Eu fiz o que fiz e ele pensou que eu gostava do Brad. Porque até mesmo quando eu tento fazer o certo eu faço o errado? Talvez eu estivesse sendo tola. Eu poderia acabar com isso e esquecer ele, não podia? Era só eu ter uma coisa que eu não tive durante anos. Força de vontade. De fato eu nunca quis esquecer o Freddie. Meu príncipe encantado deveria ser apenas um sonho beeeem longe. Ele merece uma princesa e essa definitivamente não era eu. E então ele entrou por aquela porta e tentou fazer eu admitir que amava o Brad. Eu não pude me controlar. Seus olhos me fitando e seus lábios tão perto dos meus, aquilo parecia tão certo. Eu o beijei. Um beijo não correspondido. Então me afastei e pedi desculpas logo depois ele falou algo que eu não fiz questão de ouvir e eu saí correndo de lá para fora da escola. As portas haviam sido liberadas e eu precisava pensar. Ignorei Carly me chamando e só parei de correr quando cheguei em frente a minha casa.

  Eu me senti frágil. O que ia acontecer? O que eu fiz? Eu... eu não o amava! Não! Eu não podia o  amar. Ele é o meu inimigo. Meu melhor amigo. Meu amor. Isso era errado era masoquismo. Parece até que eu gosto de sofrer. Ele iria me rejeitar. Eu precisava fugir disso. Eu definitivamente estava louca. Me internei numa clinica psicológica, minha mãe saberia assim que voltasse de seu tratamento a laser e me tiraria de lá. Eu só precisava de um tempo pra por meu juízo no lugar e inventar uma desculpa boa o suficiente por ter beijado ele.

Mas Freddie é com toda certeza o meu carma. Eu tentei fugir dele, mas ele veio atrás de mim e não descansou até me convencer de sair de lá. Ele queria que eu saísse de lá. Só que pra que? Eu não seria a sua namoradinha quando isso acontecesse. Pois é, eu estava completamente enganada. Ele veio me resgatar num cavalo branco, como um príncipe, ele me salvou daquela insanidade temporária e me fez ver que eu não podia fugir do amor que eu sentia por ele e que eu era sim sua princesa Puckett. Ele me tirou da escuridão, das masmorras que uma bruxa chamada medo me prendia, ele me mostrou que eu era especial. Ele me amou como um príncipe deve amar uma princesa. 

Durante um mês eu realmente me senti sua princesa, apesar das brigas e dos obstáculos tentando nos separar ( lê-se minha sogrinha e meus queridos amigos) eu fui feliz, como nunca tinha sido antes com ninguém. A cada beijo, a cada toque, a cada sorriso, a cada declaração, eu o amava mais e não tinha medo de sentir isso. Até o dia em que ouvimos a conversa da Carly. Eu estava frustrada e com medo de forçar algo e acabar com a minha amizade com ele, que pra mim era tudo, além do seu amor. Terminamos há meia noite naquele elevador com um beijo de despedida eu nunca mais sentira seus lábios no meu novamente. Ou era isso que eu pensava. 

Só Deus sabe o quanto eu sofri por aquele termino. Durante um ano e meio derramei lagrima por ele. Eu sentia falta das risadas por declarações patéticas, das mensagens de madrugada, dos sorrisos pelo olhar, de sua mão na minha, das noites juntos. Eu sentia falta do MEU  príncipe encantado. Ele voltara a amar a Carly e eu me senti mais despedaçada do que nunca.