Rascunhos! escrita por EsterCavalcanti


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, por favor, me perdoem por não ter postado ontem. Tive muitos contratempos. Por isso o capítulo de hoje vale por 4 kkkk
Chega de enrolar, vamos lá. Go go go :3



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“ELE segurava minha mão e parece que não tinha a intenção de soltá-la. Olhei em seus olhos e pela primeira vez me deixei levar pelo embalo de seu sorriso, sorrindo junto. A sensação era boa. Passei a mão em seu rosto e depois meus dedos entrelaçaram-se em seu cabelo. Deitei minha cabeça em seu peito e fui alcançando a inconsciência enquanto sua mão acariciava meu rosto. Olhei-o sonolenta e lhe mandei um beijo; ele aproximou seu rosto do meu, sorriu e foi aproximando mais, mais, mais...”

Priiiiiiim! Priiiiiiim! Priiiiiiim!

Grrr! Despertador maldito. Será que nem em sonhos eu podia ser feliz?

Levantei-me preguiçosamente e comecei a me arrumar para ir para a escola.

_ Bom dia _ disse minha mãe super animada quando desci para tomar o meu café da manhã.

_ Ânh? Ah, bom dia _ minha voz não demonstrava nenhum ânimo.

_ Credo! Isso é jeito de se começar o dia?

_ Mãe, _ a fuzilei com o olhar_ você sabe que eu detesto conversar de manhã.

_ Mas está um dia tão bonito, filha. Está um friozinho tão gostoso, bem do jeito que você gosta.

_ Mas está de manhã _ falei monotamente.

_ Ai, desisto! E até desanimador você com essa voz de morta.

_ Meu sono agradece.

Preparei meu leite com chocolate e coloquei no microondas para esquentar. Coloquei o pão na torradeira e peguei a manteiga na geladeira.

_ Ai, não sei como você gosta de manteiga. Negócio ruim.

_ Não é você que está comendo, ué. Eu gosto. _ Literalmente, eu odiava conversar quando estava com sono. E infelizmente a animação da minha mãe não era contagiosa.

Depois de tomar meu café subi para o meu quarto e escovei meus dentes. Peguei minha bolsa e desci para esperar a Ellena.

Era dia de excursão, e isso me fez lembrar que eu precisava de dinheiro.

_ Mãe! _ gritei. _ Mãe!

_ Que é? _ ela gritou do quarto.

_ Vem aqui.

_ Calma! _ Depois de um tempo ela desceu só de calcinha e sutiã. _ Fala.

_ Ah, mãe _ reclamei. _ Bem que você podia ter terminado de se arrumar né?

_ Ah, o que eu tenho você tem, meu amor _ riu.

_ Me poupe.

_ Ok. Fala-me, o que você quer?

_ Dinheiro.

_ Novidade _ caçoou.

_ Esqueceu que tenho excursão hoje?

_ Você só me faz gastar, hein. De quanto você precisa?

_ Acho que uns 50 reais dão.

_ Espera aqui.

_ Ok.

Peguei meu I-pod e selecionei a playlist rock. Coloquei os fones de ouvindo e comecei a viajar com o som de Gus’ N Roses.

_ Aqui, Spencer. _ Minha mãe desceu calçando os saltos.

_ Obrigada.

_ Ah _ se virou para mim _ Seu pai me ligou e disse que vai chegar sábado a noite e tem um encontro com um homem de negócios...

_ E daí?

_ Ele disse que não é para você marcar nada porque você fará companhia para o filho desse tal homem.

_ Eu vou ter que ir com ele? _ indaguei.

_ Pelo visto...

_ Odeio quando o papai faz isso. Eu ia ao cinema com a Ellena.

_ Não vai mais.

_ Porque ele não leva o Josh? Eu sou menina. Seria mais sensato levar ele, não?

_ Fala com o seu pai, querida. _ Olhou-me com pesar. Ela também odiava os joguinhos do papai. _ Aliás, você vai para a escola com a Ellena hoje, né?

_ Sim, por quê?

_ Porque eu estou atrasada e não vou poder te levar. Beijo, filha.

_ Beijo!

Esperei mais um pouco e logo a Ellena chegou. Peguei a minha bola e saí correndo.

