Caliel. escrita por Wana


Capítulo 18
Deixe o amanhã para amanhã.


Notas iniciais do capítulo

heeey.
Eu sei, demorei pra porra.
Mas, em minha defesa, como eu disse no capitulo anterior, eu vim postar o capitulo em um sábado. Só que esse sábado foi muito tempo depois da sexta que eu postei hahaha
Lado bom? Estou tentando melhorar minha escrita e vou adiantar um monte de capitulos aqui, porque já tô enfezada com essa coisa de demorar a postar.
SIm, eu estou brava comigo mesma.
Desculpem qualquer erro, não tô com saco pra revisar.
Mas se encontrarem avisem ai que eu arrumo.
Hoje tem capitulo narrado pelo Luke dlç !
vamos lá



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“Tenho andado distraído,
Impaciente e indeciso
E ainda estou confuso,
Só que agora é diferente [...]”.

– Oi? - perguntei debilmente.

– Vim pedir desculpas. - ela repetiu impaciente. Eu sorri, sabia que ela se irritaria fácil. Sabia que ela estava se sacrificando, nunca tinha a ouvido pedir desculpas de bom grado.

– Desculpas aceitas. - falei bagunçando os cabelos de fogo dela. Eu estava irritado, tipo, muito irritado mesmo pela cena do colégio. Não, não com aquela cena do soco, apesar de ter sido um soco à la Caliel mesmo. Estava com mais raiva porque aquele cara doido não desgrudava dela. Mas quem se importa com isso, se ela está aqui? Comigo! Não com ele.

Sim, você não leu errado. Estou confessando que estou com ciúmes. Eu já não tenho mais força, paciência, ou sequer energia mental para continuar negando. Que seja; eu estou apaixonado por ela. Estou apaixonado! Felizes? E diferente das outras vezes, dessa vez eu admito que isso não vá passar. Sinto isso.

Eu não vou deixar de amar o cabelo dela, não vou deixar de amar o sorriso dela, não vou deixar de amar a forma como ela é tão frágil e ao mesmo tempo tão letal, não vou deixar de amar o modo como ela revira os olhos quando está impaciente, ou como ela pisca diversas vezes quanto está confusa, ou até mesmo o jeito como ela se irrita fácil.

Eu poderia querer qualquer outra pessoa. Uma pessoa menos zangada, menos orgulhosa, menos indecisa, menos fechada, menos mandona, que me desse menos surras e que fosse menos cheia de “autos e baixos”; mas é que todos esses menos tornam ela diferente. É que, no final, todos esses menos, transformam ela em alguém, não perfeita, mas imperfeitamente feita para mim.

Sentir um turbilhão de emoções não é uma coisa fácil. Às vezes sinto vontade de ligar só para ouvir a voz dela e provavelmente ligaria se no mesmo momento não lembrasse que nem o telefone dela eu ganhei! E então tenho vontade de jogar o telefone na cabeça dela por ser tão cruel comigo. Claro que eu poderia roubar o telefone da Alice e pegar o número dela, mas não ia ser tão legal quanto se ela me desse. Por Deus, como é que as meninas conseguem ficar sentindo isso durante a vida toda, cada vez com um cara diferente?

Masoquistas...

– Assim? Fácil desse jeito? - ela perguntou confusa.

– É ué. - dei de ombros. Ela ficou na ponta dos pés e levou sua mão até minha testa, com uma expressão de confusão tão engraçada que não pude deixar de dar uma gargalhada. Ela semicerrou os olhos.

– Você usou drogas? - perguntou séria. Neguei com a cabeça. –Tá nas drogas Luke? - insistiu, semicerrando ainda mais os olhos.

– Não, não estou. - afirmei tirando sua mão da minha testa. – Quer que eu brigue com você e não aceite suas desculpas?

– Não é isso, é que você está diferente. - falou piscando confusa. “Cara de bobo apaixonado” foi o que ela quis dizer. Virei-me de costas e andei até o que aparentemente era minha cama. Joguei uma pilha de roupas no chão e sentei. Dona Amanda tinha que vir arrumar aquele quarto urgentemente. Caliel se encostou à parede e afundou as mãos nos bolsos do moletom. Eu sorri, sabendo que ela estava desconfortável. Apesar de tudo, eu ainda gosto de mexer com ela, de vê-la desconfortável, de provoca-la...

