Odeio Amar Você escrita por Narcissa


Capítulo 18
Dix-huit


Notas iniciais do capítulo

ALÔ ALÔ!

Well, disse good bye à minha vida social. Ano de vestibular, eu nem respiro (vou prestar medicina, ou seja, me fodi). Porém, todavia, contudo, cá estou, postando um capítulo difícil de ser escrito. Não me odeiem, embora eu saiba que é difícil. A fanfic segue no mesmo rumo, minhas ideias legais ainda fervilham na minha mente, continuem lendo :D
É isso.
Agora voltemos a Storybrooke.
Desculpem qualquer erro, mesmo.



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3 meses haviam se decorrido, e nada havia mudado na nem tão mais pacata Storybrooke.

Henry visitava suas mães todos os dias, levava flores, lia trechos de seu livro... Era uma maneira de ter esperança. Os adultos não conseguiam desacreditar o garoto, a tamanha brutalidade que seria dizer ao pequeno que suas mães haviam partido em uma viagem com poucas chances de volta era tremenda. Todavia, alimentar falsas esperanças era ainda pior. Qual lado deveria ceder? Quando se trata de uma criança de 10 anos com uma imaginação muito fértil, havia um equilíbrio. Mas até quando ludibria-lo? A queda só seria maior, o choque só seria mais forte.

E ele não merecia isso.

Ninguém merecia.

O frio não havia abandonado a cidade, porém agora só sobravam resquícios de neve derretida no chão. O frio deixava tudo muito azul. Um humor azul, sentimento azul.

Uma decisão azul.

Com seus termos médicos, Dr. Whale havia explicado a situação para Mary e David, 90 dias de escuridão era muito. Elas haviam ido longe demais às trevas... Não tinha volta. Suas almas não mais habitavam seus corpos, agora ocos. Suas funções básicas haviam sido comprometidas, não seriam mais as mesmas.

Cientificamente.

Mas o véu de magia que envolvia a fria Storybrooke ainda permanecia intacto. Mascado pela maldição e invisível a olhos menos minuciosos ou até mesmo para descrentes. Eles só viam o que queriam ver, só acreditavam em algo que lhes reconfortava. A magia não trás os mortos, não recoloca almas.

Não a simples magia.

Somente a magia mais poderosa de todas teria força o suficiente para algo tão grandioso. Não trazer mortos à vida, mas curar um corpo ferido ou até mesmo um coração ferido.  A tênue linha entre a vida e a morte, tão oscilante quanto a linha entre a ciência e a magia.

 Mas a ciência pode ser obsoleta.

 A magia não.

Não que qualquer cidadão de Storybrooke, exceto a prefeita, soubesse.

Mary estava sentada em uma poltrona ao lado de Emma. Chorava um choro baixo, segurando a mão fria da mesma. Seria difícil deixa-la ir. Havia criado laços muito fortes de amizade com ela. Ela era família.

O rosto pálido e sem vida era como um insulto a vivacidade sempre tão presente na loura. Apesar de tudo que havia passado, ela era viva, acesa. E agora ela estava apagada.

Não era Emma ali.

Não era ela ali, sem seus olhos verdes brilhantes.

Foi neste momento que os olhos de Emma tremeram. Como quando você finge estar dormindo.

Mais uma vez tremeram.

Mary olhou mais atentamente, provavelmente as lágrimas estavam tremulando sua visão. Os longos cílios tremeram. A mão fria que Mary segurava acompanhou o movimento. Foi um processo muito lento, mas Mary percebeu que ela estava acendendo.

Não estava acesa como costumava ser, mas sim com um brilho fraco, como de uma vela tremulando contra o vento.

Em choque, apertou o chamado de enfermeiras. Se alguma coisa fosse acontecer, seria agora.

Rapidamente, o Dr. Whale foi chamado. Ele checou os monitores e olhou para Emma. Então seus olhos transpareceram algo que Mary não via há muito tempo.

Esperança.

- O que foi? – Mary perguntou.

- Parece que Emma está respondendo a medicação – Ele parecia espantado – Mas... Isso é cientificamente impossível. Depois de tanto tempo, o organismo já teria se acostumado com os medicamentos, estes diminuindo sua eficácia, não aumentando.

- Não acredito que isso seja fruto apenas da medicação, Dr. Whale – Disse Mary sorrindo.

Ele checou a pulsação de Emma. Fraca, porém quente. Uma chama no meio do azul. As ondas cerebrais apresentavam uma inquietação anormal àquelas circunstancias, o que era uma coisa boa. A maior preocupação dele eram as funções cerebrais da xerife. Ela havia sofrido muitos danos comprometedores e sequelas seriam obvias consequências.

Mas já era um começo, afinal.

Afastou-se do leito de Emma, em direção ao da Prefeita. Ela permanecia imutável. Seus cortes ainda não haviam cicatrizado completamente, certamente seriam marcas que ela carregaria pelo resto da vida.

Se a vida ainda existisse nela.

Mas a resposta do corpo de Emma havia dado esperança ao médico. Se Emma poderia acordar, Regina também poderia.

Não é mesmo?

Uma pergunta retórica que repercutiu dentro de sua consciência. Precisava separar o lado profissional do sentimental. Sim, ele queria que elas acordassem, mas como médico sua mente o guiava para o lado realista. Dados. Estatísticas. Probabilidades.

O que restava era se apoiar nos braços frágeis e trêmulos da esperança.    

_                     _                   _               _

Os dias foram se passando, e uma inquietação se alastrou pelos moradores. A xerife voltava a vida. A morte não mais sussurrava em seus ouvidos, não a havia dado seu beijo de gelo.

Henry era o mais inquieto de todos. Uma parte de si sentia-se radiante, já a outra sentia-se triste. Claro que agora a esperança era muito maior, mas era inerente fazer-se a mesma pergunta: por que ela não acorda?

Henry e Mary estavam ao lado do leito de Emma, esta que, com a semana que havia se passado, estava mais corada, mais acesa.

“E então, com o beijo do amor verdadeiro, ele quebrou a maldição. Mas este não era o fim da história, era apenas o começo”

Foi nesse exato momento que esmeraldas iluminaram o quarto. 


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Notas finais do capítulo

E ENTÃO??? Henry não é um ingrato como ele é na série, ainda bem ç.ç
Gente, sério, qualquer coisa vocês me deem um toque, uma MP, qualquer coisa.
Os próximos serão gostosos de escrever. Vou tomar banho (agora são 4h30 da manhã) e escrever o próximo e ir dormir :D
Aproveitar o fim de semana para ESTUDAR, É CLARO, porém arrumo um tempinho pra escrever.
Beeijos mil, adoro vocês e reviews!