_ Oi, amiga _ ela abriu a porta para mim. _ Me perdoa pela demora, mas o papai quis pegar umas papeladas no escritório.

_ Sem problemas _ entrei no carro. _ Bom dia, senhor Cheen.

_ Bom dia, Spencer.

Chegamos à escola em pouco tempo. Assim que chegamos, saímos correndo, pois os lugares dos ônibus já deveriam estar todos ocupados.

_ Senhoritas Cheen e Hedge _ era a diretora. Paramos de correr._ Vão rápido queridas. Cheen, vá para o ônibus 10, e Hedge para o ônibus 12.

_ Mas...

_ Sinto muito, mas não há mais lugares. Ou é nesses ônibus ou não vão para a excursão.

_ Tudo bem _ disse a Ellena. _ Nos vemos lá no parque.

_ Ok _ relutei em acertar.

_ Vamos logo, meninas. Só faltam vocês para os ônibus partirem.

_ Já estamos indo _ falei.

Eu não queria me separar da Ellena, mas não tinha outro jeito. Fui para o ônibus 12 e a primeira não havia lugares disponíveis. Fui andando pelo corredor e... só havia um único lugar vago. Mas, me diga? PORQUE TINHA QUE SER JUSTO AO LADO DELE?

_ Ah, não _ reclamei baixinho.

_ Olha só, a menina brava. _ ELE estava incrivelmente lindo. _ Pena que não tem mais nenhum lugar livre _ disse ironicamente. _ Vai ter que se sentar comigo.

_ Pois é _ forcei um sorrisinho.

Joguei minha bolsa no colo e me sentei. Que constrangedor aquele momento. Coloquei os fones de ouvido e simplesmente ignorei o fato de estar ao lado DELE. Parece que de olhares tive que passar a conversar e a sentar do lado dele. O que mais  iria me acontecer?

_ O que você está ouvindo? _ ELE pegou um dos meus fones.

_ Garoto, você é muito folgado!

_ Hmm... Avenged Sevenfold? Que merda!

_ Ainda bem que é a MINHA playlist, né? _ puxei o fone de sua orelha.

_ Bom, pra quem vai apresentar A Família Addams não é de se esperar um bom gosto.

_ Vamos fazer o seguinte? Eu fico na minha e você na sua, não conversamos, e problemas resolvido.

_ Vou pensar no seu caso.

_ Como você consegue ser tão irritante?

_ É natural _ riu.

_ Idiota! _ Resolvi o ignorar completamente e virei-me, o dando as costas.

O percurso todo foi inquietante. Mas, finalmente, após um bom tempo, chegamos ao parque. Fui a primeira a me levantar, mas não consegui descer por ser impedida pelos passageiros dos bancos da frente. Conseqüentemente ELE ficou atrás de mim.

_ Além de ser brava é apressada _ falou ao meu ouvido, me causando um arrepio.

_ E o nosso combinado de não conversarmos? _ virei-me bruscamente.

_ Eu disse que ia pensar no seu caso.

_ Engraçadinho...

_ Não vai sair? Você estava tão apressada.

Virei-me e desci do ônibus o mais rápido que pude. A Ellena já estava me esperando.

_ Porque você demorou tanto para descer? _ perguntou.

_ Porque sim, ué.

_ Não quer falar que estava comigo, Spencer? _ ELE apareceu bem atrás de mim.

_ Eu não estava com você, Caleb. _ Praticamente gritei.

_ Ah, é? E o fato de ter se sentado justo ao meu lado?

_ Eu tinha outra opção?

_ É, digamos que não. _ Saiu rindo. Que idiota!

_Vamos amiga _ Ellena pegou em minha mão e fomos para a fila das meninas.

A diretora saiu distribuindo os ingressos e logo estávamos passando pela catraca.

