Abri os olhos lentamente, mas a luz branca me fez fecha-los imediatamente.

–Preciso ver o diretor. –Ouvi a voz de Harry

–Potter. –Ouvi a Tia Pom e deduzi que pelo seu tom de voz, meu maninho estava um pouco agitado. –Esta tudo bem, como pode ver seus amigos estão bem e sua irmã esta bem ali.

–Ela está bem? –Perguntou ele

–Olha Potter, não vou mentir, ela é sua irmã... –Começou Tia Pom. –A mente dela está muito sobrecarregada, o corpo dela esta crescendo muito rápido, ela ficará aqui mais que vocês. –Franzi a testa com isso, tirando a mente sobrecarregada, eu estou normal. –Eu nunca vi algo assim, mas nenhuma poção faz efeito nela, a temperatura dela é extremamente alta, uma pessoa normal morreria em menos de um dia, mas fora isso ela está bem.

–É claro que estou bem. –Falei e abri os olhos, me virei para olhar para eles e vi que Harry estava sentado e Mione estava ao seu lado. –Tudo o que você falou é normal para mim, e nunca mais fale de mim quando eu estiver presente.

–Certo, o importante é que todos estão bem e Black está preso e os dementadores irão lhe dar o beijo a qualquer instante. –Falou Ela e eu arregalei os olhos

–O QUE? –Harry, Mione e Eu gritamos juntos.

Eles se levantaram em um salto, tentei me levantar, mas eu estava Amarrada na cama! Algum infeliz me amarrou! As portas da enfermaria foram abertas e por elas passaram Fudge e Snape.

–Harry, Roberta, o que houve? –Perguntou Fudge, ele parecia estar muito agitado.

–Por que diabos eu estou amarrada? –Perguntei tentando me levantar novamente, mas as correntes não cederam.

–Srta. Potter, o Professor Snape me deixou informado sobre o seu “probleminha” e eu pedi para fazerem isso para o seu bem e o bem de quem está nessa sala. –Falou ele e eu o olhei indignada, ele realmente acha que eu iria machucar alguém?

–Ministro, ouça! –Pediu Harry. –Sirius Black é inocente! Pedro Pettigrew fingiu a própria morte.

–Nós podemos provar! Pegamos Pettigrew! –Falei e olhei para Mione

–Ele fugiu. –Falou ela e eu rosnei

–Vocês deixaram ele fugir? –Perguntei irritada

–Ele se transformou, não pudemos fazer nada. –Se defendeu Harry, mas dava para ver que ele também estava irritado com a fuga de Pettigrew.

–Certo! Depois discutimos sobre isso! O que importa é: Sirius não matou Meus pais, Não matou aqueles trouxas e nunca foi comensal da morte! –Falei

–Crianças, vocês estão confusas, vocês dois deveriam se deitar e Roberta tente dormir novamente. –Falou Fudge com um sorrisinho idiota na cara

–O SENHOR NÃO ENTENDE! –Gritou Harry e minha cabeça doeu por um instante. –O senhor pegou o homem errado!

–Ministro, por favor, ouça. –Falou Mione. –Eu vi, Pettigrew é um Animago, ele era um rato.

–Ele era o rato de Rony, Perebas, Pettigrew era um rato! –Falei me debatendo na cama tentando me soltar

–Está vendo ministro, confusos. –Falou Snape. –Black fez um ótimo trabalho.

–Eu vou dar um confuso no meio da sua cara, seu Seboso! –Gritei e fiz força para quebrar as correntes, mas elas ainda não cederam. –O que diabos é isso?

–Srta. Potter, tenha respeito com o seu professor e ele também me contou sobre sua força surpreendente, resolvi fazer um feitiço para que você não se soltasse. –Falou ele, me debati tentando me soltar e rosnei furiosamente para os dois, Fudge deu um passo para trás

–Solte minha Irmã! –Falou Harry dando um passo na direção dos dois

–Ministro! Professor! Eles são meus pacientes e peço que se retirem. –Falou Tia Pom

–Me Solte! –Gritei irritada e tremendo

–Se eu fosse você, não me transformaria. –Falou Snape calmamente

–Você não é Eu! –Gritei e já estava a ponto de me transformar quando vi o Ministro com sua varinha apontada para mim.

–Você não me deixa escolha. –Falou ele e vi um jato de luz vermelha vindo na minha direção e apaguei.

Abri os olhos lentamente, minha cabeça estava doendo terrivelmente e algum infeliz inútil estava fazendo um show la fora.

–O que diabos... ? –Fui interrompida pelas portas da enfermaria que se abriram com uma fúria descomunal.

Fudge, Snape e o diretor entraram, o ministro parecia estar com medo de algo, Snape estava obviamente com o capeta no corpo e o diretor estava calmo como se o cara ao seu lado não estivesse possuído, tudo normal, como sempre.

–DESEMBUSHA POTTER’S! O QUE VOCÊS FIZERAM? –Berrou Snape e eu gemi de dor, qual é? Minha cabeça esta doendo, será que ninguém entende isso?

–Oh seu Ranhoso! Nem vem com essa merda de sempre ser culpa nossa, eu não fiz nada, não sei se você se lembra, mas esse babaca ai do seu lado me lançou um feitiço e eu apaguei. –Falei irritada e todos me olharam chocados, acho que ninguém nunca chamou o Ministro da Magia de babaca, ainda mais na presença dele. –E por que diabos você está com o capeta no corpo?

–Potter, tenha Respeito! –Exclamou a tia Pom. –Professor Snape, controle-se.

