Confissões escrita por Uchihas lover


Capítulo 3
III - Primeiras interações sociais.


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, mas eu tive um grande bloqueio de inspiração.
Aqui está o capítulo. Tem muito Itahina e no final, SasuHina.
Também queria avisar que, na semana que vêm, começa minhas aulas e talvez eu não tenha tempo para postar de semana, mas farei o possível.
Espero que gostem.



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Quase um ano depois do jantar entre minha família e a família Uchiha, eu tomei posse da presidência das Corporações Hyuuga, juntamente com Neji. Neji cuidava da diretoria e reuniões, eu tinha medo de que, talvez, minhas antigas crises de baixa estima e extrema timidez viessem à tona em um momento importante em reuniões, pois os clientes e acionistas da Corporação eram, normalmente, extremamente sérios e manipuladores. Já eu tomava contas das finanças e relatórios.

Infelizmente, no mesmo período da troca da presidência, eu e Sai terminamos nosso namoro.

Sai recebera uma proposta totalmente irrecusável para estudar na mais renomada faculdade de artes dos EUA. E como eu disse, era uma proposta irrecusável.

Não foi tão difícil acabar com nosso relacionamento, simplesmente pelo fato de que nós não nos amávamos. Sentíamos algo maior que a amizade um pelo outro, mas não chegava a ser amor. Nunca soubemos como nomear nosso sentimento recíproco, mas estava entre amizade e paixão. Mas nem por isso não deixei de sentir falta dele. Afinal, vivemos dois anos juntos, ele foi meu primeiro namorado, meu primeiro beijo aconteceu com ele, minha primeira vez, e ele foi, realmente, a maior causa para eu conseguir autoestima. Ele me ajudou de uma forma que ninguém mais poderia e eu, com certeza, sempre serei grata por isso, pois isso me ajudou a crescer e amadurecer.

Nos meses que se seguiram, eu me afundei no trabalho. Me sentia sozinha. Tenten estava fazendo um curso de pós-graduação na Europa, pois ela sempre gostou dos estilos românicos e góticos das antigas arquiteturas, Neji estava sempre ocupado com sua posição na Corporação, e Hanabi estava começando a faculdade de Moda, antigo sonho dela, então estava sempre muito ocupada.

Mas minha “depressão” pós-rompimento não durou muito, pois logo me envolvi amorosamente com outra pessoa, Uchiha Itachi.

Nós nos conhecemos, ou melhor, nos reencontramos, num café em Hokkaido. Eu estava na ilha a trabalho e, coincidentemente ele também. Ele me reconheceu do jantar de nossas famílias e começamos a conversar. Foi uma grande surpresa ele me reconhecer, pois eu não havia prestado tanta atenção nele naquele dia, eu estava entretida em outra pessoa, por assim dizer, e ele não pareceu notar minha presença naquela ocasião, mas ele mostrou-me o contrário.

Nos vimos outras três vezes em reuniões, antes de ele me convidar para um encontro. Apesar de sua voz grave e seu tom autoritário, típico de um homem sério, ele parecia meio envergonhado, mas esse foi um detalhe que deixei passar, e feliz aceitei seu pedido de encontro.

Encontro. Itachi era bom nisso. Desde um vespertino até um café próximo ao seu apartamento até um voo de jatinho particular das Empresas Uchiha até a Torre Eiffel somente para um piquenique aos pés da mesma. Tudo sempre romântico, sempre encantador.

Nosso começo de namoro foi bem relaxante, eu estava feliz e calma. Itachi não era como Sai, e eu admito que, ás vezes, sentia falta de um de brincadeiras na personalidade dele, mas Itachi sabia como compensar a falta de humor. E também, eu não podia esperar por humor em um homem de 25 anos que, de acordo com ele, sempre foi treinado pelo pai para ser um profissional excepcional, um ganhador na vida, um sucesso no tão competitivo mundo dos negócios empresariais.

E por alguns meses eu realmente pensei que tivesse esquecido meu amor não correspondido por Sasuke.

Mas essa sensação não durou muito.

A família Uchiha era uma grande conhecida por suas elegantes e extravagantes festas. Itachi carinhosamente chamava essas festas de “desperdício de dinheiro”, mas sempre era obrigado a participar. E como uma amável e compreensiva namorada, eu, a contragosto, aceitei ser sua acompanhante. Cogitei fingir estar doente, mas artes cênicas não eram meu forte.

A festa era luxuosa, devo dizer. A mansão Uchiha era gigantesca. Tudo em estilo colonial, com pilastes minuciosamente esculpidos, grandes escadarias e janelas enormes.

Minha pequena figura parecia sucumbir a grande mansão, mas tentei me recompor. Uma Hyuuga nunca se sucumbe a meros detalhes, como meu pai sempre diz.

A Sra. Uchiha estava estonteante, com seu lindo vestido longo, de um ombro só, na cor dourado, que ressaltava seus longos cabelos negros, uma das características mais marcantes dos Uchiha. E o Sr. Uchiha poderia ser um dos homens mais elegantes da festa, com seu smoking preto detalhadamente ajustado ao seu corpo, igual à Itachi.

