Entre Mãe E Filha escrita por nikas


Capítulo 15
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Novo capitulo
olhem os corações



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POV BELLA


- Não estou a entender, mãe  falei, tentando desconversar.

- Olha-me nos olhos, Bella. Não fujas.


- Eu não estou a fugir – falei encarando-a sem muita confiança.


- Bella tu estás a debater-te com um problema que é muito maior que tu. Que não consegues resolver sozinha.


- Eu não quero falar sobre isso.


- Mas vamos falar.


- Mãe não podes obrigar-me. Eu não quero falar sobre isso.


- Eu estou a propor. Mas se tu não aceitas a minha proposta então eu obrigo, sim.


- Mãe… - implorei sentindo os olhos a ficarem rasos de lágrimas


- Porque é que este assunto te incomoda tanto? Porque é que estás tão angustiada? Porque é que sentes tanta culpa?


- Eu não estou a entender onde queres chegar – falei quase desesperada, querendo acabar com esta conversa.


- Tu gostas dele, não gostas? – perguntou directa.


- O que queres dizer com gostar?


- O que é que achas que quero dizer?


- Mãe, estás a torturar-me.


- Eu não quero isso. Eu quero ajudar-te. Se nós não falarmos sobre isso nós vamos criar um abismo entre nós. Temo-nos esforçado a criar uma boa relação e eu não quero que isso seja destruído. Temos que enfrentar isto, juntas.


- Eu não quero falar sobre isto mãe


- Bella, magoa-me falar sobre isto. Eu não tenho conseguido trabalhar. Eu não tenho dormido. Isto não é fácil para mim.


- Eu não consigo falar sobre isso agora – falei, sentindo uma lágrima cair.


Corri para a porta, mas assim que a abri Edward olhava-me sorridente do outro lado.


Olhei-o sem reacção durante uns segundos mas quando ele viu as minhas lágrimas a expressão sorridente tornou-se
preocupada.


- Bella, tu estás bem?


Logo a seguir Renee apareceu à porta, ficando tao chocada quanto eu.


- Acho que não cheguei em boa altura – ele ponderou.


- Não Edward. Entra – puxei-o na esperança e que Renee não continuasse com o assunto.


- Bella, se for preciso eu falo na frente dele – Renee ameaçou.


- Não. – praticamente gritei.


- O que é que está a acontecer?


- Nada – respondi.


- Não mintas Bella.


- Vocês estão a brigar?


- Não. Mas, Bella, se não me queres ouvir entramos e conversamos os três – Renee falou fazendo-me olhá-la
aterrada.


- Eu não vou ficar aqui.


Corri para fora de casa, o mais rápido que eu consegui.


Desci pelo elevador, mas quando me precipitei para a saída, Edward apareceu vindo das escadas e segurou-me.


- Larga-me Edward. Eu quero desaparecer.


- Não digas isso. Fala comigo, Bella.


- Eu não quero falar com ninguém. Por favor Edward deixa-me ir – as lágrimas voltaram a cair, sem que eu tivesse
qualquer controlo sobre elas.


- Eu não te vou deixar sair por aí assim. Ainda te acontece alguma coisa. – os seus olhos preocupados aumentavam ainda mais o meu desejo de fugir.


 - Por favor Edward. Não me obrigues a fica aqui. Eu vou só até ao parque. Não vou fazer nada. Só não me obrigues – pedi com a foz fraca.


O meu tom de voz pareceu convencê-lo.


- Se precisares de alguma coisa liga-me – disse, antes de e dar um beijo na testa e soltar os meus braços.


Assim que me vi livre do seu aperto corri pelas ruas até chegar ao central Park


Andei e andei, até encontrar uma árvore, onde me podia encostar.

http://www.intrepid.com.au/wp-content/upload/central-park-new-york-city.jpg


As lágrimas não cessavam, por mais que eu limpasse a cara, novas lágrimas tomavam o lugar das primeiras. Desisti de as limpar, deixando que corressem livremente.


As palavras de Renee assaltavam-me a cabeça e pareciam facas a enterrar-se no coração.


“Eu não tenho conseguido trabalhar. Eu não tenho dormido. Isto não é fácil para mim.”


Eu só a fiz sofrer.


Cada vez mais a minha burrice me chateava. Devia ter entrado no primeiro avião assim que as coisas se começaram
a descontrolar.


E daí que eu sofresse?


Pelo menos seria a única.


A minha respiração tornou-se ofegante.


“Temos que enfrentar isto, juntas.”


Enterrei a cabeça nos joelhos, tentando controlar a respiração.


Senti uma mão quente no meu ombro, o que me fez levantar a cabeça assustada.


- O que estás aqui a fazer? – a minha voz saiu fraca e rouca pelo choro.


- Achas mesmo que ia deixar que andasses por aí sozinha? Andei feito louco pelo parque. Não faças mais isso por favor. – ele pediu enquanto se sentava ao meu lado.


Os olhos verdes faziam-me sentir pequena e egoísta, não aguentei olhá-lo por muito tempo.


- Por favor Edward. Vai embora.


- Não.


- Olhar para ti aumenta o ódio e nojo que sinto de mim. – confessei.


- Bella – a sua voz chocada fez-me levantar a cabeça e olhá-lo. – O que estás a dizer?


- Eu tomei uma decisão.


- Diz.


- Vou cancelar a minha matricula. Vou voltar para Forks, de onde nunca devia ter saído. Eu estraguei tudo Edward – falei antes de me entregar a uma nova onda de lágrimas.


Senti os seus braços protectores a envolverem o meu corpo trémulo, puxando-me para si.


