Odeio Amar Você escrita por Narcissa


Capítulo 3
Trois


Notas iniciais do capítulo

Como estou trabalhando essa semana, o capitulo demorou um pouquinho. O próximo provavelmente vai demorar também. Desolé.
Bom, mas aproveitem esse!
NOTA: Eu sei que Storybrooke é uma cidade apenas dos personagens, mas aqui é como uma cidade qualquer do estado do Maine, ou seja, sabem da existência dela. Mas, é claro, está sempre envolta em sua mágica :D



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As semanas se passaram rapidamente. Os problemas com o tempo só vinham a piorar e isso só deixava, tanto Emma quanto Regina, cada vez mais cansadas.

Era uma tarde muito fria quando o telefone tocou  no escritório de Emma. A xerife prontamente atendeu.

- Xerife Swan.

- Miss Swan – disse uma voz profunda, fria e absurdamente sexy.

Uma voz que Emma conhecia muito bem.

- Prefeita Mills. Em que posso ajudá-la? – perguntou Emma educadamente.

- Preciso que venha ao meu escritório após seu turno. Temos um problema. Um grande problema.

Emma ficou surpresa ~ pra não dizer assustada ~ Que problema poderia se tão grave a ponto de Regina chamar a xerife? Estremeceu só de pensar.

- Ah, ok. Eu apareço ai às 18h.

E desligou ligeiramente desconcertada.

O resto da tarde se passou angustiadamente devagar. Emma se mostrava ansiosa e receosa ao mesmo tempo. Seria mentira dizer que a prefeita não a intimidava. Ela o fazia, e muito, mas Emma preferia morrer a ter que admitir isso.

Quando o relógio marcava 17h50, suas mãos começaram a suar. “Droga, Emma!”  disse mentalmente  “ O que está acontecendo? É só a Regina, não há motivo para ficar nervosa”

Sim, havia.

Emma suspirou e, como não havia mais nada á fazer, decidiu partir. Trancou a delegacia, entrou em seu carro e dirigiu em direção à casa da prefeita, o estomago revirando, as mãos suando e a cabeça prestes a explodir.

 -

Regina andava de um lado para o outro em seu escritório. Agora as coisas estavam realmente fora de controle.

Ouviu-se então o som da campainha. Regina respirou fundo para se acalmar e foi atender a porta.

Ao ver a porta se abrindo, Emma involuntariamente mordeu o lábio inferior. Regina tentou manter os olhos frios. Ambas se olhavam como se despissem uma a outra.

Mantiveram-se ali, até que perceberam que já passara de pura cordialidade.

- Entre – disse Regina molhando os lábios com a língua.

Emma entrou e a prefeita fechou a porta atrás dela.

- Pode tirar o seu casaco, se quiser – Emma ouviu a voz de Regina atrás dela. Muito próxima.

- Ah, obrigado – disse Emma tirando o casaco e o pendurando.

E então Regina a conduziu até seu escritório. Ela se sentou e Emma se sentou a sua frente.

- E então, qual é o problema?  - perguntou a xerife com a boca seca.

- Como sabe, os problemas devido a neve se tornaram cada vez mais frequentes e perigosos. Não só aqui em Storybrooke, mas em muitos outras cidades do Maine. Estão promovendo uma conferência em Lewinston no fim de semana e eu, como autoridade da cidade, devo comparecer. Infelizmente, senhorita Swan, você também. Como xerife, você também faz parte das autoridades de Storybrooke.

Emma ainda estava processando as informações.

Lewinston?

Autoridades?

Conferência?

OI?

As palavras saíram duras da boca de Regina. Ela conhecia, mais do que ninguém, a regra. Ninguém entra em Storybrooke, ninguém sai de Storybrooke. Mas como poderia não comparecer?  Seria perigoso de mais, suspeito de mais.

- Eu... hã – gaguejou Emma – Eu não sabia que havia se tornado assim tão grave.

- Nem eu, Miss Swan. Mas, se é assim que tem que ser.

- Mas... – Emma sabia que não era "possível" sair de Storybrooke. De uma forma estranha, sabia disso. Como poderiam ir a Lewinston?

Regina levantou uma sobrancelha, instigando Emma a continuar.

- Nada. – disse Emma por fim. Seria melhor fingir que não sabia de nada. Como explicar isso à prefeita? ~mesmo sabendo intimamente que ela já sabia disso~   

- Bom, nós partiremos no sábado à tarde. Eu passarei na sua casa às 13 horas.

Emma engasgou.

- Nós?! Quero dizer, eu e você, juntas?

Regina estreitou os olhos.

- Obviamente senhorita Swan. Algum problema com isso?

Emma engoliu em seco. Problema?! Imagina! Bom, se elas conseguissem não matar uma a outra no caminho, de boa!

