Cap 2 –Brother

Draco PDV:

Marquei o enterro para amanhã. Ficaria na casa de Hermione e depois a levaria para meu apartamento. Eu sabia das memórias que a mansão lhe trazia.

Sempre tive inveja do “trio de ouro”. Das suas vidas perfeitas. Me tornei amigo de Hermione pouco depois do fim da guerra. Ela, ao contrário de outros, não me julgou, mas perdoou os erros que eu cometi.

Suspirei pensando na morena que dormia no andar de cima. O Weasley sarnento não a merecia, nunca mereceu - Sempre achei que ela fosse ficar com o Potter – E, para piorar a situação, a morte dos pais de Hermione a atingiu como um baque. Sempre achei que ela – e eles – tivesse uma vida perfeita, mas aqui e agora, posso ver que aquilo era só a minha imaginação.

Aparatei em meu apartamento e peguei algumas mudas de roupas, então fiz uma cama improvisada no chão do quarto de Hermione. Não a deixaria sozinha.

(...)

- Draco. – Ouvi,

- Hum?

- Draco.

Me levantei e cocei os olhos, era Hermione.

- você devia estar descansando.

- Você não pode dormir no chão. – Avisou.

- eu me viro.

- Vem, sobe na cama.

Ela alongou a cama magicamente e bocejei.

- eu posso ficar aqui.

- Não pode não. Vem. – Segurou minha mão e me levou para sua cama.

Hermione se deitou de lado e me olhou.

- Deita. – Mandou e ri. Mandona como sempre.

Deixei ao seu lado e abracei sua cintura.

Não era nada sexual ou desse tipo, eu considerava Hermione como uma irmã mais nova que eu nunca tive, e era recíproco.

Beijei seu cabelo levemente.

- boa noite, Hermione.

- Boa noite, Draco.

Hermione PDV:

(De manhã)

- que porra é essa? – Ouvi um grito e abri os olhos levemente. Ronald estava na minha frente.

Eu estava na mesma posição que havia dormido, com Draco abraçando minha cintura e minha mão por cima da dele.

- Eu estou esperando, Hermione. O que você faz deitada com o Malfoy?

- Ronald? – Pisquei rapidamente. – O que faz aqui?

- O que ele faz aqui? – Continuou gritando e Draco acordou.

-O que está acontecendo?

- O QUE ESTÁ ACONTECENDO? O QUE ESTÁ ACONTECENDO? O QUE ESTÁ ACONTECENDO É QUE VOCÊ É TÃO ESCROTO QUE, LOGO NA PRIMEIRA BRIGUINHA IDIOTA JÁ FICA SE ROÇANDO NA MULHER DOS OUTROS.

Abril a boca pra falar, mas nenhuma palavra saia.

- E VOCÊ, HERMIONE. EU SEMPRE ACHEI QUE VOCÊ FOSSE SANTA. NUNCA PENSEI QUE FOSSE ESSA PUTA.

Ele me chamou de que?

- NEM ESPEROU A POEIRA ABAIXAR E JÁ CORREU PARA OS BRAÇOS DO FILHOTE DE COMENSAL.

No segundo seguinte Draco já estava com a varinha no pescoço de Ronald.

- Vai me bater? Me torturar? Me matar? – Desdenhou.

- Sai da minha casa. – Mandei.

- Cadê os seus pais pra verem isso, hum?

Segurei as lágrimas.

- JOHN, JANE. VENHAM VER A SUA FILHINHA AGORA. – Gritou. – VENHAM VER O QUE ELA ESTÁ FAZENDO COM UM DESGRAÇADO QUE DEVERIA ESTAR EM AZCABAM.

Os soluços me romperam.

- Saia. Daqui. – Draco mandou. – agora.

Ronald me olhou e seu rosto se suavizou ao me ver chorar. Ele tentou dar um passo em minha direção, mas Draco o impediu.

- Agora.

Ele se foi e Draco me abraçou.

Sentei em seu colo e deitei a cabeça em seu ombro.

- Vai ficar tudo bem, eu juro. – Prometeu.

Continua...