Is Anybody Out There? escrita por Manu Gayoso


Capítulo 4
Friends, really?


Notas iniciais do capítulo

Olá gente :))
Estou muito feliz, muito feliz mesmo, que meus leitores continuam me acompanhando, vocês não sabem o tamanho da minha felicidade. E para quem é novo, seja bem vindo *---*
Gente queria saber o que vocês estão achando da história, das roupas, principalmente das roupas :B Me mandem as respostas nos reviews ok?
:)) xx



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– Agora vamos cuidar desses machucados. Vou te levar para o meu quarto ok? Lá tem um banheiro.

Zayn me levou até o quarto nos fundos, abrindo a porta e fazendo com que eu me senta em cima da cama. Vai até o banheiro e vejo que abre a pequena maleta que mantinha consigo o tempo todo. Era a maleta que carregava os utensílios de primeiro socorros. Vi que tirou uma pinça de dentro, em seguida algo parecido com uma gaze, e um vidrinho com um líquido marrom quase laranja.

- Tem alguma coisa que possa prender seu cabelo?- Me perguntou. Peguei o elástico que se encontrava em meu pulso e prendi meu cabelo em um coque. Zayn pegou um algodão passando naquele líquido alaranjado e começou a passar em minha testa, provavelmente onde estava sangrando. Sem ele reparar comecei a olhar para seu belo rosto. Seus olhos concentrados naquilo que estava fazendo, os músculos de seu braço estavam retraídos.

- Está doendo?- Meus pensamentos foram perfurados por sua voz.

- Não. – Dei um suspiro, lá vai a pergunta que não quer calar.- Porque quis cuidar de meus ferimentos?

- Como assim?- Me olhou com o cenho franzido.

- Porque não deixou Liam fazer isso?

- Ham... não sei... nós nos conhecemos...

- Nós nos conhecemos? Zayn, qual foi a última vez que você me viu?

- Quando eu me mudei, mas...

- Exatamente, quando você se mudou, eu tinha 11 anos, nós não nos conhecemos.

- Dá para você parar de reclamar e me agradecer?- O olhei incrédula.

- Agradecer pelo o que? Por ter me deixado sozinha aqui?

- Eu não te deixei sozinha aqui, você tem seu pai e sua mãe, talvez não mais o seu pai, mas a sua mãe...- Parou de falar quando viu a minha cara, deveria estar estampada a tristeza que eu estava sentindo naquele momento. Como eu iria dizer ao Zayn que minha mãe faleceu? E logo depois de ele ter ido embora?

- Não Zayn, eu não tenho a minha mãe.- Respondi em um sussurro.

- Eu tenho certeza de que ela se importa com você.- O olhei com raiva, será que ele não havia percebido.

- NÃO ZAYN, VOCÊ AINDA NÃO PERCEBEU?

- PERCEBI O QUE GAROTA? PARA DE GRITAR.

- VOCÊ AINDA NÃO PERCEBEU QUE A MINHA MÃE MORREU, ELA MORREU OK? É POR ISSO QUE EU NÃO A TENHO AQUI COMIGO, É POR ISSO QUE O MEU PAI FICOU DAQUELE JEITO. EU NÃO TENHO MAIS NINGUÉM. – terminei de gritar e sai pela porta, a essas horas as lágrimas já estavam caindo pelo meu rosto. Não sou muito de chorar, na verdade é raro alguém me ver chorando, mas quando se falava de minha mãe, era inevitável. As lágrimas saiam contra a minha vontade. Passei pelos meninos que me olhavam com cara de assustados e fui em direção a minha casa, até que sinto alguém pegando em meu braço e me virando.

- Jade, e-eu não sabia, me perdoa...- Era Zayn, seu rosto demonstrava o arrependimento que ele sentia.- Nós vamos passar por isso.

- Nós vamos passar por isso Zayn? Quem você pensa que é pra falar algo assim?- O olhava com repugnância.

- Eu sou seu amigo.

- Meu amigo? Amigos não se abandonam. Se você fosse meu amigo não teria me abandonado a quase 8 anos atrás. – Me virei e entrei em casa, logo o cheiro de vômito enjoou. Peguei meu celular e mandei uma mensagem pra Sam.

