Caliel. escrita por Wana


Capítulo 10
Tentando lembra do que aconteceu!


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Aqui estou eu com mais um capitulo! ~todos batem palmas~
Eu quero agradecer a minha querida leitora Juub, que fez a primeira recomendação da minha fic. Obrigada lindinha!
Esse capitulo é dedicado a ela!
Só para avisar, antes que alguém fique confuso quando ler.
As partes em itálico são as lembranças ok?
Agora vamos ao capitulo.



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Abri os olhos meio desnorteada, as luzes do quarto estavam acesas e atingiram meus olhos como labaredas de fogo, os fazendo queimar por causa da claridade, coloquei as mãos nos olhos, piscando várias vezes até que enfim meus olhos adaptaram-se.

Meus olhos se moveram pelo quarto a procura de algo que indicasse qualquer familiaridade com meu quarto ou qualquer ambiente onde eu já havia estado. As paredes eram pintadas de azul marinho com finas listras horizontais brancas, a parede na parede a minha frente havia um enorme desenho de um dragão em preto em branco estampando a parede, como se alguém o tivesse desenhado ali e não tido tempo o bastante para pinta-lo.

Alguns raios solares escapavam por uma fresta que a cortina não havia tampado da janela de viro. Eu não me lembrava de como havia chegado ali e nem o que havia feito nas últimas horas.

Enruguei a testa tentando lembrar-me de algo que indicasse como havia parado ali.

Eu andava sem vontade para casa, com os fones no ouvido tocando uma música suave. Estava tensa pelo que aconteceria quando chegasse em casa, minha mãe havia me mandado um sms dizendo que eu voltasse para casa.

O caminho parecia bem mais longo porque eu estava com sono e estava mais frio ainda, bom, pelo menos minha alergia havia passado e eu havia me divertido dando uma pequena lição em Vince. Claro que não era minha intenção me vingar mais deles, por enquanto, mas foi extremamente engraçado ver o rosto de choque do Luke quando eu os ameacei, eu parecia bem sombria perigosa naquele instante.

Respirei fundo antes de entrar em casa e destranquei a porta com a minha chave. Lavínia estava sentada no sofá com um livro na mão, parecendo completamente imersa em seu mundo fictício. Andei de portas até que esta no jardim de casa e olhei para a casa ao lado. Não eu não havia entrado na casa errada, a questão era, porque Lavínia estava na minha casa? Não que ela não fosse bem vinda, mas era um tanto... Estranho.

— Dedetização. - Lavínia explicou antes mesmo que eu perguntasse a ela o que havia acontecido, provavelmente percebendo minha expressão confusa.

— Ah certo. - falei sorrindo envergonhada. Não queria que ela se sentisse mal por estar ali, claro que não.

Minha mãe entrou na sala, vindo da cozinha com uma expressão séria. Ok, hora da morte.

— Mocinha, por que você só chegou agora? - ele me perguntou enrugando a testa com raiva.

— Eu fui à casa da Alice, ela se sentiu mal e não foi pra escola, eu achei que fosse melhor fazer uma visitinha. - falei sorrindo nervosa. Eu poderia acrescentar que estava com medo do que ela iria fazer agora comigo, mas resolvi que usaria o método de “Só falo na frente do meu advogado” que no caso seria meu bom e relaxado pai.

— Poderia ter vindo almoçar primeiro. - ela falou ainda brava. — Eu te mandei vir pra casa porque seu pai vai ficar aqui uns dias. Ele e Marie vão ficar no quarto de hospedes e a Lavínia vai ficar com você no seu quarto, mas advinha só? Quando fui levar ela pra lá, seu quarto estava trancado. - ela disse carrancuda e eu suspirei aliviada.

— Era só isso então? - perguntei rolando os olhos. Parecia ridículo ter ficado com medo por culpa de uma besteira. Minha mãe assentiu com a cabeça. — Então vamos Lavínia. - falei e ela ficou em pé em um pulo. Subimos as escadas e vi minha mãe voltar para a cozinha.

— Advinha só. - Lavínia cochichou ao meu lado. Eu fiquei espantada, nunca pensei que ela poderia começar uma conversa.

— Não tenho bola de cristal. -Sorri brincalhona tentando esconder meu espanto.

