Sparks Fly escrita por Nathália


Capítulo 12
Capítulo 11 - Raptada II


Notas iniciais do capítulo

Olá minhas gatinhas! c:
Primeiro quero avisar que ainda não tive tempo de responder os reviews do capítulo passado, mas eu li todos eles a amei demaaaaaais.
Esse capítulo é dedicado totalmente à Laura, que além de mandar uma linda recomendação comentou em todos os capítulos, para Madame Tupert Cullen que também deixou uma recomendação maravilhosa e para à My Angel, que me fez chorar de alegria! Vocês são umas lindas e conseguiram deixar meu dia mais feliz ainda! Ah, My Angel, pode falar comigo por mp e etc., também quero te conhecer c: heh
Eeeenfim, amanhã é dia dois de setembro e como estamos na abertura da semana da pátria e eu estudo em colégio militar vou ter que perder minha ~belíssima~ manhã marchando - mancadinha grave -, estou chatiadíssima e boladíssima com isso, mas resolvi postar este capítulo antes de dormir, afinal eu pedi uma recomendação e ganhei três! Vocês são as melhores leitoras do mundo :3
Já que a Piscicottica me proibiu de reclamar dos meus capítulos, eu espero que vocês gostem UHASUIDHAISDUHA c:
Confesso que estava sem nem um pingo de criatividade, mas passei a tarde inteira escutando My Love - Sia (choro demais e trilha sonora de Crepúsculo é o que há) e assistindo Água para Elefantes e 500 Dias com Ela (choro demais também) e a bendita criatividade deu sinal de vida outra vez heheh
Eu falo demais, pelo amor de Deeeeus!
Enfim, eeeeenfim, espero que gostem desse capítulo!
Mais alguém querendo mandar uma recomendação bem linda pra fic, heim, heim? haha
Beijos meus amores! :*



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– Esse é exatamente um dos motivos que me trouxeram aqui hoje. – Justin disse e o encarei meio confusa. – Você acaba de ser raptada Melanie Smith e nem tente me impedir. – Sussurrou em meu ouvido e instantaneamente senti meu corpo inteiro entrar em combustão, odiava me sentir tão fraca nas mãos dele.

– Eu nem ousaria. – Sussurrei de volta e Justin apertou-me ainda mais contra seu corpo antes de encaixar perfeitamente seus lábios junto aos meus.

Capítulo 11 – Raptada II

I tried to read between the lines, I tried to look in your eyes, I want a simple explanation; what I’m feeling inside? I got to find a way out, maybe there's a way out. Your voice was the soundtrack of my summer; do you know you're unlike any other? You'll always be my thunder, and I said your eyes are the brightest of all the colors. I don't want to ever love another; you'll always be my thunder so bring on the rain and bring on the thunder.
(Thunder – Boys Like Girls)

– E onde o senhor planeja me levar? – Perguntei assim que finalizamos o beijo e Justin sorriu.

– Hum, pensei em algo como passar o dia no Golden Gate Park me aproveitando da sua inocência e de noite assistirmos um filme qualquer no cinema, o que acha? – Arqueou uma sobrancelha e dei um tapa em seu braço.

– Pare de ser abusado, Justin. – Resmunguei e o mesmo sorriu divertido enquanto acariciava seu braço no local em que eu havia batido. – Mas se dentro dessa cesta tiver a famosa torta de limão da tia Pattie... Hum, eu concordo. – Disse e apontei para a cesta de piquenique que estava no banco traseiro do seu carro e o garoto arqueou uma de suas sobrancelhas.

– Só vai por causa da torta? – Perguntou depois que me desvencilhei de seus braços e andei até a porta do passageiro.

– Claro, achou que perderia minhas aulas por sua causa? Puff! – Revirei os olhos ironicamente e entrei no carro, batendo a porta do mesmo em seguida.

– Sou mais gostoso que torta de limão. – Resmungou depois de sentar no banco do motorista e dar partida.

[...]

Eu não sabia por quanto tempo aquilo duraria, não sabia por quanto tempo íamos continuar nos comportando como um “casal”, mas sabia que em algum momento aquilo tudo ia acabar, sabia que algum dia nós acordaríamos e teríamos vergonha até de trocar simples olhares, e quando esse dia chegasse quem acabaria machucada seria eu, quem passaria horas escutando Pink Floyd e mergulhando a mente em milhões de livros para tentar esquecer nossos dias juntos seria eu, mas por enquanto estávamos imersos em nossa bolha de ilusão, à prova de som, olhares e tristeza. Não sabia o que Justin sentia por mim, mas não era amor, talvez um carinho maior, mas não amor e queria aproveitar o máximo que isso durasse, mesmo não sendo certo.

