Odeio Amar Você escrita por Narcissa


Capítulo 6
Six


Notas iniciais do capítulo

Atrasada de novo.
A tarde, tento postar mais um
Amo vocês e boa leitura >



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/243704/chapter/6

Mary Margaret estava assistindo TV quando sentiu.

Não sabia na verdade o que havia sentido. Foi como uma espécie de calafrio percorrendo sua espinha e isso a incomodou. Fechou os olhos por um instante, sentindo o coração ficar pesado dentro do peito. Que sensação estranha.  Instintivamente seu pensamento a levou à Emma. Olhou para o relógio que marcava 14 horas. Com certeza ainda não havia chegado em Lewinston.  

Mary se moveu inquieta no sofá. Será que havia acontecido alguma coisa? Seria esse peso em seu coração um aviso de que alguma coisa não estava bem?  

“Bobagem” pensou ela “Emma me ligaria caso algum imprevisto acontecesse” 

Mas algo dizia que alguma coisa estava errada.

Sem pensar, pegou o telefone. Discou o número de Emma.

Direto para caixa postal. Tentou mais um vez.

Nada.

Tentou então o número da prefeita.

Nada.

Isso só aumentou sua preocupação.

Então resolveu ligar para outra pessoa.

- Alô?

- David?!

- Sim. Mary Margaret, o que houve, está tudo bem? – perguntou preocupado.

- Não. Quero dizer, sim. Na verdade, eu não sei. – Certo, como ia explicar a David o que estava sentindo se nem mesmo ela sabia?

- Mary?

- Olha, esquece. Eu nem sei por que liguei. Além do mais, você deve estar ocupado.

- Não,eu estou sempre aqui por você Mary. Diga o que houve.

Mary respirou fundo.

- Vai soar estranho, mas eu acho que tem alguma coisa errada. Eu não sei explicar. É como se alguma coisa tivesse acontecido.

- Eu entendo.  A Emma está ai com você?

- Não. E é isso que me preocupa mais. Ela teve que sair da cidade com a prefeita para resolver umas coisas em Lewinston.  E se algo aconteceu com ela?

- Se acalme Mary.  Emma provavelmente teria ligado pra você, não é mesmo?  Você já tentou falar com ela?

- Sim. Eu liguei no celular dela e também no da Regina e elas não atenderam. Eu não consigo evitar pensar que alguma coisa esta errada. Eu sinto David. Não sei explicar como ou por que, mas eu sinto.

Houve um minuto de silencio.

- Eu acredito em você. Vamos fazer assim, eu vou passar ai e nós vamos fazer uma “ronda” pela cidade, pra ter certeza de que tudo esta bem, ok?

Mary respirou aliviada.

- Ok.  Obrigado David.

- Tudo bem. Chego ai em um instante.

Mary desligou o celular e foi pegar um casaco. Lá fora fazia muito frio e parecia chover. Maldito tempo.

Por um tempo, esperou inquieta a chegada de David. O que estavam procurando? Nem mesmo ela saberia dizer. Apenas queria ter certeza de que estava tudo bem e saber que essa horrível sensação que se espalhara em seu peito não tinha nada a ver com Emma e com sua viagem.

Ouviu quando David chegou e desceu correndo a seu encontro.  Ele havia acabado de sair do carro quando, por um impulso, Mary o abraçou. Não importava que não estivessem “juntos”, apenas queria se sentir reconfortada.

- Obrigado – disse apenas.

- Está se sentindo mais calma? – perguntou, agora olhando para ela.

- Sim. Mas só vou ficar tranquila quando essa sensação ruim passar.

- Então vamos.

Passaram por quase todas as ruas da cidade. A chuva estava instável e agora lavava a neve que outrora cobria o chão e os telhados da cidade. Tudo estava tediosamente bem. Pegaram então a avenida que dava na estrada que saia da cidade.

- Você acha que aconteceu alguma coisa? – perguntou David.

- Eu não sei. Talvez seja apenas bobagem da minha cabeça. Mas eu realmente estou com uma sensação muito ruim.

- Tomara que não seja nada. Emma não ligou pra você?

- Não. Ela disse que ia ligar quando chegasse, mas ela só chega as 15h30, por ai. Ainda são 14h30. Mas mesmo assim, é muito estranho ela não atender o celular. 

- E você acha que alguma coisa pode ter acontecido com ela.

Não era uma pergunta.

Mary apenas assentiu.

Seguiram na estrada por mais alguns minutos até que chegaram à placa que dizia “Você esta saindo de Storybrooke”.

Nesse momento a chuva começou a cair com menos intensidade. David diminuiu a velocidade e nesse instante pôde notar marcas de pneu no chão escorregadio. Seguindo as marcas, viu que elas davam na beira da estrada, onde começava o barranco que se estendia poucos metros abaixo. Pôde perceber que o resto de neve ali estava irregular. Saiu do carro e foi seguido por Mary Margaret.

- Esta vendo essas marcas? – perguntou apontando para o chão – Já estavam aqui antes?

Juntos seguiram as marcas até a beira da estrada. Sob a fina chuva e os galhos que pendiam das árvores, puderam notar que havia alguma coisa lá em baixo.

- David – disse Mary sentindo o coração gelar – o que tem lá embaixo?

O barranco não era muito alto ou inclinado, então não tiveram muita dificuldade em descer. Estava um pouco escorregadio devido a neve e a lama.