–Snape, a porta estava trancada, acabamos de ver isso.. –Começou Fudge, mas Snape o interrompeu

–ELES AJUDARAM BLACK A FUGIR! EU SEI DISSO! –Gritou ele

–Para Tudo! –Falei e todos olharam para mim. –Sirius fugiu?

–Infelizmente sim. –Falou Fudge, mas eu apenas ri

–Que demais! –Falei e ri novamente. - Eu perdi isso? Droga, devia ter sido incrível! Agora entendi por que da tua TPM, Snape.

–NÃO SE FAÇA DE DESENTENDIDA! EU SEI QUE FORAM VOCÊS. –Gritou ele novamente e eu revirei os olhos

–Acalme-se Homem. –Ordenou Fudge, tem certeza que ele é homem? –Você está falando asneiras.

–Ele sempre fala. –Falei e Snape me olhou com ódio

–CALA A BOCA POTTER! –Gritou ele

–Olha, minha cabeça ta doendo pra caralho, então faça o favor de parar de gritar. –Falei calmamente

–Roberta, por favor. – Falou Dumby e eu me calei. –Severo, pense no que está dizendo. A porta está trancada desde que deixei a sala a dez minutos atrás. Madame Pomfrey, esses garotos saíram da cama?

–Claro que não. –Falou ela. –Eu teria ouvido

–E eu estava apaga e amarrada nessa maldita cama, então por mais que eu queria ter algo haver com isso, não fui eu. –Falei e Dumby me olhou com um sorriso, ah Dumby, tu não me engana, tem dedo teu nessa fuga...

–Ai está Severo! –Falou Dumby. – Tirando o comentário desnecessário da Srta. Potter, se você continuar com isso é o mesmo de estar falando que Harry e Hermione podem estar em dois lugares ao mesmo tempo. –Com essa frase eu me toquei o que eles fizeram para Sirius fugir e tive vontade de rir.

Snape olhou para todos nós antes de sair da enfermaria, totalmente possesso.

–Tome cuidado Dumbledore, ele parece ser um homem desequilibrado. –Falou Fudge

–Ele não é desequilibrado, só sofreu um grande desapontamento. –Falou Dumby

–E ele não é o único. –Falou Fudge, me desliguei do papo deles quando senti a mão de Harry em meu braço, olhei para ele, sua aparecia estava péssima, ele tinha arranhões espalhados pelo rosto e tinha um curativo na sobrancelha.

–Você tá Horrivel. –Falei e ele riu

–Não sou o único. –Falou ele e eu olhei para Mione que também estava com arranhões espalhado pelo rosto, ela olhava para a cama do lado, onde Rony estava com a perna engessada e apagado ainda, o que é impressionante devido a gritaria que aconteceu aqui.

–Deuses... vocês arrastaram a cara nas pedras? –Perguntei e Mione abriu um sorriso

–Culpa dos dementadores. –Falou ela e eu estremeci com a lembrança do dementador bem na minha frente

–Você está bem? –Perguntou Harry aos sussurros

–Eu ouvi a mamãe de novo. –Falei e meus olhos arderam. –Eu não quero mais ouvir isso Harry, eu não quero.

–Calma, esta tudo bem agora. –Falou ele passando a mão em minha bochecha

–Eu deveria estar furiosa com vocês. –Falei

–Por que? –Perguntou Mione

–Viajaram no tempo e não me chamaram? Sabe como eu quero um dia viajar no tempo? –Perguntei e eles riram

–Não dava pra te acordar e te desamarrar, iam saber que estamos envolvidos. –Falou Mione e eu revirei os olhos

–Se te contenta, Sirius fugiu no Bicuço. –Falou Harry e eu arregalei os olhos

–Não vou nem comentar. –Murmurei e voltei a prestar a atenção no Ministro e no Dumby

–Talvez devêssemos estudar a colocação de Dragões à entrada da escola. –Falou Fudge

–Hagrid irá gostar. –Falou Dumby sorrindo para Harry e Mione. Os dois saíram da sala e Tia Pom correu para trancar a porta e logo depois veio até mim me soltar.

–Desculpe Potter. –Falou ela e eu assenti me levantando, ela saiu para sua sala deixando só nós ali. Ouvi um gemido ao meu lado.

–Harry? Mione? Roberta? –Perguntou Ron acordando. –O que aconteceu? Onde está Sirius? O que ouve com Lupin?

–Você explica. –Harry e eu falamos juntos, Mione revirou os olhos e começou a explicar tudo para Ron. Peguei um chocolate que estava na mesinha do lado e comecei a comer, feliz por Sirius ter fugido.

Os três foram liberados no dia seguinte, mas eu tive que ficar. Recebi visitas de todos e logo quem eu mais queria estava la.

–Me deixou preocupado. –Falou Draco me dando um selinho

–Não fique, eu estou bem. –Falei e o olhei nos olhos

–Rô.. –Começou ele, mas não continuou

–O que? –Perguntei e ele pegou minha mão

–Por que não me contou que seu Padrinho é um Lobisomem? –Perguntou ele e eu o olhei incrédula

–Como sabe disso? –Perguntei e ele hesitou antes de falar.

–Snape. –Falou ele simplesmente

–O que ele te disse? –Perguntei calmamente

–Ele disse apenas que o Professor Lupin era um Lobisomem. –Falou ele, franzi a testa, ele estava escondendo algo.

–O que mais? –Perguntei

–Mais nada, juro. –Falou ele. –É que ele não falou só para mim.

