The Olimpians – Livro 1: True Bloods escrita por Lilliel Sumire Eucaristia


Capítulo 20
Hawaii: Os Três Irmãos


Notas iniciais do capítulo

Olá para todos.
Passando para avisar os recém chegados e leitores antigos que a série The Olimpians é composta por 4 livros atualmente.
Sendo eles:

Livro 1 - The Olimpians: True Blood
(Concluída/Revisão/Reescrevendo?)

Livro 2 - The Olimpians: Boodlines Time
(Concluída/Revisão)

Livro 3 - The Olimpians: The Other Side Of Time
(Concluída/Revisão)

Livro 4 - The Olimpians: The Last Corwn
(Em andamento)

Sim, o livro 4 está sendo escrito/postado nesse momento aqui mesmo no Spirit e no Nyah!, então se você acompanha qualquer uma das fics e quer saber o termino das aventuras dos personagens não deixe de acompanhar o lançamento de The Last Crown.

O livro 1 será reescrito em breve, para ser postado como uma nova versão e o original vai ficar no ar como um rascunho (sim, terá duas versões do mesmo livro, uma de dez anos atrás e outra revisada, corrigida e reestruturada que vai ser a oficial (quando ficar pronta)).

Dúvidas pelos comentários ou MP.



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Annabeth

 

Nossa, a viagem foi divinamente perfeita.

Mesmo com todo o perigo daquela conversa foi perfeita por que não tive que pensar muito no caso da Thalia e do Nico. Aquilo era um perigo de nivel nuclear.

 

Mas eu realmente não estava preocupada com isso.

Estava mais preocupada com o próximo mês e o que ainda poderia acontecer. Eu estou com sete meses de gestação e Teresa está apostando que em pouco mais de um mês essas crianças que eu, Percy e os deuses tanto esperamos irão nascer.

 

Por isso nem ao menos consigo conter a minha ansiedade e medo do que pode acontecer nos próximos dias.

 

A única coisa que posso ter certeza é que agora Ares está guiando sua quadriga de guerra para o pé de um vulcão soltando muita fumaça. Só para melhorar um pouco estamos para pousar no meio de uma floresta.

 

—Vamos lá meninos. Isso vai ser só um pouco mortal. -Ares estava se divertindo com isso.

 

—Sem essa de pousos perigosos Ares. Ninguém quer que qualquer um aqui morra. -Teresa advertiu séria.

 

—Por deus, sem movimentos perigosos. -Percy parecia realmente preocupado.

Ares gargalhou e aquela sensação de que algo estava muito errado voltou a minha mente.

 

Decidi que era melhor não perguntar por que o que eu sabia era que uma missão de extrema importância acontecia no acampamento e isso com certeza não era nada bom.

 

Ares fez uma volta completa ao redor do vulcão e depois fez a quadriga começar a descer pela própria montanha até a floresta seguindo até o lado de uma gigantesca cachoeira.

 

Apesar dos comentários anteriores de Ares a descida foi mais tranquila do que eu esperava ou mesmo do que ele demonstrava no começo.

 

Assim que paramos ao lado da cachoeira Teresa pulou as laterais da quadriga em direção a três homens altos, fortes e ruivos. Os mesmos que vi no dia que partimos do acampamento, seus filhos.

 

Ela abraçou o maior deles que a puxou do chão e girou com a mãe nos braços. Logo em seguida os gêmeos a abraçaram ao mesmo tempo, para depois beijarem sua face.

 

Teresa sorria enquanto examinava os três deuses a sua frente.

Descemos da quadriga que voltou a ser uma motocicleta. Percy e Thalia me ajudavam a andar para que não caisse. Galatea e Rigardo estavam quase que animados enquanto se aproximavam de Teresa e seus filhos. Ares nos acompanhava um tanto despreocupado e estranhamente confortável.

 

—Deuses. Vocês não fizeram isso, por que se for verdade arranco suas peles e jogo os três no mar. -Teresa estava começando uma bronca quando ficamos perto o bastante.