– Sabe, eu acho que tenho uma ideia pra você se desculpar comigo... - falei sorrindo. Ela me encarou curiosa e assentiu para que eu continuasse. – Passe essa tarde comigo. - falei sorrindo. E ai você se pergunta: Cara, por que você fez isso? E eu te respondo: EU NÃO SEI. Ela hesitou, tirou o celular do bolso, olhou o relógio e mordeu o lábio. Eu sorri, porque ela sempre ficava tão sexy daquela forma. Ela suspirou e colocou o celular no bolso do moletom, indicando que se dava por vencida.

– Ok, mas só porque não quero ficar com a consciência pesada. - falou de nariz empinado. – O que vamos fazer?

Eu sorri e dei um pulo da cama, abri o guarda-roupa e peguei roupa, indo em direção ao banheiro.

– Vamos sair em instantes. - avisei fechando a porta.

– Sair? Pra onde?

– Sair, Caliel, sair. Você não precisa saber de tudo por aqui. - gritei de dentro do banheiro. Ela bufou alto e eu pude imagina-la rolando os olho. Sorri, porque o jeito impaciente dela era único.

Tomei um banho demorado, só pra irritar a baixinha um pouco, vesti minhas roupas e sai do banheiro, bagunçando os cabelos molhados a fim de tirar o excesso de água deles.

– Parece uma donzela. - Caliel reclamou sem olhar para mim, enquanto mexia em alguma coisa no meu computador. Eu dei uma risada de leve. Missão cumprida.

 Peguei um pente e fui para frente do espelho pentear o cabelo. Caliel rodou na cadeira e ficou me analisando. Olhei para ela pelo espelho e ela sorriu.

– Não sabia que penteava o cabelo. - ele disse com seu costumeiro sorriso maldoso. – Parece que sempre ‘tá’ bagunçado isso ai. - acrescentou fazendo um gesto de desdém em minha direção. Ela estava querendo me provocar! Sorri maroto.

– Isso é um penteado. Nenhuma menina nunca reclamou dele.

Ela deu de ombros e rodou na cadeira do computador de novo, como uma criança que acaba de descobrir um novo brinquedo. Continuei arrumando meu cabelo, ainda com os olhos na nanica rodando igual peão na cadeira. Quando achei que meu cabelo estava aceitável, larguei o pente e fui em direção à pequena, que ainda brincava na cadeira;

Segurei a cadeira para que ela parasse de rodar e analisei a nanica e me ajoelhei no chão. OS cabelos dela estavam no rosto e os olhos meio dilatados de susto, eu acho. Tirei as mechas de cabelo que estavam no rosto dela e encarei-a. Tão pequenina, parecendo tão meiga, tão delicada e ao mesmo tempo tão instável. Antes que pudesse me impedir, minha mão foi ao rosto dela e acariciou sua pele de leve. Ele mexeu a boca, sem fazer som algum e desviou seus olhos dos meus, fixando-os em algum ponto atrás de minha cabeça. Senti que ela estava desconfortável e só por isso não avancei para lhe beijar, me afastei tentando lhe dar espaço decidido a não insistir, mesmo assim peguei-me a questionando o que estava havendo.

– A pouco você estava beijando ela, agora vem me tentar me beijar? Por caso pensa que eu sou o que? - ela disse formalmente, mas ainda demonstrando sua raiva.

– Ela? - perguntei confuso.

– Sim, ela. - confirmou. Ela? Oh droga, sim Ela! Meredith! Droga! Por que eu tinha que chamar Meredith para minha casa depois da escola mesmo? Ah claro, porque ela estava me dando mole. Eu deveria ter recusado? Deveria? Por que eu deveria? Não devia nada a nanica. Até porque ela provavelmente estava de rolo com aquele viadão lá, o tal do Nathaniel. Hunf.

Mesmo tendo certeza de que não devia nada para ela, desviei o olhar. Ela deu uma risada leve, sem humor e me empurrou de sua frente para que pudesse levantar-se. Andou até a porta, enquanto eu a olhava ir embora.

– E ai, vai ficar ai? Só porque aceitei passar uma tarde com você não significa que eu aceitei ficar trancada no seu quarto. - falou parando na porta e olhando por cima dos ombros. Não me importava nenhum pouco de ficar a tarde toda com ela dentro daquele quarto. Eu sorri e andei até ela. – Eu sei o que você está pensando. - acusou rindo. – Eu falei sem malicia ok?