–Pra quem mais ele falou isso? –Perguntei com receio em saber

–Todos os alunos da sonserina. –Falou ele e eu suspirei Prevejo morte Sim, a morte de Severo Snape Acho que ele faz tudo isso porque tem uma queda pelo Sirius E o que o Rem tem haver com isso? Acho que o Snape acha que os dois tem um caso e ficou com ciúmes O.O Oh My Merlim, faz sentido. Meu Pai Não É Gay! E como tu tem certeza disso? Tendo! Nosso Pai não é Gay! Tanto faz, Vão dormir!

–Onde Remo está? –Perguntei

–Eu não sei talvez na sala dele. –Falou ele e eu suspirei

–Chame-o para mim? –Perguntei e ele me olhou hesitante

–Não acho que seja uma boa ideia. –Falou ele e eu franzi a testa e me afastei dele

–Não acredito que se incomoda com isso. –Falei

–Entenda meu ponto. –Falou ele

–Que ponto? –Perguntei indignada

–Ele é um lobisomem! –Falou Draco

–Eu também sou! –Falei me levantando e ficando na frente dele

–Esse não é o caso. –Falou ele

–É sim! –Falei irritada

–Não é não! –Falou ele

–Você tá incomodado por ele ser um Lobisomem, mas não se incomoda de eu ser? –Perguntei

–Você Não é uma Lobisomem! –Gritou ele. –Você sabe muito bem que você e os outros são transformos e não lobisomens!

–Que diferença faz o nome que tem minha espécie? –Perguntei

–A diferença é que se você fosse Lobisomem de verdade, eu nunca ficaria com você! –Gritou ele em um fôlego só, fiquei indignada com o que ele falou, meus olhos começaram a arder e se encherem de lagrimas, olhei em seus olhos e foi como se tudo o que passamos esse ano não tivesse passado de um sonho.

Eu senti a necessidade de abraçar ele, mas era o Imprinting falando por mim e eu não deixaria essa droga me dominar quando acabo de ouvir o que Draco falou. Cruzei os braços e respirei fundo, mas quando tomei coragem para falar algo, vi a postura de Draco mudar totalmente, ele estava com raiva, muita raiva.

–Malfoy saia. –Ouvi a voz de Daniel logo atrás de mim, e pelo tom rouco e frio de sua voz, Dan com certeza ouviu nossa conversa.

–Não se intrometa, Black ou Foston, que seja. –Falou Draco, olhei para os dois e Dan sentido minha angustia se aproximou mais de nós e parou bem na frente de Draco, a diferença na altura dos dois era gritante.

–Não me faça joga-lo para fora daqui. –Falou Dan olhando para baixo para poder olhar nos olhos de Draco.

–Vá se Foder Black. –Cuspiu Draco, Dan rosnou e o ergueu pelo colarinho, por instinto segurei seu braço e ele me olhou.

–Não. –Falei e Dan me olhou confuso, e Draco abriu um sorriso zombeteiro para Dan.

–Patinhas... –Começou Dan, mas eu o interrompi

–Tenho algo a dizer antes e tem que ser agora que não estou sob o efeito do Imprinting. –Falei e Dan soltou o loiro que me olhou com a sobrancelha erguida. –Bom Draco, eu não sei o que está acontecendo nesse momento comigo, mas eu me sinto forte o bastante e segura o bastante para te dizer uma coisa.

–Que coisa? –Perguntou ele

–Isso. –Falei retirando a aliança de meu dedo e colocando em suas mãos. –Acabou.

–Tá terminando comigo? –Perguntou ele

–Estou. –Falei e senti um nó no estomago, eu não podia deixar o Imprinting agir.

–E o Imprinting? –Perguntou Draco um tanto quanto chocado

–Não serei um brinquedo Malfoy, o Imprinting que se dane, não farei o que não quero. –Falei engolindo em seco. –Essa droga vai me fazer continuar a te amar, mas não pode me obrigar a voltar contigo.

–Okay, agora que já disse o que queria, Vaza Malfoy! –Falou Dan, o loiro olhou para nós dois com a raiva brilhando nos olhos e se virou saindo rapidamente da enfermaria. –Você poderia ter deixado eu bater nele. –Não olhei para ele, apenas desabei na cama da enfermaria. –Patinhas?

–Porque sempre é assim? –Perguntei e ele se sentou ao meu lado

–Como assim? -Perguntou ele franzindo a testa

–Nenhum relacionamento meu dura um ano escolar, sempre ta as mil maravilhas e quando chega o final do ano letivo acontece algo. –Falei e desabei ali ao lado dele, chorei e ele me abraçou

–Por favor, não chore. –Falou ele

–Sempre é assim e no final vai acabar do mesmo modo. –Falei e me afastei um pouco dele

–Como? –Perguntou ele

–Eu partindo o coração de outras pessoas. -Falei e ele desviou o olhar. –Eu parti o seu.

–Esquece isso. –Murmurou ele me olhando

–Eu te magoei. –Falei

–Não Rô, eu te magoei. –Falou ele, mas o ignorei

–Eu lhe fiz sofrer, quando você me fez tão bem. –Falei e ele me segurou nos ombros e olhou nos meu olhos

–Eu não sofro mais. –Falou ele e eu suspirei

–Sofre sim, da para ver nitidamente em seus olhos, eu sou uma idiota, imbecil que só sa.... –Ele me interrompeu com um beijo. Não, você não leu errado. Daniel Black me Beijou! Eu retribui e logo ele aprofundou o beijo e eu, relembrando tudo o que passamos, me entreguei ao seu beijo.

