Odeio Amar Você escrita por Narcissa


Capítulo 10
Dix


Notas iniciais do capítulo

Vou explicar minhas ideias loucas, porém legais (eu acho haha) para vocês.
Sim, a Emma cresceu no conto de fadas mesmo. A maldição realmente exite, e é ela que tem que quebrar.
A rainha ameaçou a Snow e o Charming com a maldição mas ela ainda não a lançou. O Rumple ainda esta terminado a maldição e ele vai ser BEM importante na história. A fada azul realmente disse que a Emma seria a salvadora, mesmo depois de crescida ela ainda é. Mas como a maldição ainda não foi lançada não teve toda a história de mandar ela pelo armário e talz.
Me fugiram as coisas agora, se tiverem dúvidas muito grandes, mandem pelos reviews.
Uma boa leitura o/
Ps: Como na série, eu vou revezando os capítulos entre Storybroke e os contos de fadas :D



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Emma refazia seus passos na floresta, agora já fora do castelo. Ainda tentava acreditar que havia saído viva de lá. Ainda tentava acreditar que havia estado lá.

Mas qual fora o preço disso? Quais haviam sido as consequências?

Conhecer a Rainha Má definitivamente não estava na sua lista de afazeres. E o que fora todo aquele contato visual?

Ela não parecia ser essa pessoa horrível que sua mãe havia descrito.

Claro que ela, Emma, só havia passado minutos cara a cara com ela. Como assim não parecia má, Emma Swan? Tentou destruir a felicidade de seus pais inúmeras vezes. Isso não é ser má? Sem mencionar a maldição com a qual ela havia ameaçado a tudo e a todos.

Ela era a personificação da maldade.

Mas também a personificação da beleza.

Emma se repreendeu ao se pegar suspirando. Suspirando pela maior causadora de todos os problemas da vida de todos? Seus pais lhe dariam um tapa na cara.

 Isso a lembrou que eles deviam estar muito preocupados. E se tivessem colocado os guardas para achá-la? Estava fora de questão contar a eles tudo que havia acontecido. Eles provavelmente nunca mais a deixariam sair do castelo, e isso não seria bom. Apertou o passo. Como a floresta era assustadora ao escurecer. Não queria mais ter encontros inusitados, já foram suficientes por hoje. Os resquícios do encontro com a Rainha ainda se manifestavam em seu corpo. Nunca mais iria esquecer esse dia.

Já era noite quando Emma chegou ao castelo. O reino parecia calmo e normal. Emma suspirou aliviada. Seguiu em direção ao interior do castelo, a procura de seus pais.

- Emma! – ouviu seu nome ser chamado atrás dela.

Emma se virou, era seu pai.

- Pai – Emma disse, odiando ouvir sua voz fraca como anteriormente.

Então ele correu para abraçá-la ela retribuiu, sentindo-se extremamente culpada.

- Emma, onde você esteve? Estávamos preocupados. Já anoiteceu e você não aparecia.

- Eu...- Emma nunca fora boa em mentir. Odiava mentir, mas não poderia contar a verdade para seus pais. Não poderia – Eu estava na floresta. Quando vi, já era noite – disse evitando olhar nos olhos dele – me desculpe, não vai acontecer de novo.

Houve um silêncio.

- Está tudo bem. Você precisa prometer que não vai nos deixar assim preocupados de novo, Emma.

- Pai, eu acho que já sou grande o suficiente para tomar conta de mim mesma. Já faz um tempo que eu já sou adulta, caso não tenha reparado – Emma não gostava ser rude, mas ali lhe parecia inevitável.

- Você sabe muito bem o porquê disso.

Não era uma pergunta.

- Sim, eu sei. A Rainha Má – disse com a voz oscilante.

- Exatamente.

Emma engoliu todas as palavras que lhe vieram à boca e apenas assentiu em silêncio.

Depois de se justificar novamente com a sua mãe, Emma foi para seus aposentos. Só agora se dera conta de como estava cansada. O dia havia sido cheio de surpresas e adrenalina; um dia muito especial.