‘’ Posso dormir na sua casa?’’

‘’ Claro, ta tudo bem?’’

‘’ Quando eu chegar.’’

‘’ Beleza.’’

Eu sabia, eu tinha a plena consciência, que não era culpa do Zayn ele ter partido, eu sabia que não foi escolha dele, ele era pequeno ao podia escolher onde viver, onde queria morar. Mas a raiva foi tanta na hora que essa foi a minha única desculpa para poder sair daquele lugar, para poder sair de perto dele. Daqueles olhos castanhos que pareciam que enxergavam até a minha alma. Peguei meu cigarro e o acendi. Entre tragadas ficava pensando no que acabara de acontecer. Zayn dizendo que era meu amigo. Ele não era meu amigo, se fosse meu amigo teria pelo menos me ligado. Mas não, nenhuma ligação em quase oito anos, nadinha. E ainda fala que é meu amigo. Mas não posso deixar de dizer que foi muita bondade dos outros ter me acolhido e ter me salvado, e por mais que eu não queira admitir, até mesmo o Zayn. Argh, mal nos vemos durante meia hora e já o odeio. Não sabia o que iria acontecer comigo agora, meu pai fora preso e os garotos queriam minha tutela. Por mim tudo bem, vou completar 18 anos daqui a 2 meses, então não seria grande problema. Mas se eles não conseguissem iria passar 2 meses em algum local, digamos, não muito agradável, e dessa, eu to fora, muito fora. Cheguei na casa de Sam e a mesma me esperava na porta da casa.

- Coé. Tudo bem bitch?- Perguntou com cara de preocupada.

- Agora sim, vamos entrar que eu te conto melhor.- Entramos na casa e fomos direto para o seu quarto.

- Desembucha.

- Calma aí vaquinha.- ri.

- Fala logo.- disse séria.

- Ok, ok. Então, eu tenho um novo vizinho.

- E...?

- E que ele já foi meu vizinho a um tempo atrás.

- Ok Jade, simplifica, não estou entendendo nada.

- Conhece a banda One Direction?- dei um suspiro.

- Conheço, mas continuo sem entender merda nenhuma, o que isso tem a ver com o seu novo vizinho?

- Eles são meus novos vizinhos anta. O one direction.

- Ah não, ta de zoação né?- Começou a rir.- Aquele bando de viadinho?

- Ah para, eles não são assim.

- Ai meu Deus, você gostou deles. Não acredito que você gostou deles.- Sam começou a rir com uma cara incrédula.

- Eles são legais ok? E para de rir vaquinha.

- Tudo bem, tudo bem. – disse ficando séria de novo. Agora que vem a parte difícil.- Mas não foi só isso o que aconteceu não é? Tem mais coisa aí.

Tive que contar a história toda para ele, desde o começo, tudo o que havia acontecido. Quando terminei Sam me olhava boquiaberta.

- Jade, eu não sei o que dizer...ér..

- Não precisa dizer nada vaquinha, agora vamos dormir.

- Tudo bem.

‘’ Estava em uma floresta, não a reconheci. Comecei a andar para ver se encontrava alguma casa ou alguém, nada encontrado. Comecei a entrar em desespero, onde eu estou? O que está acontecendo? Porque eu estou no meu de uma floresta? Mas nenhuma resposta vinha. Andei mais, aquelas árvores eram gigantes, amedrontada me encostei em uma dessas árvores e suspirei me perguntando mais uma vez onde eu estava. Fui surpreendida por um grito, um grito de uma mulher. Eu conhecia aquela voz. Me virei na direção de onde o grito vinha.

‘’ Jade, Jade..’’ A voz pulsava. Era a voz da minha mãe, agora eu sabia. Corri na direção da voz mais um vez e parei em um campo florido. Havia flores por todos os lados, brancas, roxas, rosas, amarelas. De todos os tipos. Olhei para os lados e a encontrei, minha mãe estava com o rosto coberto de lágrimas assim como o meu. Assim que me viu veio correndo me abraçar, e foi nessa hora que eu percebi que esse não era um sonho, mas sim uma lembrança do passado.’’

- Jade, acorda, acorda bitch, temos que ir pra escola, levanta a bunda daí logo.- Sam gritava em meu ouvido.

