Caliel. escrita por Wana


Capítulo 17
Olá, visitas.


Notas iniciais do capítulo

Heeey!
Como vão?
Eu sei, eu sei, demorei pra porra;
Dessa vez e eu e minha mente temos toda a culpa. Ela por não querer ser criativa( não para esse fic) e eu por quando ter idéias não anotar e acabar esquecendo as idéias. o/
Eu vou dar mais atenção pra essa fic, promessa da wana;
É que tenho tido muuuuuitas idéias para fics esses tempos, tipo, acho que já tenho assunto pra fics até o fim de 2013 haha. Isso se o mundo não acabar esse ano porque né...
Hebe morreu, Corinthians campeão da libertadores, neymar entre os 20 maiores brasileiros de todos os tempos...
Ahhh eu encontrei um livro ( que começou como web) muuuito foda e ele é tipo um manual palavronistico ( existe essa palavra?) então não estranhem com minha linguagem ok?
Estou trabalhando nessa bang de ficar com bloqueios mentais e tals pra poder escrever essa fic aqui melhor;
E falando em fic, acho que agora ela vai demorar mais um pouco pra acabar, tipo mais uns 12 capitulos, pode variar.
Esse capitulo era só um, mas eu tive que dividir em dois porque eu quero uma narração do Luke-delicia haha
Chega de enrolação e vamos ao capitulo.



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O sol raiava; os pássaros brincavam e cantarolavam feliz em algum lugar fora do meu campo de visão; eu estava olhando pela janela da sala, que estava aberta, dando passagem para uma brisa fresca passear pela casa e balançar todas as coisas leves, inclusive as folhas de papel cheias de desenhos do Simon.

Eram Oito da manhã e eu já estava acordada a um bom tempo, tipo assim, desde as cinco da madrugada. Eu sei, eu sei! Tomei no... Olho, quando pensei que dormiria até tarde, já que estava suspensa...

Fui acordada as cinco da madrugada, por minha mãe que ainda estava meio emburrada comigo. Ela disse-me em uma voz firme que eu levantasse imediatamente para cuidar do Simon - que ainda estava dormindo! - porque ela já estava de saída para o trabalho, que até agora não sei onde e/ou do quê é.

Virei-me de volta para Simon, ele tentava agarrar as folhas que dançavam no ar. Primeiramente ele gargalhava alegre, tentando pega-las, feliz com sua nova brincadeira; mas depois começou a ficar irritado com a resistência das folhas e seu semblante foi tomado por uma expressão determinada, algo que eu nem mesmo achava possível para uma criança de dois anos. Fechei com cuidado um lado da janela, para que o vento cessasse. E enfim Simon conseguiu pegar suas tão sonhadas folhas, mas ao invés de brincar com elas, largou-as em um canto e foi procurar algo mais interessante para fazer. Criança louca.

Ri sozinha e me joguei no sofá, sem tirar os olhos de Simon, que jogava todos seus brinquedos para fora da caixa onde os guardava. Ele analisava cada um minunciosamente, de cabo a rabo e depois os jogava por cima dos ombros, fazendo uma cara de falta de interesse. Estava entediado. Que bom, porque eu também.

Fechei os olhos e suspirei. Estava cansada. Não havia conseguido dormir na noite passada. Meu cérebro se recusou a ficar letárgico. Passei a madrugada toda envolta a pensamento, só pra no fim não chegar à conclusão alguma.

Abri os olhos quando senti um golpe em minha cabeça. Nada muito forte, algo como um cutucão para chamar minha atenção. Era Simon, com uma arma de bolhas de sabão na mão, e um olhar subjugado. Apertava o gatilho de sua pistola e depois me mandava um olhar de “Vê? Não sai nada! Arrume isso já mulher” ou talvez seja só minha imaginação. Faltava sabão para as bolhas saírem.

– Cael... - ele começou falando errado meu nome, como sempre. – Neném Simon quer brincar. - falou com sua vozinha infantil e lançou um olhar de mim para a pistola.

Suspirei e me levantei do sofá, tirando das mãos de Simon a pistola e indo para a cozinha, sendo seguida pelo pequeno.

Meia hora depois a casa estava envolta em bolhas, o chão estava grudento e Simon pulava pedindo mais sabão, tipo, pela décima vez.

– Ah, só mais um pouco! - falei rolando os olhos só de pensar que teria que limpar a sala quando ele terminasse sua “brincadeira” e segui para a cozinha enquanto Simon corria atrás de mim - sabe se Deus como- não escorregando no chão cheio de sabão.