 

—Desculpe mãe. Não é que nós tenhamos planejado, mas isso não é exatamente ruim. -O mais forte parecia constrangido.

 

—É. Tia Ártemis não nos deu bronca nenhuma apesar de tudo e Hera só disse para tomarmos cuidado. -O gêmeo mais sério parecia preocupado.

 

—Só o tio Heféstos e Zeus queriam nos trucidar, mas os dois tem problemas mentais e de temperamento graves. -O mais sorridente nem parecia notar a bronca.

 

—Só por que Ártemis não deu uma bronca como deveria não quer dizer que esteja tudo bem. -Ares ralhou do seu canto.

 

Teresa respirou fundo e balançou a cabeça negativamente.

—Bom, deixe isso pra outra hora então. -Ela olhou para nós e com uma expressão tranquila apressentou seus filhos a nós, pela primeira vez. -Esses são meus filhos: Easley.

 

Ela pôs a mão no ombro do maior e mais forte dos três. Ele tinha olhos negros, mas gentis e a pele era fortemente bronzeada. Se Hefestos não fosse coxo e cheio de cicatrizes tenho certeza que seria como Easley, ainda que mais velho. O que me fez pensar que seria um deus lindo.

 

—Esse é Yue.

Teresa segurou o ombro do mais sério dos gêmeos e nessa hora reparei que seus olhos eram dourados e a pele era cor de prata. Foi um susto tão grande que me perguntei como não notei isso da primeira vez. Então lembrei que da primeira vez vi eles por segundos.

 

—E esse aqui, que só sabe aprontar é o Ryuu.

Ela então segurou no ombro do mais sorridente dos gêmeos antes de dar um tapa na cabeça dele. Assim que ele começou a coçar a cabeça reparei que seus olhos eram cor de prata, mas sua pele era dourada como ouro.

 

Fiquei vários segundos surpresa com aquilo. Os filhos de Teresa eram de longe as criaturas mais lindas que eu já tinha visto. E eu tinha visto muitos deuses bonitos, mas não como eles.

 

—É um prazer conhecer vocês. -Consegui dizer ainda um pouco confusa.

Qualquer um que colocasse os Teresa e os filhos lado a lado não diria que ela é a mãe deles. Mas ainda assim sua figura entre eles parecia se encaixar atravez da sensação que passavam para qualquer um que os olhasse.

 

—O prazer é todo nosso Annabeth.

A resposta em uníssono dos três me surpreendeu mais do que eles saberem meu nome. Por que aposto que somos uma das noticias do momento no Olimpo e entre os monstros.

 

—Não sabe como estamos felizes de conhecer nossa nova tia ou tio. -Easley disse parando a minha frente e se ajoelhando. -Nossa próxima “Grande Coroa”. O próximo pilar.

 

—Easley! -A voz de Teresa saiu alarmante aos meus ouvidos e os seus filhos se viraram assustados.

 

—Desculpa. Acho que vocês querem descansar agora. Venham. Ficarão em nossa casa no próximo mês. -Yue disse com um sorriso gentil.

 

Mas mesmo assim eu podia sentir que algo não estava certo. Teresa parecia mais tensa nos últimos segundos que no último mês ou mesmo durante a viagem até ali.

 

Eu podia não saber o bastante sobre Teresa, seus filhos, seu passado, sua vida ou qualquer outra coisa. Mas nesse momento eu tinha certeza que ela ainda não havia me contado algo.

 

Algo que ela sabia, era mais importante que o resto. Algo que eu não gostaria de ouvir e provavelmente nem mesmo queria ou podia, por que Teresa é um livro fechado quando se trata de muitos assuntos.

 

Mesmo os portões não podem vê-la o bastante.

 

==========X==========

 

A casa dos filhos de Teresa era no minimo interessante. Ou era a única coisa que poderia pensar sobre uma caverna atrás de uma cachoeira.

