu enterro, derramado lágrimas e mais lágrimas sobre seu cadáver, ele não podia ser real.

_E cadê o loiro, o pai da bastarda? – perguntou – Achei que estivesse morando aqui com vocês, que fosse o “guardião” – fez aspas com as mãos depois de apoiar o copo na mesa – Não está feliz em me ver? Foi tão lindo meu enterro sabia? Você naquele vestido preto. Deus como eu gostaria de chegar perto de você, abraçá-la, beijá-la. – falou se aproximando dela.

Rose se afastava cada vez mais, tinha medo, medo de tocá-lo e ver que tudo era real, medo de que ele lhe fizesse alguma coisa.

_Não chegue perto de mim – pediu com medo.

_Nunca toquei em você Rose, mal nos beijávamos, havia prometido a você que a deixaria pura, lembra? Ah como eu queria te tocar, a tantas coisas que podíamos ter feito, mas não você sempre se guardava. Sempre para aquele Malfoy, menino idiota, medíocre que entrou na nossa vida para atrapalhar. – ele sorria como um maníaco enquanto falava – Podíamos ter sido tão felizes, se não fosse a piralha da sua filha.

_Para, para, para, vai embora, suma da minha vida, da minha frente, você está morto – Rose disse, cada vez tinha mais medo.

_Eu estou morto amorzinho? Sabe que eu não percebi? Apenas estou esperando seu namoradinho chegar para eu poder contar meu plano brilhante, como eu enganei você, como enganei a todos. Acho que a única que sabia de tudo era sua filha querida, afinal cadê ela? Gostaria de conversar com ela, como naquela noite...

Os olhos de Rose mudaram de cor, sua face tornou-se fria, estranha, ela estava realmente raivosa, então tinha sido ele, ele que causara aquilo com sua pequena, o motivo dos pesadelos, das coisas que ela estava sofrendo?

_Você, você, seu idiota, como pode? Como pode maltratar uma criança? – ela perguntou nervosa – Tem ideia do que fez a ela? O que me fez passar esse tempo todo achando que você tinha morrido?

Ele então não respondeu, naquele momento ouviram a porta se abrir e Rose logo notou quem era, mas ficou em silêncio, não queria cometer o erro, dele, matar um de seus dons mais preciosos.

_Ora, ora, ora, chegou quem faltava... – então quando Scorpius parou não havia reconhecido, realmente vira esse homem poucas vezes na vida, nunca tinha tido o trabalho de conhecê-lo, afinal ele roubou sua mulher – Veio nos fazer companhia, que adorável da sua parte – riu malignamente.

_Rose, quem é, não me diga, que... – ele não terminou, Rose havia balançado a cabeça, sua expressão demonstrava medo.

Scorpius então sacou a varinha, não tinha medo de pessoa morta, para ele seria um novo desafio.

Em um movimento rápido, o moreno, puxou Rose pelo braço e a envolveu, de forma com que a varinha que ele segurava grudasse em seu pescoço, Scorpius olhou a cena e só faltou voar em cima dele, apenas não fez isso, pois a vida de sua amada estava em risco.

_Um movimento e ela morre – disse ele sorrindo.

_Você não teria coragem – Scorpius provocou.

_Ainda duvida? – falou apertando a varinha ainda mais sobre a pele de Rose, a ruiva não tinha palavras, nunca poderia imaginar que isso um dia iria acontecer. – Vamos Scorpizinho, seja bondoso e coloque a varinha aqui do meu lado, e sente-se ali no sofá, precisamos ter uma conversa muito séria. – sorriu, a cada momento o moreno ficava cada vez mais maluco.

Scorpius nada disse, sabia que a vida de sua amada estava em jogo, fez o que o homem fez, e sentou-se na ponta do sofá, esperando qualquer deslize para poder atacar, uma das coisas que aprendera no treinamento de aurores.

_Bem, bem, bem, onde começamos? – ironizou – Rose, meu amor, sente-se aqui do lado de seu amigo, minha querida, quero lhes contar uma história, muito divertida, tenho certeza que vão adorá-la.

Rose olhou para Scorpius, que fez um sim com a cabeça, então ela se sentou ao seu lado.

_Bom, vamos fazer com que vocês não fujam e nem tente nada contra mim – ele então com um movimento da varinha, fez com que uma corrente invisível prendesse Scorpius Rose, nada podia fazer, e Rose torcia para que sua filha não saísse do quarto, ou que usasse a sua inteligência para contar a alguém, apenas queria que tudo voltasse ao normal.

_Então começaremos a nossa história na noite em que eu morri – riu sarcasticamente – Eu morri, ai Merlin, como isso soa divertido. EU MORRI SABIA? – gritou alegremente. – EU MORRI.

_Seu psicopata – Rose disse – Não tem amor aos outros, como pode fazer isso? Como? Por que enganou a todos?

_Não meu amor, ainda não chegamos nessa parte, tenho que contar meu plano desde o começo, não é mesmo? O motivo de eu ter feito isso, você deveria saber... A CULPA É TODA SUA ROSE WEASLEY, TODA SUA, SE NÃO FOSSE POR VOCÊ NADA DISSO TERIA ACONTECIDO, A CULPA É TODA SUA – ele gritou olhando para a ruiva que o encarava com uma expressão de fúria, medo e indignação.

_Mas não me lembro de ter feito nada a você...

_AH NÃO SE LEMBRA? E VOCÊ POR ACASO LEMBRA-SE DE UM GAROTO CHAMADO “JASON BLAIR”? – perguntou e Rose o olhou interrogativa – NÃO SE LEMBRA NÃO É? EU SOU JASON BLAIR, EU SOU AQUELE AO QUAL VOCÊ RENEGOU.

Continua...