Coloquei mais sabão na bendita pistola e entreguei para o pirralho, no mesmo instante que o barulho da campainha ecoou pela casa.

– Já vai! - gritei e comecei a andar nas pontas dos pés para abrir a porta. O chão precisaria ser limpo ou alguém... Escorregaria...

Levantei do chão meio zonza, passei a mão na parte de trás da cabeça, massageando a parte que havia se chocado com o chão. Sentia-me doente. Simon gargalhava de mim, em um canto desconhecido...

A campainha soou mais uma vez, de forma tão longa, que abri a porta irritada.

– Diabos, já pode parar de apertar a campainha. - falei irritada enquanto abria a porta.

– Já acorda assim tão irritada? - o garoto a minha frente zombou enquanto mexia em seus cabelos loiros. – Assim não arranjará esposo.

– HÁ-HÁ-HÁ você é uma graça Nate. - rolei os olhos.

– É o que dizem... - concordou convencido e deu seu melhor sorriso de galã de novela. Eu ri, tentando mandar embora a irritação.

– E o que faz aqui? - perguntei curiosa. Peguei seu braço, levando seu pulso perto dos meus olhos de forma que eu pudesse olhar as horas no seu relógio. – São quase nove, não deverias estar no colégio?

– Talvez sim, talvez não. - disse brincalhão. – Pensei que iria querer companhia hoje. Não vai me deixar entrar? - ergueu uma sobrancelha. Sorri para ele e lhe dei passagem. Não havia nada de mal receber um amigo certo? Quero dizer, mamãe disse que eu não saísse, mas não disse nada sobre virem me visitar...

– Só cuidado para não... - comecei a lhe a avisar enquanto fechava a porta, mas antes que eu terminasse a frase, Nate já havia caído igual mamão mole no chão. –... Escorregar. - conclui debilmente.

As risadas de Simon ecoaram pela sala, de forma tão contagiante, que eu e Nate acabamos por rir junto a ele. Nate levantou-se do chão, com seus cachos bagunçados.

– Bolhas de sabão... - sorri envergonhada, mandando-lhe um olhar de desculpas. Ele apenas gargalhou e sentou-se no sofá, analisando toda a casa. Seus olhos pararam em Simon, que agora estava silencioso no canto da sala, preocupado apenas com sua arma de bolhas de sabão. Como se se sentisse sendo observado, Simon levantou seu olhar e olhou para Nate por um instante. Os olhos de Simon percorreram Nate minunciosamente, até que ele sorriu suavemente e voltou seu olhar para seu brinquedo.

– Qual o nome? Não sabia que você tinha um filho. - Nate confessou sorrindo.

– E não tenho! - falei rápido. – Este é Simon, meu irmão.

– Oh, desculpe. É que ele se parece tanto com você... - falou envergonhado.

– Sem problemas, todos pensam isso. Talvez eu tenha cara de uma mãe velha... Ou cara de uma depravada. - fiz uma careta. Nate gargalhou alto e eu o acompanhei.

– Não deveria dizer essas coisas... - Nate falou sorrindo. – Quando uma mulher se chama de depravada, acaba por estimular a imaginação de um cara. - ele sorriu maroto.

– O que não é o seu caso. - falei rindo. Ele ficou sério pro um instante, me encarando.

– Sim, não é meu caso. - respondeu por fim com um sorriso.

Conversei com Nate por algum tempo, enquanto Simon brincava na sala, silencioso. Não é novidade que Nate só fale besteiras, assim como não é novidade que eu morria de rir das idiotices que ele dizia.

– Falou com o seu não-namorado? - Nate perguntou em um instante.

– Não, não falei. - suspirei. Sabia que tinha que pedir desculpas para Luke, mas ainda não estava pronta. – Por quê?

– Por nada. - deu de ombros com um sorriso nervoso. Eu achei estranha aquela atitude. Por que Nate estava preocupado se eu falava ou não com Luke? E por que ele havia ficado nervoso? Semicerrei os olhos o analisando bem. Talvez ele estivesse me escondendo algo... Talvez houvesse algo de errado. Balancei a cabeça mandando embora todas as loucuras que eu estava pensando.

– Hm... Caliel? - ele pigarreou e eu retornei ao meu olhar calmo. – Posso lhe pedir um favor? - ele sorriu.

– Claro.

– Não diga a ninguém que sou gay, tudo bem? - falou em tom de segredo.

– Por quê?

