Instinto Secreto escrita por Lucy


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

OI GENTE LINDA! Eu tô tão feliz, porque vocês estão felizes, cadiquê eu tô de volta! Deu-me uma alegria imeeeeeeeeeeensa! E como prometido aqui está o capítulo 11!! Espero que vocês gostem do novo capítulo e fiquem tão maravilhadas com esse reencontro quanto eu! hahahha



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Parecia que tinham se passado meses desde que Dimitri tinha saído da Academia, mas apenas fazia uma semana. Ele era uma presença muito grande naquela escola, principalmente para mim. E lá estávamos nós, depois de toda aquela bagunça, parados na porta dele, olhando um pra cara do outro. O sorriso dele era a coisa mais encantadora do mundo: fofo com safado, acho que essa era a melhor definição. Senti que meu rosto também mostrava a alegria que era estar ali na frente dele. Apenas segundos tinham se passado, ele se afastou do caminho e acenou para que eu pudesse entrar. Assim que entrei ele fechou a porta atrás de si. Agora era oficial: Eu estava sozinha com Dimitri na casa dele. Sozinha. Com. Ele. Eu senti que poderia desmaiar a qualquer momento. Olhei para ele que tinha se encostado contra a porta.

–Então você veio. Confesso que pensei que você não viria. – Disse ele, aquele sorriso fofo/safado ainda nos lábios. Como eu não aguentaria ficar ali encarando ele naqueles trajes, tirei minha capa de chuva e a pendurei no cabide atrás da porta, então saí andando pela casa até que encontrei a sala onde tinha um sofá e me sentei para não cair. Ele me acompanhou e parou na minha frente; ele estava vestido com uma regata preta justíssima, que definia o tudo de bom que ele era, uma calça de moletom folgada, e estava descalço. Sentou-me na poltrona à minha frente e esperou que eu falasse. Limpei a garganta e comecei.

–Pensei ainda em não vir; mas o mais agoniante era pensar no que eu perderia se não viesse. Acho que você me conhece bem o suficiente para saber que eu morro de curiosidade quando me instigam.

–Sei sim – Então ele se levantou e se ajoelhou na minha frente, separando minhas pernas para poder ficar entre elas. Suas mãos seguraram as minhas e depois subiram lentamente pelos meus braços, parando em meu pescoço, uma lenta e tortuosa carícia. Ele se aproximou de mim ao mesmo tempo em que me aproximava dele, nossas respirações se misturando com a proximidade. Meus olhos se fecharam com tamanho êxtase que meu corpo sentia só com o simples toque dele. Então, vieram seus lábios: carnudos e de início suaves contra os meus; simples toques de reconhecimento. Mas eu não queria só isso; intensifiquei o beijo, puxando-o para mim. Deitamos no sofá, com Dimitri em cima de mim, minhas pernas bem firmes ao redor dele; seus cabelos faziam uma cortina ao redor de nossos rostos. Minhas mãos subiram por suas costas e se firmaram em seu pescoço, o trazendo para minha boca. Recomeçamos o beijo, agora mais selvagem. Nossas línguas retomando lugares já conhecidos. Os gemidos ecoaram na sala e só estávamos nos beijando.

Dimitri interrompeu o beijo só para trilhar sua língua lentamente pelo meu pescoço, descendo até meus seios. Seus dentes prenderam a carne entre eles, dando mordiscadas em minha pele e logo depois dando espaço para sua língua. Eu estava nas alturas; nas alturas mesmo. Mas de repente me lembrei de todos os ocorridos na Academia, e o motivo de Dimitri não ser mais meu instrutor e não estar mais perto de mim; mesmo que de uma maneira “ilegal”. Esforcei-me, bastante acredite em mim, e o afastei de mim, empurrando-o delicadamente até que ele saiu de cima de mim e se sentou no sofá, passando os dedos nos lábios.

–Não estava bom? – Perguntou ele, um sorriso malicioso nos lábios, tentando se aproximar de mim. Afastei-me o máximo que pude, sentando no braço do sofá e sorri igualmente maliciosa.

–Acredite em mim, estava bom demais, mas é que preciso fazer uma pergunta. – Ele deu de ombros e esperou eu continuar. – Por que você fez aquilo com o Adrian?

