Odeio Amar Você escrita por Narcissa


Capítulo 15
Quinze


Notas iniciais do capítulo

Pois é... Quase dois meses completos se passaram. Que tipo de escritora é essa, não é?
Peço mil desculpas. Veio tudo junto. Problemas, provas, ENEM, mais provas...
Mas eu voltei nessas férias o/
Ai está o capítulo, o próximo acho que posto quando voltar do francês :D
Desculpem a demora, e boa leitura :D
ps: Obrigada por não desistirem, mesmo. Vamos que vamos, que agora que tudo vai ficar bem legal!



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Emma sentia seu corpo queimar e cada músculo parecia obedecer somente a um comando, o da Rainha.  Seu coração palpitava tão forte que podia senti-lo bater contra do dela, igualmente acelerado. Tudo agora era comandado por seus impulsos nervosos, que se tornavam mais intensos a cada descarga de Na+. 

O que quer que fosse que emanassem, rasgava brutamente o ambiente, como se pressionasse as paredes, como se quisesse se libertar. Magia, certamente. Mas também algo mais poderoso do que magia. Nada que pudesse ser descrito, apenas sentido, como uma força maior. Desejo? Luxúria? Ou talvez algo mais delicado...?  Impossível discernir, principalmente naquele momento, onde o foco era uma e a outra. Entre beijos ora delicados ora desesperados, respirações ofegantes eram perdidas assim como os sentidos eram aguçados.  Embora fosse teoricamente a mais poderosa e de alguma forma detentora da maioria do poder, a Rainha Regina sentia-se cada vez mais desarmada perante tudo que acontecia. Primeiramente, isso não deveria estar acontecendo. Ela não havia planejado, nem mesmo tivera a intenção de ter esse contato com a filha de sua maior inimiga, nem em seus sonhos mais sombrios. Porém, as coisas haviam mudado, ela havia sido atraída pela doce e inocente Emma, de uma forma inimaginável e imprevisível. E precisava dela, tanto física quanto emocionalmente, parte cuja assustava. Se envolver emocionalmente com Emma? Seria difícil, isso era contra qualquer ação da natureza.

Seria um desafio.

Um desafio a ser discutido minunciosamente em uma hora mais convincente. Agora era apenas o lado físico que a interessava.  

A princesa Emma clamava por sua rainha, sim ela a queria. Agilmente encontrou o laço de seda que prendia o espartilho de seu vestido, desfazendo-o com certa dificuldade. Soltou então o vestido da rainha sem nenhum pudor, essa deixando a garota fazer toda a ação que desejasse. Queria satisfazer Emma, queria deixa-la pulsante de desejo, para então poder fazer o que quisesse com ela. A respiração de Emma pairava em seu pescoço, enquanto deslizava o vestido pelo corpo de Regina, exibindo um corpo que parecia esculpido por artistas gregos. Os seios fartos pareciam querer saltar do sutiã de renda cor vinho, subindo e descendo de acordo com sua respiração descompassada. Emma segurou o fôlego por alguns instantes. Como ela era perfeita! Nada na terra se comparava a sua perfeição.

- Você é perfeita, sua Alteza.

Regina soltou um riso frouxo.

- São seus olhos de princesa.

Olhos estes que brilhavam de excitação. Olhos que queimavam cada parte do corpo da rainha. Emma puxou-a mais para si, o contato da pele nua dela na sua ainda coberta pelo pano causou um calor súbito. Calor esse que tendia a aumentar como uma progressão. Delicadamente, Regina segurou na cintura de Emma e a virou de costas, afastando seus cachos louros, desfazendo os laços de sua blusa de seda, torturantemente devagar. Intencionalmente. Deixando que a blusa escorregasse por sua cintura, a rainha já se livrou da calça de sarja que a garota usava, deixando-a seminua a sua frente, podendo ver uma gota de suor descer por sua nuca exposta. Uma Emma ligeiramente corada virou-se para ela, capturando seus lábios com força, como um carinho bruto, roçando seus lábios no dela, invadindo-a deliciosamente com sua língua ansiosa.

Regina mordeu os lábios de Emma de leve, até que “de leve” não fosse suficiente. Queria poder provar cada canto da garota. Descobrir seu gosto, sua textura, provar de ser poder. Agora seus corpos quase nus estavam com um contato muito próximo, quase que fundindo-se, causando uma transferência de energia quase palpável. Era como se ânions e cátions dançassem ao redor delas e também sobre seus corpos. Era energia pura. Magia pura. A Rainha canalizou essa energia, esse poder a Emma que, com a força do ato, foi jogada brutalmente sobre a cama, como se tivesse sido carregada pelo vento. Regina subiu nela, beijando seu pescoço, deixando marcas que ali ficariam por algum tempo. Emma gemeu de dor, mas não uma dor “dolorosa”, mas sim uma dor incrivelmente prazerosa. E isso satisfazia sua Rainha. Suas roupas intimas sumiram como num passe de mágica, a habilidade de sua rainha era notável, assim como sua ansiosidade. Emma agarrou com força o lençol quando sentiu os lábios famintos percorrerem a extensão de seus seios, provavelmente deixando marcas ali também. Mas Emma não ligava, essas eram as provas de que ela era dela, da sua rainha.