Foi um dia legal, fora o sol escaldante que brilhava sem dar sinal de querer ir embora. Fizemos um passeio ecológico, alimentamos filhotes de tigres (muito fofos) e jogamos ratos para as cobras ( a Ellena gritava e saía correndo a cada rato que jogava, fazendo todos do grupo de matando de rir). Depois fizemos uma trilha, recolhemos amostras da natureza, e enfim paramos em uma cachoeira. O nosso instrutor, senhor Brown, nos autorizou descansar um pouco e quem quisesse poderia nadar. Como eu já havia colocado o biquíni no alojamento e estava com um calor insuportável fui a primeira a pular na água, sendo acompanhada por mais uns três alunos. Depois o restante foi nos acompanhando perdendo a vergonha e o medo. Nadei um pouco, e depois que me refresquei me sentei em uma pedra na sombra ao lado da Ellena.

_ Está boa a água? _ perguntou.

_ Ótima _ respondi.

_ Eu ia pular, mas deve estar muito gelada _ torceu a cara.

_ Na hora que eu pulei estava ótima, mas agora que você já ficou bastante tempo aqui na sombra, deve estar gelada mesmo.

Logo outro grupo se juntou a nós. Mas percebi que não era da mesma escola que nós.

_ Spencer, olha aquele menino moreno _ Ellena me cutucou.

_ Uauuuu! _ Segui seu olhar. _ Amiga, ele está olhando pra cá _ abri um sorrisinho.

_ Deve estar olhando para você _ baixou a cabeça. Ellena, como eu, era muito tímida quando o assunto era “garotos”.

_ Para de ser boba _ a cutuquei.

Logo ele e mais um amigo se aproximaram aos poucos de nós.

_ Oi _ o moreno falou, olhando para a Ellena.

_ Olá. _ falamos juntas.

_ Está boa a água? _ O amigo dele perguntou. E era um gato também.

_ Para quem está com calor, sim.

_ Nossa, eu estou derretendo aqui _ o moreno falou. _ Topam dar um mergulho?

_ A Ellena estava morrendo de vontade de pular na água, não é amiga? _ a olhei com cara de sapeca.

_ Ah, é? _ olhou para eu com cara de interrogação.

_ Ellena? _ era o moreno. _ Desculpem não me apresentar, sou Will.

_ Prazer, Will _ disse a Ellena.

_ E eu sou Bruce _ disse o amigo dele. _ E você? _ perguntou para mim.

_ Sou Spencer. Prazer _ sorri.

_ Você também não quer dar um mergulho? _ colocou o óculos na cabeça.

_ Acabei de sair da água.

_ Mas e a Ellena? _ perguntou o Will.

_ Ah, eu topo _ ela disse toda sem jeito.

_ E você se importaria de eu te fazer companhia, Spencer? _ perguntou Bruce.

_ Não. _ Na realidade, eu só não queria ser indelicada. Apesar de ele ser um gato, eu não havia me encantado.

Ellena e Will pularam na água, e pude ver que daquele mato sairia cachorro. Ri comigo mesma.

Conversamos um pouco (eu e Bruce) e descobri que eles estudavam em uma escola atrás da nossa. Rimos juntos e ele até que era legal. Mas depois de alguns minutos vi mais um grupo se aproximando, e lá estava ELE. Tinha que ter algo para estragar né. Não consegui mais prestar atenção na conversa com Bruce. Em seguida Ellena e Will se juntaram a nós dois.

_ Maldição. É perseguição, só pode _ murmurei para mim mesma.

_ Estou começando a achar que ele está afim de você _ sussurrou Ellena em meu ouvido seguindo meu olhar.

_ Estou começando a achar que você está ficando louca _ sussurrei também.

ELE tirou a camisa e... Meu Deus! Que visão do paraíso. Eu não conseguia desviar o meu olhar. ELE era simplesmente perfeito. Então se jogou na água e balançou aquele cabelo, me fazendo perder o compasso de minha respiração. Porque tinha que ser tão irritante de perto? Logo ELE começou a fazer suas gracinhas molhando o pessoal que tomava sol na beira da cachoeira. Quando me viu abriu um sorriso, mas logo o desfez ao perceber nossa companhia, ainda assim não se intimidou e nadou até onde eu estava.

_ E aí, brava, bem sequinha? _ Jogou água em mim.

_ Não mais, como pode ver _ revirei os olhos.

_ Vem nadar.

_ Com você poluindo a água? Nem pensar.

_ Está perdendo...

_ Já nadei. Era melhor aproveitar antes de você chegar.

_ Vamos fazer uma aposta? Quem chegar primeiro do outro lado ganha.

