Sekai

Duas semanas se passaram desde o ocorrido e as aulas seguiram normalmente. Os grupinhos das salas eram formados e Yui, Masami, Misaki e Rin ficaram muito amigos. Aos poucos Misaki se adaptava ao Automail e começava a retomar suas técnicas novamente.

- Ok, acabou a aula. – falava Anko. – Não se esqueçam de fazer o dever da página 100 e me entregar na próxima aula.

Todos seguiam para qualquer outro lugar. Yui, Misaki, Masami e Rin foram para o pátio tentar fazer o dever.

- Affe! Por que Biologia existe? – perguntava Masami.

- Precisamos pra saber como os seres Humanos reagem aos Yokais e evitar que eles saibam da existência dos Yokais. – respondeu Yui.

- Você é muito nerd. – falava Rin. – Misaki, já terminou?

- Enquanto Masami reclamava do dever, eu terminei. – respondeu ele.

- NÃO ACREDITO!! – gritou Masami. – Me empresta Nii-san?

- Não. – respondeu ele. – Trate de estudar como todo mundo.

- Ahhhhhhhhhhhhhhh, estudar é chato. – falou ela.

- Eu também acho. – concordou Yui.

- Ai ai... – falou Rin. – Vocês podiam parar de reclamar. Vocês não estão fazendo os deveres sozinhos.

- Por quê? – perguntou Yui.

- Olha lá. – apontou Rin para Yumi. – Ela faz os deveres sozinha.

Misaki ficou olhando a garota sentada escrevendo em seu caderno. Sentiu seu coração bater mais rápido do que de costume e queria estar perto dela.

- Misaki! – chamou Yui.

- Hein? – perguntou ele, acordando de seus devaneios.

- Eu estava te perguntando do que acha de chamar a Yumi para ficar aqui com a gente. – respondeu ela.

- N-nani? C-chamar ela?

- É. – respondeu Rin. – Ela parece meio sozinha.

- Vocês que sabem. – falou Misaki, sem emoção alguma.

- Vou chamar ela. – falou Masami, se levantando.

Quando Masami se levantou, Yui já estava lá perto da garota. Yui parecia muito ansiosa por tentar fazer uma nova amizade.

- Yumi! – falou Yui, muito alegre. – Quer estudar com a gente?

 - Hein? – respondeu Yumi, tirando seus olhos do livro e olhando para Yui.

- Etto... Eu nem me apresentei... Sou...

- Yui Lawliet. – respondeu Yumi friamente. – Eu sei quem você é.

- Como sabe? – perguntou Yui.

- Ficou em 2º nos testes pro Sekai. No mínimo é uma garota inteligente que só está aqui porque odeia ver as pessoas sozinhas. – falava ela. – Você e a outra garota com a cara do Senju. – Yumi olhou pra Masami. – Não tenho muito o que falar dela.

- Nossa, você é boa. – respondeu Yui.

- Não, é que eu ouvi a conversa de vocês. – respondeu Yumi.

Então chegou um garoto com cabelos meio loiros e olhos meio avermelhados. Ele usava uma calça jeans e uma blusa que marcava seus músculos e era branca. Se aproximou das 3 meninas.

- É... onde fica a secretaria, onegai? – perguntou.

Realmente o menino era bonito. Yui e Masami ficaram que nem umas idiotas quando ouviram a voz dele e quando ele veio falar com elas.

- É... É.... É... – dizia Masami.

- É por ali, descendo a ladeira. – respondeu Yumi, secamente.

- Eu te levo gat... Quero dizer... – se embolava Yui.

- Meu nome é Tsuna. – respondeu ele.

- Eu te levo lá, Tsuna. – falou Yui.

- Eu também levo. – falou Masami.

E as duas levaram o Tsuna ladeira abaixo. Yumi olhou as duas levando o garoto e sentiu que alguma coisa estava errada. Se levantou e foi andando rumo a seu quarto. Rin e Misaki olhavam Yui e Masami levarem o tal garoto para algum lugar e não entenderam nada do que havia se passado.