– Só ainda não estou pronto. -ele sorriu torto e eu assenti. Deveria ser difícil para ele assumir-se para todos de uma vez só.

Nate foi embora antes do meio dia. O tempo havia passado voando enquanto conversávamos, era uma coisa fácil, engraçada e verdadeira de se fazer, e eu adorava isso. Eu e Simon almoçamos na casa do meu pai, tendo em vista que todo o povo da minha casa ‘oficial ’ havia nos esquecido, é.

Era animado almoçar na casa do meu pai. Isso porque Marie era uma criaturinha muito meiga e de bem com a vida e meu pai sempre foi uma piada só.

– Então aquela bruxa deixou meu anjinho de castigo? - meu pai perguntou brincalhão.

– Sim papai. Vê como ela é cruel comigo? - encenei triste. Marie abanou a cabeça em sinal de reprovação, enquanto dava comida a Simon.

– Pura crueldade meu bem! - ele concordou com cara de dó. – Bater em pessoas é uma coisa tão normal, ser suspensa e retirada da sala várias vezes então, banalidade total. - brincou sorrindo. Desviei o olhar, eu sabia que por mais que meu pai estivesse brincando sobre isso, ele não concordava com minhas atitudes e isso me deixou envergonhada.

– E não se esqueça da explosão no laboratório de química. - Lavínia incentivou sorrindo. A garota havia tido uma bela mudança! A garota que antes se sentava a mesa e só falava duas ou três frases - isso quando falavam com ela-, agora era conversava descontraidamente. Não me perguntem o porquê disso. Aliás, falava até demais.

– Até tu, Brutus, meu filho? - gracejei lhe lançando um olhar de apontamento. Todos caíram na gargalhada, inclusive Simon, que estava sentado em uma “cadeira alta” improvisada com livros (ideia minha claro).  Todos pararam de rir, mas Simon continuou, de forma estranha, dando gargalhadas loucas. Aposto que nem sabia por que estávamos rindo, apenas estava acompanhando o povo.

Criança louca...

Terminamos de almoçar e a Marie levou o Simon pra dormir no quarto dela. Acho que ela ainda tem todo aquele tal de sentimento maternal, ou gosta muito do Simon, ou sei lá. O que importa é que agora eu estava com tempo livre e sem ninguém para me vigiar. Meu pai tinha voltado para o trabalho, tio Daniel eu não tinha visto desde o dia anterior, minha mãe escafedeu-se, minha madrasta estava cuidando do meu irmão - coisa que era para eu estar fazendo. Pois é, desobedeço minha mãe, me processe. - e Lavínia estava jogada no sofá da sala, tão absorta na leitura de um livro que se eu resolvesse desviar a avenida principal para passar por dentro de casa ela nem repararia.

A questão é o que eu faria agora? Eu poderia ir procurar o Vincent, mas não sabia onde ele morava, poderia me encontrar com o Nate, mas ele havia dito que tinha uma coisa pra fazer quando saiu de casa, ou eu poderia fazer uma visitinha para minha melhor amiga e talvez, só por coincidência ver o Luke, não que eu fosse procurar ele claro.

Passei pela Lavínia em direção a porta, ela não desgrudou seus olhos do livro, mas mesmo assim fiz questão de explicar- ou inventar uma desculpa, pensem como quiserem-, vai que minha mãe resolve chegar mais cedo em casa? Vou estar ferrada ao triplo se ela não souber onde estou.

– Estou indo na casa de Alice, pode pedir para sua mãe cuidar do Simon pra mim por uns instantes? Volto logo. - falei já na porta da casa e encarei Lavínia.

Ela não se moveu por um instante, nem ao menos fez menção de ter me ouvido falar, mas então seus olhos pararam de correr pelas linhas do livro e ela olhou pra mim.

– Claro. - disse amável. – Vai pedir desculpa para o Lucas? - perguntou curiosa

– N-Não. - gaguejei. – Alice tem uma emergência e precisa de mim. - menti.

A verdade é que era bem isso que eu tinha em mente, mas me soava meio ridículo pronunciar aquelas palavras em voz alta “Sim, vou pedir desculpas para o Lucas”, desde quando eu preciso pedir desculpas por bater nele? Quero dizer, eu bato nele a todo instante, ele tem uma coleção de hematomas e cicatriz causadas por mim desde a infância, por que eu teria de pedir desculpas agora? Porque só agora ele tinha ficado realmente zangado por levar um soco meu. E cara, ele realmente ficou irritado comigo. Com aquela cara de peixe morto e tudo, que eu só lembrava-me de o ver fazendo quando eu e Alice pegamos a coleção de super-heróis dele para serem nadadores profissionais na piscina de ketchup que montamos dentro de uma panela. Deve ter algo haver com o fato de eu ter batido nele na frente de todo mundo. Ferido o ego dele e coisa e tal. Será que eu tinha diminuído a virilidade dele? Isso seria engraçado, se eu não estivesse tão estranhamente incomodada por tê-lo feito passar vergonha.

