Instinto Secreto escrita por Lucy


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Gente!!!!! VOLTEI! pensaram que depois de todo esse tempo eu tinha abandonado vocês, né? Mas não! Foram tantas coisas de uma vez só na minha vida que minha mente se fechou para qualquer coisa relacionada à escrita. Mas, agora que a coisa aliviou, voltei a escrever!! (aeeee) e claro, voltei aqui para Instinto Secreto. Espero que vocês me desculpem pela minha falta com vocês, e que se divirtam com a leitura! (muitas situações!!)
Beijos!



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Relembrando...

"–Vocês brigaram? – Perguntei e ela concordou. – Ah, mas daqui a pouco voltam. – Revirei os olhos e ela me ignorou. Peguei algo para comer e voltei a mesa. Permanecemos em silêncio por alguns minutos até que começou um burburinho atrás de nós, perto da porta do refeitório.

Entrando estavam três guardiões, mas um deles estava sendo escoltado. Parei o garfo na metade do caminho, até ver quem era o guardião no meio, preso pelos outros dois.

–Dimitri? – Falei. Lissa me encarou.

–O que será que aconteceu? – Perguntou ela já se levantando. Levantei-me também, e fui até os guardiões, parando na frente deles, impedindo-os de prosseguir.

–O que houve? Por que estão levando Dimi... O Guardião Belikov?

–Ele foi acusado de agredir um aluno. – Ah, essa não!"

Não podia ser realidade o que estava a minha frente. Dimitri olhou para mim, os olhos estreitados, como se estivesse desconfiando de mim.

–Dá um tempo! Quem fez essa queixa ridícula? – Exclamei para os guardiões que me ignoraram, contornando-me e seguindo caminho. Iriam leva-lo para Kirova. Fui atrás, mas Lissa me impediu segurando meu braço.

–Você não pode fazer nada Rose. É melhor deixar a direção resolver isso. – Ela se aproximou de mim e cochichou no meu ouvido – Eu vi como o Adrian estava. E você sabe quem fez isso nele.

–Não posso deixar isso acontecer. Irão expulsá-lo! – As raiva dentro de mim se expandiu de tal forma que me soltei violentamente do aperto de Lissa e fui atrás dos guardiões, os alunos encaravam a cena atônitos.

Às vezes eu não me entendia. Eu era uma pessoa muito complicada. Não sei se era pelo fato de minha mãe ser ausente, pelos traumas que passei, não sei... Mas eu tinha pedido, tinha tomado a decisão que eu iria me afastar de Dimitri e formular uma vingança à altura do que ele me fez. Mas aqui estava eu: indo tentar “salvá-lo” das garras da Kirova. Eu tinha vontade de dar na minha própria cara, até ela sangrar. Mas evitei fazer isso até estar sozinha no quarto. Cheguei à direção da Academia e os dois guardiões que estavam escoltando Dimitri estavam como dois muros protegendo a porta, um de cada lado.

–Preciso entrar – Disse séria, cruzei os braços para dar mais seriedade à afirmação.

–Não precisa não. A Diretora Kirova disse que não queria ser incomodada.

–Eu tenho provas de que Dimitri é inocente, vocês tem que me deixar entrar. – Mas eles permaneceram com aquela cara de “coitada, fica aí falando em vão”. Apelei – Seria uma pena se vocês perdessem o emprego de vocês por uma incompetência dessas, certamente a diretora Kirova irá querer ouvir o que eu tenho a dizer, e enquanto vocês estão aí me impedindo de entrar, ela deve estar aguardando alguma testemunha, que sou eu.

Eles pareceram meio desnorteados e olharam um para o outro. Enfim, me deixaram passar.

A cena que vi foi de arrepiar até os mortos.

Dimitri estava sentado em uma cadeira na frente da mesa de Kirova. Ela andava ao redor dele balançando a cabeça. Quando fechei a porta os dois olharam em minha direção.

–Rose! O que faz aqui? – Disse a velha me encarando. Dimitri me olhou de um jeito que pedia para eu não piorar as coisas.

–Você não pode expulsar o Dimitri!