— Muito engraçado. - ela disse revirando os olhos. — A diretora ligou pra cá. - ela avisou. E eu arregalei os olhos. — Não, ela não falou com sua mãe. - ela me avisou quando eu fiquei petrificada na frente da porta. Relaxei e empurrei a porta. Uma mala de Lavínia estava lá no corredor e ela a pegou antes de entrar no quarto atrás de mim. — Ela achou que eu fosse sua mãe. - ela disse meio confusa. —Você está há um triz de ser suspensa. - ela disse largando a mal no chão e sorrindo.

— Você não vai contar isso pra ela não é? - eu falei tentando soar ameaçadora, eu não queria fazer isso com Lavínia, mas no fim era preciso.

— Não, não vou. - ela gargalhou alto da minha tentativa inútil de fazê-la sentir medo. — Mas preste atenção no que está fazendo. - ela falou séria. — Você não pode deixar o irmão da Alice te tirar do sério assim. - continuou.

No final, Lavínia era só uma garota como outra qualquer, um pouco mais tímida que o normal, claro, mas ainda assim, só uma garota qualquer.

— Uh, ele... - tentei explica-la a situação, mas não encontrei as palavras certas, então apenas bufei revoltada. — Eu o odeio. - disse por fim.

— Sabe, ódio é um jeito estranho de mostrar que você se importa com algo. - ela disse como se estivesse refletindo. — Por que odiar tanto algo, ou no caso alguém, é só mais uma forma de mostrar que se importa bem mais do que o normal com aquilo. - ela fez uma pausa.

—Eu não sei do quê você está falando. - falei virando o rosto e olhando ela janela. Ela se sentou em minha cama.

— Ah, você sabe. - ela riu um pouquinho. — Só se lembre daquela velha frase: O amor e ódio andam lado a lado. - ela falou com apaixonadamente, como se estivesse recitando um poema. — Cuidado para não tropeçar e os dois sentimentos não se misturarem. - ela concluiu.

Certo! Onde está aquela garota calada que não conseguia manter uma conversa ativa comigo? Por que ela resolvera simplesmente dar conselhos logo para mim? Como se eu fosse algum tipo de idiota que não sabe das coisas, ora essa.

Bufei e me sentei na cadeira em frente a minha escrivaninha apoiando a cabeça na madeira fria.

Suspirei, eu não me lembrava de o que havia vindo depois dai e ainda não tinha uma explicação para o que havia acontecido e porque estava ali.

Fechei os olhos me esforçando para lembrar algo que realmente respondesse a grande questão “Que porra estou fazendo aqui?”

Eram 6 da tarde e eu estava com uma mochila nas costas tocando sem intervalos a campainha. Isso porque Alice havia choramingado por 1 hora inteira para que eu a acompanhasse em uma bendita festa.

Claro que minha querida mãe super-protetora não me deixaria se quer me aproximar de um lugar cheio de jovens e com bebidas alcoólicas de graças, apesar de eu ter 17 anos, era incrível com dona Laura ainda me tratava como uma criança. E é claro que eu tive que mentir que iria para uma festa do pijama na casa de Alice. Ela pediu que eu levasse Lavínia, mas a espertinha logo pulou fora dizendo que tinha algo para fazer. Então lá estava eu, com a minha cara super feliz - sente a ironia- continuando a apertar a campainha que NINGUÉM parecia escutar. Ótimo!

— Será que não pode ter um pouco de paciência? - Lucas abriu a porta com raiva. Ok, alguém havia ouvido a campainha então.

—Paciência não é o meu segundo nome - falei com raiva. — E nem o quinquagésimo também. - acrescentei rápido rolando os olhos.

— Ah, é você! - ele disse sorrindo maliciosamente como se estivesse esperando por mim e logo me deu passagem. — Entre, por favor. - ele disse amável quando eu não arredei um pé e fiquei lhe encarando com suspeita. Hm... Cara de que estava aprontando algo.

— Coloque suas mãos onde eu possa ver crápula. - falei mais atenta e ele me obedeceu, rápido demais, rindo. —Agora dê vinte passos para trás. - disse e ele começou a andar de costas ainda rindo. —Sem abaixar as mãos! - eu disse quando ele fez menção de fazer. Ele me obedecia rápido de perfeitamente demais, de bom humor ainda.