–Acho que você sabe muito bem o motivo, não sabe Rose? – Disse ele se aproximando novamente de mim, mas dessa vez eu deixei. Ele se posicionou de joelhos no sofá e me puxou para si. Desci do braço do sofá e fiquei com as costas apoiadas nele, Dimitri em cima de mim. – Fiz isso, porque estava morrendo de ciúmes de você. Não suportava a ideia de que o Adrian poderia estar fazendo qualquer coisa com você. – Seus lábios foram para meu ouvido, e puxaram o lóbulo; sua voz grave sussurrou, o sotaque russo acentuado, fazendo-me arrepiar – Não suportava a ideia de imaginar ele fazendo tudo aquilo que fizemos. Não suportava imaginar ele beijando você – Então ele me beijou, um beijo de tirar o fôlego. Um beijo onde nossas línguas se enroscaram e chuparam uma a outra. Um beijo que foi interrompido cedo demais. – Não suportava imaginar ele tocando em sua pele – Suas mãos desceram pelos meus braços, se firmaram em minha cintura e a apertou. Suas mãos hábeis puxaram a barra de minha camisa para cima e a tiraram, jogando-a em algum lugar da sala. Não satisfeito em me ver apenas de sutiã, ele me suspendeu rápido o suficiente para desabotoar meu sutiã e o jogar por aí. Então ele me deixou deitada e se levantou acima de mim, observando-me.

Fiquei vermelha. Pude sentir meu rosto queimar. Não era como se fosse minha primeira vez; não era como se ele nunca tivesse me visto nua, mas o que me fez ficar vermelha, ardendo de vergonha e de desejo foi o olhar dele. Aquele olhar penetrante, aqueles olhos castanhos tão intensos, olhando-me com tanto desejo. Como se eu fosse uma superdeusa e ele estivesse ali, adorando-me.

–Você é linda – Ele passou um dedo pelos meus lábios entreabertos e foi descendo pelo meu queixo, meu busto, o vão entre meus seios, minha barriga. Parou em minha calça e a desabotoou, puxou-a para baixo juntamente com a calcinha, deixando-me completamente nua, a mercê de suas vontades. Tentei me sentar para começar a despi-lo também, mas ele segurou em meus ombros e me fez deitar no sofá novamente. Sentou em minhas pernas e me observou. – Você é linda, Rose – Disse ele novamente – Foi por isso que o espanquei. Foi por isso que fiz o que fiz. Eu não suportaria a ideia de alguém ter você. Não aguentaria ver você com outro alguém.

Ele deu uma grande pausa. Minha cabeça não estava raciocinando muito bem, então eu não saberia nem o que pensar no momento. Meu corpo estava reagindo a tudo que vinha de Dimitri. Tudo.

–Você é minha – Era o que bastava para tudo começar. Puxei-o para mim, e invadi sua boca com a minha. Minhas pernas se fecharam ao redor de sua cintura, minhas mãos puxaram sua camisa, jogando-a em qualquer lugar remoto do cômodo. O resto da casa, dos objetos ou até mesmo nossas roupas não importavam mais. Apenas eu e ele, ali, nus. Isso sim importava o bastante para mim.

Tudo poderia parecer uma loucura para todos. Obsessão, como Lissa havia dito para mim ontem quando conversamos. Mas, para mim o amor não deveria seguir regras. Não deveria ser entre pessoas de mesma idade, de mesma raça, mesma religião, mesma altura, mesmo sexo. O amor era a simples forma de gostar excessivamente, sem barreiras, sem regras. Era exatamente isso que eu estava vivendo agora com Dimitri. Esse gostar excessivo sem barreiras. Eu não queria seguir regras. Não com ele.

Dimitri seguiu um padrão que queria me dar prazer. Toda vez que eu tentava tocá-lo, ele se esquivava, prendia minhas mãos acima de minha cabeça e tomava as rédeas. Eu não estava reclamando, claro, mas queria sentir ele sobre minhas mãos.

Quando ele acabou o que estava fazendo lá embaixo em mim, que por sinal me fez gritar e gemer bem alto, acho até que os vizinhos teriam escutado, ele perdeu a guarda e o fiz ficar embaixo de mim. Peguei seu membro em minhas mãos e o massageei, subindo e descendo lentamente, arrancando um gemido baixo e rouco dele. Sorri pela pequena vitória, mas não esperei mais nada. Ele já estava pronto para mim; montei nele, encaixando nossos corpos. Fechei os olhos e comecei a me mover em cima dele, aumentando nosso contato, a fricção entre nossos corpos; suas mãos seguraram em minha cintura com posse, forçando-me ainda mais sobre ele.