Lavínia sorriu maliciosa, sabendo que eu estava mentindo. Essa era a coisa chata na garota: ela poderia ser toda desligada e desatenta, mas quando resolvia prestar atenção em você, ela realmente prestava. E agora definitivamente ela estava prestando atenção em mim.

– Divirta-se. - ela piscou para mim com um olhar que eu nem sabia que ela tinha. Algo como “Eu sei que você sabe que eu sei o que você vai fazer”. Outra louca.

Praticamente me lancei para fora, para fugir dos olhares de Lavínia. Ainda parei em casa para trocar de roupa - sabe-se Deus porque eu queria estar bem vestida. - e pegar meu celular que havia esquecido na casa. Andei rápido pelas ruas, desejando que pelo menos hoje nenhum louco me atropelasse - porque era isso que acontece sempre que resolvo ir para a casa de Alice a pé. -, pois eu não podia demorar.

O vento ainda estava soprando relativamente forte e fazia com que meus cabelos fossem jogados para trás, o que provavelmente me fazia parecer uma tocha olímpica, então prendi meu cabelo em um coque enquanto andava.

Encolhi-me no moletom que eu usava, não por frio, apenas por costume mesmo, assim como era costume eu usar moletom quando não estava tão frio para ser necessário um, mas não tão quente a ponto de fazer evaporar 70% do meu corpo, que equivale à água.

E porque estou falando sobre isso? Porque não estou a fim de pensar sobre o que dizer para o Lucas. Não sou chegada a pedir desculpas, não mesmo; isso é uma coisa difícil pra mim. Faz-me sentir fraca, meio esquisita, vulnerável demais, principalmente quando as palavras são verdadeiras e eu realmente sinto muito por ter feito besteira.

Plantei meus pés na frente da porta mordendo os lábios. Era agora ou nunca. Levantei a mão para tocar a campainha, mas antes que eu a apertasse a porta se abriu. Assustei-me, será que estavam me espionando? Será que tinham me visto com cara de taxo na frente da casa. Mais então uma girafa loira saiu de lá dentre mascando chiclete. Eu fitei a garota, erguendo um pouco a cabeça para encara-la.

– Veja só quem está por aqui! - falei com falsa animação. – Como vai Meredith? - perguntei, já formando meu sorriso ácido.

– Muito bem obrigada. - Ela sorriu e rolou os olhos. – Veio ver o meu Lucas? - provocou-me. “Meu Lucas”! Vamos rir dessa vaca! Epa, afinal ela é uma vaca ou uma girafa? Giravaca, talvez... Ou não.

Sorri e menti com desdém. – Não, vim ver minha melhor amiga. Se me dá licença... - Não esperei ela responder e logo entrei na casa.

Eu estava irritada. Parece que Lucas havia achado um jeito melhor de reafirmar a virilidade dele. Comendo uma vaca. Perdão, não achei que essa frase fosse sair tão baixa assim, é que estou com raiva. E eu aqui me fazendo de besta e indo pedir desculpas... Mas já que estou aqui...

A casa estava normal, as janelas estavam apertas e as almofadas arrumadas no sofá, sinal de que era o dia da empregada ir arrumar o chiqueiro que aquela família fazia.

– Amanda! - Cumprimentei a mulher que descia as escadas com uma vassoura na mão. Ela era baixa, cabelos pretos e lisos, feições orientais, por volta de 37 anos. Ela sorriu ao me reconhecer.

– Olá querida. - Amanda disse sorrindo. Eu conhecia Amanda a mais de 10 anos, tempo que ela trabalhava para a mãe de Alice e como havia tempos em que eu estava mais na casa de Alice do que na minha, acabei por me acostumar com ela. – Perguntava-me quando lhe veria novamente. Você anda sumida não? - questionou amável.

– Provavelmente. - assenti. – Mas também é que nossos horários nunca batem. - Ela assentiu sorrindo e passou a varrer o chão por ali, com tal concentração que ainda hesitei em perguntar-lhe; – Hm... Amanda?

