Things Ill Never Say escrita por Lady Dark Moon


Capítulo 13
Cap. 13 - Como eu nunca percebi?


Notas iniciais do capítulo

Gosto desse capítulo... :D
espero que vocês também... e não esqueçam:
a cada review não deixado, um autor morre... xD



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[ROXY’S POV]

– Qual é Roxy? Me larga que tu tá me machucando! – Lachelle disse tentando me empurrar
– Machucando? Que ótimo! POIS É ESSA A MINHA INTENÇÃO!
– Tu tá louca? O que eu fiz para ti? – ela até parecia uma criança inocente dessa maneira, mas eu não caia nas armadilhas dela.
– Bom, primeiro: tu existe! Segundo: quem tu pensa que é pra beijar o Pierre?
– Ah, é sobre isso que tu tá falando! – ela disse soltando-se e olhando para mim com cara de deboche
– Eu não disse que tu podia sair daqui! – disse a puxando pelos cabelos – Fica aqui, “cachorrinha”!
– Me larga, Roxy! Senão eu vou gritar!
– Grita! Porque gritar é a única coisa que as putas sabem fazer!
– Não me chama de puta! – ela disse tentando tirar minhas mãos de seus cabelos
– Ah, me desculpa! – eu disse ironicamente – É Sra Puta! Melhorou?
– Tu quer apanhar, não é Roxy?
– Acho que não sou bem eu que vou apanhar aqui hoje!
– Hahaha... Tenta me bater então, “cachorrinha”. – ela disse com o rosto próximo ao meu
Meu sangue ferveu ao ouvir a Lachelle me chamar de cachorrinha. Passei a mão com mais força em seus cabelos e a arrastei para o chão. Não me importava nem um pouco que os outros ouvissem eu bater nela, mas que eu ia acabar com ela, ah, isso eu ia. Levantei a mão para lhe dar um tapa, mas minha mão rapidamente se fechou e eu acertei um soco em sua boca, pois um tapa seria muito pouco. Meus dedos doeram um pouco, pois eu não estava acostumada, mas mesmo assim continuei batendo nela. A cada tapa, soco e puxada de cabelo era como se um peso saísse de cima de mim.
– Quem tu disse que ia apanhar? Hein! – gritei para ela – Fala, vagabunda! Tava se achando toda e agora não consegue se defender! Hein sua va... AI!
Não consegui terminar a frase, pois senti uma forte dor nas costelas no lado esquerdo. Não é que ela tinha conseguido me acertar um chute? Fiquei um pouco sem ar e cai no chão. Foi quando fui surpreendida pela Lachelle em cima de mim tentando me bater, me defendi. Sentia o sangue que escorria de sua boca cair sobre minha blusa. QUE NOJENTO! Distrai-me e fui atingida por um tapa seu em meu nariz, agora sim que ela ia ver o que era bom! Juntei todas as forças que tinha e empurrei ela com minhas pernas, ela caiu pra trás e bateu com a cabeça fortemente na parede. Ela parecia estar desacordada. Bem que ela podia ter morrido, pensei comigo mesma. Fui engatinhando em sua direção para ver se ela estava desmaiada, mas ela abriu os olhos e veio em minha direção novamente. Desviei e ela caiu no chão, ela provavelmente devia estar tonta. Quando ela foi se levantar, a ajudei um pouco puxando-a pelos cabelos. Ah, como era bom ter a minha raiva por ela canalizada desta maneira. Encostei-a na parede e comecei a apertar seu pescoço, a raiva era tão grande que eu não estava me importando se machucaria ela gravemente. Quando folguei um pouco minhas mãos de seu pescoço a desgraçada deu um gritinho esganiçado pedindo ajuda:
– Pieh, me ajuda.
Não esperei muito tempo e apertei seu pescoço novamente, quem ela pensava que era pra ficar pedindo ajuda ao MEU Pierre? Lachelle começou a se contorcer pela falta de ar, pedindo para que eu parasse, mas eu, por incrível que pareça, não estava com nenhum pouco de remorso por machucar ela. Quando senti que ela não tinha mais forças, a porta de meu quarto se abriu. Duas mãos fortes seguraram meus ombros e me jogaram em cima da cama. Olhei para ver quem era e vi Pierre me olhando com cara feia enquanto Pat e Jeff iam ver como estava Lachelle.
– Pra que fazer isso com ela? – Pierre perguntou me olhando sério
– Pergunto a mesma coisa! Pra que salvar ela? Garanto que a semana ia ficar bem mais interessante se eu a matasse!
– Não fala isso, Roxy. Olha como tu machucou ela! – Pat me repreendeu
– E onde ela me machucou não conta? E olha que em mim foi pior porque não foi só fisicamente!
– Do que tu tá falando? – Pierre disse sem entender nada
– Pensa que eu não vi que ela te beijou, Pierre? E por que tu não disse nada pra ela quando ela me chamou de cachorrinha?
– Eu simplesmente ignorei. Sabe por quê? Porque eu vim aqui pra descansar, não pra me incomodar!
– Olha como ela me machucou! ELA TENTOU ME MATAR! – Lachlle disse interrompendo Pierre
– Ah, tadinha... Quebrou a unha?
– Pára, Roxy! – Pierre disse me segurando
– Vamos lá na cozinha, Lachelle. Deixa eu limpar esse sangue do teu rosto. – Pat dizia enquanto a levantava
– Hey, Putachelle! – eu disse - Se tu não se sentir bem de noite me avisa, que eu te levo numa CLÍNICA VETERINÁRIA que tem aqui perto pra eles te curarem!
Dizendo isso virei às costas e sai rindo em direção ao banheiro para lavar meu rosto. Seu sangue nojento ainda estava em minha face. Pierre provavelmente ficaria brabo comigo por causa disso, mas logo passaria. Pelo menos agora a Vacachelle sabia com quem ela estava se metendo. Parei em frente a pia me olhando no espelho. Ela conseguiu me machucar, pensei quando percebi um pequeno corte em meu lábio inferior. Pelo menos não está doendo.