- Não. Ok. Tudo Bem.

Ambas mal conseguiam disfarçar o desconforto. As duas indo até Lewinston, juntas? Isso não poderia acabar bem...

- Espero que as coisas se acalmem até lá – disse Emma tentando manter a conversa.

- Infelizmente isso não vai fazê-los mudar de ideia.

- Eu estava mais pensando na segurança dos cidadãos, Regina – disse Emma, fria.

- E eu também, certamente – disse no mesmo tom.

E mais uma vez, se instalou aquele silêncio desconfortável.

- Bom, se é só isso, eu já vou – disse Emma se levantando. Regina se levantou no mesmo instante. Emma se virou para sair do escritório quando sentiu uma mão apertando firmemente seu braço. Virou-se, assustada. Encarou os olhos negros de Regina. A expressão no rosto dela era surpresa. Estava surpresa por que nunca pensara na possibilidade de algo assim acontecer com ela? Teria tanta confiança assim em si e tão pouca insegurança?

Ou estava surpresa simplesmente por ser tão fácil ceder a um impulso e concretizar a ideia que tinha na cabeça?

Como se tivesse levado um choque, Regina soltou o braço de Emma, desviando o olhar e sentando-se novamente em sua cadeira.

- Conhece a saída, Miss Swan. – disse, odiando ouvir o tom que sua voz ganhara. Tudo que odiava mais do que se sentir fraca era demonstrar isso.

  Emma prontamente partiu, sentindo o braço formigar. Não só pelo forte aperto dado pela prefeita, mas sim por tudo que poderia se esconder atrás dele.

Chegando em casa, Emma tomou um banho e foi assistir TV.

Não que realmente estivesse prestando atenção.

O que fora aquilo na casa da prefeita? A troca de olhares, o contato, até a cordialidade. Apenas dois sentimentos já habituais estavam presentes. A frieza e a indiferença.

Mas Emma sabia que isso nunca deixaria a prefeita.

Seria sempre fria. Sempre hostil.

Se existia algo bom dentro da prefeita, estava escondido sob uma armadura impenetrável que ela havia construído. O porquê disso, Emma ansiava saber.

- Boa Noite, Emma. – Ouviu-se a voz de Mary Margaret entrando em casa.

- Boa noite, Mary.

- E então, hoje o dia foi melhor? – perguntou ela se sentando ao lado de Emma no sofá.

- Se eu te disser que não, você acreditaria? – disse Emma, olhando complacente para ela.

- Certamente. Mas o que houve? Mais problemas com a Regina?

Emma sorriu sem graça.

- Mais ou menos. Fui até a casa dela hoje.

Mary se assustou.

- Nossa, um problema tão grave assim?

- Sim. Regina me chamou para avisar que sábado temos um compromisso. Uma conferencia em Lewinston.

- Conferencia? Para quê?

- Assuntos sobre a cidade. Essa burocracia estúpida.

- E você vai? – perguntou Mary olhando para ela apreensiva.

Emma suspirou frustrada.

- Não posso dar as costas a isso. Eu sou a xerife, tenho que mostrar responsabilidade.

- Deixe-me adivinhar. Você esta assim porque não quer viajar com a Regina.

- Não sei. É tudo muito frustrante. Eu sei que consigo demonstrar que sou capaz de desempenhar meu papel, mas Regina faz com que tudo se torne mais difícil. Ela quer acabar comigo e me ver longe de Storybrooke. O que faz pensar que isso é uma boa ideia?

Mary suspirou e abraçou Emma pelos ombros.

- Emma, eu sei que você é muito boa no que faz. Se você é xerife, é porque é capaz de desempenhar essa função. Você não pode deixar que ninguém tire isso de você. Se a Regina te humilha, confronte-a!  Não deixe que ela tire a sua confiança!

- É mais difícil do que parece – disse Emma com a voz embargada, lutando com algumas lágrimas. Por que Regina a deixava assim, tão desarmada? Odiava isso. Odiava isso quase tanto quanto odiava ela.   

- Não deixe esse sentimento corromper você, Emma.

Emma se aprumou no sofá. Odiava sentir-se fraca.

- Obrigado, Mary – disse abraçando a professora – Eu vou tentar dormir um pouco. Afinal, amanhã é sexta feira, preciso me preparar psicologicamente.

- Tudo bem. Boa noite, Emma. Tente descansar.

Emma então foi para seu quarto, sabendo que faria tudo, menos descansar. Enquanto essa conferencia não acabasse, não conseguiria descansar.

Enquanto não descobrisse o que estava realmente sentindo, não conseguiria descansar. 


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Notas finais do capítulo

É isso. Bom, só digo que essa viagem delas vai ser no mínimo interessante!!
Beeijos, e obrigado!
Até o próximo!!