The Ruler And The Killer escrita por Marbells


Capítulo 4
Sweet dreams


Notas iniciais do capítulo

Olá! Está aqui mais um capítulo, mesmo que o anterior só tenha tido um comentário. Muito obrigada à pessoa que comentou, foi isso que fez com que eu postasse este capítulo. Este capítulo é pequeno, mas o próximo já é maior, ok?
Espero que gostem!



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A Capital era como eu sempre imaginara: excêntrica e imensa. Tudo era demasiado colorido e extravagante naquele lugar, mas não me podia queixar. Havia imensa comida e qualquer outra coisa de que nós precisássemos.

Eu e Cato teríamos algumas conversas de preparação para a nossa entrada na Capital com Niah - “a mulher da Capital” - e Brutus.

O trem era muito bom. O espaço era enorme e a decoração até era agradável, não haviam aquelas cores exageradas que faziam os meus olhos doerem. Mesmo sendo um trem da Capital, eu estava á espera de algo muito exagerado, mas pareçe que aquela gente até conseguiu surpreender-me agradavelmente.

Estava sentada no sofá, com a cabeça encostada no ombro de Cato e com o seu braço nos meus ombros. Ele era a única pessoa que tinha autorização para ficar tão perto de mim sem que eu lhe lançasse uma faca. E tenho de admitir, estar ali com ele, sentados no sofá e tão perto um do outro, era muito bom. Os carreiristas não deviam ter amizades como a minha com Cato, nem sequer deviam estar na posição que estávamos, mas íamos entrar numa arena dentro de alguns dias e nada mais me importava do que aproveitar ao máximo possível o pouco tempo que teria com o melhor amigo.

Estávamos a ver as gravações das Colheitas nos outros Distritos. Haviam apenas mais quatro carreiristas além de nós os dois. Dois deles eram, como eu já esperava, do Distrito 1. Era um garoto com cabelo castanho e cara de idiota, Marvel, e uma garota loira, Glimmer, que era a típica garota dos sonhos de qualquer adolescente do sexo masculino. Eu até estava á espera que Cato fizesse algum comentário apreciador da imagem da garota mas, estranhamente, ele manteve-se calado, com os olhos fixos no ecrã.

Observei os tributos dos outros Distritos e havia também carreiristas do Distrito 4. A garota, ao contrário de Glimmer, tinha um aspeto quase intimidador e parecia saber bem o que estava a fazer quando se voluntariou.

Também reparei no garoto do Distrito 11. Ele era enorme! O garoto, que se chamava Tresh, era ainda mais alto que Cato e tinha ainda mais músculos do que muitos carreiristas. Totalmente o oposto do seu parceiro de Distritito, o tributo feminino do Distrito 11 tinha 12 ou 13 anos e era um pouco mais baixa que eu.

Depois disso veio o Distrito 12. Katnniss Everdeen era o nome da garota. Ela se voluntariou para ir no lugar da irmã mais nova quando ela foi selecionada. Era um ato de coragem, mas também era um verdadeiro ato de suícidio. Sorri ao pensar que talvez fosse eu a matar aquela garota. Talvez, apenas talvez eu lhe desse uma morte rápida e pouco dolorosa em homenagem á sua coragem. Ou talvez não. Isso ia apenas depender do meu humor nesse momento e também havia a hipótese de nem ser eu a matá-la. Isso não me imporatva. Só me importava que Cato ganhasse aqueles Jogos.

O garoto do Distrito 12 se chamava Peeta e, muito sinceramente, eu não me surpreenderia nada se ele desmaiasse antes de chegar ao palco. Ele estava aterrorizado! Cato e eu rimos imenso às custas do garoto e íamos rir ainda mais quando ele estivesse morto.

-Então, o que achou dos nossos adversários? – Cato perguntou quando um comercial da Capital passava na televisão.

-Achei que vou divertir-me imenso a matá-los! – os dois gargalhámos. Sim, Cato e eu eramos sádicos e loucos e sabiamos perfeitamente disso.

*

Eu estava no meu quarto. Ele era bastante simples e moderno, nada de muito extravagante mas também não se parecia em nada como um quarto de um dos Distritos mais pobres. A cama era de casal e era bem maior que a minha no Distrito 2. Mas, de qualquer forma, não era a minha cama que eu ia usar á noite.

