Teresa

Certo.

Eu sou uma pessoa sensata na maior parte do meu tempo.

Então por que raios eu contei a verdade a Annabeth?

Um certo instinto de proteção materno era uma possibilidade, bem como eu ter realmente perdido todos os parafusos da minha cabeça após conviver tanto com...

—Teresa!!!

Me virei e vi Quirón vindo na minha direção. Ele não parecia feliz, mas quem disse que eu estava?

—Como posso ajudar?

—Não acha que já é bem grandinha para quase derreter a mão de um garoto por toca-la?

—E você não acha que tá defendendo alguém que já tem idade suficiente para pensar antes de agir? Ainda mais contra um desconhecido.

—Eu não...

—Olha Quirón eu te respeito muito, mas como já falei as coisas não estão muito boas. Ao invés de discutirmos por besteira vou te dar uma dica: os deuses vão nos visitar, então capriche no jantar dessa noite.

Quirón pareceu chateado ao ouvir sobre a visita, ele sabia o que estava por vir.

—Certo. Por falar em jantar o Oráculo já chegou e foi pra casa grande.

—Já estou indo.

==========X==========

Eu já havia visto o Oráculo uma vez no Olimpo a mais ou menos um ano e sabia que ela também me reconheceria.

Não seria necessário muito, ela seria a única ruiva além de mim na sala da Casa Grande e eu a única deusa atrás dela antes do jantar.

Entrei na sala e vi a garota sentada no sofá de costas para a porta. Rachel Elizabeth Dare, o novo Oráculo.

—Eu sei o que você quer Teresa, o Anjo Negro.

A voz de Rachel era normal, mas a mensão de meu nome foi terrível. Me sentei a sua frente. Seus olhos permaneciam fechados o tempo todo.

—Já que você sabe Oráculo de Delphos, isso quer dizer que não tem volta.

—Realmente, você esta certa. Annabeth trará ao mundo a próxima Coroa da profecia e, querendo ou não, a vida dela está nas suas mãos.

—Já disse que não tenho nada haver com essa parte.

—Tem sim. Sua mãe só não morreu ao dar a luz a você por que a criança em questão era um filho da Morte. Mas Annabeth não espera um filho dos Mortos, ela espera um filho da Água.

Rachel me olhou fixamente, um de seus olhos brilhando em verde, então entendi: aquela garota queria que aquelas pessoas, aquela filha de Atena e aquele filho de Poseidon, fossem felizes.

—Você é uma grande Oráculo garota. -Ela assentiu e sorriu para mim. -Se não for pedir muito eu gostaria que você recepcionasse os Olimpianos quando eles chegarem?

—Certamente. Aliás Hefestos vai te pedir desculpas e Apolo quer saber por que saiu deixando ele sozinho?

—Deuses. Era só o que faltava.

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by Percy

Depois que a arrogante da Teresa quase dissolveu meu punho, falou com Annabeth e saiu deixando-a chorando sozinha eu realmente quis mata-la.

Só que Annabeth me impediu de sair atrás dela, apesar que me pergunto se iria querer ver minha cabeça no lugar do meu punho. Por fim acabei fazendo a função de um travesseiro para minha namorada até a hora do jantar.

Quando o sinal do jantar tocou e fomos até o pavilhão-refeitório nos deparamos com uma multidão que não se atrevia a por os pés no piso do lugar. Annabeth e eu seguimos até lá e ao chegarmos tive uma vontade insana de voltar correndo para meu chalé.

—Que merda é essa?

Próximo a fogueira das oferendas em um semi-círculo improvisado estavam os olimpianos, Rachel, Thalia e Teresa.

No centro de tudo estavam Zeus, Hades, Poseidon e Teresa; e o fato dessa última parecer dirigir aquela reunião não me agradou.

Thalia parecia uma pedra de gelo feita de pavor e Rachel parecia tão calma que me assustou.

Eu não sabia se o olhar que Teresa dirigia a todos era ódio ou fúria, só não queria ficar no seu caminho.

Demorou um pouco para notar que a mãe de Annabeth gritava em meio aos demais.

—Não admito!!! Algo, qualquer coisa tem que ser feita quanto a isso!

Teria sido muito irônico, não fosse o clima.

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by Teresa

Certo eu não tinha nada contra Atena, mas eu odeio quem fica berrando na minha orelha. E no momento minha paciência anda meio curta.

—Chega Atena!!! Se algo pudesse ser feito eu mesmo o faria!

Poseidon não é o tipo de pessoa que grita desse jeito, mas ele estava certo.

—Como você ousa...

—Chega! Nada foi feito para evitar, além disso ela já sabe. -Meus olhos estavam fixos em Annabeth, estendi minha mão em sua direção. -Não é criança?

Annabeth veio até mim seguida de Percy, que não escondia seu ódio por mim. Devo admitir que os jovens são uma graça com esses sentimentos a flor da pele.

A garota se curvou perante Zeus e a mim, em seguida se curvou perante a mãe.

—Você realmente já sabe? -Atena

—De certa forma sim. -Annabeth pareceu desanimar

—Se sente melhor criança?

—Sim, senhora Teresa.

—Pelos deuses, não me chame de senhora. -Olhei Percy tentando se manter longe de mim. Como eu gosto desse espírito jovem. -Venha filhote de deus, aproxime-se.

O jovem se curvou individualmente perante Poseidon, Zeus e Hades, mas me ignorou.

—Percy, não é de bom tom ignorar quem lhe chamou. -Poseidon alertou-o e por fim garoto se curvou.

—Annabeth, conte a ele. Creio que de certo ponto esperava uma permissão, não é?

—De certa forma.

A garota se virou em direção a Percy e eu podia jurar que ela iria dar um soco nele (eu iria rir muito).

—Percy, eu estou grávida.

O moleque imbecil fez uma cara idiota e depois sorriu de forma mais idiota ainda.

—Que bom.

Percy abraçou-a de forma protetora.

—Não se engane, isso não é nem de longe algo bom no caso dela. -Ele me olhou furioso. -Não acredita em mim, não é?

—Por que deveria.

—Essa criança não será normal.

Agora sim eu queria sumir em chamas direto para o mais profundo do Hades.

Como odeio dar noticias ruins.

Continua...