 

O lugar era incrivel e pelo nivel de perfeitção que as paredes estavam esculpidas aquele lugar tinha sido cavado de cima a baixo pelos seus moradores. Isso certamente era algo a se admirirar.

 

Agora depois de sermos colocados nos nossos quartos haviamos voltado para a sala, que ainda ficava mais de dez metros da entrada.

 

—Gostou da nossa casa An? -A voz de Easley me tirou atenção dos detalhes no teto da grande sala e ao encara-lo me senti perdida na gentileza dos olhos dele de uma forma totalmente diferente e tudo, como se aquele deus fosse meu pai, meu irmão e meu melhor amigo.

 

—Como?

—Nossa mãe disse que gosta de arquitetura e reparei que não para de olhar cada detalhe por menor que seja. Aliás já localizou os simbolos olimpianos em meio aos detalhes? -Yue entrou na sala trazendo bolo, biscoitos, suco, leite e chá.

 

Encarei-o por um momento e me assustei novamente.

Sua presença me lembrava Ártemis e Zöe. Sério, direto, sincero e amavel ainda que um pouco distante. Deuses, por que eu estava me sentindo assim?

 

Respirei fundo antes de responder.

—Sim. Achei eles e devo admitir que o nivel de detalhes é incrivel, mas nem posso imaginar como vocês conseguiram fazer isso.

 

—Easley usa lava pra escavar as paredes de fazer os detalhes, já nós usamos nossa combinação de poderes para fazer o mesmo serviço. -Ryuu saiu da cozinha trazendo pães, frios e sopa.

 

Naquele momento meu coração bateu mais rápido e eu realmente fiquei confusa. Ryuu era como o irmão, mas era tão diferente na presença. Engraçado, um pouco abusado, as vezes desligado e parecia sempre querer estar por perto para mostrar o que sentia. Pensar naquilo me deixou mais confusa ainda.

 

—Combinação de radiação solar e lunar usando o principio das exploções solares e sua captação por planetas fazendo com que possam emitir sua luz refletida atravéz de uma combinação de radiações. -Teresa entrou na sala trazendo pratos e copos para todos.

 

Foi quando desisti de enterder o que me acontecia.

Quando vi Teresa meu peito apertou e aqueceu ao mesmo tempo.

Senti vontade de chorar e abraçar Teresa com tanta força que jamais iria solta-la. Mesmo assim segurei tudo aquilo dentro de mim e continuei a conversa como se nada tivesse acontecido.

 

—Usaram seus poderes para construir esse lugar incrivel sem conjura-lo? Isso é incrivel.

 

—Mamãe que começou ele a alguns anos atrás. -Yue

—Você quer dizer a quase cem anos, correto maninho? -Ryuu

—Que seja. Construimos isso juntos, por que aqui é o nosso santuário. O lugar aonde nenhum deus ou heroi entra sem a nossa permissão e também nosso lugar de isolamento e segurança. -Easley perecia distante e perdido ao terminar, isso me preocupou.

 

—Então herdaram as caracteristicas dos seus pais? -Pela primeira vez em muitos minutos Galatea voltará a falar e isso me pareceu estranho de algum modo.

 

—Sim. Se nenhum filho de Hefestos tiver um filho “Coroa” até o nascimento da “Terceira Grande Coroa” eu serei seu “substituto”. O único que não atende a essa regra é a tia Ártemis, seu “sucessor” será Yue pois é o único capaz de conjurar o poder da Lua e é um filho gêmeo de Apolo. A não ser que algum milagre ocorra...-Easley parecia constrangido ao falar aquilo.

 

—Por isso é possível que eu seja o “sucessor” do nosso pai, já que sou gêmeo assim como ele e nossa tia. -Ryuu parecia animado com a ideia.

 

—Não é pretensão supor algo assim sem nem ao menos ter certeza? -Rigardo ralhou sorrindo vitorioso ao ouvir Teresa rir do comentário. -Será que podemos falar sobre outra coisa que não sejam as “Coroas”? Nesse exato momento quero um assunto mais tranquilo.