Já era tarde e eu devia estar a dormir mas, por mais que tentasse, não conseguia. Era sempre assim. Os meus olhos recusavam-se a fechar e a minha cabeça parecia ficar ainda mais ativa do que nunca. E quando conseguia adormeçer, era perseguida por pesadelos que me faziam acordar a gritar. Eu nunca soube o que é que gritava quando tinha esses pesadelos, apenas Cato sabia mas ele insistia sempre em não contar-me.

Cato. Ele era a única hipótese que havia para eu conseguir dormir sem pesadelos. Cato deixava-me ficar com ele durante a noite, abraçada a ele. Era a única forma que havia para eu conseguir dormir. E desde a primeira vez que ele me deixou dormir com ele que eu nunca mais tive pesadelos. Cato era o meu antídoto, mas também podia ser o meu veneno.

Peguei na minha almofada e coloquei-a debaixo do braço. Soltei o meu cabelo e deixei-o cair pelas minhas costas enquanto abria a porta do meu quarto e, segundos depois, fazia o meu caminho para o quarto de Cato.

-Vem cá, pequena. – nem me dei ao trabalho de resmungar, Cato insistia em chamar-me assim devido á minha pequena estatura – Não consegue dormir? – ele perguntou enquanto eu me colocava dentro das cobertas e os seus braços me envolviam.

-Você sabe bem que não.

-É, eu sei. – ele sussurrou contra o meu cabelo – Agora durma, pequena. Amanhã vai ser um dia cansativo.

-Boa noite, Cato. – murmurei contra o seu ombro e sentiu-o sorrir contra o meu cabelo.

-Boa noite, Clove.

Qualquer pessoa que nos visse ali, daquela forma, pensaria que eramos namorados ou algo do género. Mas eramos apenas bons, muito bons amigos. Eu nunca soube bem quais eram os meus sentimentos por Cato, apenas sabia que não podia ficar sem ele de qualquer forma. E não havia a possibilidade de, vez alguma, Cato me ver como algo além de amiga.

Ele era muito, mas mesmo muito mulherengo. Todas as noites, Cato tinha uma garota diferente. Não na sua cama, pois ele dizia que eu era a única que podia sequer sentar-se lá. E eu acreditava, porque Cato nunca me mentiria. Mas era irritante ver como todas as garotas olhavam para ele. Quero dizer, Cato era bonito e era compreensível que tivesse “admiradoras”, mas também era impossível não sentir vontade de matar cada uma delas. De qualquer das formas, eu sabia que havia uma diferença entre eu e as outras garotas, embora eu nunca tivesse tido nenhuma “intimidade” com Cato. Ele era rude e desagradável com elas, mas as garotas pareciam gostar desse seu jeito. Eu apenas me ria quando as via tentarem falar com ele depois de ele “dormir” com elas.

Mas, depois acontecia algo que eu nunca percebi, embora também fosse divertido de ver, elas ficavam sempre com ódio de mim. Era suposto que, depois de serem usadas por Cato, que o odiassem, mas não, elas odiavam a mim. Eu via perfeitamente os olhares que passavam de medo para ódio e eram dirigidos á minha pessoa.

O mesmo aconteceu no Dia da Colheita, quando depois de o meu nome ser selecionado, Cato se voluntariou. Todos naquele Distrito sabiam o quanto nós eramos bons carreiristas, mas certamente também sabiam o quanto nos davamos bem. Os olhares de ódio diminuiram imenso naquele momento, muitos me olhavam com pena e alguns, essas garotas incluidas, olhavam para mim como se finalmente conseguissem a vingança que tanto queriam. Mas, mais uma vez, eu nem liguei a isso.

Talvez fosse porque Cato nunca me tratava mal e era um “pouco” protetor em relação a mim. Cato afastava literalmente qualquer pessoa que quisesse falar comigo, embora eu fosse muito bem capaz de me defender. Mas eu não reclamava porque, bem lá no fundo, até gostava dessa proteção exagerada. Pois eu fazia o mesmo com Cato. Desde que nos conhecemos que nos protegíamos um ao outro.

Afastei esses pensamentos e deixei-me desfrutar daquele momento. Rapidamente os meus olhos foram ficando mais pesados até que já não dava mais para os abrir. Bocejei uma última vez e deixei-me cair no Mundo dos Sonhos, onde eu sabia que estaria segura, porque Cato estava comigo.


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Notas finais do capítulo

Acho que com este capítulo deu para conhecer mais um pouquinho sobre a Clove e o Cato. Também já deu para perceber que, para eles, qualquer pessoa além deles os dois não lhes interessa para nada.
Espero que tenham gostado do capítulo e, por favor, comentem, porque só assim vou postar mais.
Obrigada.



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