Instinto Secreto escrita por Lucy


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Oi galerinha do mal! Como vocês estão? Aqui vai o décimo segundo capítulo de Instinto Secreto; curtinho, porque o próximo vai ser enoooooooooorme e o último da história. Espero que vocês gostem e comentem.
Queria também dizer a vocês que postarei uma nova estória, dessa vez uma original. Essa estória na verdade é meu projeto de livro, que quero compartilhar com vocês e saber a opinião sincera de vocês. E se gostarem continuarei postando, se não excluirei.
Então é isso pessoal, beijocaaa enorme, uma boa leitura e até a próxima!



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Depois daquela noite, continuei meu contato com Dimitri. Tanto pelo telefone que ele havia me dado, como presencial. Sair da academia agora tinha ficado fácil, depois daquela falha que tinha no muro, que Dimitri tinha me mostrado. Fácil não era falar com Lissa. Ela desaprovava totalmente essas minhas fugas; e eu ainda não tinha dito sobre aquela proposta que Dimitri havia feito. Não tive coragem de dizer à ela, não sei bem ao certo o motivo.

Dimitri continuava me lembrando de que a proposta estava de pé. Eu sempre respondia a ele que estava pensando seriamente nisso e que não podia largar tudo assim: de repente. Mas a verdade é que eu estava em conflito comigo mesma. Parecia que tinha um anjinho e um diabinho nos meus ombros e eles constantemente estavam cochichando no meu ouvido: vai, não vai; escute seu cérebro, escute seu coração; pense no que você terá com Dimitri, pense no que você terá sem ele na sua vida; dava pra saber com todas as certezas, quem falava o que.

Eu estava voltando de um de meus encontros com Dimitri, sorrateira pelos corredores da Academia até meu quarto. Quando entro nele, Lissa está sentada na cama, as pernas cruzadas, o olhar sério. Fechei a porta e a encarei.

–Como você entrou aqui? – Perguntei tirando o casado e o pendurando atrás da porta, no gancho.

–Tenho minhas habilidades – Habilidades essas que me assustavam um pouco; ainda bem que era apenas Lissa e não um maníaco do parque, ou um assaltante.

–Bom, se você está aqui, e entrou antes de mim, deve ser algo bastante sério. Pode começar a falar. – Disse e me sentei apoiada na cabeceira da cama. Ela se virou para poder me olhar e puxou um celular do bolso do casaco. Era o celular que Dimitri havia me dado. Suspirei.

Eu era meio negligente em relação ao aparelho. A verdade era que ele era muito obsoleto e eu gostava do meu Iphone. Sendo assim eu só peguei o número de Dimitri e coloquei no meu telefone; Só quando eu estava no meu quarto, sozinha, sem pessoas ao meu redor para me questionar sobre os anos do celular que ele havia me dado, era que eu usava ele. Eu o tinha deixado no quarto. Como iria adivinhar que Lissa andava bisbilhotando minhas coisas?

–Então é isso que você vem fazer: Entra no meu quarto, sem permissão, sem eu estar presente, para ficar bisbilhotando as minhas coisas? Sabia que, por incrível que pareça, eu tenho segredos? E que não quero compartilhar com ninguém, até com você. – Isso pareceu magoá-la. Eu e Lissa tínhamos um relacionamento muito próximo, quase irmãs. Quase não; irmãs de coração. Fui meio dura com ela, mas era a realidade.

–Eu não estava bisbilhotando, Rose. Estou preocupada com você. Afinal de contas, praticamente, todos os dias você saí às escondidas para se encontrar com o Dimitri; um cara que era seu professor, que foi expulso da Academia por espancar um aluno, e que pode ser um maníaco louco por garotinhas adolescentes que se encantam fácil pelo seu charme e beleza. – Ela deu uma pausa e se levantou da cama, ficando em pé na frente da cama, ainda me encarando. – Eu precisava vir aqui dar uma olhada, para ver se havia algo de suspeito nessas suas saídas e eu achei. – Ela levantou a prova do crime, o celular, para poder comprovar sua fala. – Vocês estão planejando fugir? Você, que sempre sonhou em ser uma guardiã, tão competente e famosa como sua mãe, está querendo fugir, largar tudo e ir embora com um completo estranho?

–Eu conheço o Dimitri muito bem – Falei me defendendo.

–Por alguns meses vocês tiveram contato, Rose, poupe-se. Eu não estou inventando nada, estou só dizendo a verdade. Você pensa que conhece ele. – Ela agora estava andando pelo quarto. Minha vontade era de gritar com ela, berrar dizendo para ir embora e calar a boca diante de todas as besteiras que estava dizendo; mas eu não conseguia fazer isso, porque, como ela disse, era tudo verdade. Ela só estava expondo os fatos para que eu enxergasse melhor. – Pense na sua mãe, que fez tudo o que fez para que você pudesse ser criada com disciplina, amor e determinação – Eu sabia da história da minha mãe muito bem, para saber por que ela havia me deixado com Rhea Dragomir. Lissa havia sentado novamente, estava na minha frente, os olhos cheios d’água. – Pensa na minha mãe que te criou com tanto amor. – Ela parou de falar, deixou o celular em cima da cama e limpou as lágrimas que escapavam de seus olhos; finalmente seus olhos encontraram os meus e se mantiveram fixos em mim. – Eu amo você Rose, você é minha irmã. Apesar de te amar tanto, eu sou bastante egoísta para querer que você fique para sempre junto de mim. Mas não posso fazer isso. Eu só quero que você pense, e pense bastante bem, com clareza, com lógica, para não fazer a escolha errada e se arrepender depois. – Ela se levantou, veio até mim e beijou o topo de minha cabeça; depois se virou e foi embora.

Joguei-me na cama e gritei para o travesseiro. Minha mente deu várias e várias voltas e me senti tonta, frágil e quebrável. Fechei os olhos e me perguntei se estava morrendo; um filme de todos os momentos da minha vida passou em minha mente; Quando eu e Lissa éramos pequenas e os pais dela nos levaram para o zoológico no finalzinho da tarde. Nosso primeiro dia na Academia. Meu primeiro beijo com um garoto bonitinho de quem eu era afim. Dimitri, meus momentos com ele. E tantas outras coisas que passei e que não me arrependo. Outras das quais me arrependo. Abri os olhos e percebi que não estava morta e muito menos morrendo. Estava viva e bem viva, querendo viver. A dor no meu peito era grande, mas descobri ser necessária. Era a dor da mudança.

Peguei meu celular, o moderno, e liguei para Dimitri. Perguntei se ele poderia vir me pegar na Academia, naquele lugar de sempre e ele concordou, dizendo que passava amanhã, logo cedo. Desliguei e mandei uma mensagem para Lissa, dizendo que queria vê-la mais tarde; alegando que ela não tinha me deixado falar e que monólogos não existiam no meu vocabulário. Ela logo respondeu, mandando uma carinha sorrindo e dizendo que nos veríamos no jantar.


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Notas finais do capítulo

AAH SIM! Antes que eu esqueça! Quem é fã de VA e ainda não viu minhas outras fanfics relacionadas à essa Série m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-a, acessa esse link aqui: http://fanfiction.com.br/u/62960/
São elas: Perfect Promise, Perfect Promise II e o conto da Janine e do Abe: Nunca Esqueça.
Confere lá! ;)