Odeio Amar Você escrita por Narcissa


Capítulo 14
Quatorze


Notas iniciais do capítulo

Esse ficou bem peculiar e provocativo :3
Fiquei meio em duvida em relação a apressar as coisas, espero não ter me equivocado.
Boa leitura o/
~Acho que consegui arrumar o erro de formatação



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/243704/chapter/14

- Você me achou – Regina disse, sua voz poderosa quebrando qualquer barreira de ar, de costas para Emma, olhando através da enorme janela que cobria uma das paredes. Então ela deu um aceno de mão e a enorme porta fechou-se atrás de Emma. 
– Você... Você sabia que eu viria, não e mesmo? – Emma perguntou com a voz fraca. Mas que droga, por que diabos a Rainha a deixava tão... Assim? Você sabia por que tem me vigiado! 
Emma sobressaltou-se ao finalmente se dar conta disso. Claro! Os sonhos, os momentos... Tudo! Mas por quê? Por que a Rainha a observaria? 
– Por quê? – Emma perguntou com a voz um pouco mais firme.
– Well, dearie, olhe para dentro de si mesma e vai achar a resposta – Regina disse.
– Então olhe para mim.
Regina sorriu para si mesma antes de virar-se. De um jeito estranho, gostava da insolência da garota. Fazia-a parecer mais... Sedutora.
Então ela virou-se para Emma, lentamente.
Os olhos frios e duros como pedra encontraram os assustados olhos verdes, fazendo-as relembrar cada detalhe do último encontro. Emma foi invadida por uma enxurrada de lembranças, não reais, mas sim as lembranças dos seus sonhos, que a haviam inquietado tanto. Regina lembrou-se das noites em que passara observando a garota dormir, revirando-se na cama, embalada por sonhos que a fazia acordar completamente estupefata e totalmente excitada. Emma mordeu o lábio fortemente sem desgrudar os olhos dela nem por um segundo. Ela vestia um lindo vestido azul escuro, que abarcava sua cintura com um espartilho, fazendo com que seus seios se destacassem, quase pulando para fora do decote, o que fez Emma ser atingida por uma onda de calor. Ela usava um batom vermelho sangue, os olhos lindamente contornados pelo delineador. Uma divina deusa. Emma desceu os olhos, observando cada centímetro, sentindo um calor estranho tomar conta de seu corpo. Soltou um suspiro pesado involuntariamente, o qual não passou despercebido por Regina, que sentia o olhar da loura queimá-la. 
– Acho que já conseguiu sua resposta. Você veio e você sabe. Você quer – Ela disse essa última em um sussurro, andando em direção a Emma, que só agora dava-se conta de que tudo já havia sido explicado. Elas tinham realmente uma conexão, tanto psíquica quanto, Emma percebia isso agora, física. E que elas não precisavam conversar. Não... Mesmo que tivesse isso em mente, Emma não queria mais nem um segundo ficar longe dela. Cerrou o maxilar e os punhos ao lado do corpo. Queria tocá-la, queria que ela fosse sua.
Regina sentiu seu corpo tremular perante o olhar de Emma, mas não manifestou uma palavra, não daria esse gostinho a ela. Manteve-se com um sorriso sedutor nos lábios, os olhos ardendo de desejo, o corpo latejando.
– Eu vim porque – Emma tentava formar uma frase coesa – porque eu precisava... Eu precisava saber o que estava acontecendo. Mas acho que já achei todas as minhas respostas.
– Sério? – Regina perguntou erguendo uma de suas sobrancelhas – E o que descobriu?
Emma gostava do rumo que essa conversa tomava, gostava do jeito que a Rainha brincava com ela.
– Não acho que posso lhe falar, vossa Majestade. Acho que posso te mostrar.
Emma sentia-se fervendo. As roupas pareciam um excesso ali, queria livrar-se delas. Queria que tudo sumisse que só ficassem ela e a Rainha. 
Emma encarou os lábios perfeitos dela, e quebrou a distância que as separavam. Eles eram hipnotizantes, e continuou a encará-los, o espaço pessoal já não existia. 
– Seus lábios... – disse Emma em um sussurro - Eu quero... Eu quero eles.
Regina esboçou um sorriso e deslizou a língua lentamente pelo lábio superior, a respiração entrecortada de Emma atingindo-os fazendo cócegas. 
– Não acho que você seja digna de prová-los... Você acha, miss Swan?
– Não vamos colocar em pauta o que eu acho, vossa Majestade, as coisas iam ficar perigosas – Emma engoliu em seco. Droga, não viera aqui com essa intenção, havia realmente se surpreendido com o rumo que as coisas haviam tomado. Mas se era para ser assim, que fosse. Só sabia que queria a Rainha para si. E queria agora.
– Diga-me então o que você quer, Miss Swan, talvez eu possa ajudá-la, claro, se estiver ao meu alcance – acrescentou ironicamente.
– Está ao alcance de uma batida de coração – disse Emma esticando os dedos e pousando-os o peito de Regina, sentindo a batida acelerada de seu coração. O ar tremulou ao redor delas e uma descarga elétrica foi transmitida por seus corpos. O contato; era tudo que precisavam. Regina fechou os olhos e sentiu o leve toque da mão da garota, podendo ela mesma sentir seu coração acelerado. 