- Quem era ele? – perguntou Rin.

- Não faço ideia, mas parece ser um cara legal. – respondeu Misaki.

Depois disso, Yui e Masami chegaram com Tsuna e resolveram apresentar aos outros.

- Misaki, Rin. Esse é Tsuna, o aluno novo. – falou Yui.

- Yoo – responderam os dois.

- Yui e Masami falaram muito de vocês. – falou Tsuna.

- Hehe... – ria Yui. – Nem falamos tanto.

- Verdade, Tsuna. – falou Masami. – Não tem muito o que falar deles.

- Hahaha, muito engraçado. Chorei de rir. – ironizou Misaki.

- Você é muito sem graça, Misaki. – falou Yui.

- Ele nasceu assim. – falou Masami.

Então Tsuna se juntou ao grupo deles. De longe, Yumi observava o tal garoto novo e não gostava nem um pouco disso. Da situação, de nada. Ela olhava para a sua mão com a luva e pensava que mais cedo ou mais tarde iria resolver isso.

Eles foram para a sala ter a última aula do dia e Tsuna sentou perto deles. Misaki olhava para Yumi, que estava atenta ao dever. Ele nunca foi de demonstrar o que sentia porque nunca foi sociável e porque sempre evitava esse tipo de coisa, mas alguma coisa o fazia feliz.

- Está olhando para ela? – perguntou Tsuna.

- Er... Não. Nem pensar. – respondeu ele.

- Ainda bem que não. – falou Tsuna.

- Por que “ainda bem que não”?

- Digamos que ela seja problemática. – concluiu Tsuna.

A aula acabou e todos foram para seus dormitórios. Yui não conseguia dormir, então resolveu andar pelos corredores. Foi quando encontrou Yumi andando pelos corredores.

- O que ela está fazendo? – se perguntava.

Foi quando ela viu uma outra pessoa junto com Yumi e achou ela familiar.

- Olha só... Logo a filha de Satã por aqui... – começou o garoto desconhecido.

- O que você quer? – perguntou Yumi.

- Você sabe muito bem. – respondeu ele que a imprensou na parede – O que eu quero.

- Me larga. – falou Yumi, enquanto aparecia um pouco das chamas azuis em sua mão.

- Hum... as chamas azuis de Satã. – falava ele – Evoluiu muito desde a última vez que te vi.

- Tsuna agora não é hora pra ficar brincando. O que veio fazer aqui? – dizia ela, bem irritada.

- Vim terminar o que você não conseguiu fazer. – continuava ele.

Yui saiu correndo e voltou para seu quarto. Deu sorte que Tsuna não a tinha descoberto, senão sabe-se lá o que aconteceria com ela. Enquanto isso, depois que Yui se foi...

- E o que seria? – perguntava Yumi.

- Sabe muito bem que ficou responsável pela destruição da K.C.S.A e matar Senju Misaki. Vai dizer que a filha de Satã esqueceu isso?

- Não. Eu não esqueci.

- Então por que não fez um serviço tão simples? Uma Akuma do seu nível poderia ter matado todos eles há muito tempo.

- Eu não quero causar problemas agora. Seria muito óbvio se eu os matasse agora. – ela dizia enquanto andava pelos corredores.

- Você deve saber o que está fazendo, mas não se esqueça que o seu pai quer eles mortos o quanto antes possível. – falou Tsuna, indo na direção oposta.

- Sei... – ela respondeu.

Yumi voltou para o seu quarto e no meio do caminho parava pra pensar se fez a escolha certa.

Flashback On~

- Sim, o que foi Tou-san? – dizia uma certa garota com olhos avermelhados e um cabelo estranhamente preto com vermelho.

- Quero que faça uma coisa por mim. – dizia uma sombra enorme com uma voz que assustaria até mesmo o mais cruel dos bandidos.

- Diga o que seria. – respondeu a garota.