— Pronto. - ele disse do canto da sala, perto da escada. — Agora pare de ser paranoica. - ele disse sorrindo zombeteiramente. Ótimo, agora sim parecia o meu Lucas, quer dizer, o Lucas normal... Não o meu, meu Lucas, claro que ele não é meu... Ah esquece.

Eu dei um passo à frente, como uma policial entrando na casa de um criminoso perigoso, analisando tudo ao meu redor, mas ainda sem tirar os olhos daquele idiota. Havia algo de muito errado naquela amabilidade toda comigo.

Alice apareceu no topo das escadas com um espelho nas mãos e sorriu para mim.

— Vamos. - ela falou e eu andei, mas tranquila passando pelas escadas, mas ainda encarando Lucas com olhares atentos. Ele piscou para mim quando eu já estava perdendo-o de vista e eu desviei o olhar corando.

— O que há de errado com seu irmão? - eu cochichei fazendo uma careta quando fechei a porta atrás de mim.

— Eu sei lá. - Alice deu de ombros. — Hoje nós temos uma festa para nos preocupar! - ela falou dando pulinhos de alegria. Eu revirei os olhos.

— Sua mãe está ai? - falei procurando uma desculpa para não ir a maldita festa. Não estava com clima para festas. — Você sabe, ela pode avisar minha mãe, é melhor não irmos.

— Há! Boa tentativa. - ela falou se virando para mim. — Minha mãe viajou com o mais novo “namorado” - ele fez uma careta quando disse a palavra. — dela. Então nós vamos aquela festa. - ela completou vitoriosa.

— Então nós vamos fazer tudo pelas costas dos nossos pais?- falei tentando faze-la se sentir culpa.

— Yeah! - ela assentiu animada.

As lembranças se tornavam turva a partir dai também.

Suspirei frustrada, ainda não havia lembrado nada que respondesse a grande pergunta, mas de qualquer forma, continuei tentando.

— Por que eu tenho que ir aqui atrás? - bufei no banco de trás sentada ao lado do Lucas inclinando meu corpo para frente para ficar entre Alice e Vincent.

— Por que eu não vou me amassar meu vestido ai atrás. - Alice falou pela sei lá quantas “ésima” vez.

— Ah claro. - eu bufei e me arrastei de novo para apoiar minha cabeça na janela do carro e ficar o mais longe possível do Lucas, que me encarava com um olhar indecifrável.

O carro parou e Vincent desceu rodeando o carro para abrir a porta do carro para Alice, que desceu toda sorridente. Tsc tsc tsc, então eles estavam flertando um com o outro? Ótimo, agora eu serviria de vela para o casalzinho enquanto Lucas iria caçar alguma vadia por ai. Perfeito! E eu nem queria ir naquela droga de festa! Nota mental: Aprender a dizer não para Alice mesmo quando ela fizer aquela voz chorosa de partir o coração.
Desci do carro fechando a porta atrás de mim com uma força excessiva, ando rápido até ultrapassar Vince e Alice que caminhavam de braços dados.

A festa era na casa de um dos garotos sem cérebro que viraram subalternos de Lucas, o jardim que antecedia a casa estava lotado de adolescentes bem malucões rindo excessivamente e se embriagando.

Andei pelo jardim a passos rápidos tentando desviar de alguns adolescentes que tentavam se manter de pé, era uma situação deprimente já que eles pareciam estar andando dentro de um barco que está sendo atingido por ondas fortes.

— Hey docinho! - um garoto visivelmente bêbado segurou meu braço. Eu olhei para trás e vi Lucas apressar o passo para me alcançar.

— Ora, me deixe em paz seu idiota. - falei chutando a canela do cara com raiva, ele gemeu, mas não soltou meu braço. — Me solta que hoje eu não tô pra brincadeira não! - falei levantado meu braço livre para enfatizar a minha raiva e como o idiota não fez nada, resolvi usar de golpes baixos mesmo. Sim você acertou se imaginou que eu o chutei bem no meio das pernas.

Lucas me alcançou e fuzilou o homem jogado no chão e esperneando de dor, eu o vi estremecer provavelmente lembrando-se do chute que eu havia lhe dado mais cedo.

— Você está bem? - ele disse e seus olhos foram para no meu braço com a marca vermelha dos dedos que o bebum tinha deixado ali.