– Não falei nada! - me defendi levando os braços em sinal de rendição.  Caliel continuamos a andar.

– Seu cabelo ainda me parece bagunçado. - Ela comentou quando já estávamos descendo as escadas, com o rosto inexpressível. Dei uma risada e passei a mão por meus cabelos bagunçando-os mais ainda. Ela me olhou de canto de olho e depois pressionou os lábios para não sorrir. Nós saímos de casa e Caliel pareceu relaxar, provavelmente não queria ser vista junto comigo, ou sei lá. Agarrei sua mão e puxei-a em direção a moto estacionada na frente da casa.

– Essa moto não é do Vince? - a nanica perguntou confusa, parando em frente da moto quando eu já estava até mesmo ligando a moto. Assenti com a cabeça.

– Só um empréstimo. - “Sem o consentimento dele, mas ainda assim, um empréstimo “ quis adicionar a frase, mas decidi que se eu queria ter alguma chance de que ela fosse comigo era melhor não falar nada.

– Você tem carteira? - a baixinha perguntou mordendo o lábio inferior, cheia de indecisão.

– Não, mas dirijo bem melhor que muita gente por ai. - Caliel me lançou um olhar gélido. – Vamos lá! Você andou com o Vince nessa mesma moto, por que não pode andar comigo? Confie em mim... - apelei. Na verdade, eu não esperava que ela caísse nessa, esperava mais que ela me desse uma tapa, ou me jogasse da moto, ou fosse embora me acusando de estar planejando mata-la; no entanto, como sempre, ela me surpreendeu apenas mordendo o lábio de leve e dando de ombros, logo após subindo na moto atrás de mim.

A sensação foi boa quando ela envolveu seus braços e pelo meu corpo para se segurar sério, foi tipo MUITO BOM. Isso me lembra de que eu preciso comprar uma moto, sério mesmo, assim dá pra ficar agarradinho com a garota enquanto dirijo. Se você é um cara, com certeza já pensou nisso, vai dizer que não?

Dirigi até um parque de diversões próximo dali. Tudo bem, isso foi um puto de um clichê, no entanto, o que eu posso fazer? Decidi tudo em cima da hora e só consegui arrastar a nanica por um golpe de sorte mesmo. Aliás, engraçado como ela foi me pedir desculpas! Quem diria! Caliel Hales pedindo desculpas!

– Sério que estamos em um parque de diversões? Sério mesmo? - Caliel, que ficou o caminho todo calada, se manifestou enquanto atravessava o portão enorme e colorido do parque. – Isso é tão clichê Luke. - abanou a cabeça e continuou andando a alguns passos minha frente.  Puxei-a pelo capuz do moletom e entrelacei minha mão na dela. Ela semicerrou os olhos e olhou do meu rosto para minha mão, da minha mão para o meu rosto seguidas vezes, depois tentou separar nossas mãos.

– Fica quietinha ai nanica. -falei segurando sua mão com força para que fosse impossível que nossas mãos fossem separadas. Ela podia até ter força, mas eu tinha mais. – Seja meiga só por algumas horas, foguinho! - rolei os olhos enquanto ela ainda tentava separar nossas mãos. Ela rolou os olhos também e parou de fazer força.

– Por que ‘tá’ fazendo isso? - perguntou me encarando.

– Fazendo o que?

– Isso! - ela levantou nossas mãos juntas para que eu visualizasse-as e depois apontou para o parque de diversões. A esse momento, já estávamos andando pelo parque. Ele não estava com muita gente. Apenas algumas crianças e uma boa parte dos jovens vestidos com material escolar, que deveriam estar matando aula. – Por que está tentando criar um clichê comigo?

“Porque eu te amo, porra.”

– Não estou tentando criar um clichê com você. Só quero me divertir. - menti dando de ombros.

Caliel rolou os olhos e bufou. A pergunta ficou na minha cabeça. Por que eu estava fazendo aqui mesmo? Por que eu estava levando em um “encontro”? Por que eu estava tratando-a como minha namorada? Por que eu estava sendo tão legal com ela, sendo que, supostamente, nós nos odiamos? Eita, vida complicada! Muitos “por quês” só pra um Lucas!