_ Spence, não vai. Você não sabe nadar direito _ disse a Ellena.

_ Eu estava nadando até agora, não viu, não, Ell?

_ Mas não era uma aposta. Eu sei como você fica sob pressão.

_ Fechado _ gritei para ELE.

_ Spence _ Ellena falou com a voz apreensiva.

_ Isso era antigamente, Ell. Eu tinha medo, agora não tenho mais.

_ Só toma cuidado então.

_ Pode deixar.

_ É para hoje? _ ELE gritou.

_ Já estou indo. _ Tirei a toalha e pulei na água. Parecia mais gelada agora que eu não estava mais com calor.

Fui até aonde ELE estava e encostamos na parede de terra.

_ É o seguinte, quem chegar primeiro lá _ apontou para a outra parede de terra, _ ganha.

_ Ok _ falei gaguejante. Fiquei apavorada. Devia ter mais de uns 50 metros, e eu não sabia prender minha respiração tão bem e por tanto tempo.

_ No 3 _ prendemos a respiração. _ 1, 2, 3...

Usamos os pés para pegar impulso e começou. Nadei o mais rápido que pude, mas após algum tempo comecei a ficar sem ar, quando fui tentar emergir para respirar não consegui. Começou a ficar tudo preto e eu só consegui sentir algo agarrando meu braço.

...

...

...

_ Acorda! Por favor, acorda. _ Eu conseguia ouvir muito bem a voz DELE. Mas porque ele parecia tão apreensivo?

_ Ai, meu Deus. Amiga, acorda. _ Dessa vez era a Ellena.

Mais uns murmúrios por cima e...

EPA!!! Algo estava errado.

Eu estava com frio e sentia água caindo em mim.

_ Por favor, acorda logo! _ Ah, ELE. Que voz suave.

_ Eu acho melhor chamarmos o médico. _ Médico? Pra quem?

Espera aí! O médico era para mim.

Tentei abrir os olhos, mas eles pareciam tão pesados. Senti algo pressionando meu peito e então uma torrente de água saiu rasgando minha garganta e eu comecei a tossir. Foi então que forcei meus olhos e eles se abriram.

_ Ela acordou! _ ELE gritou. _ Você está bem? Consegue falar? _ Me olhava com preocupação e alívio ao mesmo tempo.

_ Frio _ foi a única coisa que consegui falar. Minha garganta ardeu.

_ Peguem a minha toalha. _ Entregaram a toalha e ELE colocou em mim como se fosse um cobertor. Que cheirinho bom.

Logo me senti mais quente. Esperei mais um pouco até conseguir me recuperar. Eu estava enjoada. Tentei me sentar, mas ELE  me impediu.

_ O que você pensa que está fazendo? _ me fez deitar de novo.

_ Eu quero sentar _ protestei.

_ Vem cá, então. _ ELE praticamente me levantou sozinho e me encostou em seu peito. Que sensação boa.

_ O que aconteceu? _ perguntei.

_ Bom, tecnicamente você perdeu _ riu. Consegui rir também. _ Você começou a afundar e eu vi que não voltava mais. Então voltei o mais rápido que pude e quando consegui te pegar você já estava desmaiada.

_ Ai, que vergonha. _ Levantei os olhos e todos estavam me olhando. Gemi de tanta vergonha.

_ Galera, ela já está bem _ ele gritou. _ Podem voltar a brincar aí. Eu cuido dela. _ Todos saíram de cima e eu pude ver o Bruce me olhando de longe. Senti um pouco de culpa.

_ Por quanto tempo eu fiquei desmaiada?

_ Não sei bem, mas acho que mais ou menos uns 10 minutos.

_ Porque essas coisas só acontecem comigo? _ Havia sido uma pergunta retórica.

_ Porque você não se cuida e fica sem comer o dia inteiro _ era a Ellena. _ Sabe que horas são? Pois é, são duas da tarde e você está sem comer desde as seis da manhã.

_ Você é maluca? _ O Caleb perguntou. Como se eu precisasse de mais um olhar acusador.

_ Não! Ela só acha que está gorda _ disse a Ellena.

_ Não é isso... _ tentei concertar.