– Sim? - ela levantou os olhos do chão e fitou-me.

– Aquela garota que estava aqui, hum, ela estava com Lucas? - perguntei hesitante.

– Sim, estava. Acho extremamente errado uma garota estar trancada no quarto do garoto, realmente muito errado. Onde estão os pais dessa garota? Além do mais... - E ela se lançou em sei discurso sobre valores morais. Eu parei de ouvi-la. Eu já sabia muito bem, sabia que ela estava com ele, mas por algum motivo precisava de uma confirmação. Beijei o rosto de Amanda e me despedi, subi as escadas rapidamente. Tudo ainda estava do jeitinho de sempre, o corredor de cores escuras, as portas dos quartos pintadas e decoradas de acordo com o gosto de seu habitante.

Andei lentamente pelo corredor. Podia ouvir o barulho dos meus passos rangendo na madeira. Estava tudo silencioso, quase como se não tivesse ninguém em casa.

Eu poderia entrar no quarto de Lucas, tirar o peso da minha consciência e depois ir falar com Alice, sei lá, só uns dez minutinhos. Dirigi-me silenciosamente para o ultimo quarto do corredor. Parei na porta, ou melhor, empaquei na porta. O que eu diria mesmo? Droga, eu não sabia o que dizer!

“Só precisa pedir desculpas, estupida.” Pensei sozinha. Ótimo, agora eu me xingava mentalmente.

A porta do quarto se abriu, revelando Vince. Ele me olhou de cima para baixo, como se duvidasse que eu estivesse ali. Ou sei lá o que.

– Calielzita! - Vince me abraçou e fechou a porta atrás de si. – Qualquer coisa ou pessoa que você tenha visto saindo dessa casa, saiba que foi engano. - ele disse com seu papo de vendedor, jogando seu braço por cima do meu ombro.

– Sem problemas. - fingi dar de ombros. Vince me encarou semicerrando os olhos, pendeu a cabeça um pouco para o lado e depois desistiu. Ninguém conseguia me desmascarar quando eu realmente queria fingir algo. – Hm... Vince? - chamei

– Oi?

– Você estava dentro do quarto vendo os dois se pegarem?

– Não! - ele respondeu nervoso. – Eu vim ver Alice, tenho uma surpresa pra ela. - disse sorrindo.

– Certo. - assenti séria. – Preciso falar com seu amigo bocó por uns segundos.

– Fique a vontade, fale por segundos, horas, anos...

– Menos Vince...

– Ok. - ele assentiu e andou pelo corredor até chegar ao quarto da Alice e bater na porta. Entrei no quarto do Lucas. O quarto estava bagunçado, com roupas por todos os cantos. Havia roupa no que eu acreditava ser a cama, havia roupa perto do guarda-roupa, algumas embalagens de doces jogadas pelo chão. Lembrei-me do dia da festa. De tudo que tinha acontecido... Pisquei diversas vezes para voltar a mim. Estava ali para pedir desculpas, não para ficar devaneando.

Encontrei Luke sentado na frente do computador, onde milagrosamente não haviam roupas espalhadas. Fechei a porta atrás de mim. A porta fez um click e pareceu chamar a atenção dele. Ele me olhou surpreso, sorriu torto e depois seus olhos se tornaram curiosos.

– Oi... - falei.

– Oi. - ele sorriu. Qual é? Ele não estava irritado comigo? E a cara de peixe morto e tudo mais? Não creio que tenha vindo por nada.  Ele levantou-se da cadeira, meio desconsertado e andou até mim, do jeito mais sensual possível. Ou talvez seja só minha mente depravada que esteja fantasiando. – E então? O que você quer? - parou a minha frente bagunçou seus cabelos negros. Respirei fundo. Era agora ou nunca.

– Vim pedir desculpas. - dei um sorriso nervoso. 


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Notas finais do capítulo

Cara, deixa um review ai.
Me xingue,me stakeie , me ameace de morte ou coisa do tipo.... Ah e diz se gostou também do capitulo.
O capitulo foi fraco, mas como ultimamente sou a miss fraqueza não tô nem ai.
O próximo eu posto no máximo até sábado pra vocês não terem esquecido do que aconteceu e tals.
Promessa da wana!
Eu estou escrevendo uma outra fic, que é meio no estilo dessa, só que a protagonista é uma bitch e o mocinho também KK ( não literalmente rs)
Por que eu falei isso? Nem sei. É que estou super animada e queria falar com alguém sobre isso.
Beeeijos