Continuamos andando enquanto eu estava em minha crise existencial, Caliel não tentou largar da minha mão, ou correr, ou me dar um soco, ou sei lá... Roubar uma arma e meter uma bala pela minha orelha! Apenas andou, observando com olhos atentos os brinquedos e as pessoas. Era engraçado ver o olho dela brilharem quando via um brinquedo super radical, ou como ela rolava os olhos quando achava um brinquedo besta por demasiado, então eu resolvi deixar minhas crises pra depois e ficar de boa com a nanica.

Eu continuei andando do meu jeito desleixado de sempre, enquanto ela me guiava de canto a canto. Como eu estava ocupado demais olhando para o rosto dela (e outras ‘coisitas’ mais) não reparei para onde estávamos indo, até que aquela musiquinha infernal chegou aos meus ouvidos. Um carrossel! Passei meus olhos do carrossel para Caliel, com expressão de incredulidade, enquanto ela parava se apoiando na grade de proteção. O carrossel era daqueles clássicos, com cavalinhos de madeira esculpidos e pintados melhor do que os de hoje em dia, todo decorado nas cores rosa e verde bebê, com uma placa de neon com “Super Carrossel! 1991” piscando em rosa incansavelmente. Super carrossel, sei.

Voltei meu olhar para a baixinha, que analisava despreocupadamente as poucas crianças brincando naquele troço. Ela percebeu meu olhar e sorriu. O típico sorriso do capeta.

– Luke, eu te desafio a andar nesse carrossel. - ela falou ainda sorrindo.

– Nem vem! - abanei a cabeça. Eu é que não iria andar naquele troço. E a minha moral onde fica? E a virilidade de um cara, pra onde vai nessas horas?

– Por favor!

– Não! - continuei abanando a cabeça. Ela estava fazendo aquela voz meiga que pega emprestada da Alice sempre que quer conseguir algo. Ah e é uma voz tão bacana.

– Por favor! - insistiu prolongando a frase mais que o necessário.

– Só se você for comigo. - falei incerto. Certo, eu sempre me rendo!

– Tá bom. - ela sorriu e bateu palmas de uma forma meiga. Por que aquele sorriso não me pareceu meigo? Ainda era o sorriso do capeta.

E minutos depois lá estávamos nós, subindo em nossos cavalinhos de madeira que andavam na velocidade de uma tartaruga. O meu cavalinho era na frente do dela e quando eu já estava me sentindo mais ridículo do que já me senti em toda a vida, ela me chamou.

– Heey Luquinha! - cantarolou. Olhei para trás e um flash cegou-me. Perdi o equilíbrio e cai do cavalo. Ouvi a explosão de gargalhadas dela. Fala sério, eu só me fodo com ela.

Massageei meus olhos e os abri de vagar, só para ser atingido por mais flash de celular. Aquilo só poderia ser obra do diabo mesmo.  A musiquinha irritante do carrossel se tornou insuportável depois da queda. Quando tinha certeza de que ela já tinha fotos o suficiente, abri os olhos. Lá estava ela, com o celular na minha cara pronto para outra foto, para outro flash desgraçado.

– Não! - falei me levantando do chão e arrancando o celular dela de suas mãos. – Nada de fotos! - disse começando a marcar todas as fotos que ela tinha tirado para enviar para a lixeira. Ela gritou um “ei!” longo e avançou em mim para pegar o celular. Claro que como eu não sou besta (quer dizer, não muito) estiquei o braço a cima da cabeça para que ela não conseguisse pega-lo e de bônus ainda deu pra observa-la dando aqueles pulinhos cômicos para tentar alcança-lo. Gargalhei alto da cara dela, ainda com o braço levantado. Isso pareceu irrita-la, mas ao invés de me bater, como ela sempre faz, ela juntou nossos lábios de forma inesperada.