Sentiu então os lábios e língua afoita descerem circundando sua barriga, até chegar em seu ventre. A essa altura seu corpo todo estava arrepiado, os nós dos dedos estavam brancos de tanta força que ela apertava o lençol.

- O que você deseja princesa? – perguntou Regina languidamente, a respiração pairando pouco acima do centro de Emma.

Emma não achou que fosse capaz de falar naquele momento. Tudo que conseguiu soltar foi um grunhido, sua respiração em nada ajudava a formar a frase que tanto queria.

- Hum? – indagou a rainha, que agora beijava a parte interna da coxa da garota.

- Dentro... Quero você dentro de mim – Emma conseguiu soltar, sentido sua umidade escorrer.

Regina sorriu, adorava o jeito que a deixava. Sem nem mesmo conseguir falar. Mas não seria assim tão maldosa com Emma, iria satisfazer seus desejos, assim como ela iria satisfazer os dela depois.

Emma não reprimiu o som que quis sair de sua boca quando sentiu a boca da rainha nela. Foi um gemido alto bastante para ser ouvido fora dali. Não podia culpar-se, tudo que sentia era muito intenso. Uma de suas mãos automaticamente agarrou com força os cabelos dela, a impedindo de parar. A mão que agarrava e puxava o lençol começava a doer e então ela ouviu o som de pano sendo rasgado, enquanto o lençol se desfazia perante suas ondas de prazer. Jogou a cabeça para trás, arqueando as costas, tendo ainda mais contato com os lábios certeiros de sua rainha. Agarrou com os dentes alguma coisa macia, que se deu conta de ser um travesseiro. Exalou ali todos os gritos que queria dar. Foi quando sentiu dedos ágeis brincando em seu sexo que puxou o travesseiro, fazendo uma chuva de penas caírem sobre ela.

- Pode gritar, gosto de ouvir que você gosta quando eu a como.

E assim fez Emma, não reprimindo um som sequer, fazendo com que cada grito excitasse ainda mais Regina, que provava o quão gostosa era a delicada princesa. Quando sentiu que Emma estava a beira do orgasmo, parou. Pode ver a face rubra dela confusa, os olhos escuros, cheia de penas nos cabelos, uma legítima princesa.

Refez o caminho de volta até a boca dela, que tremulava de desejo, querendo acabar com aquele sofrimento. Livrou-se rapidamente da roupa intima, tocando o corpo de Emma com seu próprio corpo. Fazendo com que o contato de seus sexos queimassem o interior de seus corpos. Como se conduzissem uma corrente elétrica de milhares de ampères, sem nenhuma resistência. Sem pudor.

Emma achou que sua alma fosse deixar seu corpo quando ele veio forte, estarrecedor. Ergueu o tronco, ficando no colo da rainha, agarrando-se no seu corpo, mordendo seu ombro com força, muita força. Não percebeu que arranhava as costas dela até seus dedos começarem a doer. Então o orgasmo a atingiu com a força de um orgasmo  triplo, acabando com a dor prazerosa, esgotando suas forças. Ela sentiu seu líquido escorrer abundantemente, descendo em direção as coxas de sua rainha, que a abraçava com o corpo, beijando a carne já vermelha de seu pescoço. Regina alisou os cabelos molhados de Emma, beijando seus lábios calmamente, acalmando a alma e o corpo da garota que estava a ponto de explodir.

- Eu... Nunca pensei que pudesse me sentir dessa forma – disse Emma olhando nos lindos olhos de sua Rainha. Uma coisa certa havia acontecido, ela sentia. Poder, magia, energia, tudo fora liberado naquele momento. A angústia que Emma sentia havia se esvaído ao primeiro toque. O medo havia sido libertado ao primeiro beijo. O amor havia nascido a primeira vez que haviam se encontrado.

- De que forma? – perguntou Regina, acariciando a coxa dela.

- Completa.

Seu peito subia e descia, seria difícil se recuperar da intensidade de tudo. As contrações em seu centro ainda estavam fortes, nada nunca havia sido tão... Intenso.

  - Você deve descansar, princesa – Disse a Rainha tirando algumas penas dos cabelos dela.

- Mas... Eu quero você – ela disse fazendo biquinho.

Regina beijou sua boca, provando de seus lábios doces pela milésima vez, recebendo uma sensação diferente a cada vez.

- Você terá. Mas você está cansada. Sua alma está inquieta. Nós fizemos mágica, e ela pode ser perigosa se demais intensa. Então descanse não se preocupe. Eu estarei aqui. Aqui é o nosso lugar.

 Dito isso, ela deitou Emma delicadamente, a cobrindo com o lençol.

- Você fez isso? – perguntou rindo ao notar a destruição da cama. O lençol rasgado e o travesseiro em frangalhos, algumas penas grudadas em seus corpos suados.

Emma corou violentamente, não estava acostumada com tudo então não soube controlar o prazer que havia sentido, havia canalizado nas coisas físicas ali.

- Não se preocupe querida. Descanse.

Emma acomodou-se nos braços firmes e quentes de sua Rainha, enquanto essa acariciava levemente suas costas, tirando algumas penas de vez em quando.

Tudo estava completo. 


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Notas finais do capítulo

Heeeey!
Espero que vocês tenham gostado! Mais coisas vêm por ai, fiquem por aqui :D
Até mais e não esqueças os reviews!