– No que está pensando? – Sua voz soou ainda mais rouca em meus ouvidos, provavelmente por estarmos á bastante tempo sem conversar. Suspirei pesadamente e virei meu rosto em sua direção. Já estávamos á mais de uma hora deitados na famosa toalha xadrez vermelha de piquenique e desde então nada nos parecia mais interessante, á não ser encarar o céu – mesmo com o tempo não estando um dos melhores – e escutar nossas respirações compassadas. Encarei seus lindos olhos amêndoados por alguns instantes e voltei minha atenção para as nuvens escuras que estavam se formando.

– Em nada. – Dei de ombros, mas Justin continuou encarando meu rosto. – É só... É só que isso é meio estranho. – Suspirei novamente e senti suas mãos irem até minha cintura me forçado a ficar deitada de lado. Apenas alguns centímetros de distância nos separavam.

– Está arrependida? – Perguntou com as sobrancelhas franzidas e acariciou meu rosto com as pontas dos dedos.

– Nunca. – Disse, mas logo tratei de fechar meus olhos, talvez tenha respondido rápido demais e não queria ver o sorriso debochado que estampava o rosto de Justin nesse momento. O que ele tinha de carinhoso, tinha de galanteador e cara de pau.

– Então isso é o que importar. – Sussurrou contra meus lábios e beijou a ponta do meu nariz em seguida.

– Você não precisa fazer isso se for por medo de perder nossa amizade outra vez, Justin. Eu... Eu entendo e não quero que você faça nada se sentindo obrigado. – Abri meus olhos, mas assim que percebi que os seus me fitavam tão intensamente, abaixei minha cabeça, como sempre fazia para tentar fugir da situação. Não era para aquilo estar acontecendo, mas minha boca sempre fora grande demais em certos momentos.

Melly, olhe para mim. – Justin segurou meu queixo e sorri quando o mesmo me chamou pelo apelido que tinha quando criança, na verdade ele era o único que me chamava dessa forma. – Você se lembra das brincadeiras que nossos pais faziam quando éramos pequenos? Sempre diziam que no final, nós acabaríamos juntos, se lembra? Toda vez que eles diziam isso você corava e tentava se esconder atrás de mim, como se fosse conseguir se esconder das palavras deles, mas no fundo nós sempre soubemos que eles estavam certos. – Justin suspirou e apertou seus braços em volta da minha cintura. – Sempre senti que devia te proteger que devia estar ao seu lado e quando alguma coisa de ruim te acontecia eu... Eu simplesmente não conseguia suportar, da mesma forma que tentava manter outros garotos afastados de você. – Sua mão quente e macia arrastou por toda extensão do meu braço e assim que se encontrou com a minha nossos dedos se entrelaçaram. – Eu sempre gostei de você Mel, mas o medo que tinha de perder nossa amizade era maior e talvez grande parte dos meus problemas tenham sido conquistados por causa desse medo, mas agora eu não quero e não vou deixar nada e nem ninguém atrapalhar isso que nós estamos tendo. – Completou e limpou as lágrimas traiçoeiras que escaparam sorrateiramente dos meus olhos, pois é a manteiga derretida já estava se debulhando em lágrimas. – Eu te amo, sempre amei e sempre vou amar, porque como nossos pais diziam, nós nascemos para completar um ao outro, Melly.

Eu não sabia como agir naquela situação, não sabia se devia abrir meu coração como ele havia feito e falar de uma vez tudo o que sentia – o que seria meio difícil já que mal conseguia controlar minha respiração e minhas lágrimas ao mesmo tempo –, ou se devorava seus lábios como resposta já que minha boca estava ávida pela sua.

– Foi tão ruim assim? – Perguntou com a expressão meio tensa enquanto tentava inutilmente acabar com as lágrimas que marcavam meu rosto.

– Cale a boca, Justin. – Sussurrei e tinha certeza, que pelo menos por hora, a decisão certa a ser tomada era manter sua boca fechada, colada junto á minha. – Você sempre se sai bem em tudo. – Sorri e finalmente puxei seu rosto de encontro ao meu.