 

Ele sabia. O que quer que fosse o que Teresa ainda não me contará ele sabia e se Rigardo sabia o que era Galatea também sabia.

 

Existe uma coisa que tem me dado mais raiva que todo o resto nesses últimos meses e é o fato de que esses dois semi-deuses e a Teresa vem escondendo muita coisa de todos. Pode não parecer ou mesmo ser grave, mas garanto que é irritante.

 

—Não nascem “Coroas” por parte dos romanos? -Não sei o que deu em mim, mas eu perguntei isso depois de meses contendo a pergunta. Principalmente agora que eu estava tentando conter aquela onda de sentimentos estranhos.

 

Teresa, seus filhos, Rigardo e Galatea ficaram tensos.

—Os deuses do Olimpo são originalmente gregos, mas algumas “Coroas Menores” nascem por parte dos romanos. -Yue parecia muito cuidadoso com as palavras.

 

—Somente os principais deuses Olimpianos nascem exclusivamente de gregos. Outros como Éris, Tanathos, Morpheus nascem de qualquer um dos lados, mas... -Dessa vez mesmo Ryuu parecia tenso, demonstrando mais maturidade que o normal.

 

—O normal é que as “Coroas” nasçam por parte dos gregos. -Com essa frase Teresa encerrou toda a discução.

 

Fiquei olhando todos comerem e se divertirem, mas sempre desviava minha atenção para Teresa que sempre desviava o olhar evitando me encarar. Foi assim durante todo o tempo que ficamos na sala.

 

Quando Percy se retirou para arrumar as coisas no quarto, Galatea e Rigardo fugiram junto com os filhos de Teresa para alguma oficina ou sala blindada, Thalia foi para seu quarto e Nico se enfiou na cozinha, eu finalmente tinha ficado sozinha com Teresa.

 

Ela não parecia confortavel com aquilo, mas não podia me deixar sozinha.

—O que vocês estão me escondendo? Aliás, o que estão escondendo de todos nós? Os deuses, Galatea, Rigardo, seus filhos e sei lá mais quem, não me interessa o que seja eu quero saber o que é tão importante a ponto de deixar quatro deuses tensos daquele jeito. E se puder por favor me dizer por que estou me sentindo tão estranha ao olhar você e seus filhos também vou agradecer.

 

Teresa pareceu mais nervosa que o normal e olhou para os lados quase assustada.

 

—Começando pelo simples: você está se sentindo atraida pelos meus filhos e por mim por causa da “Coroa”. A criança já nos reconhece, mas não pode se expressar, então ela passa tudo o que sente para você tentando nos dizer. Ela quer que saibamos que confia em Easley, acha Yue incrivel, que Ryuu mesmo sendo um idiota é adoravel e que eu sou a pessoa que ela mais quer conhecer, por que sou igual a ela.

 

—Como sabe o que eu estou sentindo ao olhar vocês?

—Por que é o que ela quer. Mesmo sem ter naciso ainda ela já é muito poderosa, assim como eu e meus filhos. Ela quer nos ver, ouvir nossas vozes e conviver conosco por que nos reconhece como iguais e por que nós a amanos desde antes dela nascer. Desde antes de nascermos.

 

—Por que isso? Eu não entendo. -Disse olhando Teresa perdida e ela não pareceu feliz com aquilo, era como se fosse algo proibido.

 

—Clarisse está grávida de uma “Coroa”, sabia?

Engoli em seco.

 

—Isso é brincadeira? -Sussurrei, mesmo não entendendo o que uma coisa tinha haver com a outra.

 

—Ares queria que fosse.

—Mas isso não é tão grave assim. Quero dizer, já houveram outros casos como o dela que, segundo você, são mais simples que o meu caso.

 

—O que não tira a gravidade da situação.

—Eu sei, mas não é só isso é?

—Nos últimos anos as coisas ficaram piores para o caso das “Coroas”. Sabe, eu menti. Bom, todos nós mentimos.