Naquele momento, a noite estava apenas começando.

Acordei e ainda estava escuro. Dimitri estava deitado ao meu lado, virado para mim, o rosto sereno em sono profundo. Levantei-me lentamente para não acordá-lo e fui até a sala em busca do meu celular. Quando o achei e verifiquei as horas me surpreendi. Já iria dar seis horas da manhã; a noite Moroi estava acabando e eu tinha que voltar exatamente quando a maioria estivesse dormindo. Verifiquei também que tinha mensagens de Lissa; dei uma resposta rápida e voltei para o quarto, deixando o celular para trás.

Deitei na cama e dessa vez Dimitri se mexeu e abriu os olhos, sorrindo ele me puxou para si e me abraçou contra seu corpo forte.

–Nunca dormi tão bem – Sussurrou ele em meu ouvido. Beijei seus lábios e o encarei.

–Tenho que voltar; se Alberta notou minha ausência ontem a noite, e creio que ela tenha notado, com certeza ela vai aparecer lá no meu quarto para conferir. – Ele concordou com a cabeça e fez um biquinho triste, muito engraçado. – O que foi? – Sorri pela sua cara desolada.

–Não queria que você fosse.

–E eu não queria ir, mas é preciso.

–Não é preciso; você poderia ficar aqui, comigo. – Disse ele sério demais. Eu não tinha cogitado isso ainda.

–Eu não sei, pelo menos não agora.

–Pensa nisso então. – Ele se aproximou e me beijou profundamente. Ficamos assim até que as horas se passaram rápido demais e tive que me forçar, e forçar a ele, a me arrumar.

Dimitri acabou me levando para a Academia e ainda me ensinou a entrar na mesma sem precisar passar pelos portões. No portão sul da escola, que não era muito utilizado por ser dentro da floresta que cerca parcialmente o prédio, tinha uma passagem por debaixo do muro. Não era facilmente vista por estar coberta por um arbusto. Dimitri disse que era muito utilizado por namoradinhos espertinhos no passado. Olhei desconfiada para ele. Antes de passar pela passagem secreta me virei para ele, que veio ao meu encontro e me prensou entre seu corpo e uma árvore. Nosso beijo de “despedida” foi tão intenso quanto os que tivemos na noite que se passou; nos separamos por falta de ar.

–Pensa naquilo, tá? – Disse ele, sua testa encostada na minha. Eu queria e não queria pensar naquilo que me foi proposto.

–Tá bom. Mas como manteremos contato? – Ele sacou um telefone de seu bolso e me entregou.

–Aí só tem o meu número cadastrado, pode me ligar e conversaremos, ok? – Ele me deu um último beijo e me ajudou a passar pela passagem. Entrei correndo sorrateira nas dependências da Academia, e logo estava no meu dormitório. Entrei em meu quarto e me joguei na cama, ainda extasiada pelo que tinha acontecido.

Peguei meu celular e mandei uma mensagem para Lissa, que provavelmente não a veria logo, pois estaria dormindo, avisando que eu tinha chegado sã e salva na Academia. E que estava cheia de novidades para contar para ela.

Com certeza ela não gostaria nem um pouco da louca ideia de ir embora com Dimitri; ela ficaria chocada e me perguntaria diversas vezes se eu teria coragem de deixa-la. Eu teria realmente coragem de fazer isso? Lissa era mais do que minha melhor amiga, era minha irmã; fomos criadas juntas, compartilhamos tudo uma com a outra. Mas eu também tinha minhas vontades; não sei se eu estava sendo influenciada pela maravilhosa noite que tinha passado, ou se era a certeza de minha mente, mas eu queria ir embora com Dimitri. Eu queria me libertar das regras. “Eles vêm primeiro”, era o lema dos guardiões. Sempre a postos pelos Moroi, sempre os defendendo. Colocando suas vontades para trás. Não me leve à mal, eu queria ser guardiã. Minha vida foi destinada a isso, fui treinada para isso; mas não era só esses motivos que me levavam a querer fazer minha marca da promessa. O anseio de ser guardiã estava intrínseco a mim. Eu queria ser tão boa quanto Dimitri. Mas eu também queria uma coisa:

Eu queria vir primeiro.


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Notas finais do capítulo

Iaí meninas? Gostaram? Expressem seus sentimentos nos comentários! HAHAHAH próximo final de semana tem mais, e se eu terminar o capítulo porreta antes disso, posto, ok? Mil beijocas para vocês e até mais o/