Caliel. escrita por Wana


Capítulo 11
Lacucaratcha , o desconhecido.


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas!
Quem ai está super triste com a volta às aulas levanta a mão!
o/o/o/o/
Talvez, agora eu comece a demorar mais para postar por culpa dela.
É a vida é cruel.
Comparado com a velocidade que eu costumo postar, eu demorei né? Não tanto, mas demorei.
Me desculpem por isso, mas eu ando muito preguiçosa esses tempos. E estou começando a desenvolver uma fic um pouco mais elaborada aqui, então...
Se lembram quando eu disse que quando tenho novas idéias de temas para Fanfics, meu cérebro automaticamente bloqueia idéias para as que eu já estou desenvolvendo? Pois é, a má noticia é que isso está acontecendo o tempo todo...
Eu nem sei o que acho desse capitulo, não tive paciência para reler ele então qualquer erro me avisem ok?
Perguntinha para vocês nas notas finais!!!!



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Corri pelo corredor até o quarto da Alice onde os gritos, que ainda não haviam sido interrompidos, ficavam mais altos. Tentei frear na frente da porta, mas por culpa da velocidade e do piso de madeira escorregadio caiu de costas no chão. O chão rangeu alto com o baque e eu posso jurar que ouvi gargalhadas vindas do quarto onde eu estava provavelmente o quarto de Lucas. Levantei-me e respirei fundo tentando recompor minha pose amedrontadora, seja lá o que estivesse acontecendo no quarto de Alice, havia assustado a garota e eu espancaria quem havia feito Alice soltar seus gritos agudos fazendo meus tímpanos latejarem. Alguém teria que pagar por toda aquela gritaria que me dava dor de cabeça, não que eu já não estivesse antes.

— Chega! - gritei dando um chute na porta, fazendo uma ótima entrada, digna de um filme de ação! OK exagerei. — Que diabos está acontecendo aqui?! - gritei tentando ultrapassar toda a gritaria que parecia mais alta e devastadora entre quatro paredes.  Alice parou rapidamente, como os olhos arregalados de surpresa, coberta até o pescoço por um cobertor, apenas deixando o ar entrar em seus pulmões, tentando recuperar o folego. — Bem melhor assim. - falei massageando minhas orelhas e sorrindo vitoriosa. — Agora, me diga o que está acontecendo. - falei voltando a ficar irritada.

Alice não ousou falar nada, apenas encarava e apontava para algo atrás de mim. Por um momento perguntei-me se a garota havia ficado muda.

Virei na direção que Alice continuava a apontar, tentando entender o que se passava naquela droga de quarto.

Havia um homem desconhecido, encostado em uma parede, como se tentasse ocupar o menor espaço possível e passar despercebido, seu rosto contorcido em uma careta, seus olhos arregalados e sua respiração baixa e apreensiva, apesar de toda a expressão de surpresa havia algo nele que me parecia perigoso, só não detectei o que. O cara me parecia novo, um pouco mais velho que Vincent, olhos pretos, cabelos castanhos claros lisos abaixo dos ombros, pele meio amarelada, vestido com uma calça jeans folgada no seu corpo musculoso, camiseta preta e tênis branco.

— Ai-Meu-Deus! - sussurrei chocada. — Lucas! - gritei ainda fitando o cara, pronta para defender eu e Alice, caso fosse preciso. Não que eu achasse que conseguiria ganhar de um brutamonte como aqueles. — Lucas, venha cá, por favor! - gritei mais alto, aflita.

Ok, tudo que eu precisava era manter a calma agora. Tudo bem havia um completo desconhecido no quarto de Alice, que poderia ser qualquer coisa, desde um universitário inofensivo até um psicopata sádico, mas é claro que todos nós poderíamos ficar calmos. Ok, quem estou tentando enganar?

— Calma chica... No quiero fazer mal para usted. - O estranho falou com um forte sotaque espanhol, em uma mistura de idiomas.

— Certo Lacucaratcha ponha as mãos onde eu possa ver. - falei tentando parecer mal, mas minha voz saiu rouca e meio falha. O Lacucaratcha me obedeceu e levantou as mãos para cima — Lucas venha cá agora seu idiota! - gritei novamente aflita. — O que você quer aqui? - falei pausadamente tentando controlar minha aflição.

No quiero nada chica. No recuerdo como vim parar aqui. - falou.

— O que é que vocês... Quem é ele?! - Lucas apareceu na porta relaxado até que sua postura mudou quando viu o Lacucaratcha ali.

— É só um desconhecido sabe? Nada de mais. - falei irônica.

— O que você quer aqui? - Lucas falou estalando o pescoço intimidador. Eu comprimi um sorriso, seria bom ter alguém como Lucas para me defender... Eu-não-disse-isso! Esqueçam essa frase ok? Foi apenas um delírio. Uma má combinação de palavras! Apenas isso!