 

—Sobre o quê?

Teresa apertou as mãos com força e olhou para os lados perdida, como se procura-se uma saida de emergência para seus problemas. Coisa que sei que não existe.

 

—As Coroas não são a próxima geração de Olimpianos, somos o novo sustentacúlo de poder Olimpiano. Somos a personificação em carne, osso, icor e poder dos deuses. Por que acha que Hades não liga mais para certas coisas a quais ele ainda se prendia? Por que eu sou o seu poder, seu ponto de origem absoluta.

 

Eu podia não ser um deus, mas certamente Teresa estava louca.

—Não. Os deuses nasceram na Grécia, no Monte Olimpo e tem sido assim a éons.

 

—Até que as eras mudam e novas forças surgem trazendo consigo mudanças.

Olhei para ela. Teresa passou a mão no cabelo, esfregou os olhos e suspirou

—Lembra que eu falei que há muito tempo uma “Grande Coroa” quase nasceu?

—Sim. Disse que deu tudo errado e que não foi bom pra ninguém.

—Me recusei a acompanhaar a missão mesmo sabendo que tinha que fazer algo. Estava irritada, magoada, decepcionada e perdida. Isso tem um pouco mais de cem anos, na época que briguei com Heféstos pela última vez. Mandei tudo pro espaço...

 

Ficamos em silêncio durante uns cinco minutos.

—Eu não entendo. Como?

—Na outra vez era uma “Grande Coroa da Água”, como agora. Deu tudo errado. Sem ajuda eles quase morreram, ainda que os deuses tivessem quebrado muitas regras para ajudar e no fim o parto prematuro ao seis meses e meio acabou com tudo, o poder de Poseidon ficou abalado, todos os envolvidos diretamente na missão morreram quando as duas crianças não sobreviveram, pouco tempo depois duas guerras mundiais explodiram uma após a outra e as coisas vem piorando.

 

Olhei para ela um pouco descrente.

—Está me dizendo que tudo isso conteceu por que uma “Coroa” não nasceu?

Teresa riu.

—Quando uma “Coroa”, seja ela maior ou menor, não nasce isso desencadeia uma série de abalos por toda a existência humana e divina. Poseidon levou meio século para se recuperar dos balos que seu reino sofreu... Os humanos tiveram acesso ao lado negro da sabedoria de Atena e fizeram a bomba atomica tirando tantas vidas que Hades quase... -Teresa respirou fundo abatida. -Ele quase abriu as portas da morte por que não podia suportar aquilo. Acredite, nem Ares suportou todo aquele massacre de vidas e ele ama a guerra...

 

Teresa respirou fundo três vezes antes me encarar.

—Por que não disse antes? Por que disse que eram os “novos Olimpianos”? Por que permitiu que Galatea e Rigardo escolhecem um caminho assim? -Senti meus olhos arderem, mas não podia chorar

 

—Por que eu não posso mudar o destino!

O grito que ela deu certamente foi ouvido por todos, mas ninguém apareceu na sala ou mesmo barulho algum aconteceu, por que provavelmente os outros estavam acompanhando nossa conversa de algum modo.

 

Teresa respirou fundo, passou as mãos pelo cabelo, esfregou os olhos para disfarçar lágrimas que teimavam aparecer e abaixou a cabeça.

 

—Eu tenho o poder de Hades por que eu sou o poder dele e eu sei tudo que já aconteceu envolvendo ele, mas eu não estive lá e não posso interferir em certas coisas. Querendo ou não em no máximo vinte anos a última “Grande Coroa”, a que esta ligada a Zeus, vai nascer e eu não tenho como mudar isso. Ao menos se eu puder apoiar quem quer que sejam os próximos eu vou fazer isso, nem que todos me recriminem.

 

—Mas Nico e Thalia...

—Eles não estão destinados as “Coroas”, o que não muda o fato que isso é um problema em potêncial. -Ela levantou o rosto e endireitou o corpo no sofá me encarando.

