Lily acordou na quinta feira com o barulho da janela de seu quarto sendo quebrada. Depois de uns gritos de susto, percebeu que tinha sido um balaço, provavelmente mal calculado.

Levantou, se vestiu, desceu as escadas e se dirigiu ao campo.

- Alguém perdeu um balaço? - ela perguntou para os amigos, levantando uma bolsa que se debatia, onde ela tinha conseguido capturar o balaço.

- Não, a gente só queria te acordar mesmo. - respondeu Sally.

- Mas eu tava dormindo tão bem... - disse ela, se lembrando do sonho que tivera com...

- Sonhando comigo, meu lírio? - perguntou James, passando a mão pelo cabelo. Sim, Lily pensou, assim como na semana toda desde o último jogo de Quadribol!

- Não viaja, Potter! - ela respondeu, antes que a verdade lhe escapasse.

- Então, eu estava pensando, vocês querem assistir algum filme? A gente podia fazer uma maratona de filmes trouxas! Eu os adoro, mas lá em casa ninguém sabe usar um DCD. - disse Remo.

- É DVD, Remo! - disse Lily. - E eu adorei a idéia! Eu conheço uns filmes muito bons!

- Ótimo. Eu conheço uma locadora trouxa não muito longe daqui! - disse Sirius.

- Então vamos logo! Quanto mais cedo voltarmos, mais filmes podemos assistir! - disse James.

- Vão vocês, eu não estou muito a fim, tô com preguiça. - disse Pedro, só pra variar.

- Ah, vamos lá, vai ser legal! - Sally tentou convencê-lo, mas sem sucesso.

- Não vou e ponto final! Se divirtam. - ele respondeu, dando-nos as costas e subindo as escadas em direção à seu quarto.

- Hoje vai ser o dia perfeito pra maratona! Meus pais saíras a trabalho e só voltam amanhã a noite. Coisa de auror... Enfim, a gente vai ter a casa só pra gente. - ele deu aquele sorriso maroto estonteante, misturado com um pervertido, que foi acompahado por Sirius.

Chegando à locadora, Sally sugeriu que assistissem um filme de cada gênero: um de romance, um de drama e um e terror.

- A gente vai ter que assistir um filme de terror? - perguntou James, tentando desfarçar o desapontamento, o que não conseguiu.

- Vai, senão não tem graça! - disse Lily. - Por quê? Tá com medo, Potter?

- Medo? Eu? Não me faça rir, Lily, James Potter não sente medo!

- Então,por que não?

- É que eu tava preocupado com o Pedro, sabem? Ele é muito medroso e tal... - a desculpa perfeita. E o pior é que não era mentira.

- Corta essa! Eu conheço os filmes perfeitos pra ocasião! - disse Lily. - Um deles é meu preferido, inclusive.

- Aposto que é o de romance. - murmurou James.

- Querido James, é aí que você se engana! Ela tá falando do de terror! Eu já até sei que filme é esse. Fomos assisti-lo nessas férias de verão e eu não consegui nem terminar de assistir! - disse Sally.

- Não é tão de terror, gente... - Lily começou mas foi logo interrompoda por Sirius.

- Dá pra falar logo que filme é?

- A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça, com o Johnny Deep. - respondeu Lily. - E de romance e drama a gente podia assisrir o Clube dos Cinco e o Gatinhas e Gatões (Sixteen Candles. É, a tradução é uma merda mesmo), são do mesmo diretor e tem dois atores que fazem os dois, Também tão na lista dos meus preferidos!

Depois de alugar os filmes e voltar pra casa, eles afastaram o sofá da sala de TV. Fizeram - muita - pipoca e forraram o chão com colchonetes.

- A gente assiste primeiro os filmes de romance e drama e depois, conforme for anoitecendo, a gente vê o de terror. - disse Lily, e logo já estavam assistindo o Gatinhas e Gatões.

Como Lily suspeitava, todos gostaram mais de Clube dos Cinco, um filme que descreve exatamente qualquer tipo de frustração adolescente. Quando o filme de terror começou, já estava de noite, e o silêncio reinou na sala.

Logo antes da metade do filme, Sally já se encontrava agarrada à Sirius, que tentava manter a pose de corajoso, mas também estava com bastante medo, e James estava agarrado à Lily.

Ai meu Deus! James Potter com medo, e agarrado à uma garota pra se proteger! Taí uma coisa que não se vê todo dia! - Lily pensou. - Depois eu vou até tirar uma foto!

E o silêncio foi interrompido quando uma cabeça foi decepada e Pedro gritou, completamente aterrorizado, e saiu correndo para seu quarto, onde se trancom e não foi mais visto a noite toda. Remo pausou o filme.

- Eu disse que ele era medroso! Não sei nem como foi colocado na Grifiníria. - disse James.

- Aquele Rabicho! Vocês viram como ele gritou como uma garotinha amedrontada?! - e Sally e Lily olharam pra ele com uma cara de adivertência.

- Vindo do garoto que passou o filme todo agarrado à Sally! - disse Remo. Quando James riu, ele se dirigiu ao outro amigo. - Você tmbém não está em posição de rir! Passou o filme todo agarrado à Lily. - e Lily se desprendeu dele, que ainda a abraçava.

- Continua logo esse filme! - disse Sirius, e assim fez Remo.

Quando o filme terminou, Sally e Sirius dormiam agarrados, Remo dormia encolhido, Pedro estava perdido em seu quarto e James e Lily ficaram acordados.

- E aí, gostou? - perguntou ela.

- Gostei, mas prefiro o de drama. Não tinha nenhum mais... leva não? - ele reclamou.

- É claro que tinha, mas cadê a graça nisso? - e os dois se voltaram para Sally e Sirius.- Eu preciso tirar uma foto disso. Só como prova, sabe? - Lily deu ênfase no preciso.

Depois que ritou a foto, deitou ao lado de James, que ficou encarando-a.

- Lily? - ele perguntou.

- Sim? - e ele foi chegando mais e mais perto.

Eles se beijaram pelo que pareceu uma eternidade, até que se separaram em busca de ar.

- Desculpe, James, mas eu não posso fazer isso. - ela disse quando ele se paroximou novamente.

-Lily, por que você tem que tornar as coisas tão complicadas?! - ele perguntou, irritado. - Sabe, eu sempre gostei de você, desde o 1o ano, e você sabe disso! Eu sempre demonstrei...

- É, demonstrou saindo com todas as garotas de Hogwarts.

- Você quer que eu te espere para sempre, sendo que a cada dia eu levo mais um fora? Eu precisava de distrações que mantessem meus pensamentos longe de você!

- É, mas eu não sou um brinquedo! Não quero ser só mais uma na sua lista estúpida!

- Minha lista de foras é bem maior, acredite. - ele murmurou.

- Olha, só... vamos com calma, ok? Eu ainda não estou completamente certa de que posso confiar em você desse jeito, então vamos ver no que dá.

- Tudo bem. - ele respondeu, contrariado. Eu vou conquistá-la. E um dia ela vai ser minha.