Éramos um só, naquele momento pelo menos. Minha vida, antes de Justin voltar, era basicamente pensar no bem estar dos meus pais e ficar o dia inteiro imaginando romance onde não tinha. Rabiscar meus pensamento e poesias em algumas folhas soltas e no final da noite esconder tudo em uma caixa debaixo da minha cama. Mas ele era a única pessoa que com um simples sorriso conseguia me deixar leve, e sempre fora assim.

De todos os nossos beijos dados durante esse três dias, esse com certeza fora o mais cheio de sentimentos, já que não podia classificar cada um como “melhor” ou “pior”, afinal, cada beijo seu era especial. Mas esse era diferente, não sentíamos pressa e nossa única obrigação era saciar nossa vontade, nossa vontade de nós mesmos.

E pela primeira vez, durante meus não tão longos dezessete anos, senti-me realmente amada.

Por alguns instantes esquecemos que estávamos em um lugar público, e mesmo sendo um park grande e estarmos afastados de onde as pessoas normalmente se encontravam, alguém podia aparecer á qualquer momento. Estava sob Justin e o mesmo parecia tomar o maior cuidado possível para não apoiar seu peso sobre mim, um de seus braços ainda envolvia minha cintura e me puxava ainda mais para perto de si, assim como sua mão que se encontrava em minha nuca, entrelaçada com meus cabelos. Já minha única reação era acariciar seus cabelos e tentar acompanhar seu beijo que a cada momento ficava mais intenso.

– Precis... Preciso de ar Justin. – Disse afobada tentando de alguma maneira – mesmo contrariada –, fugir de seus beijos. Justin mordeu levemente meu lábio inferior e em seguida abriu seus olhos, acariciou meus rosto e consequentemente um sorriso tímido tomou forma em meus lábios, me deu um longo selinho e jogou-se ao meu lado novamente.

– Está com fome? – Perguntou assim que sua respiração voltou ao normal.

– Claro, ou se esqueceu que só estou aqui pela torta de limão da tia Pattie? – Perguntei e Justin sorriu ironicamente enquanto se sentava para pegar a cesta cheia de guloseimas que “ele” havia preparado, obviamente tinha sido Pattie.

Passamos o resto da tarde comendo, trocando carícias e conversando coisas bobas. Era incrível a facilidade que Justin tinha de me fazer sorrir e já estava ficando mal acostumada com tantos mimos.

Ele sempre fora brincalhão, ainda mais quando estava perto de alguma garota, mas nunca teve muita dificuldade para conquistá-las já que me lembro muito bem da enorme fila que as garotas formavam atrás dele na escola. Justin sempre teve uma beleza fora do comum, começando pelos seus olhos que arrancavam suspiros até de algumas professoras mais novas e atiradas, até seus lábios que sempre foram extremamente carnudos e rosados, toda garota sonhava em poder pelo menos um dia senti-los.

A época em que frequentamos a mesma escola fora da mais lenta e desumana tortura, passava o dia todo com um sorriso falso no rosto, vendo o mesmo se desmanchar toda vez que o pegava em algum corredor com alguma garota, mas durante a noite meus cadernos rabiscados e meu travesseiro eram meus melhores amigos e conselheiros.

– Você devia parar de tirar fotos minha comendo, Justin. – Bufei enquanto tentava esconder meu rosto atrás dos meus próprios cabelos e Justin sorriu tirando mais uma foto minha.

– As fotos espontâneas são as melhores. – Deu de ombros e voltou sua atenção para a máquina fotográfica que estava em suas mãos.

– Tudo bem senhor fotógrafo. – Revirei os olhos e encarei o céu por alguns segundos, as nuvens estavam cada vez mais escuras e volumosas, pelo jeito ia cair uma tempestade daquelas. – Acho melhor nós nos apressarmos. – Apontei para o céu e Justin suspirou assentindo.

– Acha melhor irmos ao cinema outro dia? – Perguntou depois de guardar a toalha em que estávamos deitados dentro da cesta e me estender sua mão.

– Sim, já está ficando tarde e é melhor que meus pais não descubram que perdi aula para passar o dia com você. – Disse e Justin assentiu.

Apressamos nossos passos e logo já estávamos dentro de seu carro novamente, o park era apenas alguns minutos de nossas casas e tivemos sorte de chegarmos antes da chuva começar.

Assim que coloquei meus pés dentro de casa minha primeira reação foi soltar um gritinho extremamente ridículo e ficar sentada no chão da sala com as costas encostadas na porta principal, mas assim que meu olhar parou nas duas figuras sentadas no sofá da sala meu coração gelou, eu estava ferrada!



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