–Eu nem vou perguntar o que ta acontecendo aqui. –Falou alguém, me separei rapidamente de Dan e olhei para a porta, onde Remo estava nos olhando sério.

–Desculpe... Hãn.. –Começou Dan, Rem riu e se aproximou de nós

–Até onde me lembro, Roberta namora o Sr.Malfoy e você a Srta. Parkinson. –Falou Rem ficando sério novamente

–Eu não namoro o Malfoy. –Falei e Rem ergueu as sobrancelhas, mas ele viu meu estado e olhou para Dan

–Posso ficar um pouco com ela? –Perguntou ele e Dan assentiu, ele se levantou e ficou sem saber o que fazer, no fim me deu um beijo na testa e saiu. –Esse menino, não perca ele.

–Como assim? –Perguntei e ele se sentou ao meu lado

–Ele é apaixonado por você e deixa isso óbvio pra quem quiser ver, fico impressionado que a Srta. Parkinson não tenha notado isso. –Falou Rem e eu desviei o olhar. –Eu me lembro que você também era apaixonada por ele.

–Não creio. –Falei

–Ora essa, me lembro como se tivesse sido ontem o quanto você chorou por ter terminado com ele, você dizia que o amava. –falo Rem

–Não tava falando disso. –Falei sentindo meu rosto esquentar

–Do que então? –Perguntou ele e eu ri

–Não creio que estou tendo um papo desse tipo com você. –Falei e ele riu, mas logo ficou sério. –Rem você ta ficando Bipolar, ta tudo bem?

–Acho que o Malfoy te contou o que aconteceu, certo? –Perguntou ele

–Contou, foi um dos motivos pra eu ter terminado, mas você ta bem com isso? –Perguntei preocupada e ele suspirou

–Os pais dos alunos vão começar a mandar corujas, pedindo minha demissão. –Falou ele

–Remo não se preocupe com isso. –Falei e ele negou

–Eu pedi Demissão. –Falou ele, procurei por seu olhar, mas ele estava evitando olhar para mim, ficamos em silêncio por um tempo

–Pra onde vamos? –Perguntei

–Eu vou ficar no mundo bruxo. –Falou ele e eu franzi a testa

–Só você? –Perguntei

–Roberta... –Começou ele dando um suspiro. –Não vou poder cuidar de você.

–Por que não? –Perguntei

–Sou perigoso, eu quase matei você ontem. –Falou ele e eu o olhei indignada. –Roberta, estou fazendo o melhor pra você.

–O melhor para mim é ficar com você! –Falei isso ta muito papo de casal Continua calada Oh pessoa Grossa Calada Okay tudo bem, mas só até o fim da sua DR com seu Padrinho Melhor que nada.

–Roberta, não faça isso. –Pediu ele quando me levantei

–Por que Você está fazendo isso? –Perguntei

–Eu quero que você tenha um futuro, quero que você tenha uma Família. –Falou ele

–Eu tenho uma família! –Falei me exaltando e um frasco de poção que estava ao lado da cama explodiu, respirei fundo. –Você, Harry, os Gêmeos Weasley e Black. Vocês são minha família.

–Não Roberta, eu quero que você viva os dois mundos como sua Mãe! –Falou ele e eu o olhei confusa

–Do que diabos está falando? –Perguntei

–Já passei sua Guarda para uma Família Trouxa. –Falou ele

–O QUE? –Gritei e mais frascos de poções explodiram

–Se acalma. –Pediu ele, respirei fundo e o olhei de braços cruzados. –Você vai viver no mundo trouxa, já está tudo resolvido.

–Vai me mandar assim? Para viver com pessoas que não conheço? –Perguntei com a voz embargada, minha visão estava ficando embaçada por conta das lágrimas. –Você resolveu sozinho sem nem pedir minha opinião!

–Você os conhece melhor que qualquer um. –Falou ele

–Não faça isso Rem. –Pedi e ele desviou o olhar

–Desculpe pequena. –Falou ele, respirei fundo e limpei meu rosto

–Vai embora. –Falei séria e ele olhou para mim

–Roberta... –Começou ele, mas eu o interrompi

–Vai embora. –Falei novamente, ele se levantou e me abraçou, mas eu não correspondi seu abraço, apenas fiquei parada.

–Eu te amo pequena. –Falou ele, segurei o choro e não respondi, ele me deu um beijo na testa e me soltou, evitei olhar para ele, indo embora. Coloquei a mão no bolso e tirei uma foto que eu sempre carregava.

–Eu juro que não chorarei por quem não merece, nunca mais. –Falei olhando para ela, passei o dedo no rosto sorridente de minha mãe e sorri para a careta que meu pai fazia. –Eu sinto tanto a falta de vocês

Mamãe olhou para o Papai e viu que ele fazia careta, riu e lhe beijou, fiquei olhando para eles por mais alguns minutos, guardei a foto e sai da enfermaria. Chega, eu não ficaria nem mais um minuto dentro daquela enfermaria. Corri para o salão comunal e subi para o meu dormitório, dei graças a Merlin por ter ninguém lá.

Os dias foram passando e eu fazia tudo no piloto automático, nem brincadeiras eu estava fazendo mais. Meu malão já estava pronto e hoje era o dia de irmos cada um pra sua casa, no meu caso ir pra casa de um bando de desconhecidos que eu nem sei onde moram. Tomei um banho, me troquei e peguei minha mochila, desci as escadas indo de encontro ao pessoal, mas fui interrompida por um ser Ruivo que se jogou em cima de mim.

