O sol estava a pino quando Emma chegou na casa da Granny, será que Red estava lá?

Fez a menção de bater na porta quando um vulto se jogou sobre ela. Por um segundo tudo foi um borrão de cores vermelhas, porém não demorou muito a reconhecer a capa de sua amiga, que lhe dava um abraço de loba.

- Emma! Deuses! Você está bem?! Onde você estava? Eu fiquei tão preocupada, me senti meio culpada de não ter te impedido de ir fazer o que quer que seja que tenha ido fazer. Seus pais quase piraram, eu tive que...

- Calma, espere ai – disse Emma chacoalhando a cabeça – Respire, relaxe. Devagar, me conte o aconteceu.

- Quando começou a anoitecer ontem, um guarda da corte veio aqui perguntando de você. Imagine como eu fiquei?! Eu balbuciei uma história de que você estava cansada e já havia ido dormir e que passaria a noite aqui comigo. Ele não fez muitas perguntas, ainda bem, e só assim seus pais ficaram tranquilizados. Eu senti uma culpa enorme, ainda mais porque eu não sabia quando você voltaria e eu não poderia enganá-los forever.

Emma sentiu um aperto de culpa no coração... Mas, teria que aprender a lidar com isso. Depois bolaria um plano. Agradeceu mentalmente por Red não ficar fazendo perguntas, Emma provavelmente se enrolaria para responder e acabaria entregando tudo. Como havia dito mentir não era um de seus fortes

- Thank you, Red. Eu sei que deve ser muito ruim para você mentir para meus pais... E você depositou muita confiança em mim, obrigada.

- Tudo bem, contanto que você não suma assim do nada de novo – Ela disse repreensiva.

Emma apenas assentiu, afinal não poderia prometer nada. Muito pelo contrário, planejava sair as escondidas para ver sua Rainha assim que possível, com ou sem a ajuda da garota da capa.

 - Eu acho melhor eu voltar para casa, ver meus pais e tranquiliza-los. Mais uma vez, obrigada Red. Não teria conseguido sem você.

Emma a abraçou.

- Pode pegar um dos cavalos, se quiser. Assim você volta mais rápido. Ele sabe o caminho de volta.

Emma aceitou, estava mesmo cansada de andar. Antes que partisse, Red perguntou:

- Ainda está com o apito, Emma?

Emma apertou o lobinho dentro do bolso. Incrivelmente ele não havia se perdido no... Caminho.

- Sim, está aqui.

- Mantenha-o sempre com você. Só por precaução.

- Pode deixar – Respondeu Emma e então partiu cavalgando por dentro da floresta. Precisava ensaiar sua cara-de-pau para sua história parecer convincente na frente dos pais. Afinal, não seria a última vez que iria sair para encontrar a Rainha.  

Chegou rápido no castelo e logo mandou o cavalo de volta. Respirou fundo algumas vezes antes de entrar. Foi até os aposentos dos pais, mas eles não estavam lá. Foi em mais alguns cômodos e nada. Passou por uma criada que carregava algumas roupas e a interrogou sobre os pais.

- Príncipe Charming está em seu treino de espadas diário e Snow foi comprar cortinas novas.

Emma soltou um riso, bem a cara de seus pais isso. Depois de agradecer a criada, Emma foi até a sala das espadas, encontra-se com o pai. Entrou sorrateiramente no grande aposento, e Charming, entretido em seus golpes certeiros, não notou sua presença. Com uma espada em punho, Emma foi se aproximando e quando ele ia dar o “golpe final”, ela travou sua espada na dele. Ele a encarou, surpreso.

- Emma, minha filha, não havia notado sua presença! Quando chegou?

- A poucos minutos – Respondeu soltando sua espada da dele – A caçada foi boa... É, foi legal. Acabei ficando cansada e dormi na Granny.

- É eu soube. Sua mão ficou preocupada, mas depois foi tranquilizada. Você já falou com ela?

- Ainda não, não me encontrei com ela. Mas falo depois, ainda há tempo de um duelo – Emma disse estreitando os olhos.

- Isso é um desafio? – Perguntou Charming divertido, empunhando a espada.

- Cai dentro, papi – respondeu levantando sua espada.