O Lacucaratcha não respondeu a pergunta, apenas rolou os olhos e deixou suas mãos caírem ao lado do corpo. O idiota do Lucas deve te achado isso, algum sinal de que o Lacucaratcha estava pronto para um confronto, porque ele praticamente voou pra cima do cara, que rapidamente revidou a agressão. Eles trocavam chutes e socos, rolando de um lado para o outro no chão do quarto enquanto Alice voltava a gritar.

— Isso Lacucaratcha! Agora um soco de direita! Isso agora no estomago! - eu gritava animada com a luta, demostrando como os golpes deveriam ser lançados. Ei, eu nunca disse que fosse normal. — Oh, ok hora de fazer algo. - falei quando os dois brutamontes bateram um espelho que trincou com o choque, mas magicamente não se desfez em pedacinhos.

Andei até o criado mudo de Alice e peguei um vaso de flores que estava lá. Seria uma pena desperdiçar um vaso tão bonito naqueles dois idiotas.

— Alice cale a boca. - gritei irritada enquanto andava até o canto do quarto, onde o Lacucaratcha tentava imobilizar Lucas. Eu sorri com o pensamento de que eu salvaria a pele do idiota do Lucas, isso o deixaria em dívida comigo.

Fechei os olhos e bati com o vaso na cabeça do rapaz, senti um grande peso cair em cima dos meus pés e abri os olhos, orgulhosa de mim mesma.

Ei, mas deveria ter algo de errado, se eu acreditava que havia acertado o Lacucaratcha por que ele estava saindo correndo do quarto em fuga? E principalmente, quem era que estava jogado aos meus pés?

— Oh, droga! - arfei ao ver Lucas com a mão na testa que estava coberta de sangue, gemendo de dor.

— Que gritaria é essa aqui? - Vincent entrou pela porta com cabelos molhados e roupas diferentes da que ele estava na noite anterior, o que indicava que ele havia sido o único que não havia tido uma noite desastrosa e envergonhante.  — E quem era aquele cara que saiu correndo pela porta quando eu cheguei? - ele encarava Alice a procura de respostas. — Ei cara, você está sangrando! - ele disse enquanto bagunçava os cabelos casualmente, como se não fosse nada demais todo o sangue de Lucas estar em suas mãos. — Ei Caliel, dessa vez você foi maldosa hein? - ele disse ainda leve zombando de mim. Eu bufei alto e me abaixei para ajudar Lucas a se levantar.

— Vem! Eu vou fazer um curativo em você. - falei puxando Lucas pela mão.

— Uh, vejo como as coisas mudaram agora entre vocês. Agora você bate e depois dá beijinho pra sarar rápido, pudera né, depois daquela noite. - Vincent continuou zombando quando eu passei ao lado dele.

— Quer um conselho Vincent, querido? Cale sua boca, ou eu parto sua cara em 50 mil pedacinhos. - falei brava, tentando não corar e ele gargalhou alto. — Alice, recupere-se e conte para ele o que houve. - falei encarando minha amiga que ainda estava em choque na cama. Eu cuidaria de Alice depois, agora eu precisava fazer todo aquele sangue, que insistia em sair da cabeça de Lucas, parar.

Conduzi Lucas, até seu quarto, onde tudo estava bem mais calmo e o levei para o banheiro. Peguei uma caixa de primeiros socorros dentro de um armário embaixo da pia enquanto Lucas sentava na tampa do vaso sanitário.

— Me desculpe. - falei baixinho me sentindo culpada. —E-Eu não queria machucar você. - falei enquanto passava um algodão molhado para limpar o rosto dele cheio de sangue. O corte não era muito grande, era apenas um risco em sua testa, que estava começando a ficar roxo em sua testa.

Lucas levantou uma sobrancelha intrigado. — Eu não pude ouvir direito, você pode repetir? - ele disse fazendo uma careta de dor logo depois.

— Hã... Eu disse me desculpe. - falei em um suspiro baixo.

— Ainda não consegui escutar.

— AH, você entendeu seu trouxa. - falei quando percebi que ele estava fazendo graça com a minha cara, apertei o algodão com remédio para limpar o ferimento com força em cima do corte, por pura maldade mesmo.

—Ai! - ele gritou e eu amoleci a mão. — Sabia que eu não te perdoo enquanto você não disser “Luke me perdoe, por favor”. - ele disse virando o rosto como se estivesse ressentido.

— Foda-se, eu não vou dizer nada. - falei carrancuda, virando o rosto dele para mim para continuar meu trabalho, mas ele forçou a cabeça e tirou minhas mãos do seu rosto. — Ah Lucas, vamos lá, pare com isso. - supliquei, eu estava vendo a hora de o sangue voltar a jorrar ali.

— Você sabe o que dizer. - ele disse empinando o nariz enquanto olhava para a parede como uma criança mimada.

— Lucas, me desculpe, por favor. - cedi em um suspiro.