–Patinhas! –Era Fred ou Simba, como preferirem chamar. –Vou sentir tanto a sua falta.

–Simba, desgruda que eu não vou morrer. –Falei rindo e ele se afastou fazendo um bico

–Mesmo assim, promete mandar corujas? –Perguntou ele e eu franzi a testa

–Você ta muito gay hoje Simba, pare de andar com o Ghost. –Falei e Bran me olhou indignado la do outro lado do salão

–Eu Ouvi Isso! –Falou ele Alto e eu ri

–Se preocupa não que Rick levara uma carta toda a semana para você. –Falei e Fred sorriu

–Te vejo em dois meses. –Falou ele me dando um beijo na bochecha e se afastou indo em direção a alguns de seus amigos

–Acho que ele acordou com algum problema hoje. –Falou Jorge vindo pro meu lado

–Por que não está com ele? –Perguntei

–Fui me despedir da Angel, vou passar a viagem inteira com Fred e nossos amigos. –Falou ele sorrindo

–Entendi. –Falei e ele me abraçou e me deu um beijo na bochecha

–Se precisar fugir, me avise que Fred e eu iremos te buscar. –Falou ele

–Então fique na espera que esse dia não ira demorar. –Falei e ele sorriu e seguiu pra junto do irmão

–Ei Patinhas. –Chamou Dan, ele estava junto com Bran, Harry, Mione, Ron e Gina. –Vamos?

–Vamos. –Falei e fomos para fora do salão, e seguimos os outros alunos em direção ao Expresso de Hogwarts

–Roberta? –Ouvi alguém me chamar e me virei

–Oi Tio Dumby. –Falei sorrindo e ele se aproximou de nós

–Seu padrinho pediu para eu avisá-la que um integrante da sua nova família estará te esperando na estação. –Falou Dumby e eu assenti

–Okay. –Falei. –E como eu vou saber quem é?

–Te garanto que você saberá. –Falou ele. –Boa viagem.

–Valeu. –Falei e Dumby se afastou. –Cara estranho.

–Agora que você percebeu? –Perguntou Ron

–Não, faz muito tempo já. –Falei e voltamos a andar em direção ao Trem. –E nossos malões?

–Provavelmente já estão dentro do Trem, nunca entendi direito como funciona as coisas aqui. –Falou Harry

Entramos e fomos logo procurar uma cabine vazia que coubesse todos nós, como tinha poucos alunos ali, foi fácil e rápido encontrar a cabine. Empurrei os gêmeos pra dentro e entrei pegando o lado da janela, Harry se sentou a minha frente e o resto se espalhou pela cabine. Ficamos em silêncio por um minuto até Bran falar.

–Não deveria se preocupar tanto. –Falou ele e eu o olhei

–Não deveria ficar fuçando minha mente. –Falei e ele revirou os olhos

–Ta preocupada com o que? –Perguntou Gina

–Com tudo, Sirius principalmente. –Falei encostando minha cabeça no vidro e levei um beliscão. –Ai.

–Fala baixo, quer que todos fiquem sabendo dele? –Perguntou Bran

–Todos sabem dele Ghost. –Falei revirando os olhos

–O que eu quis dizer foi: Quer que todos saibam que estamos envolvidos com ele? –Perguntou Bran

–Tanto faz. –Falei voltando a olhara paisagem fora do trem

–Remo diz que você os conhece, então não fique com medo da sua “família” nova. –Falou Dan

–Não estou com medo, só não quero ir pra lugar algum com essas pessoas. –Falei sem tirar minha atenção da paisagem

–Rô olhe para mim. –Pediu Harry e eu o olhei. –Não importa pra onde você vá, eu sou sua família, sou seu irmão e vamos manter contato, okay?

–Okay. –Falei e ele sorriu. –Mas isso não muda o fato de ter sido abandonada pelo cara que eu considerava um segundo Pai.

–Rô... –Começou Harry

–Não Harry, deixa pra lá, eu quero pelo menos dormir um pouco até a Tia do doce chegar. –Falei e ele abriu um sorriso de canto e assentiu.

Coloquei minha cabeça no ombro de Dan que estava sentado ao meu lado e esperei que o sono viesse, mas algo que pensei e que não deixei os meninos verem, foi o beijo que o Dan havia me dado na enfermaria. Aquilo havia mexido comigo profundamente, eu sabia que gostava do Dan, mas não a ponto de sentir saudade dos beijos dele, dos carinhos dele, dos nossos momentos que tínhamos lá no Brasil. Mas me incomodava pensar nisso, pois o Imprinting me fazia pensar no Draco e fazia me sentir da mesma forma como eu me sentia a respeito de Dan, eu sentia falta de Draco e sentia falta de Daniel, eu estava confusa e cada vez que pensava em um meu coração parecia que iria pular pra fora, era algo que eu não pensava que um dia aconteceria comigo. Peguei no sono minutos depois.

Acordei com o cheiro de doces, especificamente Sapo de chocolate. Levantei o olhar e vi que todos já estavam comendo e percebi algo diferente, uma coisa que não estava lá quando eu dormi.

–De onde saiu esse rato voador? -Perguntei me ajeitando

–Não fala assim dele! -Falou Rony

–Tem como me dizer onde arranjou esse trocinho, quer dizer, coruja?-Perguntei e Rony revirou os olhos. Ao invés de me responder, Harry me entregou uma carta e pela letra reconheci que era de Six. -Então ele te deu uma coruja? E se recusou a me dar uma cobra de presente? Quer dizer, nada contra você Rony, mas ele deveria me dar uma cobra, eu sou mais importante!

