Entre Mãe E Filha escrita por nikas


Capítulo 16
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Aqui está o novo capitulo
Espero que gostem.



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POV BELLA



Fiquei a olhá-lo fixamente, à espera que ele saltasse e começasse a gritar que era 1 de Abril.



Mas isso não aconteceu.



Edward devolvia-me o olhar calmamente, pacientemente á espera que eu assimilasse o que ele me dissera.



Quando consegui entender o significado das suas palavras foi a minha vez de arregalar os olhos.



-Mas…



- Eu e a tua mãe falamos hoje enquanto tu tomavas o pequeno almoço. E eu estava agora a ir para vossa casa. Iriamos almoçar fora para esclarecer tudo. Quero resolver as coisas.



- Mas…



- Eu amei a tua mãe, Bella. Tenho um carinho enorme por ela e respeito-a acima de tudo, mas desde a primeira vez que te vi, o meu mundo mudou. Mudou para melhor. Acho que, embora eu não lhe tire o significado, a minha história com a Renee, serviu como compasso de espera. Para me preparar e me amadurecer para ti. Só preciso de falar com a tua
mãe.



- Não faças… não vás…não sou…



As palavras perdiam o significado logo depois de pensar nelas, fazendo-me tropeçar no que dizia.



Mas Edward não parecia importar-se com isso, já que aparentemente ele percebeu tudo o que eu queria dizer.



- Faço…vou…tu és…



- Edward… - sentia os meus olhos brilhantes.



Eu não conseguia acreditar que isto estava a acontecer.



Era simplesmente demais.



Ele balançou a cabeça.



- Eu não quero dizer mais nada. Não quero falar mais sobre isto. Primeiro quero falar com a tua mãe. Só depois de resolver tudo com ela é que vou falar contigo. As duas merecem isso.



Encostei a cabeça no seu ombro.



Eu precisava de sentir que ele era real. Precisava de ter a certeza que isto não era um sonho e sim a realidade.



Edward subiu a mão pelas minhas costas, até chegar ao meu cabelo, começando a acaricia-lo. A outra mão continuou na minha cintura, onde fazia leves círculos na pele.



O meu telemóvel começou a vibrar no bolso.



Mais calma afastei-me ligeiramente de Edward e atendi o telemóvel.


- Sim?



- Bella? Ah meu deus minha filha. Como estas? Está tudo bem? Por favor não me faças mais isto?



- Eu estou bem.



- Tens a certeza?



- Sim. Está tudo bem.



- Fiquei tão aflita, Bella.



- Desculpa. Peço imensa desculpa.



- Não tem problema querida. Vem para casa, por favor.



Ao ouvir a sua voz preocupada, o meu coração apertou. Finalmente eu tinha uma mãe.



Olhei para Edward, que ainda me olhava atentamente.



- Vou agora para casa. Não demoro.



- Obrigada. E vamos conversar, sim?



- Sim. Estou a ir.



Desliguei e levantei-me, sendo acompanhada por Edward.



- Tens de ir.



- Sim. Preciso de acabar a conversa com a minha mãe.



- Certo. Vem, eu levo-te.



O caminho até casa fez-se em silêncio, cada um perdido nos seus próprios pensamentos.



Quando chegámos voltei-me para ele.



- Obrigada.



Edward voltou-se para mim



- Bella, estás bem? Ficaste estranha de repente.



- Estou bem.



- Está bem. Até logo, sim?



- Sim.



Dei-lhe um beijo na bochecha, mantendo os meus lábios na sua pele por um momento mais, sentindo o seu cheiro.



Depois sai sem olhar para trás, ou então não teria coragem para o que tinha em mente.



Ao subir até ao apartamento senti uma estranha calma a apoderar-se de mim, dando-me força para as próximas horas que tinha pela frente.



Abri a porta e Renee, que estava sentada, levantou-se de um salto, quase correndo até mim e abraçando-me com força.



- Por favor, querida. Não me faças mais isto. Tenho estado aqui com o coração nas mãos com medo que te acontecesse alguma coisa.



- Desculpa –falei, olhando-a nos olhos, para que ela percebesse que não me referia apenas ao meu desaparecimento.



Renee puxou-me para o sofá, antes de começar a falar.



- Queres conversar sobre isso agora?



Assenti.

-Eu não queria mãe. Eu juro que não queria estar a sentir nada do que estou a sentir. Eu tenho raiva de mim, pelos meus pensamentos, pelos meus sonhos. Eu sinto tanta culpa que não te consigo olhar nos olhos.



E era verdade.



Eu apenas a conseguia olhar por uns segundos antes de desviar o olhar, fixando-o em algum outro ponto da sala.



- Tu apaixonaste-te de propósito? Para me magoar? Para te magoares? – perguntou.



- Não



- Então… não tens que sentir culpa.



- Eu estou tão confusa, mãe. Não sei o que fazer.



- Eu vejo isso. Eu quase sinto a agonia que sai de ti.



- Tu odeias-me? – perguntei aquilo que me preocupava.



- Claro que não. Como é que eu poderia odiar a minha própria filha?



- Mãe…



- Eu sempre soube que isto podia acontecer. Por isso é que eu liguei tantas vezes quando estava fora. Não é uma surpresa para mim. Mas ter a certeza é diferente de apenas achar.



- Eu tenho tanto medo. Eu nunca te quis magoar, mãe. Principalmente agora que sei o que é ter uma mãe – confessei, sentindo uma lágrima cair.



- Eu não te vou deixar sozinha. Nunca mais.


Atirei-me nos seus braços, precisando do conforto materno.



