The Key escrita por Ronnie


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Tá aí gente! Esperando reviews, hein? hahaha Beijão! Ah! Eu já estou providenciando a edição pessoaaaaaaaaaaal! hahahahahhahaahahahah



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 Fiquei um tempo pensativa, agarrada em minhas pernas e esperando minhas lágrimas secarem e meu nariz parar de ficar tão quente. Minha cara deveria estar inchara, meu nariz vermelho, meus olhos arregalados e minha voz terrível. Eu tinha que ficar um tempo ali, parada para que ele não me visse no estado deplorável que eu me encontrava.

 Depois de um tempo, em que pude respirar e conter o choro, me levantei e abri a porta. Achei que o veria em pé, olhando-me com aqueles olhos brilhantes e preocupados, mas ele estava sentado, encostado na parede, na frente da porta, com a cabeça pendendo para trás, com os olhos fechados e a respiração lenta, mas eu sabia que não estava dormindo.

 O observei por um tempo. Ele ficava tão lindo naquela posição, ele passava segurança e tranqüilidade, quando ele abriu os olhos e me olhou, olhando-o com cara de boba.

 -Que bom que abriu! – sorriu ele, se levantando rapidamente, sem o menos esforço.

 Será que eu demorei tanto tempo assim para me recompor? – perguntei a mim mesma, olhando-o.

 Eu me afastei para que ele pudesse passar por mim, então quando ele passou, eu fechei a porta e estávamos eu, ele e o vento frio que passava pela janela e bagunçava meus cabelos.

 -Deixa que eu fecho! – falou ele se aproximando da janela e fechando-a rapidamente.

 Eu nunca conseguia fechar aquela merda de janela e ele fechou tão rapidamente que eu arregalei os olhos e tentei entender de onde vinha tanta força. Só poderia vir daquele corpo escultural que ele tinha.

 -Obrigada... – mais sussurrei que falei e me sentei na cama.

 Casete! Meu quarto está uma bagunça! – pensei por um momento, mas no instante que ele sentou do outro lado da cama, me olhando todos os pensamentos flutuaram para longe de mim e eu só pensava naquela boca linda que se movia para cima e para baixo.

 -Mel... Quero que saiba que nenhum de nós está chateado com você. Beth somente ficou nervosa, afinal somos seus sobrinhos. – falou ele, olhando em meus olhos. Era difícil até mesmo de me concentrar no que ele estava falando.

 Deve ser estranho ter um sobrinho Nirhaquiano, um vampiro e ser feiticeiro... – esse comentário passou rapidamente pela minha cabeça, até eu ouvir o rangido da cama e olhei-o se aproximar de mim com um sorriso sexy.

 -Mel, quero que saiba que você é a pessoa mais especial do mundo para mim... – a voz estava baixa, quase um sussurro. Eu me mantive parada, olhando ele se levantar e ir até mim, contornando a cama.

 -Você também é muito especial para mim... – falei, tentando engolir a seco. Ele era tão lindo, tão sexy, tão másculo...

 Ele estava a minha frente, olhando-me nos olhos. Senti sua mão passar por meu rosto, acariciando-o, então fechei os olhos para poder sentir melhor. Suas mãos se encaminharam para o meu cabelo e lá estacionaram. Pude sentir seu rosto se aproximar do meu, mas ele me surpreendeu indo até meu pescoço e dar vários beijos perto de minha orelha e descendo até meu ombro, agora, já nu. Eu ouvia sua respiração ficar agitada e seu pulso aumentar cada vez mais. Eu desejava aquilo! Eu o desejava! Eu queria aquilo! Então, fechei meus olhos e me entreguei.

 Deitei na cama lentamente, enquanto eu sentia o corpo dele por cima do meu, com as mãos cravadas em meu cabelo e dando vários beijinhos em meu rosto, minha boca, minha orelha, meu pescoço e meu ombro. Até que ele olhou nos meus olhos subitamente.

 -Eu te amo Melany. – falou ele com a voz mais doce e gostosa do mundo.

 -Eu te amo Matthew. – disse por fim.

 Ele deu um sorriso rasgado e me beijou lentamente.

 Eu nunca havia feito nada do gênero, mas eu não era uma ignorante no assunto... Então, coloquei minhas pernas ao redor de sua cintura e meus braços ao redor de seu pescoço, enquanto nos beijávamos.

 Tum, Tum, Tum. Ouvi a porta e na mesma hora eu e Matthew nos ajeitamos e fomos até a porta ver quem era.