Apesar de a festa estar a minha volta, somente podia pensar em Sasuke. Será que ele viria, e se sim, como eu reagiria? Há um ano eu mal pude sustentar meu olhar quando o cumprimentei, será que isso teria mudado?

Minha resposta logo veio. Sasuke, um pouco atrasado, chegou à festa vestido um smoking cinza escuro, os cabelos rebeldes pareciam mais rebeldes do que nunca, seus olhos olhando fixamente para o nada, mas o maior detalhe era a ruiva ao seu lado, usando um vestido curto de paetês prateados que grudava em suas grosas coxas e um salto muito alto, que doía meus pés só de olhá-los. Logo em minha mente veio à palavra “namorada” e logo depois a pergunta “o que havia acontecido com Sakura?”.

O jantar, uma das partes mais importantes da festa, foi servido. Logo no começo, senti o olhar fixo de alguém em cima de mim, justamente igual ao outro jantar, mas agora não tinha Sai para colocar a culpa, mas provavelmente seria Itachi, ele estava no outro jantar e nesse também. Quem mais poderia ser? Mesmo assim, me senti desconfortável, mas ignorei ambas as coisas.

No final do jantar, soube que a nova namorada de Sasuke se chamava Karin, era sua atual secretária, já que ele era presidente da Empresa Uchiha nos EUA. Pude sentir certa irritação na voz de Sasuke quando ele falava de Karin, ou seria somente meu subconsciente tentando convencer minha mente de que Sasuke não a amava. Até hoje eu não sei o que era. Também descobri que Sakura resolveu terminar o romance alegando que Sasuke estava tentando usá-la para esquecer outra garota. Isso foi intrigante, no mínimo.

Logo depois do jantar, Itachi me convidou para ir para a sacada, ver as estrelas. Itachi era um romântico, e era uma das coisas que mais gostava nele.

Ficamos conversando um pouco sobre coisas casuais, cotidianas, até que ele resolveu buscar uma taça de Champanhe para ele e para mim. Enquanto ele se dirigia para buscar a taça, eu fiquei observando o céu. As estrelas brilhavam muito naquela noite, formando uma paisagem linda de se ver.

Eu, muito entretida com o céu, não reparei que alguém se aproximava de mim, silenciosamente.

– Bonita vista, não concorda?

Me assustei, mas nada demonstrei, pois, por sorte, estava de costas para a dita pessoa.

– Sim, belíssima. – Eu disse calma, me virando lentamente para a pessoa dona da voz, a voz que tanto me encantava. – Não tive a oportunidade de lhe cumprimentar devidamente Sr. Uchiha. Boa Noite, sou Hyuuga Hinata. – Disse calma, embora meu coração estivesse bombeando sangue muito rapidamente, mas eu continuava pedindo para que minha face não ficasse vermelha.

– Uchiha Sasuke. – Disse, simplesmente, migrando para o meu lado, segurando uma taça de vinho tinto, se apoiando na sacada. – Por meu irmão ser tão cortês comigo, soube somente essa noite que está namorando ele, e me pergunto o que aconteceu com seu antigo namorado. Faria o favor de me responder, se não for incomodo?

Um Uchiha curioso! Isso era raridade, e eu mentalmente me perguntava por qual razão ele queria saber disso. Talvez somente curiosidade.

– Sai recebeu uma proposta irrecusável para estudar na melhor faculdade de artes dos Estados Unidos, então nós decidimos terminar nosso relacionamento de forma amigável. – Eu expliquei, olhando para as estrelas.

– Por que desistiu dele tão facilmente? – Sasuke indagou, e eu fui pega de surpresa. Desistir. Eu não tinha desistido de Sai, ou do nosso relacionamento, mesmo porque eu sabia que, se continuássemos daquele jeito, não iriamos longe. Nosso tipo de sentimento era forte, mas não duradouro para um relacionamento amoroso. Não tínhamos desistido um do outro. Tínhamos libertado ambos para que pudéssemos seguir o caminho para nossa felicidade.

– Eu não desisti dele, nem dele de mim. Somente nos libertamos. Nosso relacionamento não era forte o suficiente para continuarmos juntos como um casal. E aquela proposta era uma oportunidade única para sua arte ser vista pelo mundo. Nunca o privaria de mostrar sua arte somente para mim, quando eu sei que o mundo todo pode apreciá-la. Nunca seria tão egoísta.

Ele pareceu se surpreender com minha resposta por um momento, um breve momento, pois logo depois, em sua face, a expressão séria e vazia voltou. Ele fitou o céu estrelado por mais alguns minutos, e depois de despediu, seguindo sua direção para a festa novamente.

Eu poderia não saber naquele momento, mas aquela simples e rápida conversa se tornaria um grande momento para nossa história. Além de ser nossa primeira interação social mais íntima, também seria um grande passo para nós.



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Notas finais do capítulo

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