 E então ambos pararam estáticos.

Mary percorreu os olhos pela cena, o cérebro não estava funcionando direito. Negava-se a acreditar no que estava vendo.

David processou tudo lentamente. O choque de ambos estava espelhado em seus rostos.

David correu para o lado delas, que jaziam inconscientes. Se negava a acreditar. Olhou para Mary, que estava imóvel, em choque.

Pegou Regina dos braços de Emma e a deitou no chão molhado. Abaixou-se e tentou ouvir seu coração.

Nada.

Olhou pra ela. Ela estava pálida, o rosto cortado em várias partes, os lábios vermelhos de sangue. Ajoelhou-se ao lado dela e deitou a cabeça em seu peito mais uma vez. Com muito esforço ouviu uma batida fraca, se esvaindo.

- Mary! – chamou.

Mas ela estava imóvel. Encarando o nada, completamente em choque.

David correu ate ela e a chacoalhou pelos ombros.

- Mary! – seus olhos lentamente se focalizaram nos dele. Eles estavam com um brilho assustado – Mary, você precisa ser forte. Temos que tirá-las daqui. Você me ouviu?

Lágrimas começaram a escorrer dos olhos dela.

- Mary?!

Ela assentiu.

- Chame uma ambulância!

Mary pegou o celular no bolso. Sem sinal. Andou alguns metros e nada.

- Não tem sinal – disse com a voz fraca.

David estava ajoelhado ao lado de Emma. Seu coração estava apertado no peito. Ela também estava pálida e tinha um sangramento na cabeça. Seu braço direito estava dobrado em um ângulo que não seria possível de se fazer normalmente. Ela respirava ofegante.

Olhou para as duas. Se ficassem mais um segundo ali, iriam morrer.

E isso não poderia acontecer.

Olhou para o carro destruído. Como isso pôde acontecer. O que fez elas perderem o controle e desabarem barranco abaixo?

Seriam explicações para depois.

- Mary?!

Mary apareceu em seu campo de visão.

- Não tem jeito. Temos que levá-las. Se ficarem mais um minuto aqui...

Ele não concluiu a sentença.

- Fiquei aqui com Emma. Vou levar Regina para o carro.

Ele então tomou a prefeita nos braços. Sua cabeça tombou para trás. Suas roupas estavam molhadas e o sangue escorria de cortes em seus braços caídos ao lado de seu corpo. David seguiu um pouco até achar uma subida de volta a estrada. Conseguiu abrir a porta do carro e deitou a prefeita cuidadosamente no banco de trás. Seu coração ficou apertado. A prefeita Mills nunca fora má pessoa com ele.  Ela o havia achado. Havia o “salvado”. Agora era sua vez de salvá-la.

Mary estava ajoelhada ao lado de Emma, passando a mão em seus cabelos louros. Estava certa o tempo todo, alguma coisa havia acontecido. Nesse instante David chegou e pegou Emma no colo.

- Vamos Mary, temos que levá-las o mais rápido possível. Você dirige, eu levo Emma.

E refizeram o caminho até o carro. David se sentou no banco do passageiro com Emma nos braços e Mary rapidamente tomou a direção.  Ela deu a volta, e dirigiu de volta a Storybrooke, o coração batendo tão forte que chegava a doer.

Já perto do hospital, conseguiram ligar para o hospital.

- Chamem o Dr. Whale, diga que estamos chegando com duas vítimas graves.

Quando chegaram os paramédicos já estavam a postos e o Dr. Whale já estava pronto para recebê-los. Só não estava preparado ao saber quem eram as vítimas. David saiu do carro com Emma nos braços e imediatamente ela foi deitada em uma maca. Os paramédicos se alvoroçaram em torno dela. E então, rapidamente pegou a prefeita no banco de trás, que parecia piorar a cada segundo. Ela foi deitada na maca e rapidamente ligada a todos os aparelhos médicos.

- Ela precisa ser entubada imediatamente – disse um dos paramédicos. Um tubo foi introduzido em sua garganta  Eles ligaram um acesso intravenoso e todas aquelas máquinas. Emma já fora levada pra dentro, mas Regina estava pior e precisava de cuidados ali mesmo.  O doutor verificou a ausculta pulmonar e pareceu apreensivo.

- Ela tem Pneumotórax traumático. Precisa ser levada urgentemente para uma SO.

David e Mary seguiram para dentro do hospital, atordoados. Um dos médicos colocava uma máscara de oxigênio em Emma e imobilizava seu braço.

Dr. Whale foi em direção à eles.

- Elas vão ser levadas para o trauma. Ambas tiveram múltiplas lesões na cabeça, a xerife teve uma fratura no braço. A prefeita é um caso mais grave. Ela teve um pneumotórax, que é a presença de ar, e as vezes sangue, na cavidade pleural. Precisa ser drenado e tratado imediatamente.  Ambas correm grave risco de vida. Volto quando possível trazendo noticias – e saiu as pressas.

- E agora esperamos – disse Mary com a voz fraca, se sentando em um dos bancos da sala de espera. David de sentou ao seu lado.

- Agora esperamos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Viish.
Desculpem o excesso de termos médicos, é que medicina é a minha paixão ♥ hahaha
E ai, será que elas vão sair dessa?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Odeio Amar Você" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.