Odeio Amar Você escrita por Narcissa


Capítulo 12
Douze


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura o/



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- Emma, Emma... Eu sabia que você era tola, mas não tão tola assim – disse Regina olhando para seu espelho, onde já se tornara um hábito observar a garota. Um hábito que ela não sabia em que se fundava. Já havia se cansado de repreender-se por essas atitudes, então havia resolvido ceder, pelo menos uma vez. E a uma vez tornou-se sempre. Cada passo, cada suspiro, cada sonho.

Odiava mais do que tudo admitir que estava gostando dela.

- Emma – disse em voz alta o nome que outrora já fora dito com despeito e raiva. Agora ele saia naturalmente, como um floreio de uma espada. Como tudo havia mudado desde que a conhecera... E, assim como não existem boas ou más notícias, apenas notícias, não havia uma distinção de boas ou más mudanças. Havia apenas mudado.

Voltou sua concentração ao espelho. Emma agora estava em frente a casa da Granny, atrás da Red. Regina gostava daquela garota, ela tinha atitude. E é claro, tinha seu lado selvagem, seu lobo interior. Sorriu.

- Red? – ouviu a voz doce de Emma pelo espelho – Eu preciso da sua ajuda!

Regina sabia perfeitamente que Emma estava atrás de seu castelo, atrás dela. E também sabia seu propósito, sim, é claro que sim. Assim como para ela, Regina, as coisas também haviam mudado para Emma. E sabia que elas realmente precisavam...Conversar? Se ver? Quem sabe. Mas que não seguiriam sem conhecer o sentimento dentro de seus corações, isso ambas sabiam.

 -       -                                             -            -

- Red? Eu preciso da sua ajuda! 

- Emma?! – Disse Red abrindo a porta para ela entrar – Tudo bem, entre.

Emma entrou e olhou em volta. Era bom estar ali, era tão casa da vovó.

- Cadê a Granny?

- Ah, esta em uma reunião do conselho de caça. Ela não pára!

- Hey, isso é uma coisa boa.

Red mostrou seus dentes perfeitos.

- Sim, é. Mas eu sinto que não é disso que veio falar comigo.

Todo o conforto que havia se apoderado de Emma se esvaiu como pó sendo soprado e o medo voltou a dominar seu corpo.

Chegaram ao quarto da garota e ambas se sentaram na cama.

- E então?

Emma respirou fundo.

- Red, eu preciso da sua ajuda em uma... Coisa.

- Uma coisa? Defina “coisa”.

- Ok, eu vou ser direta. Eu sei que você é a melhor amiga da minha mãe, mas eu lhe peço, por favor, não conte nada a ela.

- Emma, aconteceu alguma coisa?

- Não. Quero dizer, não ainda. Eu disse para os meus pais que eu ia caçar hoje, mas eu menti. Eu não vou caçar. Eu disse a eles que depois da caça eu iria me encontrar com você e ficar aqui. Você precisa me ajudar, Red! Se eles te procurarem, por favor, diga a eles que eu estou com você. Minta!

- Hey, espere! Você mentindo, Emma? Deve ser algo muito grave.  Mas afinal, se você não vai caçar o que você vai fazer?

- Desculpe Red, eu não posso te contar. Só o que posso te pedir é para confiar em mim. Confiar cegamente em mim.

- Eu vou com você, não tem que ir sozinha.

Emma sorriu, sempre podia contar com os amigos.

- Não Red, você não pode. Eu agradeço muito, mas isso e algo que tenho que fazer sozinha.

Red pareceu apreensiva. Não gostava da ideia de mentir para sua melhor amiga. Mas Emma parecia desesperada, e nunca viraria as costas para a amiga. Se não podia ir com ela, iria tentar ajudá-la.

- Eu vou confiar em você, Emma. Mas, seja lá o que você vai fazer, tome cuidado. Pode ficar tranquila, se seus pais aparecerem, dou um jeito de enrolar eles. Mas não fique por ai, sozinha. O que a floresta tem de bonita, tem de perigosa.

Emma se jogou nos braços de Red.

- Muito obrigada, Red. Eu não sei como te agradecer!

- Tente não se meter em encrencas – disse Red sorrindo para ela.

- Prometo que vou tentar. Agora eu tenho que ir. Vai ser uma longa viagem. Uma longa viagem sem rumo com destino ao nada.

Red remexeu nos bolsos e entregou uma espécie de apito em forma de lobinho para Emma.

- Tome, leve isto com você. Se entrar em perigo, assopre e eu irei atrás de você, onde quer que esteja.

Novamente Emma sentiu-se culpada.

- Obrigada, Red.

Ela apenas sorriu. Emma olhou mais uma vez para o aconchego da casa da Granny, e inspirou o ar delicioso que ali pairava. Então saiu em direção a floresta. Sem mapa, sem rumo, sem direção. Apenas com um sentimento em seu coração, uma sensação de estar indo no caminho certo, com todos os motivos errados.

Que os deuses a ajudassem. 


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Notas finais do capítulo

E ai, quero reviews o/
Espero mesmo que estejam gostando *_*
Até :D



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