Os lábios dela causavam uma sensação boa sobre os meus, causavam calor e uma estranha agonia, uma vontade de tomar ela para mim para sempre, de não deixa-la ir jamais, de ficar com ela pra sempre. Seu beijo tinha o costumeiro sabor de algo semelhante a hortelã e menta, sua mãos estavam geladas  e se afundavam nos meus cabelos, me aproximando mais dela, como se sentisse o mesmo que eu, como se não quisesse se separar de mim também. E abaixei meus braços, guardei o celular no bolso e coloquei minhas mãos em sua cintura, segurando seu peso para que ela não se cansasse de ficar na ponta dos pés. Eu quase já não ouvia mais a música irritante daquele carrossel, ou o barulho das crianças rindo, era apenas eu, ela e nosso “amor” meio doentio. Ela mordeu meu lábio e afastou nossas bocas, ambos estávamos ofegantes, mas mesmo assim desejei continuar o beijo. Caliel sorriu torto e desviou seus olhos dos meus, afastando seu corpo do meu e deixando sua mão cair dos meus cabelos. Ela estava envergonhada, sim ela estava envergonhada! Eu iria continuar o beijo, quando alguém limpou a garganta e cutucou meu ombro. Suspirei e me virei praguejando.

Dei de cara com um cara de uns quarenta anos, com olhos cansados e roupas simples e surradas, provavelmente um funcionário.

– Vocês precisam ir se para outro lugar. - ele avisou com cara de tédio, rolando os olhos. – Há crianças aqui, as mães estão reclamando. - ele disse apontando com a cabeça para a fila de crianças e suas mães com cara de nojo. Qual é? Elas tiveram filhos! O que há de errado com um beijo?

Sorri envergonhado para aquelas mães que tinham uns olhares nada amigáveis e olhei para Caliel. Ela se afundou no moletom e agarrou minha mão, me puxando para sair dali. Deixei que ela me guiasse dali até uns bancos embaixo de uma árvore, nos sentamos e ela supreendentemente tirou o celular do bolso do moletom. Ei, aquele celular não estava comigo?

– Você me distraiu. - acusei, enquanto ela balançava o aparelho frente ao meu rosto, tirando sarro da minha cara.

– Você é tão fácil de ser manipulado. - ela riu e mordeu a língua, como se tivesse deixado escapar aquelas palavras. Aproximei meu rosto do seu e lhe dei um selinho demorado. Ela piscou os olhos incansáveis vezes, sem expressão.

– Você também é. - gargalhei alto e ela voltou a si.

Não sei ao certo se ela sentiu-se desafiada a me provar que eu era mais influenciável, mas o que importa é que vários beijos surgiram, não me importava qual era o motivo.

Beijar Caliel era como estar em chamas e congelando ao mesmo tempo. Sentia suas mãos que sempre estavam um pouco geladas sobre a minha pele, mas também sentia o calor que irradiava dela, como se ela fosse meu próprio sol (Isso saiu tão Crepúsculo!). Ela mantinha seus beijos entre doces e ardentes, uma combinação engraçada e ao mesmo tempo deliciosa. Estar com ela era tão bom, tão inebriante e parecia tão certo, que às vezes eu até mesmo me esquecia de que nós já havíamos nos odiado um dia, que eu já havia colado chiclete em seus lindos cabelos de fogo e que uma vez ela me ofereceu limonada feita com água da privada, me esquecia que ela era uma criaturinha inconstante e brava, e que eu era tão cheio de mim e cínico, me esquecia de tudo. Eu a queria para mim, queria que ela fosse completamente minha para sempre. E naquele instante, eu tinha a ilusão de que ela era, de que ela era só minha. E a amanhã? Amanhã ela ainda seria só minha?

– E o que acontece depois disso? - eu perguntei em um determinado momento, enquanto respirávamos, tentando recuperar o folego.

– Amanhã nós seremos apenas Caliel e Lucas. Você com sua vida e eu com a minha. - ela disse e se aproximou para dar inicio a mais um beijo.

Não era o que eu queria ouvir, não era o que eu queria falar, não era o que eu queria que acontecesse. Amanhã, ela já não estará tão aberta, amanhã ela ainda me odiará. Amanhã ela ainda vai agir como se eu fosse a pessoa que ela mais odiasse em todo mundo; definitivamente não era o que eu queria que acontecesse. Mas lá estava ela, tão convidativa naquele momento, tão envolvente... E se eu não poderia a ter amanhã, eu a teria pelo menos hoje. Pelo menos hoje ela seria minha.


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Notas finais do capítulo

HAAHAHAHAHA foi um capitulo meio meigo né?
O Luke tá apaixonado rsrs
E eu também, então o capitulo saiu meio mamão com açúcar demais KKKKK
É a vida.
Deixa um review ai! Nem que seja pra me xingar por eu ter demorado!
Beeeijos