Things Ill Never Say escrita por Lady Dark Moon


Capítulo 10
Cap. 10 - Não é o que você está pensando...




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[DAVID’S POV]

– Que horas vai ser a janta? Eu estou com fome! – disse entrando na sala
– Calma! – todos disseram olhando para mim

– O que eu posso fazer? Eu tô com fome. – disse rindo por dentro, pois era verdade
– Deixa que eu vou lá e faço alguma coisa. O que tu quer de comida? – Amy perguntou indo em direção à cozinha

– Não precisa não, Amy. Deixa que eu me viro. – disse meio irritado com a sua ação

– Tem certeza?
David – Tenho, ou tu acha que só porque eu não tô mais contigo eu não sei me virar sozinho! Me deixa em paz! – gritei sem pensar
– Não precisa tratar ela assim, meu! Ela só quis te ajudar! – Sebastien interveio

– Humpf!- virei às costas e fui para a cozinha.
Cheguei na cozinha e me encostei na pia e pensei seriamente sobre como eu tinha sido grosso com Amy, mas eu não queria voltar lá e pedir desculpas para ela, afinal, eu nunca fui de me redimir assim. Com certeza estava doendo mais em mim por ter sido rude com ela, eu odiava faze-la ficar mal assim. O que poderia fazer? Não percebi Pierre entrando na cozinha, ele veio logo falar comigo. Disse para eu esfriar a cabeça, porque eu não precisava ser mal-educado, mas como eu não tava a fim de ouvir sermão, o deixei falando sozinho e voltei para a sala. Pensei em pedir desculpas para Amy mas ela não estava mais ali. Idiota! Retardado! Pra que fazer isso com ela? pensei comigo mesmo. Eu tinha que arranjar um jeito de arrumar as coisas. Pierre fez a janta e foi chamar o pessoal pra comer. Todos conversavam e sorriam alegres, mas eu permaneci quieto enquanto comia. Apenas observava Amy sem que ela percebesse. Procurava desviar sempre que ela me olhava. Ela estava muito quieta e isso não era normal, eu realmente havia a machucado. Eu estava me sentindo um monstro magoando-a assim. Definitivamente eu precisava me desculpar.

Depois de comer fui jogar um pouco de video-game com o pessoal, mas me entediei logo, vendo que Amy não estava na sala ainda e então fui para meu quarto. Logo que entrei no quarto ouvi alguém bater na porta, abri e vi que era Avril, a mandei entrar e ficamos conversando.
– Tá ficando bem legal as músicas do meu novo CD.
– Convencida. Tem alguma música pronta? – perguntei
– Uhum... O nome dela é Girlfriend.

– Mostra ela aí.

– Nem pensa – ela disse corando as bochechas – eu morro de vergonha. Ela tá “quase” pronta.
– O que é isso? Canta um pedaço dela pra mim. Não seja tímida. – disse incentivando-a

– Olha, não vai rir tá! É que eu fiz uma coreografia pra música. Assim eu me inspirava um pouco mais.

– Prometo que não vou rir! - Sentei na cama e fiquei observando Avril
– Tá, eu vou cantar na parte que tem coreografia, daí eu te mostro as duas coisas ao mesmo tempo. Peraí... deixa eu me lembrar....

“Oh / In a second you'll be wrapped around my finger / Cause I can / Cause I can do it better / There's no other / So when it's gonna sink in? / She's so stupid / What the hell were you thinking? / Oh / In a second you'll be wrapped around my finger / Cause I can...”

- Daí repete tudo de novo.

– Tá muito legal, pena que tu não sabe dançar... – ri de meu próprio comentário deixando Avril um pouco envergonhada diante de mim.

Vi o vulto de alguém passando pela porta que estava entreaberta, mas quando olhei não havia ninguém. Devia ser minha imaginação.
– Assim, não vale... Eu vou fechar a porta antes que alguém veja meu fiasco. - Avril fechou a porta. Ela começou a rir e sentou-se ao meu lado na cama, olhei para ela e percebi que ela ficou séria de repente.

– O que foi? – perguntei vendo um ar de tristeza passando por seus olhos
– Nada! É que essa música eu escrevi com o Deryck, daí eu me lembrei dele e senti saudades.