_ Para mim você tem um corpão. _ Como ELE era besta.

_ Ok, agora a Spence está com vergonha. _ E eu ainda ia matar a Ellena.

_ Não! Não estou. Só discordo _ pude sentir minhas bochechas corando.

_ Agora, esquece isso. Você vai comer _ ELE achava que mandava em mim, né?

_ Eu não quero... _ comecei.

_ Quer sim _ me interrompeu. _ Se você desmaiar de novo eu não vou te carregar, hein.

_ E eu nem quero.

ELE se levantou e estendeu a mão para mim. Fomos até o instrutor de seu grupo, pois precisávamos saber aonde tinha alguma lanchonete.

_ Ei, senhor Blake. _ Caleb o chamou.

_ Sim. _ Uau! O senhor Blake era tão jovem para trabalhar ali. E tão lindo.

_ O senhor sabe se tem alguma lanchonete por aqui? _ Era até um pecado chamá-lo de “senhor”.

_ Lanchonete? Tem uma perto do alojamento. Mas eu não posso acompanhar vocês agora.

_ Teria problema se fôssemos sem o senhor? É só seguir a trilha, não?

_ Ah, acho que não teria problemas mesmo. Sigam a trilha, mas lembrem-se, haverá uma parte em que a trilha se divide. Vão para o lado esquerdo, ok?

_ Sem problemas. _ Olhou para mim. _ Vamos?

_ Sim. _ Porque eu estava sendo tão boazinha? Ou pior, porque ELE estava sendo legal?

Olhei para ele e vi que os pelos de sua pele estavam eriçados. Peguei minha toalha e joguei em seu ombro, já que eu havia encharcado a sua. Ele me olhou e passou a mão por meu ombro. Gostei daquilo, mas nós devíamos estar brigando e gritando um com o outro. Resolvi deixar quieto e passei meu braço por sua cintura.

_ Você está se sentindo melhor? _ Olhou-me como um pai preocupado.

_  Vou me sentir depois que comer.

_ Isso que você não queria comer, né. _ Riu baixinho e afagou meu braço.

_ Tenho dois motivos. Primeiro: porque estou gorda mesmo _ ELE me lançou um olhar desaprovador. _ Segundo: é legal contrariar você _ ri.

_ Bom saber disso.

Fomos andando e depois de alguns minutos chegamos à parte da trilha que se dividia e que o Guia havia mencionado. Logo o Caleb começou a se dirigir pelo lado direito da trilha, mas segurei seu braço.

_ É para a esquerda _ falei.

_ Só para me contrariar é? _ riu. _ Vamos logo.

_ Caleb, eu estou falando sério, É para a esquerda.

_Não, é para a direita.

_ Se formos por aí vamos nos perder.

_ Confia em mim. Qualquer coisa voltamos. É só seguir a trilha mesmo.

_ Ok, Caleb. Vamos para a direita. _ eu não estava afim de discutir e, de qualquer modo, ele não me seguiria.

Fomos andando e eu nem me preocupei se tínhamos assunto ou não, estava me concentrando em não cair e em espantar os mosquitos. Aquele caminho estava estranho e eu não me lembrava de ter passado por ali, mesmo tudo por lá sendo um verde infinito.

_ Caleb, eu não agüento mais andar. Estou exausta _ falei.

_ Calma, nós já devemos estar chegando.

_ não, Caleb. Admite logo, você estava errado. _ Sentei-me em um tronco de arvore caído.

_ Ok, eu estava errado. _ Se sentou também. _ Mas é só voltarmos pela trilha, ta bom?

_ Se você tivesse me ouvido já teríamos chego _ bufei.

_ Qual é o seu problema, garota? Não ouviu? É só voltarmos pela trilha.

_ Sabe qual é o meu problema? É ter achado que você poderia ser um cara legal.

_ Você não me conhece direito para falar assim.

_ E pelo pouco que vi não quero conhecer mais. _ Assim que falei me arrependi, mas aquele garoto me tirava do sério.

_ Acho que posso dizer o mesmo. 


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Notas finais do capítulo

Reviews? hehe Ah, se quiserem indicar, agradeço. E se quiserem me indicar historias suas ou de outras pessoas que achem legal, aceito. :3