Instinto Secreto escrita por Lucy


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Meu amores! Perdoem-me pelo atraso na atualização!!! Mas deu um bloqueio terrível! E agora começou a voltar magnificamente as ideia à minha cabeça. Preparem-se.
Mil beijos e uma boa leitura!



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Depois do pronunciamento de Kirova os dampiros tinham ficado bem frustrados. De agora, até o final do ano só seria treinamento. Ia ser mais pesado ainda, já que iriam nos mandar para a corte. E pensar que seria ainda mais difícil para mim, já que meu professor era Dimitri... Não Rose, não se lamente... Lembre-se do seu plano maligno, e que você irá conseguir derrubar o Guardião Belikov.

Quando acabou, Adrian fez questão de me acompanhar até o quarto, mesmo sendo proibido. Quando passamos pelo guardião do dormitório, que assim que nos viu veio até nós para nos impedir de entrar juntos, Adrian falou com ele de um modo que até eu fiquei meia zonza, e assim acabou que ele passou, e me acompanhou até a porta de meu quarto. Quando eu estava para abrir a porta, Adrian me virou de encontro ao seu peito. Seus dedos macios acariciaram meu rosto, espalhando um arrepio pelo meu corpo. Mas ainda assim, não era o tipo de arrepio que Dimitri causava em mim. Não sei dizer a diferença, mas era diferente de qualquer forma. Seus dedos passaram por meus lábios, acariciando-os.

-Você me deixa louco sabia dampirinha? – Sussurrou ele, sua boca vindo de encontro ao meu ouvido. Deixei-me por um momento levar, pela sensação de sua boca tão próxima a minha, de seu corpo tão próximo ao meu, do seu toque em minha pele. Eu não podia negar que Adrian era atraente, não podia negar que ele era desejável. Mas parecia uma coisa, eu não poderia gostar de caras normais e alcançáveis? Que tinham praticamente a mesma idade que eu? Que realmente gostavam de mim? Na realidade eu não sabia se Dimitri, realmente gostava de mim, e pelo jeito ele só me queria para usar e depois esnobar, esfregando na minha cara que poderia me pegar e pegar outras alunas que quisesse. Eu tinha o Adrian e o Eddie, praticamente aos meus pé. O Eddie pelo menos, caras tão legais. Mas parecia que meu cérebro tinha uma placa de LED que piscava sem parar para meu consciente: “CARAS IMPOSSÍVEIS SÃO OS MELHORES. SINTA-SE ATRAÍDA POR ELE. DEIXE OS CARAS LEGAIS SE ARRASTAREM POR VOCÊ”. Isso era totalmente ridículo.

-Huum – Gemi, passando meus braços ao redor de seu pescoço. Suas mãos foram para a minha cintura. A proximidade era bastante óbvia agora, e só um empurrãozinho e nossos lábios se colariam, num beijo, avassalador, com certeza. Mas, de repente, a voz da minha mãe, veio na minha cabeça. Avisando-me que Adrian era um sujeito muito espertinho. Se ela pudesse ver minha situação agora, pediria para que eu me atirasse nos braços de Adrian. Minhas mãos desceram de seu pescoço e se colocaram em cada lado de sua face. – Agora não Adrian. Vou me deitar, estou cansada. Vejo você depois – Falei rapidamente, livrando-me de seu aperto e entrando no quarto, dando um último sorriso para sua cara desacreditada, antes de fechar a porta. – Uh! – Suspirei. Quando me viro estanco. – O que você está fazendo no meu quarto? – Parecia uma pergunta bastante idiota, levando em consideração suas habilidades de superguardião. E mais um detalhe: Eu precisaria colocar cadeados, trancas e o diabo a quatro no meu quarto. Já estava virando palhaçada essas invasões.

-Do meu modo, dampirinha – Disse ele lentamente, dando ênfase ao “dampirinha”. Sem privacidade total nessa Academia. Além de invadir meu quarto, fica escutando minha conversa. Parei de pensar e analisei Dimitri. Como todo aquele corpo escultural cabia em tanta perfeição, sentado na beirada da minha cama? Chegava a ser tentador demais. Coloquei uma distância entre nós, permanecendo encostada na porta.

Dimitri bem tinha saído antes do grande salão... Por isso, quando olhei para o lado onde ele estava com os outros guardiões, não o tinha visto.

 – O que Ivashkov veio fazer no seu quarto?  - Minha vontade era de dar uma daquelas respostas ala Rose Hathaway, mas mordi minha língua, e respondi algo que veio em minha cabeça, na hora. Pronta para provocar.

-Sabe, seria muito interessante, se eu tivesse convidado o Adrian para entrar em meu quarto. E quando abríssemos a porta, nos deparássemos com você, bem aí, sentadinho na cama, olhando enquanto eu e o Adrian ficávamos... Você sabe, mais a vontade. Sem contar que seria bastante estranho quando o Adrian visse você, no meu quarto. – Falei esbanjando um sorriso maligno. – De repente ele parecia um raio. Saltou da cama como um gato e me alcançou na porta em poucos segundos, prensando-me contra ele.