 

—Problema em potêncial? Acho que está minimizando o problema.

—Também acho, mas não vem ao caso agora.

—Por que mudar a fonte do poder absoluta e original dos deuses? -Consegui perguntar por fim.

 

—Somos imortais bem como os deuses, podemos lutar, somos capazes de usar o poder que guardamos e não ficamos parados como um monte de rocha. Por que não?

 

—Não faz sentido. Você não está em mais de um lugar ao mesmo tempo ou tem uma forma verdadeira secreta, isso não parece se encaixar.

 

—É verdade. Eu só posso estar aonde as pessoas me vêem, diferente dos deuses que estão em diversos lugares ao mesmo tempo. Culpa da minha parte humana ou o fato de que sou uma personificação de origem para algo. Sobre verdadeira forma, isso não é absolutamente verdade e nem mentira. A diferença é que ainda pareço humana.

 

—Como assim? -Outra coisa que eu ainda não sabia. Que legal.

—Asas negras e adicionas de batalha.

Era a primeira vez que Teresa dava um meio sorriso desde o inicio da nossa conversa.

 

—Teresa Anjo Negro. Bem que achei engraçado o que Rachel me disse durante o jantar aquele dia.

 

—Graça por que não é com você. No mundo atual mesmo os deuses não gostam do que os humanos fazem com suas imagens, que dirá eu com a alcunha de “Anjo Negro”. Parece que sou o demonio, eu só... sou o oposto da vida, mas não quer dizer que não gosto dela.

 

Novamente olhando para Teresa eu via uma criança.

Acho que o tempo que fiquei obsecada com os problemas da gravidez recebendo o apoio e a preocupação de todos e principalmente a atenção absurda de Teresa me fizeram esquecer que ela não era diferente de mim ou de Percy por dentro.

 

Ela nem mesmo parecia uma deusa normalmente, sempre de calça jeans e camiseta, de segredinhos com Galatea e Rigardo, falando besteira como um humano normal faria, distribuindo broncas e elogios quando queria, as vezes ficando meio esquecida e avoada e depois totalmente perdida de como conseguiu perder detalhes tão importantes.

 

Quase normal.

Tão normal as vezes que me esquecia que ela não era mais do que uma criança por dentro. Ou que tinha mais de cem anos e viveria muitos séculos depois que eu, Percy e muitas outras pessoas que ainda iria conhecer morressem.

 

Pensei que o dia que meu pai morresse eu iria ficar mais triste do que nunca. Mas ela já tinha perdido o irmão há muito tempo. A mãe estava “presa” no Olimpo

 

Como será que os deuses se sentem quando seus filhos morrem?

Foi quando a ideia de enterrar um filho me passou pela mente que eu soube que certas coisas não são tão diferentes.

 

Quase normal...

Acho que não existe mais algo que possa chamar de normal.

 

Continua...


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Notas finais do capítulo

Olá para todos.
Passando para avisar os recém chegados e leitores antigos que a série The Olimpians é composta por 4 livros atualmente.
Sendo eles:

Livro 1 - The Olimpians: True Blood
(Concluída/Revisão/Reescrevendo?)

Livro 2 - The Olimpians: Boodlines Time
(Concluída/Revisão)

Livro 3 - The Olimpians: The Other Side Of Time
(Concluída/Revisão)

Livro 4 - The Olimpians: The Last Corwn
(Em andamento)

Sim, o livro 4 está sendo escrito/postado nesse momento aqui mesmo no Spirit e no Nyah!, então se você acompanha qualquer uma das fics e quer saber o termino das aventuras dos personagens não deixe de acompanhar o lançamento de The Last Crown.

O livro 1 será reescrito em breve, para ser postado como uma nova versão e o original vai ficar no ar como um rascunho (sim, terá duas versões do mesmo livro, uma de dez anos atrás e outra revisada, corrigida e reestruturada que vai ser a oficial (quando ficar pronta)).

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