— Luke. - ele me corrigiu.

— Luke, me perdoe, por favor. - falei trincando os dentes. Ele sorriu e então voltou a deixar que eu continuasse fazendo seu curativo.

Ficamos em silêncio enquanto eu fazia o curativo. Era engraçado ver o modo como àquele idiota fazia caretas de dor.

— Gosto quando me chama de Luke, seus lábios ficam extremamente sensuais. - Lucas quebrou o silêncio quando eu já havia terminado de fazer o curativo. Eu joguei minha cabeça para trás gargalhando. Aquele garoto tinha cada invenção!

— Isso é um elogio? - falei arqueando uma sobrancelha.

— Sim. - ele disse se aproximando de mim, colocando suas mãos em minha cintura.

— Fico lisonjeada por isso. - falei rolando os olhos.

— Sua vez. - ele disse e eu arqueei uma sobrancelha o mostrando que não sabia sobre o que ele estava falando. — Sua vez de dizer como gosta que eu a chame. - ele falou se aproximando mais de mim, agora eu só precisava me inclinar mais um pouco para que meus lábios tocassem os seus. Ele me olhava nos olhos, como se quisesse extrair alguma verdade minha dali. Seus olhos me hipnotizavam, o modo como eles pareciam brilhar demais, o modo como eu via meu rosto dentro dele. Era tudo muito lindo... E torturante.

— Hã... - comecei incerta. — Na verdade eu prefiro quando você não me chama. - sussurrei tentando me afastar dele. Ele firmou suas mãos na minha cintura, como uma corrente de aço que não deixava que eu me movesse.

— Sério? - ele arqueou uma sobrancelha com um sorriso divertido nos lábios. — E você gosta quando eu faço isso? - ele colou nossos lábios antes que eu pudesse falar algo.  Ele era quente, quente demais para mim, de todas as formas possíveis, seus lábios eram urgentes e ao mesmo tempo doces sobre os meus, uma combinação perfeita, como um pedacinho do céu para feito especialmente para mim, ou melhor, do inferno. Minhas mãos se enroscaram em seus cabelos, o puxando cada vez mais e mais para mim, senti uma de suas mãos deslizar por dentro de minha blusa, pela minha costa, acariciando-a, enquanto seu outro braço estava preso em minha cintura, pressionando seu corpo no meu. Ele separou nossos lábios cedo demais. Ele estava sorrindo aquele seu típico sorriso torto, meio zombeteiro e meio vitorioso.

— Você gosta disso? - ele levou sua cabeça até meu ouvido e sussurrou.

— Hm... É... Acho que não. - gaguejei e ele jogou sua cabeça para trás gargalhando alto. Eu estava saindo do controle. Seja lá qual droga que haviam colocado naquela bebida, eu definitivamente ainda estava sobre efeito dela, é a única explicação plausível para tudo isso!

Tentei me desvencilhar de seus braços, que ainda estavam presos a mim, como uma prisão, mas ele ainda fazia força o bastante para que eu não conseguisse me soltar. Bufei alto.

— Você pode me soltar? - perguntei irritada?

— Por que eu soltaria? - ele falou arqueando uma sobrancelha, presunçoso.

— Ok, isso vai doer mais em mim do que em você... - comecei a falar casualmente. —... Não talvez, doa mais em você. - falei e meus dois dedos apertaram bem forte em cima de onde estava o curativo que eu havia feito mais cedo. Ele me soltou para levar a mão até testa, nunca tentativa inútil de conter a dor.

— Tchauzinho, Luke. - falei acenando e falando ironicamente o nome dele. Peguei a chave que ficava na porta do banheiro e sai de lá, fechando a porta atrás de mim, só para o caso de ele se recuperar e tentar ir atrás de mim, quando eu estivesse cuidando de Alice, que deveria estar atônica na cama. Apoiei-me em um criado mudo que estava perto da cama, para não cair. Eu podia estar louca, mas ou a droga ou Lucas, ou ambas, haviam me deixado cambaleando.

Suspirei e sai do quarto, indo direto para o quarto de Alice. Entrei sem bater na porta.

— Alice, eu vim ver... - Não consegui terminar a frase, eu estava paralisada, de queixo caído com aquela cena. Vincent estava em cima do corpo de Alice, esmagando seus lábios contra o dela, enquanto seus braços magros massageavam as costas dele. — Mais que putaria é essa aqui ?! - gritei.


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Notas finais do capítulo

Eu ainda não sei se quero a minha não tão doce Caliel envolvida com Vincent... É eu sei sou muito indecisa.
Perguntinha:
Qual a banda preferida de vocês? Qual a música que vocês mais gostam? Vocês conhecem alguma música que combine com a fic?
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Eu sei foram mais que UMA perguntinha KKK'
Mas enfim.... me deixem um review e respondam.
Beijos e até o próximo capitulo.