–Roberta... Isso foi tão... Egoísta. -falou Hermione e eu dei de ombros

–Apenas disse a verdade, vamos combinar que eu sou uma ruiva importante. -Falei e os gêmeos riram

–Harry controle sua irmã, ela esta me ofendendo. -Falou Rony

–Rô não humilhe os outros. -Falou Harry e eu bufei

–Me passa um desses sapos de chocolate ai. -Falei e Gina me jogou um. -Valeu Ruiva.

–Estamos chegando. -Falou Dan

–Ótimo. –Falei sarcástica e todos olharam para mim

–Sabe que se precisar de nós e só mandar uma carta que a gente vai até você néh?-perguntou Bran

–Sei, Simba e Stripes já me falaram que se eu quiser eles vão me tirar daquela casa... Ou seja, lá onde esse povo mora. -Falei e os gêmeos assentiram concordando com a ação dos gêmeos.

–Talvez você se acostume com eles. -Falou Gina e eu bufei.

–É talvez. -Falei. -Me passa mais doce ai que eu estou morrendo de fome.

–Ainda me impressiono por você ser magra desse jeito e comer mais que todos. -Falou Mione

–Sou uma loba em fase de crescimento, tenho que comer bastante. -Falei

–Nem eu como tanto quanto você. -Falou Dan

–Você e Bran são gordos e não precisam engordar mais. -Falei e os outros riram da cara emburrada que os gêmeos fizeram.

–Gordos onde? -Perguntou Mione

–Se eles são gordos, eu acho que sou obeso. -Falou Harry e eu ri, se tinha uma coisa que meu maninho não era de jeito nenhum, era gordo.

–Sabe o que eu queria agora?-Perguntei sorrindo

–O que?-Perguntou Gina

–Queria que o Almofadinhas estivesse livre, ai Harry, Bran, Dan e talvez Eu, moraríamos juntos, seriamos uma grande família, estranha e anormal, mas uma grande família. -Falei e todos deram sorrisos mínimos

–Quer saber, de agora em diante vou simplesmente usar meu lado lobo para procurar Pettigrew, vou conversar com Ian e pedir a emancipação para poder agir como maior de idade e rodar o país atrás desse rato, e quem sabe quando eu o encontrar vou leva-lo diretamente para o ministério e quem sabe isso que você falou se torne real. -Falou Bran

–Eu vou junto com Bran e teremos mais chance nisso, mas primeiro teremos que ter uma grande conversa com Ian. -Falou Dan

–Vocês não podem ir atrás dele. -Falei

–Por quê?-Perguntou Dan

–Iram morrer, sei que Pettigrew é apenas um rato medroso, mas ele pode matar vocês e, além disso, como vão saber qual rato é Pettigrew e onde vão saber onde ele está? Nesse momento ele pode estar em qualquer lugar, qualquer cidade, qualquer país. -Falei e os dois se entreolharam, percebi que os outros ficaram quietos apenas olhando a nossa conversa.

–Daremos um jeito nisso. -Falou Bran

–Nos guiaremos através do cheiro dele, apenas iremos atrás dele em forma de lobo, sei que quando o encontrarmos iremos saber quem é ele pelo cheiro. -Falou Dan e eu bufei

–Não vã desistir da ideia néh?-Perguntei e eles negaram

–Ele é nosso pai, precisamos dele. -Falou Bran

–Tudo bem. -Falei suspirando, Harry me olhou e sorriu, ele com certeza pensava como eu, ele queria Sirius com ele.

–Tem uma coisa que esta me incomodando e não tem nada haver com o que estávamos conversando. -Falei olhando para cada um deles, eles me olhavam curiosos esperando que eu falasse. -Quem é Adhara Black e de onde ela veio?

–Não sabemos de nada, ela entrou em Hogwarts junto com nós, mas ela nunca tentou conversar com nenhum de nós, sua única amizade no castelo é a loira que anda com ela, mas ninguém sabe de que família ela pertence, talvez ela seja uma mestiça ou uma nascida trouxa. -Falou Hermione

–Mas o sobrenome dela é Black. -Falei

–Ela talvez pertença a família Black, como também pode ser uma nascida trouxa com um sobrenome igual. -Falou Hermione e eu franzi a testa

–Quando as aulas retornarem, eu vou fazer amizade com ela, vou tentar conversar com o tio Dumby e pedir para ele me colocar no mesmo dormitório que ela. -Falei

–Boa sorte, ninguém em sã consciência dividiria o dormitório com elas, sempre que alguém dorme lá, pede pra mudar, dizem que elas são extremamente estranhas. -Falou Gina

–Nos daremos bem então. -Falei com sarcasmo

–Você não entendeu, dizem que tem dias que elas acordam gritando que alguém ira morrer ou algo com deuses querendo guerra, elas são doidas, dizem que tem vezes que uma delas entra no banheiro e ficam conversando com outra pessoa sendo que no dormitório não ninguém. -Falou Hermione

–Não acho que isso seja verdade, fiquem tranquilas, eu posso sobreviver a elas, vou pedir ao Dumby para me colocar no dormitório delas e pronto. -Falei e as duas bufaram

–Que seja, mas quando você se arrepender, não diga que não avisamos. -Falou Gina

–Tudo bem. -Falei, ficamos em silencio o resto da viagem.

