Cap 6 - Tom Riddle

Hermione PDV:

Tom me explicou sobre a escola como se fosse um tipo de guia. Dumbledore, na verdade, ensinava transfiguração, e o diretor se chamava Dippet.

– Aquele é Horácio Slughorn. – Apontou. – Nosso diretor.

– Hum? – Fingi estranhar. – O Diretor não é o Dippet?

– Da nossa casa. Diretor da sonserina.

– Ah. – Fingi entender.

Me mantive em silêncio. Eu sabia que Tom Riddle não era assim. Ele não fazia o tipo sociável.

O jantar terminou rapidamente e segui com os outros para o salão comunal da sonserina.

– a senha é Salazar. – Tom, que era monitor, avisou.

– Salazar. – Repeti para memorizar.

Entramos e fiquei um pouco no salão comunal. O lugar estava um tanto diferente do que estava daqui a 50 anos.

Nossa. É bizarro pensar nisso.

Segui com os outros para o salão comunal da Sonserina.

– Bem-vinda a Hogwarts. – Uma garota sorriu pra mim. – Sou Andrômeda Black, mas pode me chamar de Andie.

– É um prazer conhecê-la, Andie.

– Você parece bem perdida.

– E realmente estou. Não conheço ninguém por aqui.

– Aquele é Órion Black. – Apontou. – Meu irmão. Dorea, minha prima, é da grifinória, eu lhe apresento a ela amanhã. O loiro é Abraxas Malfoy, melhor amigo de Tom Riddle, Druella Rosier, Cygnus ,Walburga , Cedrella Black, também meus parentes, Albert Avery , Briam Mulciber e Tom Riddle.

– Andie.

– Sim?

– Algum aluno já morreu aqui?

Ela hesitou.

– No ano passado. Ela era da Lufa-lufa. Murta alguma coisa.

– E porque?

– Ninguém sabe.

Confirmei em silêncio.

– Andie, vem cá. – Alguém chamou.

– Nos vemos depois?

– Claro.

Ela saiu e subi para meu dormitório, abrindo meu malão. Peguei os porta-retratos e fui arrumando na cabeceira que me pertencia.

Notei que todas as fotos estavam em sépia.

Havia uma foto de Draco me abraçando peça cintura. Minha com os gêmeos Weasley – na copa – e no casamento de Fleur e Gui, com os dois. Me preparei para fechar o malão e notei que Minerva havia colocado uma foto minha entre Harry e Ronald, na casa dos Weasley onde eu devia ter 12 ou 13 anos e outra com Gina, que eu mesma havia tirado.

Suspirei e coloquei a foto no colo, então peguei o distintivo de monitora da Grifinória, que Minerva havia me dado no ano passado, havia um da Corvinal ali também.

– Posso entrar? – Ouvi na porta.

– à vontade. – Falei sem olhar quem era.

Senti a cama abaixar ao meu lado alguém tomou o distintivo de minha mão.

– De quem roubou isso? - Ouvi e levantei meu olhar assustada, ainda com o papel onde o distintivo estava embrulhado e o segundo distintivo em minhas mãos.

Tom Riddle estava à minha frente.

– Cara Hermione. – Leu tomando o papel de minha mão. – Espero que se dê bem em Hogwarts. Tomei a liberdade de colocar isso em sua mala. Acredito que saiba que seus pais foram monitores e se conheceram graças a isso. Seu pai foi o monitor da Grifinória mais responsável que a escola poderia ter tido, e sua mãe a monitora mais divertida que Corvinal já teve. Guarde-os como uma lembrança. De sua tia, Minerva Granger.

Ele me olhou e pegou meu braço, me levando porta a fora.

– me solte. – mandei, mas ele não me ouviu.

– Vai aprender que não se deve roubar, sangue-ruim

Tom caminhou apertando meu braço até me jogar – literalmente - na sala do diretor. Meu pé entortou e caí no chão.

– Senhorita Granger, Senhor Riddle? – O diretor se surpreendeu. - O que está havendo?

– Ela roubou, professor.

– Não roubei nada. –Falei. – Ele é louco.

– E como explica os distintivos da Grifinória e de Corvinal em seu malão.

– Leia a carta, seu idiota.

– ainda não acredito.

– Tom, deixe-me ver, por favor. – Dippet estendeu a mão e ele lhe entregou.

Continuei no chão enquanto o diretor lia a carta.

– Creio que deve se desculpar, senhor Riddle. – Falou segurando um sorriso.

– E porque?

– Os distintivos realmente pertenceram aos pais da senhorita Granger.