-Você enlouqueceu Rose? – Disse ele, seu rosto centímetros do meu. Eu podia sentir sua ira transbordar em seus atos. Sua mão apertava com força meus braços contra a porta. – Nunca que você vai ficar com o Ivashkov entendeu? Nunca que você vai ficar com o Castille. Você é minha, e continuará sendo minha, entendeu? Nem se atreva... – Sua boca foi para meu pescoço, e ali depositou beijos selvagens, chupões fortes que deixariam marcas. Seus apertos em meus braços se tornaram mais fracos, então soltei minhas mãos e as posicionei em seu cabelo, alisando-o enquanto ele me beijava com ferocidade. Mas esse momento logo acabou... Com vontade acertei meu joelho em toda sua masculinidade. Ele urrou de dor, não prevendo meu movimento, e logo caiu no chão. Passei por cima dele, e sentei na beirada da cama.

-Entenda uma coisa Guardião Belikov: Não sou sua propriedade. Você mesmo deixou bem claro, que eu só passei de uma noite para você. – Não sabia de onde vinham aquelas palavras, na realidade, eu queria deixar que ele continuasse me beijando e que daqueles beijos saísse mais coisas, como roupas, e acabássemos na cama. Mas eu estava decidida. Ele me fuzilou ainda deitado no chão, enquanto eu continuava. – Posso sair com quem eu quiser, e você não irá se meter na minha vida novamente. Assim como eu não me meterei na sua vida. Entendidos? – Perguntei, mas ele não respondeu. Levantou-se lentamente e veio até mim. Tremi da cabeça aos pés. Mas não demonstrei tamanho medo, permaneci impassível.

-Veremos Rosemarie, veremos. – Ele se virou e saiu do meu quarto, batendo a porta com força. Deitei na cama, assustada comigo mesma. A coragem tinha começado a tomar conta de mim, e Dimitri veria que eu não era dessas que ele usava.

No outro dia quando estava indo para o treinamento, avistei Adrian encostado ao lado do centro de treinamento. Quando me viu, ele virou-se e quase não reconheci seu rosto. Corri até onde ele estava.

-O que aconteceu com você Adrian? – Perguntei tocando com cuidado o rosto dele.

-Eu fui atacado, ontem à noite quando estava voltando para o dormitório. – Disse ele, meio perturbado.

-E não viu quem foi?

-Não, não deu. Ele era bastante rápido, e realmente, não deu para ver o rosto. – Disse ele olhando para mim.

-Você não deu motivos para tal ataque não é Adrian? – Perguntei, mas ele balançou a cabeça. – Tem certeza?

-Tenho Rose. A não ser que você tenha um namorado bastante ciumento, e não me contou nada. – Sorriu ele. Ah não... Dimitri. Só podia ter sido ele a ter feito essa palhaçada.

-Engraçadinho. É melhor você ir cuidar dessa cara, tenho que ir para o treinamento. – Disse e me afastei dele. Entrei no centro e Dimitri estava lá acompanhando o treinamento dos outros alunos, quando me viu, chamou minha atenção.

-Rose! – Gritou ele. Muitas pessoas pararam e olharam de relance para mim, um olhar de pena, pensando que Dimitri daria uma bronca em mim, e me mandaria fazer todas as sequências monstruosas. Quem me dera. Aproximei-me dele, que tinha se afastado um pouco da plateia. – Atrasada, como sempre. – Disse ele olhando diretamente em meus olhos. – Você sabe que não tolero atrasos – Aproximei-me dele ainda mais, uma proximidade perigosa demais, mas não queria saber. Segurei seu punho e cravei minhas unhas na carne dele. Ele arquejou, não podendo fazer nada contra mim, na frente de tantas pessoas. O que eu fazia com ele, estava oculto para os outros, já que Dimitri estava de frente para turma.

-E eu não admitirei que você surre o Adrian, quando bem der vontade. Pensei que tinha ficado bem clara a minha opinião.

-E pensei que tinha ficado bem claro a minha. – Ele se desfez do meu aperto e segurou meus punhos. – Não vou deixar ninguém te ter, entendeu? Você é minha Rose.

Ele só podia ser um maníaco. Um maníaco bem gostoso, e que eu possivelmente estava muito caída por ele. Livrei-me de suas mãos e o encarei.

-Veremos Dimitri. – Virei-me e pude sentir seus olhos queimando-me. Fiz minha sequência de exercícios e assim que acabei saí do centro, sem dar chances de Dimitri me interceptar. Voltei ao dormitório, tomei um banho rápido e fui para o refeitório, onde encontrei Lissa sentada em uma das mesas, sozinha. – Cadê o resto do pessoal?

-Christian disse que estava sem fome... – Falou ela bastante desanimada.

-Vocês brigaram? – Perguntei e ela concordou. – Ah, mas daqui a pouco voltam. – Revirei os olhos e ela me ignorou. Peguei algo para comer e voltei a mesa. Permanecemos em silêncio por alguns minutos até que começou um burburinho atrás de nós, perto da porta do refeitório.

Entrando estavam três guardiões, mas um deles estava sendo escoltado. Parei o garfo na metade do caminho, até ver quem era o guardião no meio, preso pelos outros dois.

-Dimitri? – Falei. Lissa me encarou.

-O que será que aconteceu? – Perguntou ela já se levantando. Levantei-me também, e fui até os guardiões, parando na frente deles, impedindo-os de prosseguir.

-O que houve? Por que estão levando Dimi... O Guardião Belikov?

-Ele foi acusado de agredir um aluno. – Ah, essa não!


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