– O que você fez comigo, Emma? – perguntou a Rainha, deixando-se levar por um impulso e tocando o rosto da loura, passando os dedos levemente em sua bochecha rosada, fazendo com que Emma fechasse os olhos para deleitar-se com o momento – Você é tão diferente... Você ousa me desafiar. Ousa tentar me ganhar.
– Eu acho que já ganhei – disse Emma abrindo os olhos, que agora encontravam-se de um verde puro, devido a excitação. 
– Então prove.
Emma só teve que esticar o pescoço para fazer o que queria. Deslizou o nariz pelo longo pescoço da Rainha, absorvendo seu perfume, causando arrepios de ambas as partes. Logo em seguida, roçou os lábios, soltando ali um suspiro pesado e audível, o que fez Regina morder o canto interno da bochecha para não gemer. Emma continuava a deslizar os lábios torturantemente pelo pescoço dela, até que deixou a língua provar do doce gosto de sua pele suave. Regina jogou a cabeça para trás, deixando o caminho ainda mais acessível para Emma, que agora sorria com o efeito que havia causado.
– Acho que sei o efeito que causo em você, Vossa Majestade.
Regina tentou acalmar os pensamentos antes de responder.
– Você acha que sabe, mas não faz a menor ideia.
Emma voltou a encarar os olhos negros como um mar em uma noite de inverno. Eles brilhavam de desejo.
– Venha, eu quero te levar a um lugar – Ela pegou a mão de Emma e a conduziu até seu enorme espelho na parede. Ela então sussurrou algo e o espelho pareceu se liquefazer, mas não verteu no chão, manteve-se comprimido na moldura, como uma gelatina.
Regina, ainda segurando a mão de Emma, a convidou a entrar no espelho. Emma receou, é claro. Entrar em um espelho mágico definitivamente não era uma das coisas que fazia com frequência. Mas estava com sua Rainha, estava segura.
Pelo menos achava que estava.
Então ambas ao mesmo tempo entraram no espelho.
Estranha descrevia a sensação que Emma sentiu ao mergulhar no espelho. Era como se estivesse caindo no nada em meio a uma água que não molhava. Definitivamente estranho.
Então sentiu seus pés tocarem algo sólido e o ar voltar a circular no ambiente. Abriu os olhos e olhou em volta. Estava no que parecia ser um casebre, com decoração digna de um palácio. As luzes eram suaves, o que intensificava o clima de sensualidade. O cômodo em que se encontrava parecia ser um quarto, provavelmente o maior cômodo da casa, pelo que pode notar. A suas costas, estendia-se uma enorme cama, forrada com lençóis e cobertores beges e vermelhos, pedindo para ser desarrumada. Poltronas de veludo e o fraco brilho da lareira na sala, que chegava ao aposento, davam um ar de aconchego no local. 
– Regina? – chamou Emma, se dando conta de que a Rainha não estava mais com ela.
– Sim? – ela perguntou adentrando o aposento. 
– O-o que é esse lugar? – gaguejou Emma. Droga! Como ficava desarmada diante da beleza estonteante dela!
– Esse é um lugar que gosto de vir quando quero ficar sozinha.
Emma arqueou uma sobrancelha.
– Sozinha? Então creio que é melhor eu ir embora.
Regina sorriu, e todo o local pareceu se iluminar com seu lindo sorriso. Ela andou até Emma e sussurrou languidamente em seu ouvido:
– Será que você ainda não percebeu que agora nós somos uma só? Não existe mais você não existe mais eu. Só nós, Emma.
E entregou uma taça de vinho tinto na mão dela.
Emma bebericou o vinho, uma sensação de quentura se instalando prazerosamente em seu corpo. 
Droga, já chega!
Pegou abruptamente a taça da mão de Regina e, juntamente com a sua, jogou-a longe, o fino cristal se quebrando ao chocar-se com a parede. 
Com o corpo acalentado e os lábios latejando, ela finalmente concretizou tudo que seus corpos mais desejavam.
O vinho, ainda presente, deixava tudo ainda mais saboroso. Emma inicialmente protagonizou o beijo, sua língua explorando cada canto da boca de Regina, comprovando a quão deliciosa ela era. 
Como a legitima detentora de poder, Regina tomou o corpo de Emma entre os braços, em sentido de posse. Pressionou sua cabeça mais firmemente, aprofundando o beijo, agora mais veemente e afoito. Sua conexão com Emma agora parecia mais forte e presente do que nunca, ela sentia o que Emma sentia, ela era o que Emma sentia. 
O beijo foi quebrado por um segundo, devido a necessidade de ar. As respirações estavam mais que ofegantes, os corações mais que descompassados e o desejo mais que presente.
– Emma... – a Rainha sussurrou em meio a outro beijo que Emma depositava em sua boca, agora levemente vermelha devido as constantes mordidas e chupões -  Emma , eu quero você – E então completou, com a voz carregada de excitação e poder – Agora. 
E quem era Emma para rejeitar o pedido de sua Rainha?



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Emma não resite a sua Rainha
Espero que estejam gostando e também reviews >
Beijos, até :D