Peguei um algodão com água oxigenada e passei para desinfeccionar, não queria que ficasse uma cicatriz feia. Passei a mão em meus cabelos vendo que seria necessário lavá-los, pois infelizmente também estavam sujos de sangue. Cada vez que os olhava eles estavam cada vez mais claros, sempre tive o cabelo castanho-claro, mas quando passei alguns meses no Rio de janeiro com Pierre, por causa do sol ele havia clareado mais ainda. Eu precisava escurecê-lo logo. Deus me livre eu ficar com o cabelo igual ao da oxigenada. Nada contra as loiras, afinal, uma de minhas melhores amigas é loira, mas não quero ficar igual “aquelazinha” nenhum pouco. Chega de Lachelle na vida do Pierre.

Depois do banho fui para sala e sentei-me no sofá ao lado de Pierre sem dizer nada, sei que ele devia estar chateado comigo e eu não queria provocar nenhuma briga com ele por causa do que aconteceu. Por que ela tinha que incomodar logo eu? Por que ela não esquecia Pierre de uma vez e ficava com outra pessoa? Foi pensando nisso que percebi que a outra pessoa estava muito, mas, muito próxima dela, mas ela não percebia, pois estava aficionada em algo que não a pertencia mais.

Havia apenas uma pessoa nesse mundo que a tratava bem e que neste exato momento cuidava dela com todo o carinho para fazê-la sentir-se bem e eu vi que ela não percebia isso. Mas também, quem um dia iria imaginar que ele gostava dela. Oh, Patrick, justo você gostar da Lachelle? Podia ver que seu olhar dizia tudo e o modo como ele a cuidava o traía mais ainda. Não adiantava disfarçar. Em minha opinião ele merecia coisa melhor, mas quem sabe, se ela não fosse tão possessiva, ela poderia ser uma pessoa melhor e mais fácil de lidar. Quem sabe esse fosse o lado que eu não conhecia, que poucos conheciam ou que apenas Pat conhecia, já que era com ele que ela passava a maior parte do tempo quando não estava atrás de Pierre.

Eu esperava estar certa sobre esse sentimento de Pat por Lachelle, amigos cuidam de amigos, amigos ajudam amigos, mas amigos não ficam nervosos e suam as mãos quando estão perto de amigos. Não iria me meter a ponto de falar com Pat sobre isso, deixaria que ele resolvesse sozinho, talvez ele não quisesse que ninguém soubesse. Sim, estou certa. Ele não quer que ninguém saiba talvez nem mesmo ela. Quando a gente ama, apenas a presença da pessoa já faz diferença, talvez fosse isso que Pat queria e quem seria eu para mudar isso, não... Eu não sou ninguém para fazer isso. 


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