– Nunca ouvi falar de nenhuma família Granger.

– Vivendo num orfanato com certeza não teria ouvido falar. Jane Fabray e John Granger se formaram há mais ou menos 20 anos, infelizmente morreram antes que Hermione recebesse a carta de Hogwarts. Sua tia me contou o que houve Hermione. – O diretor me olhou. – sinto muito por qualquer constrangimento.

– Tudo bem. – Falei. – Não tem problema.

– Tom, ajude-a a se levantar. – Mandou e Tom veio até mim contrariado.

– Não preciso da sua ajuda. – Falei antes que ele me pegasse, então tentei ficar de pé e gemi de dor. Havia quebrado o tornozelo.

Riddle veio até mim, mas me apoiei na cadeira a na mesa do diretor, pegando meus “pertences” junto com a carta. Dipped me deu um saquinho de pano.

– Pode guardá-los melhor aqui.

– Obrigada. – sorri levemente. Estava doendo como o inferno.

– Está chorando, senhorita? – Estranhou. – Se sente bem.

– Meu tornozelo, ele... Quebrou quando Riddle me jogou no chão de sua sala. Mas eu posso ir até a enfermaria daqui.

– A Ala Hospitalar fica longe. – Riddle interveio. – Deixe-me ajudá-la.

– Não quero que se suje com uma sangue-ruim. – Falei com desdém e me preparei para sair, mas caí no chão, piorando ainda mais a dor.

Chorei e senti alguém me carregando. Riddle.

– me largue. – mandei.

– acho que não quer se machucar mais, senhorita. – falou ignorando meus protestos.

Bufei de raiva e me segurei em seus ombros. Tom andou até a ala hospitalar sem a menor dificuldade e me colocou em uma das macas, ficando aos meus pés.

– eu posso.

– Não tem como piorar mesmo.

Ele tirou meu sapato e minhas meias, expondo o tornozelo.

– Consegue virá-lo?

– Não.

– Dói. – Tocou meu pé, perto do tornozelo.

– Não.

– e aqui?

– não.

– Dói?

– DÓI. – Praticamente berrei.

– Acalme-se, a enfermeira logo virá.

Senti seus dedos deslizando pelo lugar e massageando levemente a parte inferior. Segurei um suspiro.

– ainda dói? – Perguntou olhando em meus olhos.

Confirmei coma cabeça.

– Senhor Riddle? – a enfermeira se aproximou. – algum problema?

– Ela quebrou o pé.

– Tornozelo. – Corrigi.

– Isso mesmo, o tornozelo.

– deixe-me ver isso. – Veio até mim e Tom se distanciou. Me lembrei de quando Harry quebrou o braço e Lockhart fez seus osso desaparecerem no 2º ano e ri levemente

– O que é tão engraçado.

– Um amigo... Ou quase isso. Ele quebrou o braço jogando Quadribol e um homem tentou concertar. Ele fez os osso desaparecerem e ele passou na noite sentido dores para tê-los de volta.

– Pronto. – A mulher avisou. – diz um feitiço, mas a senhorita terá de usar esse gesso e as muletas por alguns dias.

Confirmei com a cabeça.

– Pode ir. – Mandou e levantei da cama, mas Riddle me pegou no colo.

– Eu tenho pés.

– Mas isso foi culpa minha. – Lembrou e murmurou um Vingardium Leviosa para as muletas. Revirei os olhos e ele seguiu para o salão comunal da Sonserina, que estava parcialmente vazio. Os alunos presente pararam para nos olhar.

– Pode me colocar no chão agora.

Ele ignorou e continuou andando.

– Onde está me levando?

– Seu dormitório. – Falou e abriu a porta. As meninas pararam para olhar e abaixei a cabeça, corando. Tom encostou as muletas no canto da porta e me colocou no chão.

– Perdoe-me novamente o ocorrido, senhorita. Não irá se repetir.

Andei, já com o apoiou, para minha cama.

– Boa noite. – Falou.

– Boa. – Falei sem lhe olhar a porta foi fechada.

– Tom Riddle, é? – Andrômeda falou olhando para mim. – O que houve?

– Eu caí e ele me ajudou.

– só isso?

– Quebrei o tornozelo. – Mostrei.

– hum. – Murmurou. – boa noite?

– boa. – Falei me deitando.

Me troquei entre as cobertas e me virei para dormir, quando senti algo debaixo do travesseiro. Era um diário. Havia Hermione J. Granger escrito embaixo e páginas vazias.

Olhei a carta que havia ali. Era de Minerva.

Continua...