— Com toda a certeza. - falei e ele continuou me encarando. — Como vê, eu não preciso de homens para me defender. - falei apontando para o brutamonte jogado no chão e entrei na festa me misturando entre as pessoas para despistar os três que já tentavam me seguir.

Eu estava irritada sabe se lá por que, mas não era algo que eu desse muita importância, eu sempre fora meio irritadiça e não era como se eu sempre precisasse de um motivo racional para ficar com raiva e naquele momento eu estava com raiva e ponto!

A festa estava completamente lotada, todos dançavam ali, em uma sala de estar que mais parecia uma pista de dança agora. A música estava alta e me dava à impressão de que estava fazendo tudo tremer.

Sentei-me em uma cadeira vaga em um canto da sala e peguei uma das bandejas que estava na mão de um dos garçons que passavam por ali e coloquei em cima do meu colo, passando a virar todos os copos goela a baixo.

Novamente as lembranças ficaram turvas em minha mente. Ok, eu sabia que havia bebido um pouco, ou talvez muito. Algo me dizia que se eu me esforçasse só mais um pouco eu encontraria uma lembrança que me explicasse porque eu estava ali, era só me concentrar um pouco...

Eu já me sentia alegre demais e sabia que era efeito da bebida, caso contrário, não estaria dançando feito uma louca por aquela sala. Muitos garotos me fitavam, eu reconhecia o rosto de alguns ali, tinha certeza que estavam loucos para dançar comigo, no entanto sempre que algum saia do circulo que havia se formado ao meu redor, eu lançava um olhar amedrontador para que o intrometido voltasse ao seu lugar.

Lucas veio se aproximando de mim lentamente dançando a batida da música, ao contrário dos outros eu o deixei se aproximar de mim. Ele aparentava estar tão bêbado quanto eu então não haveria problema algum em me aproveitar um pouco, porque simplesmente nenhum de nós dois lembraria-se do que havia acontecido. Coloquei meus braços em volta do pescoço dele e ambos começamos a dançar. Nossos corpos estavam perfeitamente sincronizados, como dois dançarinos que haviam ensaiado para uma apresentação e não havia chances de erro. Eu sorri para ele e ele às vezes virava a cabeça para trás gargalhando.

A música animada acabou, mudando para uma música mais suave e romântica, ambos fizemos uma careta e nos soltamos caindo na gargalhada pelos movimentos iguais.

Lucas segurou minha mão ainda gargalhando e me puxou para fora daquele circulo e logo em seguida de dentro da casa.

Nós sentamos na grama gargalhando alto, eu não me recordava mais do que havia sido tão engraçado para levar aquilo, agora eu já ria da risada de Lucas e do modo como ele fechava os olhos quando gargalhava alto demais.

Ele se levantou do meu lado e começou a se afastar de mim, tentando controlar sua risada.

— Ei onde você vai? - perguntei em uma ultima gargalhada.

— Eu não sei. - ele disse sorrindo e então começou a andar de volta para mim. — Ei, eu jpa disse que você tem uns belos... - ele colocou a mão logo a baixo do seu peitoral como se estivesse segurando dois melões ali. — Olhos. - ele completou a frase por fim. Eu gargalhei baixinho fazendo meu corpo tremer porque aquela frase não havia feito sentido algum misturada com os gestos que ele fez. Ele continuou se aproximando de mim se equilibrou em seus calcanhares. —É sério. - ele disse sem nem um tom de brincadeira. — Você é a garota mais linda que u já vi na minha vida... - ele disse aproximando sua cabeça da mim. —... E pavio curto também. - ele acrescentou em um sussurro enquanto contornava seus lábios com a língua. Ele foi aproximando sua cabeça mais e mais até que sua respiração já estava misturada a minha. Se eu me inclinasse só um pouquinho meus lábios tocariam seus lábios. Levantei minha mão e coloquei um dedo em sua cabeça, fazendo força para empurra-lo para trás. Ele perdeu o equilíbrio e caiu de costas na grama. Nossas gargalhadas começaram novamente.

—Vamos pegar um táxi e ir para um lugar mais confortável. -ele disse entre gargalhadas e se levantou para agarrar minha mão.

— Tipo? - eu perguntei levantando uma sobrancelha ainda rindo.

— Minha casa. -Lucas me puxou pelo portão da casa e nós ficamos a espera de um táxi ali.

— Hey táxi! - Lucas gritou acenando para que um táxi que passava por ali parasse.

