Memories From Those Moments escrita por Agatha Fawkes


Capítulo 5
Capítulo 5 RAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAASH




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Dois meses nessa ladainha, NÃO AGUENTO MAIS!!! Não quero mais pensar nesse acontecimento, não quero mais pensar nele, não quero mais pensar em nada! CHEGA, CHEGA, CHEGA!

Sim, essa era eu explodindo dois meses depois de toda essa reviravolta em minha calmaria senil. Fui ao médico pedir novos calmantes porque aqueles já não faziam mais efeito, ele me indicou terapia, mas terapia não vai me ajudar em nada, só vai me fazer pensar no que eu faço questão de daqui por diante esquecer, coisa que eu, tola, não fiz em cinquenta anos de existência!

Ele terminou comigo sem o menor motivo, disse que não dava mais e me deixou e foi embora! Nunca se despediu! Nunca nem sequer mandou um postal! ELE DESISTIU DE MIM! EU NUNCA DESISTI DELE E ISSO JÁ FAZ CINQUENTA ANOS! CINQUENTA!!!! É MAIS DO QUE O QUE MUITA GENTE VIVE!

Toda essa situação já estava me tirando do sério. Toda essa preocupação, todo esse medo, todo esse sentimento que eu receio nunca ter saído de mim... No fundo, me debatia desejando que ele ainda estivesse vivo, mesmo que isso não mudasse em nada nossos destinos, mesmo sem entender nada desde aquele fatídico 27 de Outubro, quando eu pensava não mais encontrar motivos para seguir adiante.

Os resultados das análises saíram e o sangue é de um deles, o Harry Styles, mas não têm como saber se foi de um ferimento letal ou não, e os sapatos são de Niall, Niegel, ou sei lá o nome do irlandês... Não encontraram ainda nenhum indício de corpos, de nenhum dos cinco...

Fui jogar bridge com as minhas amigas da Beneficent Association e quando voltei, tomei um copo de leite e experimentei os novos calmantes que o médico receitara e que eu obriguei Charlie a comprar ainda no mesmo dia. Caí num sono pesado, não lembro de ter sonhado nada por horas, mas comecei a me remexer na cama, inquieta, via algo, mas não conseguia distinguir o que poderia ser. Senti uma dor aguda no peito e me levantei cambaleando, fui à pia lavar meu rosto, mas a dor não passou e foi piorando, então, com medo, me dirigi à sala para ligar para Charlie. Sentia meus pés falharem e uma agonia fora do comum, minha cabeça parecia querer explodir também, meu fôlego ficou escasso, quando de repente, RAAAAAAAAAAAAAAAAAASHHHHHHHH! Ouvi um intenso barulho dentro de minha cabeça, como se fosse algo muito grande caindo, vi fogo, comecei a sentir dores lancinantes por todo o corpo, mas tentei caminhar ainda em direção ao telefone, sem ver quase nada. As pontadas no peito se repetiram e eu vi quatro vultos correndo, levando um quinto meio que arrastado, o calor era impressionante, mais um lampejo e vi tudo indo aos ares, esse percurso ao telefone não parecia acabar nunca! Consegui finalmente clicar no botão de redial e as visões continuavam, meus movimentos eram convulsos, então ouvi a voz de Charlie me perguntando se havia algum problema e ao mesmo tempo ouvi vozes gritando por ajuda e me vi gritando também por ajuda, como se eu estivesse com eles e então tudo ficou escuro, escuro, escuro....

Não me lembro de mais nada a não ser de ter acordado numa cama de hospital rodeada por médicos de expressões apreensivas, utilizando termos esquisitos da Medicina, que particularmente sempre me causaram espanto! Eles chamaram Charlie e explicaram que eu havia tido um princípio de infarto do miocárdio e tive sorte de o meu filho ter chegado a tempo, mas eu precisaria realizar exames específicos e seria removida para um hospital maior a algumas milhas de distância dali, o perímetro estava cercado por policiais envolvidos nas buscas pelos cinco senhores envolvidos no acidente, então eu iria de avião. Eu estaria mais ou menos próxima de onde ocorrera o acidente.


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