Tentei afastar-me, lutar contra esta aproximação, mas Edward apertou os braços à minha volta, impedindo os meus
movimentos.


- Acalma-te, Bella, por favor. Vai ficar tudo bem. Nós resolvemos isto.


Ele sussurrava junto ao meu ouvido, embalando-me como a um bebé.


Encostei a cabeça no seu peito, sentindo o seu cheiro, ouvindo os batimentos do coração e a sua voz calma.


Por fim consegui acalmar-me, respirando fundo, para que a respiração se normalizasse.


Quando as lágrimas pararam movi-me para me afastar de Edward, mas mais uma vez ele não deixou.


Edward acomodou-se melhor contra a árvore e manteve os braços à minha volta, aprisionando-me no seu calor.


- Mais calma?


- Sim, obrigada.


Ele assentiu.


- Queres contar-me o que se passa?


- Não sabes? – perguntei, olhando-o directamente nos olhos.


- Acho que sim, mas quero ouvir de ti.


Respirei fundo, resolvendo falar de uma vez o que sentia.


Só assim conseguiria ter paz.

Depois de falar com ele, iria ter com Renee. Quando tivesse falado com os dois, iria voltar para Forks.


Era o melhor para todos.


- Durante toda a minha vida eu senti falta da figura materna na minha vida. Via as meninas da minha idade com as mães e perguntava-me porque é que eu não podia também ter uma mãe. Perguntava-me o que é que eu tinha feito de mal para não ter  a minha mãe comigo e todos os anos eu portava-me bem para que no Natal pudesse pedir a minha mãe de volta, como presente – a cara de Edward contorceu-se numa careta ao ver uma lágrima cair. -  Eu vim para Nova Iorque tentar retomar a relação com a minha mãe. Engoli o meu orgulho e convenci-me de que poderia ser eu a dar o primeiro passo.


Parei para respirar.


- E então vieste para cá – ele ajudou.


- Sim. Sabes, antes de vir para cá a Tanya gozou comigo, comentando sobre o namorado velho da minha mãe. E era
isso mesmo que eu esperava. Um homem velho, mas bem disposto. Mas em vez disso… - olhei-o balançando a cabeça.


- Em vez disso apareci eu.


- Sim, um homem jovem e lindo. Fiquei surpresa mas pensei “se ele faz a minha mãe feliz, então não há problema”.


- Eu fiquei surpreso por aceitares tão bem.


- Não tinha que me meter nisso. Não me dizia respeito. Apenas a vocês os dois. Mas então eu estraguei tudo.


- Como?


- Passando demasiado tempo contigo. Gostando demasiado da tua companhia. Eu devia ter ouvido a minha mãe, quando ela me pediu para que te deixasse em paz, mas pensei que fosse apenas conversa de mãe. Depois conheci o James.


Senti o corpo de Edward ficar tenso por baixo de mim.


Desviei o olhar do horizonte, que fixava e olhei para ele que me devolveu o olhar.


- O que foi?


- Nada, continua.


Olhei-o por mais um tempo e decidi continuar, mesmo.


- Então, quando vocês foram embora, o James convidou-me para subir ao terraço onde poderíamos conversar e lá ele revelou-se uma pessoa completamente diferente do que eu pensava.


- Estás apaixonada pelo James? – Edward interrompeu-me, com os olhos arregalados.


- O quê? Não. Claro que não.


Senti o seu corpo relaxar.


- Edward, o que se passa?


- Nada – sorriu – continua.


- Então, ele deu-me a maior força e a tua irmã também.


- A Alice?


- Sim. Os dois disseram que eu merecia ser feliz, mas que essa felicidade pode causar muitos estragos.


- Bella…


Não deixei que ele falasse, ou então a minha coragem ia para o espaço.


- E agora aqui estou. A confessar ao namorado da minha mãe que me apaixonei por ele. – falei, olhando nos seus
olhos mas desviando  olhar logo em seguida com medo de ver repulsa nos seus olhos.


Edward ficou calado alguns minutos. Provavelmente pensando na melhor forma de me dar o fora.


Suspirei, sentindo os olhos com lágrimas.


Que bom, hoje tinha tirado mesmo o dia para chorar. Só não queria voltar a fazê-lo  à sua frente.


Quando pensei em levantar-me e ir embora, senti o dedo de Edward debaixo do meu queixo, fazendo-me encará-lo.


-Queres saber o que acho disso?


Encolhi-me, balançando a cabeça numa negativa desesperada.


Edward sorriu.


- Eu estou aqui, com a filha da minha namorada nos braços- ele fez uma pausa, para secar uma lágrima que corria pela minha bochecha – e a pensar qual é a melhor forma de lhe dizer que me apaixonei por ela.


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Notas finais do capítulo

E entao?
O que acharam do capitulo?
por favor dêm a fvossa opinião porque este foi dificil de escrever. escrevi e apaguei um sem numero de vezes.
Um especial beijinho de boas vindas aos leitores novos, obrigada por deixarem comentário.
Capitulo dedicado aos comentários do capitulo anterior. Amei cada um deles.
Um beijinho a:
-> Bia Cullen Salvatore
-> Lu Cullen
-> dcm
-> Stephanie BC
-> Pereira_Vivi
-> ingrid barbosa grawn
-> brunas2
-> patriciapt
-> Anna Hathaway Belikov
-> MayaraCullen
-> michaelamarce
-> Lóte
-> joanattnp
-> claudia pires
-> ana sara
-> patricia ribeiro
-> veronica nuno
-> patricia
-> marlene
-> leonor
-> Rita Santos
-> Carlota Teixeira
Um maravilhoso fim de semana e optima semana
beijinho e até ao proximo capitulo