Amuleto Da Sorte escrita por Luísa Rios


Capítulo 24
Tudo Foge do Esperado


Notas iniciais do capítulo

A luta ta bem parecida com o filme/livro, mas é porque quero seguir as regras à risca, acho q vcs vao gostar desse cap. /eu QUASE chorei, na boa...



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-Pronta? – Cato me perguntou.

-Sempre.

 Colocamos nossas coisas num lugar mais escondido. Pensei que deveríamos mudar de localização quando voltarmos, se precisarmos voltar, claro.

 Cato e eu paramos atrás de uma árvore, perto da cornucópia.

-Eu vou ficar lá atrás esperando a garota. Qualquer barulho que você ouvir, investigue. Mate qualquer tributo que achar.

-Já sei, baixinha.

-Então tudo bem. – dei um beijo nele – Te vejo logo.

-Dê a eles um grande show.

Eu contornei a floresta até estar na área escondida mais próxima da parte de trás da cornucópia, lá eu ficaria na espreita para matar a esfomeada. Quando eu estava saindo da árvore, um vulto ruivo passou rapidamente na cornucópia. Eu até pensei em jogar minha faca, mas já era tarde. Finch, a garota com cara de selvagem foi tonta o suficiente pra pegar apenas a bolsa dela. Parece que esses tributos não entendem que é a vida que está em jogo. Se ela fosse tão esperta como os outros pensam que ela é, ela pegaria o que todos nós precisamos “desesperadamente”, ou seja, venceria. Tonta, muito tonta.

 A minha raiva foi tanta que eu disparei para a cornucópia, quem tentasse dar uma de selvagem de novo ia morrer com uma facada básica na cabeça. Não deu outra, menos de um minuto depois a garota apareceu, tentando ser rápida. Joguei uma faca em sua cabeça, e por um centímetro, não fincou. Só um corte. SO UM CORTE! COMO ASSIM SÓ UM CORTE? Isso só me incentivou a querer ainda mais acabar com essa magrela.

 Como eu disse, ela pegou o arco da Glimmer, e tentou atirar em minha barriga, mas ela estava meio desnorteada pela facada e eu desviei. Nisso, pulei em cima dela. Ficamos alguns segundos rolando, mas meu treinamento me deu uma boa vantagem, consegui imobiliza-la.

-Cadê o Conquistador? – ela ofegava – Ah entendi, você vai ajuda-lo. Que fofinha.

 Ela me olhava cheia de raiva, decidi jogar tudo na cara dela.

-Pena que não ajudou aquela sua amiguinha. Como era mesmo o nome dela, a menininha? – fingi pensar – Rue! – ela começou a se agitar na força dos meus braços, então comprimi minha faca em seu pescoço – É, nós a matamos. E agora, eu vou matar você...

 Foi aí que senti meus braços sendo puxados. Meus pés não tocavam mais o chão. Fui prensada à parede da cornucópia, como se eu fosse o nerd de uma briga de escola – acredite, eu já vira muitas dessas, apesar de quase nunca participar delas. O garoto que me puxou era Thresh, o gigantesco do onze. Ele estava suando, respirando alto, e com muita, muita raiva.

-VOCÊ MATOU ELA? – gritou na minha cara. Eu estava amedrontada, com zero de chance de defesa. Tentei dizer que não, mas ele ainda berrava – EU OUVI! VOCÊ DISSE! – minha ultima opção era ser salva, e só uma pessoa faria isso.

-CATO! – gritei a plenos pulmões. – CATO!

POV CATO

 Pouco depois de Clove ir embora, vi a garota ruiva correndo até a cornucópia e pegando sua mochila. Me deu uma raiva tão forte, não só porque ela conseguiu escapar, mas porque eu não consigo entender como alguém pode ser tão idiota a ponto de deixar ali a oportunidade de alguém sobreviver, consequentemente sua maior chance de morrer. Desci a espada na árvore que me escondia, que acabou fazendo papel de machado, já que metade do tronco da árvore não estava mais fixo. Mas que droga, isso estraga muito a lâmina da espada.

 Se tem algo que me deixa inquieto é ficar esperando, quieto e impotente, meu limite é tipo uns trinta segundos. Sem ver minha baixinha e sabendo que ela estava bem – por mais que eu quisesse protege-la, ela prefere e sabe se virar sozinha, ela é tão carreirista quanto eu – decidi caçar.

 Não rola ir atrás da ruiva, já que – é difícil admitir, até pra mim mesmo – ela é mais rápida que eu. Sou bom na luta, mas ela só sabe fugir, e nisso ela é excelente. Assim, me restam duas opções – contando que Clove pegará a esfomeada. O Conquistador e o Onze. Vou terminar meu trabalho com o Rei da Fome, depois eu parto pro Grandão.

 Fui andando para o lago, que não era tão longe da cornucópia. Quando machuquei o Conquistador eu sei que ele foi pra ali perto – eu até tentara procura-lo depois, mas não deu em nada. Sangue no chão, várias pequenas poças de sangue seco, ele não pode ter ido tão longe. Mas eu não tive a oportunidade de descobrir.

-CATO! – ouvi a voz da minha menina ao longe, na cornucópia, gritando por ajuda. Disparei a correr de volta. – CATO!

-Clove.

POV CLOVE

Foi aí que senti uma forte batida em minha cabeça, uma pedra, caí instantaneamente, dando falta de todos os meus sentidos. Pude ouvi-lo dizendo “Por ela, Doze, por ela” e seus passos saindo dali. Logo mais passos se seguiram, cada vez mais baixos – agora eu não sabia se era minha força de vida se perdendo, ou alguém indo embora. E eu estava lá, sozinha e pronta para a morte.

 Alguém correndo e ofegando chegou. Senti a respiração da pessoa perto de mim. Eu não podia falar ou me mexer, – gastei minha energia tentando entender o que acontecera – eu apenas chorava silenciosamente.

-Clove, pequena.

 Só de ouvir sua voz chorei mais forte.

-Minha baixinha, vai ficar tudo bem. – eu sei que não vai, sei que estou morrendo. – Eu vou te tirar daqui. – ele ameaçou me pegar no colo, mas tentei falar.

-Mo... – a dor me cercava, pegando cada ponto do meu corpo – Moch...

 Ele olhou para a cornucópia. Ele entendeu. Ele se esquecera da mochila. Saiu correndo e colocou-a nos braços, então voltou e me pegou no colo. Antes de ficar tudo escuro, pude ouvi-lo repetir:

-Vai ficar tudo bem, minha pequena.


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Notas finais do capítulo

Naaaaaaaaaaaao acabou, calma kkkkk Deixem reviews dizendo oq acharam :D