— Hey pedestre! - O taxista acenou também, mas não parou o carro, e seguiu seu caminho normalmente.

Caímos nas gargalhadas insanas de novo.

— Isso foi sacanagem! - Lucas falou e se sentou na calçada gargalhando.

A partir dai eu já não me lembrava de nada, eu estava com um medo mortal de olhar para o lado e confirmar minhas suspeitas. Abri os olhos e encarei o forro branco. Calmamente fui passando minhas mãos pelo meu corpo e senti que não havia nenhuma peça faltando. Um suspiro bem auditivo saiu da minha garganta. Eu não sabia se todas aquelas lembranças eram um sonho ou se realmente haviam acontecido.

Tomada por um sentimento de bravura, virei meu rosto rapidamente para ver se havia alguém ao meu lado. E lá estava ele, Lucas, deitado relaxadamente, com o edredom o cobrindo por completo, exceto por sua cabeça, ele ainda estava dormindo. Eu virei minha cabeça rapidamente de volta para o teto, apavorada, e se eu tivesse... Não, isso não poderia ter acontecido! Eu estava vestida não estava? Claro, que eu poderia ter me vestido depois, mas... Não definitivamente não!

Senti algo rolar por cima do meu corpo e fiquei paralisada, Lucas havia se colocado em cima de mim, me esmagando com aquele peso todo, ele parecia ainda estar dormindo e eu senti uma enorme pena de acorda-lo então apenas tentei o virar de volta para seu lugar. Ele ignorou meus esforços e seus braços me apertaram forte, até que ele pareceu ficar mais leve e colocou seus lábios sobre os meus. Era possível que aquele idiota fosse sonambulo? Eu o encarei com os olhos arregalados, mas seus olhos ainda estavam fechados e sua língua pedindo passagem. Eu fechei meus olhos e o deixei me beijar, o mesmo beijo estranho de sempre, que fazia parecer que havia ornitorrincos brincando dentro do meu estomago e passarinhos chatos cantando em minha cabeça. O que foi? Por que só podemos sentir borboletas no estomago? O estomago é meu e eu sinto o que eu quiser e agora eu queria sentir ornitorrincos!

— Hm... Belo modo de acordar! - Lucas falou finalizando o beijo e voltando para o seu lugar ao meu lado.

— Hã? Você não é sonambulo? - eu perguntei incrédula.

— Claro que não. - ele disse fazendo uma expressão de obviedade; — E se fosse você estaria se aproveitando de mim. - ele falou sorrindo maliciosamente.

— Ah cala boca. - eu falei colocando um travesseiro no meu rosto antes que ele me visse corar. O idiota gargalhou alto. — Luke... - eu falei envergonhada com o travesseiro no rosto.

— Sim?

— Você se lembra se nós... Você sabe! - eu falei tirando o travesseiro do rosto e o encarando.

— Se nós transamos? - ele disse preencheu as lacunas que eu havia deixado em branco na minha frase. Eu apenas assenti com o rosto quente. Eu deveria estar igual um tomate! — Não, nós não transamos. - ele falou como se estivesse frustrado. — Eu me lembraria disso! -ele sorrio seu sorriso torto para mim e eu suspirei, de alivio claro. Puro ALIVIO! — Gosto que me chame de Luke. - ele disse se virando para cima de mim de novo e selando nossos lábios, eu decidi que não resistiria, não por enquanto, daqui a pouco eu poderia quebrar a cara do idiota ao meio.

Um grito alto cortou o silencio que imperava na casa me fazendo afastar de Lucas completamente assustada.

— Ouviu isso? - perguntei com os olhos arregalados. Lucas ignorou-me e apenas se aproximou de mim novamente tentando continuar o beijo que eu havia interrompido. — Ora, sai de cima de mim seu idiota! - gritei o empurrando de cima de mim. — Esse é o grito de Alice! - falei brava e corri para fora do quarto.



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Notas finais do capítulo

Acho que eu gostei desse capitulo, finalmente!
Ele ficou maior que o normal né?
Foi que não dava pra simplesmente dividi-lo em duas partes, perderia toda a graça!
Se vocês gostaram deixem um review ok?
Eu vou amar saber a opinião de vocês, sem falar o quanto vocês me fazem felizes!
Bom, até o próximo capitulo.