–Finalmente chegamos. -Falou Rony quando o trem começou a parar.

–É finalmente vou conhecer os loucos que irei atormentar. -Falei abrindo um sorriso imaginando as coisas que poderia fazer com os trouxas.

–Vejo que já se animou com a ideia, mas eu terei que voltar pra casa e ter que aturar nossos tios e o Duda. -Falou Harry fazendo uma careta

–Bom maninho, se eles te atormentarem é só me mandar uma coruja que irei correndo te socorrer. -Falei e ele sorriu

–Não se preocupe, Harry ira passar boa parte das férias com a minha família, iremos leva-lo para ver a copa mundial de quadribol. -Falou Rony

–Que sorte a de vocês, mas é bem óbvio que a Bulgária ira ganhar. -Falei sorrindo e os gêmeos bufaram

–Que Bulgária que nada, é óbvio que o Brasil ira ganhar! -Falou Dan e eu revirei os olhos e me levantei sendo acompanhada pelos outros, o trem havia parado e essa conversa não iria acabar tão cedo.

–Tanto faz. -Falei dando de ombros e abrindo a porta da cabine para sair, os corredores já estavam cheios de alunos, e pra não me separar de Harry peguei em sua mão e o puxei para fora. -Vamos.

–Ta na hora. -Falou ele e seguimos para a estação onde tinha muitos pais esperando por seus filhos, os recebendo com abraços e beijos. -As vezes eu sinto inveja desse pessoal.

–Te entendo, também sinto inveja deles também. -Falei suspirando. -Mas um dia teremos a nossa família.

–Estranha e anormal. -Falou Harry e eu ri

–Vamos, nossos pais estão nos esperando na estação dos trouxas. -Falou Gina

–Provavelmente a pessoa que esta me esperando também está lá. -Falei e fomos em direção a barreira, o primeiro a atravessar foi Bran seguido do irmão, Gina, Rony, Hermione, Harry e por último eu.

Do outro lado da barreira cada um já tinha encontrado os pais, era até engraçado ver Rony ser esmagado por uma mulher ruiva, baixinha e gordinha, na verdade todos que estavam ali eram ruivos, os Weasley era uma família de cabeças de fogo. Vi Bran e Daniel serem abraçados por Ian e Kelsey, que era a mulher do Ian, ou seja, mãe adotiva dos gêmeos. Fui em direção a eles primeiro, Tio Ian olhou para mim e sorriu.

–Olha se não é a minha nora preferida. -Falou ele e eu corei

–Oi Tio. -Falei e ele me abraçou

–Andou sumida mocinha, não mandou cartas nem nada, pensei que tinha esquecido da gente. -Falou ele e eu revirei os olhos

–Claro que não, como poderia esquecer de vocês? Apenas fiquei um pouquinho ocupada com algumas coisas. -Falei e ele me soltou só para a Tia Kelsey me abraçar.-Oi Tia.

–Como vai querida? -Perguntou ela me soltando e se afastando

–Estou bem. -Falei e Bran sorriu para o "pai"

–Acredita que a Rô também é uma lobisomem igual a Daniel e eu?-Perguntou ele e Ian e Kelsey olharam para mim

–Que coincidência. -Falou Kelsey, pode até parecer que ela gosta de mim, mas eu sabia pelo jeito que me olhava que ela apenas fingia , era nítido que ela não gostava de mim por ter feito um dia Daniel chorar.

–É... Fiquei surpresa em descobrir que os dois haviam se transformado também. -Falei

–Roberta! -Ouvi Harry me chamar e olhei para onde ele estava com a família Weasley

–Creio que aquele ali seja o seu irmão. -Falou Ian e eu assenti. -Vai lá ficar com ele que já esta na hora de eu levar os dois lobinhos aqui pra casa.

–Sério pai? -Perguntou Bran ficando emburrado

–Lobinhos? -Perguntou Dan revirando os olhos e eu ri

–Nada melhor que constrange-los na frente dos outros. -Falei e Ian sorriu concordando. -Bom até mais Ghost.

–Até Patinhas. -falou Bran me abraçando e me dando um beijo na bochecha

–Até mais Dan. - Falei e ele deu um sorriso de canto e me abraçou

–Até. -Falou ele me dando um beijo no canto da boca que me fez sorrir.

–Bom, vou indo, Chaw Tio e Tia. - Falei e sai de perto deles indo até Harry e os Weasleys. - Olá Sr. e Sra. Weasley

–Olá querida, creio que não conheço você. -Falou a Sra. Weasley

–Desculpe, é que Dumbledore não deixou que ninguém falasse de você em cartas e nada. -Falou Gina e eu assenti

–Eu sou Roberta Potter. -Falei e os dois me olharam com a testa franzida. -Irmã do Harry.

–Não sabíamos que Lily e James tinham dois filhos. -Faliu o Sr. Weasley

–Ninguém além de Remo, Pettigrew, Dumbledore e Tia Minnie sabiam sobre a minha existência. -Falei evitando tocar no nome do Sirius. -Além disso, nunca morei aqui, sempre fiquei em outros países onde Remo achava que era seguro pra mim.

–Entendo, então tudo bem. -Falou a Sra. Weasley me dando um abraço de urso. -Espero que tenha onde ficar querida.

–Tenho sim, vou morar com uma família ai. -Falei sem dar detalhes. Já que nem mesmo eu sabia quem eram eles.