–Sinto muito, as coisas tomaram proporções enormes. O que o guardião Belikov fez foi terrível, imperdoável. Eu ainda estou atônita – Disse ela olhando para ele – Ele não me diz qual foi o motivo disso, não colabora.

–E que provas você tem? Quero dizer, como sabem que foi ele, ou não? – Perguntei.

–Quando Adrian Ivashkov apareceu na enfermaria todo machucado a médica me chamou preocupada, pensando que tinham invadido as forças do colégio. Tive que olhar as câmeras de segurança. – Pelo visto a burra na equação não era eu, e sim Dimitri. Fechei os olhos com força. Se Dimitri não tinha dito a verdade pra salvar a própria pela quem era eu pra falar? Quando abri os olhos e levantei o olhar, ele me encarava, balançando a cabeça negativamente. Ele sabia que eu queria falar a verdade, mesmo que isso levasse à minha expulsão. – Você sabe de alguma coisa a mais Rose?

Neguei com a cabeça..

–Nada. Só me exaltei, porque o guardião Belikov foi o melhor professor que tivemos até hoje, e é uma pena que isso tenha acontecido. – Olhei de relance para Dimitri que concordou levemente com a cabeça. Como nós éramos cúmplices! Mesmo eu em toda minha raiva, apoiava e via semelhanças entre nós dois. – Desculpe-me interromper a senhora. Vou me retirar – Virei-me em direção à porta e saí, sem olhar para trás.

–O que aconteceu? – Perguntou Lissa. Estávamos no meu quarto. Lissa estava sentada na cama, assim como eu, de frente para mim.

–Ele vai ser expulso do colégio. Provavelmente não vai mais ser guardião, vai se isolar em alguma cidadezinha pacata onde ninguém o conheça.

–Isso é meio extremo você não acha? – Disse Lissa, uma cara que dizia “você deve estar louca Rose”.

–Provavelmente sim. Mas creio que é isso que vai acontecer. – Eu nunca mais iria vê-lo também, isso aconteceria. – Eu não pude fazer nada. Não podia contar do meu envolvimento com ele e que o verdadeiro motivo dele ter espancado o Adrian, foi ciúmes de mim. Nem ele contou isso, não seria eu que falaria. Acho que ele queria mesmo sair daqui. – E se ver livre de mim, a adolescente que ele esnobou. “pare Rose”, minha mente só dizia isso. Eu era uma idiota de primeira.

–Isso deve ser bom pra você. Terá a oportunidade de tirar ele da sua cabeça, de esquecer essa loucura – A questão, era que eu não queria esquecer.

–É, vai ser bom mesmo. – Sorri forçadamente, e ela apertou meu joelho – Agora, se você não se importa eu queria ficar um pouco sozinha Lissa.

–Claro – Disse ela já se levantando, sem objeções. Ela me conhecia bem, meus estados, minhas necessidades. – Se precisar de algo é só me chamar, estou do outro lado do campus – Sorriu ela da porta. Quando a fechou atrás de si, deitei-me na cama, as mãos cobrindo os olhos. Como tudo isso foi acontecer em tão pouco tempo? Como me envolvi com meu professor? Com o Eddie babando por mim, o Adrian também, fui me sentir atraída logo pelo meu instrutor, mais velho e que tinha problemas com ciúmes. É Rose, as coisas não tinham ficado boas.

Agora eu tinha que esquecer o que tinha acontecido nos últimos meses e me engajar nos estudos, treinamentos e nada de namorados ou envolvimentos amorosos.

Levantei-me na expectativa de tomar um banho renovador e ir para cama, apesar da cabeça está à mil. Assim que pus os pés no chão, um papel atravessou minha porta, nem vi o conteúdo, corri para a porta e a abri, mas quem o entregou já tinha virado o corredor e sumido. Fechei a porta e peguei o papel, que estava dobrado. O abri e precisei me apoiar na cômoda.

Era do Dimitri.

Tinha um endereço e a hora que eu deveria encontrá-lo no final de semana.

A questão era se eu iria ou não.


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Notas finais do capítulo

Capítulo foi "curtinho", mas o próximo vem com tudo!!