Odeio Amar Você escrita por Narcissa


Capítulo 4
Quatre


Notas iniciais do capítulo

Vocês devem estar querendo me matar, me assassinar e coisas do gênero. Tudo bem, não as culpo.
É que o lindo do meu pai foi mexer aqui no computador e acabamos ficando sem internet. Tentei comunicá-las pelo meu tablet ou pelo notebook, mas não consegui. Mas não se preocupem, não abandonei a fic nem nada disso. Muito pelo contrário, estou me empenhando cada vez mais nela, quero que fique muito boa pra leitores lindos que são vocês.
Um beijo, desculpem mesmo a demora e boa leitura o/



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Sexta-feira se passou num piscar de olhos. Emma arrumou sua mala depois do trabalho e ficou pensando na viagem. Ela tinha tudo para ser no mínimo tensa. Emma e Regina juntas, meus deuses! E se ficassem no mesmo quarto de hotel? Emma estremeceu só de pensar. Como isso poderia acabar bem?

Emma estava deitada em seu quarto, lendo, quando ouviu a voz de Mary Margaret atrás dela.

- Preparada, Emma ? – perguntou se sentando aos pés da cama.

- Definitivamente não – disse Emma se sentando para olhá-la – sabe Mary, eu não tenho um bom pressentimento sobre essa viagem. Sei lá, eu não sei se é por causa da conferencia em si ou por causa da Regina.

- Emma, eu acho que você não deveria se deixar intimidar. Quero dizer, o que ela poderia fazer com você?

- Consigo pensar em muitas coisas.

- Você deveria aproveitar que vai sair da cidade. Respirar outros ares, ver outras pessoas.

Emma sorriu.

- A única pessoa que eu gostaria de estar longe, vai comigo. Não é de grande ajuda.

- Bom, tente dormir. Amanhã de manhã preparo um café da manhã bem especial pra você. Tente relaxar, não fique penando nisso. Vai passar rápido, você vai ver.

- Ok, thanks Mary. Boa Noite.

- Boa noite.

Emma checou a mala mais uma vez, conferindo tudo que estava levando. Quantos dias iriam ficar em Lewinston? Por quanto tempo essa agonia iria durar?

Deitou-se em sua cama, realmente queria dormir. Mas quem disse que conseguiria?

O tempo passou e Emma continuava acordada. Depois do que pareceu uma eternidade, sentiu as pálpebras pesarem e finalmente adormeceu.  

 - - -

Regina acordou com o maldito som do despertador. Piscou até se acostumar com a claridade que provinha da janela e o desligou. 11 horas.

Sem mais delongas, se levantou. Estremeceu levemente ao sentir o frio a envolver. Precisava aumentar a temperatura do aquecedor. Foi ao banheiro, lavou o rosto, e olhou para si mesma no espelho. Como era bonita. E como essa beleza já havia causado problemas.

Ligou a água da banheira e esperou que ela enchesse.  Entrou na água quente e suspirou prazerosamente. Hoje seria um dia longo e estressante. Essa conferencia não poderia ter vindo em pior hora.

Neve, sempre lhe causando problemas... (snow)

Mas dessa vez não era só ela. Era outra pessoa.

Emma.

Só havia aparecido em Storybrooke para lhe causar problemas e bagunçar sua vida. Em todos os sentidos.  Será que era tão difícil assim conseguir a sua felicidade? Por que as pessoas insistiam em ficar em seu caminho?

Não. Nem Emma, nem ninguém iria estragar a sua felicidade. Não poderia deixar isso acontecer.

Afastou esses pensamentos da mente e saiu do banho, sentindo revigorada.  Arrumou-se, checou a mala e tomou café. Estava conferindo as ultimas coisas quando ouviu a campainha tocar. Deveria ser a babá que ficaria com Henry,  afinal não sabia realmente quantos dias ficaria fora.

- Bom dia, Madame Prefeita.

Regina limitou-se a acenar a cabeça.

- Henry está dormindo, ele acordará em breve. Quero que mantenha seus olhos nele o tempo todo – disse friamente.

-Sim senhora prefeita.

- Ótimo. Não sei quantos dias ficarei fora, então se tiver um compromisso, desmarque.  Meu filho é a sua prioridade.

Depois de por suas coisas no carro, Regina foi ao quarto do filho, que dormia tranquilamente. Beijou sua testa e subiu os cobertores.

- Eu te amo – disse baixinho.