Não sei quanto tempo ficámos assim, até que a campainha tocou.



Renee afastou-se.



- É o Edward. Nós combinamos ir almoçar.



Levantei-me e antes de ir para o quarto olhei-a.



- Eu amo-te mãe. Quero que saibas que aquilo que construímos nestes dias significou o mundo para mim.



- Eu sinto o mesmo, querida. Amo-te com todas as minhas forças.



Deu-me um beijo na testa essa foi  a minha deixa para ir para o quarto.



Enquanto ia no corredor ouvi a porta fechar, e então sim, permiti-me chorar tudo aquilo que tinha a chorar.



Assim que cheguei ao quarto, corri para o armário e de lá tirei  a minha
mala, começando a pôr todas as coisas lá para dentro.



Enquanto isso, peguei o telemóvel, marcando o número de quem eu sabia que me ia ajudar



- Bella, tudo bem?



- James, preciso de ajuda. Estás a trabalhar?



- Não, estou em casa. O que se passa, querida?



- Podes vir buscar-me a casa? Preciso de boleia para o aeroporto.



- Aeroporto? O que é que vais fazer?



- Eu explico-te tudo pessoalmente. Está bem?



- Sim. Estou aí em meia hora.



- Obrigada.



Desliguei e continuei a fazer a mala.



Assim que terminei liguei para o aeroporto, para reservar a minha passagem.



Olhei em volta do quarto e tirei as fotografias das molduras, guardando-as na mochila.



Quando abri a bolsa para as guardar prendi a respiração.



Lá dentro estava já uma fotografia.

http://i46.tinypic.com/rcsvfm.jpg



No verso da fotografia tinha um pequeno recado, escrito numa bonita caligrafia.



“Tive o pressentimento de que ias precisar desta foto.

Por favor, não me deixes sem saber o que se passa.

Força.

Um grande beijinho.

Alice Cullen”



O meu corpo caiu até ao chão e, com a fotografia contra o peito, chorei pedindo forças para conseguir levar o meu plano até ao fim.



Não demorou muito para que James chegasse.


Ao contrário do que eu esperava ele veio buscar-me à porta do apartamento, ficando surpreendido com o meu estado.



-Bella… - falou abrindo os braços.



Não disse nada, atirando-me apenas para os seus braços.



- Está tudo bem, pequena.



- Por favor, James. Leva-me
daqui.



- Agora mesmo.



Ele pegou-me nas malas e levou-me até ao seu carro.



Rapidamente estávamos a caminho do aeroporto.


- Já tens voo?



- Sim. Sai daqui a uma hora.



Encostei a cabeça no banco, cansada do dia, que parecia arrastar-se.



Prevendo que eu precisava de ser distraída, James logo iniciou a conversa.


- Segui o que me disseste. – falou de repente.



Desencostei a cabeça do banco, olhando-o.



-É verdade, conta-me.



Durante o resto do caminho, ouvi-o contar sobre a sua noite com Victória e sobre como tudo se tinha resolvido, já que agora estavam juntos e felizes.



Quando chegámos ao aeroporto, James entrou comigo.



Depois de despacharmos a bagagem, sentámos numas cadeiras.



- Conta-me o que aconteceu. Estou preocupado.



Contei-lhe tudo o que tinha acontecido, desde a noite de hoje até agora.



Ele ouviu tudo em silêncio.



Quando terminei passou-me a mão pelo cabelo, suspirando.



- Isto deve de estar a ser tão difícil para ti. Entendo esta tua decisão, embora também acho que as coisas estão a ser todas resolvidas agora.



- Até podem estar. Mas como é que eu poderia ficar com o Edward, sabendo que a minha mãe o ama?



- Eu sei. Eu não queria estar no teu lugar.



- Acho que não fazes o género do Edward – tentei brincar para aliviar o ambiente.



A risada contagiante de James fez-me rir, deixando-me mais relaxada.



Ainda riamos quando o meu voo foi anunciado.


Levantei abraçando James.



- Manda-me pelo menos uma mensagem, para eu saber que chegaste bem.



- Tudo bem. Obrigada James, por tudo.



- Eu é que tenho de te agradecer. Graças a ti, agora estou bem.



Sorri, voltando a abraçá-lo.



- Espero sinceramente que vocês sejam felizes.



- Vamos ser. E tu também serás. Vais ver que tudo se resolve.



Assenti e depois de me despedir, quase corri para o avião.


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Notas finais do capítulo

Este capitulo estava dificil de sair, digam-me por favor o que acharam.
Sobre o dia 1 de Abril eu nao sei se tem o mesmo significado em todos os países mas em Portugal é o dia das Mentiras, em que as pessoas tentam pregar partidas umas às outras.
Amei os comentários e mais ainda amei saber que estao tão enolvidas na fic quanto eu, é maravilhoso saber isso.
Capitulo dedicado a quem comentou o anterior.
Um grande beijinho a:
-> claudia pires
-> marlene
-> dcm
-> RaphaTwilighter
-> ingrid barbosa grawn
-> Belita
-> brunas2
-> Lu Culen
-> Mandy_cat
-> Anna Hathaway Belikov
-> Preira_Vivi
-> patriciapt
-> Biianka Salvatore Cullen
-> vau
-> michaelamarce
-> joanattnp
-> ana sara
-> Lóte
-> Carlota Teixeira
-> leonor
-> Rita Santos
-> patricia
-> veronica nuno
-> Patricia Ribeiro
Um maravilhoso fim de semana e uma optima semana.
Até ao próximo capitulo.