Odeio Amar Você escrita por Narcissa


Capítulo 9
Neuf


Notas iniciais do capítulo

Henry realmente encarando a realidade...
Esse ficou meio curtinho :(
Boa leitura o/



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Mais de 3 horas haviam se passado. Mary Margaret e David esperavam nervosos por noticias. Era angustiante ficar ali, impacientes, se sentindo incrivelmente impotentes.

E então Mary se deu conta de algo.

- Henry – ela disse – Ele... Ele ainda não sabe.

David olhou para ela, triste.

- Onde ele está?

- Provavelmente em casa. Pelo que Emma havia me dito, Regina chamou alguém para ficar com ele. David, ele precisa saber.

David suspirou fundo. Um garoto tão pequeno que teria que suportar uma coisa tão grande...

- Sim, ele precisa. Vamos esperar notícias do Dr. Whale e então ligamos para ele.

- E o que vamos dizer?

David parecia cabisbaixo.

- Eu não sei.

Nesse instante o Dr. Whale adentrou a sala de espera. Ele não estava com uma cara muito boa.

- E então?  - perguntou Mary, impaciente.

- Ambas tiveram ferimentos graves. Fizemos a cirurgia na prefeita Mills, tentando ser o menos invasores possíveis. Infelizmente, o caso dela está fora de nosso alcance. Ele ficará em coma... Por algum tempo.

- E quando ela vai acordar? – perguntou David,

- Não sabemos se... – o Dr. Respirou fundo – Não sabemos se ela irá acordar.

David recebeu a noticia com um choque. Estranhou a si mesmo ao se sentir invadido por uma onda de tristeza. Abraçou Mary pelos ombros, tentando reconfortá-la, mas na verdade procurava conforto em si mesmo.

- A xerife Swan recebeu múltiplos golpes na parte posterior da cabeça o que comprometeu muitas de suas ações mais básicas. Conseguimos imobilizar seu braço, mas ele ainda não responde a medicação e nem ao tratamento. Sinto muito. Eu...Acho melhor vocês se prepararem para o pior.

E assim, depois dessa notícia esmagadora, ele saiu, negando-se, inutilmente, a se sentir abalado.

Mary sentiu as lágrimas lhe cortarem a face. Abraçou David, sentindo como se tudo ali fosse irreal, esperando que Emma aparecesse a qualquer momento pela porta, chutando traseiros.

- Está na hora de ligar para o garoto – Disse David afagando a cabeça dela.

Henry chegou ao hospital com a babá. Ele estava quieto, amuado. Haviam tentado dar a notícia do acidente da forma melhor possível. Mas essa não existia. O garoto fora obrigado a encarar a verdade.

- Henry – disse Mary se ajoelhando para ficar frente a frente ao garoto – você precisa ser forte. Sei que é pedir muito a um garoto de 10 anos, mas elas precisam que você seja forte. Não posso te dizer que tudo vai ficar bem, nem mesmo os médicos podem afirmar isso. Mas tenha fé. Esse é o sentimento mais poderoso que pode haver dentro de você.

 Henry continuou encarando o chão, as lágrimas descendo até a ponta de seu nariz. Mary o abraçou, sentindo-se fraca.

- Eu quero vê-las – ele disse firmemente.

- Henry, não acho que seja prudente...

- Não. Eu não vou conseguir... Eu não vou conseguir acreditar. Não vou conseguir seguir, sem vê-las. Por favor, Miss  Blanchard. Por favor.

Mary Margaret olhou para David, ele parecia apreensivo, mas assentiu.

- Vamos.

Os três seguiram pelo corredor, e pararam ao lado de um quarto com uma parede de vidro. Lá dentro, com as macas uma do lado da outra, repousavam Emma e Regina. Só o que se ouvia dentro do quarto era o barulho das máquinas. BIP BIP BIP. Ambas usavam tubos respiratórios e estavam com vários curativos nos rostos. Emma estava com uma faixa branca enrolada em torno da cabeça e o braço direito imobilizado. Regina tinha vários cortes nos braços e um curativo na parte do externo. Elas jaziam lá, imóveis, os olhos cerrados, como se nunca mais fossem acordar.

Henry se manteve forte. Estava chocado de mais para demonstrar qualquer emoção.

Ouviram-s e passos no corredor e o Dr. Whale parou ao lado deles, um olhar derrotado no rosto.

- Eu sinto muito, mas talvez vocês não devessem criar expectativas. Talvez tenha sido tarde de mais. Vamos mantê-las aqui, o tempo que for necessário. Mas talvez devessem se preparar para dizer adeus...

- Eu quero entrar – disse Henry ainda olhando pelo vidro.

- Lamento Henry, mas você não pode entrar lá.  

- Mas eu preciso. Eu preciso. Por favor.

Houve uma troca de olhares de pena entre os três adultos presentes. Pobre Henry...

- Está bem, Henry.

O Dr. Whale abriu a porta de vidro e Henry entrou. Ouviu o barulho da porta fechando atrás de si.

BIP BIP BIP

Olhou para as duas, as macas lado a lado, apenas alguns metros de distância. Foi até o lado da cama de Emma e pegou sua mão. Ela parecia tão distante. Parecia mergulhada em um sono profundo. Um sono do qual nunca acordaria.

Ficou na ponta dos pés e beijou sua testa enfaixada. Uma lágrima dele molhou a bochecha dela; ele a secou levemente, deslizando os dedos por sua face pálida.

- Eu te amo, mãe.

Suspirou e olhou para o lado, onde Regina repousava.

Ela estava tão pálida que era possível ver as veias sob sua pele. Henry tocou sua mão. Estava tão fria! Os cortes em seu rosto pareciam demonstrar dor. Ela respirava com a ajuda de aparelhos, o que a deixava com uma aparência mais cansada. Inúmeros fios estavam ligados em seu corpo.

Tudo parecia tão real.

Uma realidade esmagadora.

Novamente, o garoto ficou na ponta dos pés para beijar-lhe a testa. Ela estava tão fria...

- Eu te amo, mãe.

Saiu do quarto, agora visivelmente abalado. Deixou as lágrimas molharem sua camiseta. Sentia-se tão pequeno no meio de uma coisa tão grande.

Como tudo isso fora acontecer?

Teria que achar suas próprias respostas.    


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
Reviews o/
Até :D



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