- Ai vaca, já ouvi, vai mugir em outro campo vai?

- E ta de mau humor é?

- Ah não fode vaquinha.- A filha da puta riu.

- Vamos logo, pega uma roupa qualquer aí no meu armário.

            Terminamos de nos arrumar e fomos para o colégio. Resolvi hoje que iria mudar, eu era assim, quando estava chateada com algo eu queria mudar. Peguei uma roupa mais ousada da Sam e iria fazer algo com o meu cabelo. Pintar de preferência.

- Vaquinha, o que acha de pintar o meu cabelo?

- Melhor do que esse loiro aguado que tu ta.- Rimos.

- Tem razão...

- Qual é a sua cor natural bitch?

- É castanho escuro e dá pra parar de me chamar de bitch?

- Só se você parar de me chamar de vaquinha.- Retrucou.

- Ah, então nem rola vaquinha.- ri.

- Idem bitch. Mas pó, porque tu não volta com sua cor original?

- Você acha?

- Claro pó, você é branquinha, e tem olhos quase pretos, vai combinar com você. Pelo menos mais do que com esse loiro de prostituta que se ta usando.

- É tão legal conversar com você Sam, seus apelidos me emocionam.

- Eu sei que você me ama senhorita irônica.- Disse me abraçando e rindo.

- Eca, me solta vaquinha, daqui a pouco os bois vão ficar com ciúme.- rimos.

            Entramos na escola e fomos para as nossas aulas. Até que passou rápido logo nós já estávamos em nosso recreio comendo aquela comida nojenta daquele inferno. Uns já até juraram que viram cabelo ali dentro, eca, só de imaginar já me embrulha o estômago. Larguei a comida na mesma hora. Aconselhei Sam a fazer o mesmo e quando ela me perguntou e eu respondi a parada do cabelo ela olhou para a comida com nojo e jogou no lixo. Nós rimos tão alto que chamou a atenção dos nojentinhos do inferno, que nos olharam com cara de nojo, como se nós fôssemos a comida com cabelo de lá. Realmente, eu mereço, eles realmente acham que nós nos importamos com isso? Sério?

- Aí bitch, que tal você fazer a parada no seu cabelo depois da aula?

- Boa idéia vaquinha. Let’s go.

             Assim que a aula acabou nós fomos para o shopping e entramos em um cabeleireiro qualquer.

- O que as madames gostariam de fazer?- Perguntou um cara com total pinta de gay. Mas não aparentava ter mais que 30 anos, sorria igual um doida, deve ta pensando que assim vai conseguir mais clientes.

- Sabe o que é? É que minha amiga aqui.- Sam disse dando ênfase no amiga apontando pra mim. Como se tivesse outra garota aqui, please. Bufei fazendo os dois me olhares, Fiz um gesto coma mão pra Sam continuar.

- Continuando, minha amiga aqui, quer voltar para a sua cor original, que segundo ela é um castanho escuro.

- Sim sim, e vocês tem dinheiro?

- Claro que sim.- Respondi ofendida, será que eu tinha cara de mendiga? Eu sei que não tenho cara de rica, mas não vou sair por aí roubando, pelo menos, não mais.

- Então sejam bem vindas e que comece a transformação.- A bicha falou cheia de alegria.

             Ficamos ali uma, duas horas e o Jerred, que era o nome do bicha avisou que havia terminado. Só nesse meio tempo já sabia praticamente da vida toda do cara, ele era gay dãa, ele tinha duas irmãs que não suportava, sua mãe era sua melhor amiga, e ele não tinha namorado, ou como ele dizia, um bofe ainda, ainda. E ainda nos convidou para sair pro bar qualquer dia desses.

- Está linda bitch, nem parece que é você.- Sam disse rindo.

- Você é uma puta mesmo, deve ta horrível. Deixa eu ver, me dá um espelho.- Peguei o espelho da mão do Jarred e me olhei. Ual, como eu fico diferente, pareço até outra pessoa. Meu lábios estavam mais vermelhos, meus olhos brilhavam mais, sem nem perceber um sorrido apareceu em meus lábios. Isso era bom, ótimo na verdade.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Gostaram da nova Jade?
Reviews? haha