– Esquece ele, tu merece alguém que te de mais atenção. – disse pegando suas mãos

Avril me abraçou forte. Ela precisava de alguém para compartilhar sua dor no momento.

Senti um arrepio passar pelo meu pescoço quando nossos corpos se colaram. Passei a mão pela sua face e levantei seu rosto, olhei bem fundo em seus olhos e não pude resistir a tentação de beijá-la. Eu estava errado, muito errado. Eu devia estar consolando ela e tentando me acalmar para ajeitar a situação com a Amy, mas a tentação era mais forte. Avril não resistiu um só segundo enquanto nos beijávamos, comecei a sentir um pouco mais de liberdade e então comecei a acariciar seus cabelos e costas. Desci um pouco mais as mãos e tentei tirar sua blusa, mas ela me empurrou e disse que não era para eu fazer isso. Perguntei a ela porque.
– Não! A gente nem deveria estar se beijando. A Amy gosta de ti e isso é uma falta de respeito com a minha amiga.
Me cortava o coração pensar que eu estava fazendo uma coisa muito errada, mas meu corpo falou mais alto.

-Você está preparada desta vez? Depois de tanto tempo esperando?

Não dei tempo para ela responder, apenas puxei-a novamente, beijando-a com mais intensidade e, mais uma vez, ela não resistiu. Tentei tirar sua blusa novamente e, desta vez, ela deixou. Deitei-a sobre a cama e deixei que minha mão acariciasse cada parte de seu corpo. Sua língua carinhosamente massageava a minha com um beijo que há tanto tempo eu não dava nela. Nossos lábios já se conheciam e entravam em sincronia perfeita. Suas mãos agarraram os cabelos de minha nuca me fazendo gemer baixinho. Comecei a beijar sua orelha, lambendo seu lóbulo com um desejo enorme de tê-la neste momento. Deitei-a sob mim. Delicadamente abri suas pernas e apertei o volume de minha calça contra ela. Senti que ela momentaneamente hesitou, mas olhei fundo em seus olhos encorajando-a. Ela não precisava ter medo.

Foi quando nossas posições inverteram e ela cruzou suas pernas ao meu redor sentando-se sobre mim. Tirou minha camisa e começou a brincar com o zíper da minha calça. Senti sua língua percorrendo meu umbigo e juntos gememos um pouco mais alto que o esperando. Puxei-a para junto a mim fazendo pressão com meu órgão contra o seu em um ritmo totalmente sincronizado. Estávamos prontos para seguir adiante quando a porta se abriu.

Olhei assustado tirando Avril de cima de mim e vi que era Amy. Uma lágrima escorreu pelo seu rosto, ela fechou a porta e saiu correndo... A culpa voltou e pareceu preencher meu peito. Em um impulso eu corri atrás dela deixando Avril semi-nua deitada sobre a cama. Segurei seu braço antes que ela pudesse entrar no quarto e tentei explicar que não era nada do que ela estava pensando.
– Nada do que eu estou pensando? Eu vi você e a Avril quase se comendo com roupa e tudo, e o que eu vi não é nada do que eu estou pensando? Me solta! – ela disse desvencilhando-se
– Mas... – tentei explicar, mas não havia o que dizer
– Nada de mas! Ao contrário de ti eu não tava te traindo quando tu foi lá em casa e pensou que eu estava com o Seb. Mas nessa situação, me machuca muito saber que dediquei inutilmente boa parte do meu tempo a você. Bela perda de tempo. Pra quem me amava até que tu esqueceu rapidinho de mim né?
– Mas Amy...
– E pensando bem, eu deveria ter te traído com o Seb se eu soubesse que tu ia fazer isso comigo... Não, melhor... Eu deveria namorar ele em vez de ti, pelo menos eu sei que ele seria fiel!
Amy fechou a porta com força na minha cara e eu fiquei sem ação. Fui para o quarto e pedi para Avril sair dali, eu precisava ficar um pouco sozinho pra pensar na burrada que eu tinha feito. A porta abriu novamente e Amy entrou no meu quarto, me alegrei pensando que ela tinha vindo conversar comigo, mas minha alegria logo foi embora... Ela jogou as alianças de compromisso e a carta que eu dei para ela bem na minha cara. Isso significava que desta vez era o fim! E o culpado pelas burradas como sempre, era eu!


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