Quando viu que faltavam 15 minutos para as 13, decidiu partir. Seria uma viagem de 2 horas e meia até Lewinston ao lado da xerife.  Teria que se controlar. Mas seria difícil. Emma a deixava fora do eixo. Como uma pessoa que odiava tanto poderia mexer tanto com ela?

Uma leve chuva  caia na cidade quando Regina estacionou em frente ao prédio que Emma dividia com Mary Margaret. Tocou a buzina duas vezes e esperou.

Emma se assustou com a buzina. Estava quase pegando no sono. Não havia dormido a noite. Não sabia se por causa do nervosismo ou se fora o frio. De um jeito ou de outro, sentia-se cansada. Pegou suas malas, se despediu de Mary Margaret e desceu. A prefeita a esperava em seu carro preto, agora com resquícios da neve que ainda não derretera.

- Ponha suas malas no porta-malas – disse Regina, se olhando no espelho retrovisor. Parecia que estava retocando o batom. Não que precisasse, pensou Emma, era linda do jeito que estava.

Emma sacudiu a cabeça e pôs suas malas no porta-malas. Respirou fundo três vezes antes de entrar no carro. Abriu a porta e se sentou no banco do passageiro, ao lado de Regina, que agora olhava pra ela. Sentiu o rosto esquentar.

- Quanto tempo até Lewinston? – perguntou Emma.

- Duas horas e meia.

Emma suspirou.

É, seria uma longa viagem. 

-        -       -

- Miss Swan – chamou Regina.

Emma apenas se mexeu levemente.

- Emma! – chamou mais alto.

Emma quase pulou do banco. Abriu os olhos assustada.

- Miss Swan, ainda nem deixamos Storybrooke e você parece que vai desmaiar.

Emma enrubesceu.

- Sinto muito. Não consegui dormir a noite, e me sinto tão cansada – disse Emma coçando os olhos.

Regina pareceu travar uma espécie de luta interna. Por fim disse.

- Tem uma alavanca ao lado do seu banco. É só puxar que ela deitará o seu banco.

Emma ficou encarando ela, completamente pasma.

- Tente - encorajou Regina, olhando para frente – Pelo menos não corre o risco de bater a cabeça no vidro da janela.

 Emma não sabia se beliscava seu braço ou se fazia o que ela havia dito. Optou pela segunda opção. 

Encontrou a alavanca na lateral de seu banco. Receosa, puxou e então regulou o banco. Ótimo.

- Obrigado – disse Emma ainda surpresa.

- Precisa estar apresentável na conferencia, xerife.

Emma quase sorriu. Deitou-se no banco e fechou os olhos. Nossa como sua cabeça doía. Não demorou muito e ela pegou no sono.

Estavam perto de sair de Storybrooke, o que deixava Regina apreensiva. A chuva havia piorado e a neve no chão estava perigosamente escorregadia. Mas não podia parar. Quanto antes chegasse, melhor.

Arriscou olhar para o banco do passageiro, onde Emma suspirava tranquilamente, afundada em seu sono. Uma mecha de seus cabelos louros insistia em cair sobre seu rosto. Regina se pegou a admirando. Como ela poderia ser sua desgraça?

Regina voltou sua atenção à estrada. Por um segundo, achou ter sentido o volante ficar mais pesado em suas mãos. Devia ser impressão.

Mais uma vez, dessa vez mais intensamente. Segurou-o mais firme e isso fez seus braços doerem. E então se ouviu o estridente barulho dos pneus correndo no chão. O volante pareceu criar vida própria e girou, fazendo com que o carro deslizasse. Nesse instante, Emma abriu os olhos assustada. Só teve tempo de envolver os braços sobre a cabeça, quando o carro deslizou até o barranco, oscilando perigosamente.

- Emma... – tentou dizer Regina.

E o carro caiu rolando pelo barranco.

Emma sentiu tudo girar, foi como se sua cabeça estivesse solta. Regina estava presa pelo cinto, e a cada vez que o carro virava, sentia uma pressão em seu peito, E então, ele se soltou e ela foi arremessada pelo para-brisa, sentindo cada caco de vidro cortar sua carne.

E então tudo parou. Com um baque surdo o carro se estabilizou.

A cabeça de Emma tombou para o lado, desacordada. Regina estava estirada na neve, que havia ganhado um tom vermelho a seu redor. Só o que se ouvia era o som dos pássaros, cada vez mais distante, se esvaindo...

Assim como a vida delas.


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Notas finais do capítulo

E ai, valeu apena demora, ou não?!
Vixi, e agora?!
Reviews!!!!!!!!!



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