–Quando quiser pode ir para a Toca. -Falou ela e eu assenti sorrindo

–Harry. -Ouvi uma voz atrás de nós e

Me virei para ver quem era, um homem gordo que parecia um leão marinho estava parado ao lado de uma mulher com cara de cavalo e um garoto que mais parecia um porco de peruca, eu já sabia quem eram eles, os Dursley.

–Já está na minha hora. -Falou Harry fazendo uma careta, respirei fundo e sorri. -Não faça nada.

–Não irei fazer, mas vou deixar claro para eles quem eu sou. - Falei e ele pegou seu malão para ir em direção aos nossos tios. Senti o olhar da Tia Petúnia em mim e sabia que ela estava provavelmente me comparando com a irmã.

–Bom vou com você até eles. -Falei e ele assentiu, deixei meu malão perto de Gina e peguei a mão livre de Harry, fomos até os Dursley que me olhavam de cara feia.

–Vamos logo moleque. -Falou Tio Valter e eu senti minha mão tremer levemente o que fez Harry a apertar um pouco pedindo calma.

–Bom, esta entregue, te vejo logo maninho. -Falei abraçando ele e lhe dando um beijo na bochecha.

–Maninho?-Perguntou Duda, me separei de Harry e olhei para ele

–Você deve ser meu primo Duda. -Falei e ele franziu a testa

–Primo?-Perguntou Tia Petúnia, olhei para ela

–Não fomos apresentadas, eu sou Roberta Potter, filha da sua irmã. -Falei e ela arregalou os olhos e deu um passo para trás.

–Os Potter não tiveram outro filho. -Falou ela e eu franzi a testa

–Sim, tiveram sim, eu sou filha deles e irmã do Harry. Mas não se preocupe que eu já tenho um lugar para morar então não precisão achar que vou querer me mudar pra casa de vocês, além disso se eu fosse provavelmente mataria um de vocês em menos de 24 horas. -Falei sorrindo e dessa vez os três deram um passo para trás se afastando de mim. -Bom, tanto faz.

–Vamos embora. -Falou Tio Valter

–até mais Rô. -Falou Harry e eu o abracei novamente

–Até maninho e que fique claro que vou ficar esperando corujas suas e se você ficar mais de um dia sem me mandar nada, vou até a sua casa pra ver se você esta bem, e se não estiver, terá pessoas que irão se arrepender profundamente. -Falei olhando para os Dursley. -Te vejo em dois meses.

–Okay. -Falou ele sorrindo e foi com os nossos tios embora, voltei para perto do meu malão.

–Agora é nossa vez de ir. -Falou Gina e eu sorri

–Tudo bem, preciso esperar a pessoa aparecer. -Falei e ela assentiu e me abraçou. -Nos vemos em dois meses.

–certo. -Falou ela se afastando para Fred e Jorge me abraçarem, me despedi deles e logo depois os outros Weasley, por fim Hermione me abraçou e foi embora com seus pais assim como os Weasley. Fiquei ali parada vendo todos eles irem embora e fiquei esperando sei lá quem aparecer.

–Roberta Potter. -Chamou uma voz atrás de mim, aquela voz eu conhecia, aquele cheiro eu conhecia.

–Ah não, fala sério... -Me virei lentamente e realmente era aquela pessoa, só pode ser brincadeira.

–Nos encontramos novamente, e dessa vez você vai morar com a minha família. -Falou ela

–Ta de brincadeira? Remo não pode fazer isso, não posso morar com vocês!-Falei indignada

–Pensei que gostava de nós. -Falou ela

–Eu gosto, mas não posso morar com vocês. -Falei

–Sinto muito, mas temos que ir se não perderemos nosso voo. -Falou ela

–Certo, mas não diga que não avisei. -Falei irritada e ela assentiu.

–Ah e antes que me esqueça, lá você terá uma nova identidade. -Falou ela

–Vou ter que mudar meu nome? -Perguntei

–Mais ou menos, apenas o sobrenome. -Falou ela e eu franzi a testa

–Não quero trocar meu sobrenome. -Falei e ela me olhou

–Então apenas acrescentar o nosso. -Falou e eu assenti

–vamos embora. -Falei e segui ela para fora da estação

–Meu carro esta ali. -Falou ela

–Tudo bem, vamos logo. - Falei seguindo ela até o carro.

–Não se preocupe, você vai se acostumar com a gente. -Falou ela e eu bufei e entrei no carro sem dizer nada, ela guardou meu malão no porta malas e entrou no carro também.

–Terei que me acostumar com muita coisa, já que agora em diante meu nome será Roberta Potter Cullen. -Falei emburrada e a olhando

–você está muito mal humorada hoje, mas a Bree está louquinha para te ver novamente, assim como Bella e Esme. -Falou Alice

–Então me leve logo até lá. -Falei e ela sorriu e ligou o carro, coloquei o cinto e ela acelerou o carro até o aeroporto mais próximo. Chegamos em cima do tempo para pegar o avião até Forks.

Assim que entrei dentro daquele troço voador trouxa, eu sabia que minha vida ia mudar, mas morar com os Cullen talvez tenha alguns pontos positivos, como por exemplo a reserva de La Push. Meus "irmãos" estariam perto de mim, a floresta iria me acalmar bastante. Fechei meus olhos e esperei a viajem terminar, viver naquela casa seria uma guerra, uma lobisomem e uma casa com 8 vampiros, ou eu ou um deles iria acabar morto. E eu sabia que seria um inferno conviver com eles, mas eu teria que me acostuma.

Uma nova fase da minha vida iria começar a partir de agora.