 -Melany, Matthew... – ouvimos a voz abafada de Peter, do outro lado da porta. – É urgente! – falou ele, batendo mais uma vez na porta.

 Eu olhei para Matthew e ele me olhou, estávamos sem expressão, afinal acabamos de ser interrompidos. O que diabos podia ser de tão importante que Peter teve de atrapalhar nossa... Bem... Nossos carinhos?!

 Abri a porta e Peter nem se importou com a minha vergonha e o mau jeito de Matthew e entrou no quarto fechando a porta.

 -Temos que sair daqui. – sussurrou ele olhando para nós dois.

 -Do que está falando Peter?! – Matthew parecia mais revoltado com Peter do que eu estava. Talvez fosse porque sempre que tínhamos uma chance, alguma coisa acontecia e nos interrompia. E também, ninguém poderia saber de nós, apesar de todos terem uma mega desconfiança.

 -Me disseram que Charlie sabe onde Melany está... – ele olhou para mim. – E eu não quero arriscar a vida de Lara, porque ela não sabe usar muito bem seus dons e Beth não consegue mais fazer feitiços super poderosos. Então, temos que ir embora. Essa noite. – Peter parecia muito determinado em sua decisão e eu também não queria comprometer Lara e nem Beth em uma batalha que era minha. Claro que eu não queria envolver nem Peter e nem Matthew, mas os dois eram fortes e mesmo que eu implorasse para que eu fosse sozinha, eles não iriam deixar e também eu sabia que não iria durar muito sozinha.

 -Mas, essa noite? – falou Matthew, segurando em meu braço, como se estivesse me dando estabilidade.

 -Sim. Ele está ficando forte Matt. – a gente sabia de quem ele estava falando. Aquele filho da mãe do Charlie.

 -Mas, e Lara e Beth? Vamos sem elas ficarem sabendo? – perguntei, agora eu é quem estava segurando firme o braço de Matthew.

 -Sim. – Peter me olhou. – Sabe que se avisarmos as duas vão querer vir conosco e não quero por a vida delas em risco. – indignei-me.

 -E a sua vida? – olhei para Peter, me largando de Matthew. – E a sua? – disse olhando para Matthew. Intercalei o olhar entre os dois. –Não quero deixá-los arriscar suas vidas por mim! – eu sabia que eu iria ter de deixar, mas eu não queria! Não queria que eles se machucassem por mim!

 -Eu estou aqui para protegê-la. – os dois falaram juntos e se entre olharam. – Mas... – disseram em coro novamente, com o olhar confuso e olhando para mim. – Eu sou quem é encarregado disso. – já estava ficando chato ouvir os dois falando tudo juntos.

 -O que está acontecendo aqui? – falei tentando entender aquela situação chata.

 -Sua mãe... – começou Matthew.

 -Seu pai... – falou Peter logo em seguida.

 -Espera aí! Cada um de uma vez. – falei, levantando os braços e apontando para Matthew. – Fala. – sorri gentilmente, depois de ter quase berrado com os dois.

 -Sua mãe me disse que eu deveria cuidar de você e foi isso que eu tenho feito até agora e por isso... – ele fez uma pausa e veio ao meu ouvido. – E por outras razões... – sussurrou ele e depois voltou a falar em alto e bom som, já ereto novamente. – Eu não vou deixá-la ir sozinha.

 -Arg! – chiei e olhei para Peter, para que ele dissesse sua versão.

 -Seu pai me falou que eu teria que cuidar de você quando fosse a hora e por isso eu não deixarei você ir sozinha. – espera aí! Ele conhecia meu pai?!

 -Peter, como conheceu meus pais?! – falei desconfiada, ao lado de Matthew.

 -Nós dois conhecemos seus pais juntos. – sorriu ele para mim, mas não parecia muito contente com Matthew. – Mas, Matthew nunca me contou que ele era seu protetor.

 -E nem você me falou nada. – disse Matthew com os braços cruzados.

 -Gente! Não é hora para isso... – o que quer que fosse aquilo. – Então... Nós vamos mesmo? – disse certa d que deveríamos mesmo ir sem elas ficarem sabendo.

 -Sim. – falou Matthew saindo de meu quarto. – Vou fazer minha mala e nos encontramos lá embaixo em meia hora. – ele falou e saiu por completo de meu quarto e foi para o seu.

 -Temos que deixar um bilhete para Beth e Lara, pelo menos. – falei olhando para Peter que ainda olhava para a porta.

 -Sim. Vou fazer minhas coisas. – ele saiu do quarto sem me deixar falar nem um “está bem...”

 Fiquei sozinha no quarto, novamente.   


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