Não estava muito certa disso ainda, nem sequer sabia disso ainda, mas foi esse o dia em que havia se apaixonado pela Rainha.

Pela Rainha Má.

Regina andava de um lado para o outro em seus aposentos no enorme castelo. Estava sentindo uma mistura de raiva, frustração e confusão. Que garota impertinente!

- Devo dizer que fiquei muito surpreso por você ter poupado a vida da garota – disse seu espelho mágico.

   Ela se virou para ele, o olhar duro como pedra.

- Se engana muito quem pensa que a garota foi poupada. O fim dela está próximo. O fim de todos está próximo.

- Então a Maldição já está pronta? – ele perguntou temeroso.

 Ela sorriu perigosamente.

- Está quase. O dia está cada vez mais próximo. Ah, e como está...! Mas primeiro, eu preciso descobrir mais sobre a garota.

- E o porquê dessa curiosidade, se me permite saber?

Ela olhou friamente para ele.

- Isso não lhe diz respeito. Agora me deixe a sós.

E o despachou com um aceno de mão.

Por que queria saber sobre a garota? Ela não passava de um nada, assim como todos outros, assim como seus malditos pais.

Mas ela agora sentia que tinha uma espécie de conexão com ela. Não era nada físico, era mais como uma conexão diferente, como se ela, Regina, soubesse exatamente o que se passava na cabeça de Emma.

- Emma – ela soltou com desgosto.

Fechou os olhos e respirou fundo. Agora teria que deixar que sua mente a guiasse para seu destino, e que o fino fio de magia entrasse em seus pensamentos. Concentrou-se no castelo, mais especificamente no quarto da garota. Forçou a magia lhe mostrar cada detalhe. Entrou em seus aposentos.

Ah, lá estava ela, deitada na enorme cama, envolta por um dossel de cor clara, ressonando audivelmente. Os cabelos longos e louros espalhados pelo travesseiro, o lençol cobrindo apenas parte de seu corpo. Regina se focou nela por um instante e reparou que ela não usava nada além de uma fina camisola de seda preta. Em um movimento, Emma se revirou na cama, deslizando uma perna nua pra fora do lençol.

Um formigamento tomou conta do corpo de Rainha. Ela estremeceu, estranhando o porquê disso. Voltou então seu foco ao que realmente lhe interessava; os sonhos de Emma.

Teve que se concentrar ainda mais, o que exigiu mais magia.

Finalmente conseguiu “entrar” na mente dela. Penetrar em seus sonhos.

No começo, tudo era apenas um borrão de cores, mas aos poucos as coisas começaram a ganhar forma.  Estavam na floresta, era um dia claro e bonito. Regina pôde ver uma Emma sorridente correndo. Tudo tediosamente feliz. E então, o sol foi bruscamente escondido por de trás de grossas nuvens escuras. Emma parou e olhou em volta, em posição de defesa. Todo o ar de paz e tranquilidade de floresta foi sugado pelo ar pesado que se instalou.

E então Regina se assustou ao ver a si mesma surgir no cenário, caminhando impetuosa e firmemente em direção a Emma.

- Eu sabia que você estaria aqui – a voz de Emma saiu dura e forte.

- Onde mais eu poderia estar? – Foi um choque ouvir sua própria voz sair assim tão doce.

Então Emma quebrou a distancia que as separava, invadindo o espaço pessoal da Rainha, que não moveu um músculo. Apenas se manteve estática, enquanto Emma se aproximava cada vez mais. Quando sentiu o calor de sua respiração pairar sobre seus lábios, sentiu o choque do ato.

A conexão foi quebrada bruscamente, como um fio sendo cortado. Regina só teve tempo de ver uma Emma assustada pular da cama, suando e ofegante, antes de abrir os olhos, estupefata.

Estava de volta aos seus aposentos, ofegante. A magia que fora usada, inexplicavelmente havia esgotado suas forças. Ela se sentia fraca.

Por que diabos a garota estava sonhando com ela?

E o que fora aquilo?

Emma Swan seria mais surpreendente do que imaginava. 


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Notas finais do capítulo

Reviews!!