- Sabe que é a única filha com quem eu posso contar, né? – perguntou ele e a garota afirmou com a cabeça – Muito bom. Já que meu outro filho resolveu se voltar contra mim, você é a única chance de eu conseguir o que eu quero. A destruição dos Humanos.

- Claro, pai. Eu não quero decepcioná-lo.

- Eu quero que você vá para o Sekai. Parece que mandaram um agente da K.C.S.A para lá e eu quero que essas pessoas morram. Mate-as.

- Hai, Tou-san. – respondeu a garota.

- Faça isso e terá o que tanto deseja.

  Flashback Off~

Yumi pensava se realmente queria isso. Queria ser feliz novamente e não depender de seu pai para isso. Desde quando foi enviada, via as pessoas sorrindo e tendo uma alegria que tinha perdido. Tudo havia virado ódio na cabeça dela. Ela chegou ao seu quarto e olhou uma foto em que ela estava junto com sua mãe. Yumi era mais nova na foto e sorria, ela olhou a foto e começou a chorar.

- Kaa-san, eu queria ter a minha felicidade devolta. Não quero depender dele, mas eu prometi que a traria novamente para vivermos juntas. A minha mão prova isso. – falava ela, que olhava a mão coberta com a luva atentamente.

Assim que terminou, foi se deitar. Sabia que teria que decidir sobre o que faria, afinal, não podia deixar Tsuna matar todo mundo da escola, mas, por outro lado, era ela que devia fazer isso.

- É isso que ele quer. Quem me ferrar com meu pai. Aquele bastardo. – falou Yumi.

Então ela adormeceu pensando no que faria no dia seguinte com Tsuna.

Uns dias depois, todos se levantaram e foram para a aula. Rin, Tsuna, Misaki, Masami e Yui sentaram juntos. Tsuna se sentou ao lado de Yui, o que a deixou meio corada com isso. As aulas seguiam sem alguma coisa estranha. Exceto pelo fato de Yumi não estar presente nas aulas.

- Cadê a Srtª Okumura? – perguntou Anko.

- Não sabemos. – respondeu Yui.

- O que será que houve? – perguntou um menino com cabelos pretos e uma roupa estranha.

- Uma boa pergunta. – falou Tsuna, olhando desconfiado para a porta.

A aula acabou e todos foram para o pátio. Yui e Masami ficaram conversando e tentando fazer o dever sozinhas, já que Rin e Misaki tinham aula no momento.

- Já falei que eu odeio esses deveres? – perguntou Masami.

- Eu também. – respondeu Yui. – E COMO ODEIO.

Quando Yui ia abrir seu caderno, caiu um pedaço de papel no chão.

- Hum... O que seria isso? – perguntou Yui.

- Provavelmente uma carta de alguém. – falou Masami. – Alguém que começa com T.

- O-o T-tsuna? – falou ela assustada.

- E tem outro?

Yui abriu o bilhete, que dizia: “Quero falar sobre nós, Yui. Me encontre atrás da escola. Tsuna.”

- Ahhhhhhhhhh!!!! Ele quer falar comigo!! – gritava Yui.

- Que bom, Yui. Mas é melhor você ir logo pra você saber o que é que ele quer. – falou Masami.

- VERDADE! – disse Yui. – Te vejo depois.

Yui saiu correndo pela escola até encontrar Tsuna. Ele usava uma camisa azul e uma calça jeans. Yui o achava muito bonito, muito mesmo. Desde quando o viu, mas achou que ele nunca a corresponderia.

- Er... yoo. – disse Yui, olhando pro chão. – Você queria me ver?

- Sim, Yui. Eu preciso te contar uma coisa. – falava ele com a voz rouca, se aproximando dela.

- O-o-o-o q-que seria? – perguntava ela.

- Yui, desde quando eu te vi tenho sentido algo diferente. É algo que eu não conseguiria explicar se eu pudesse. Yui... eu te amo.

Yui não sabia o que dizer. Mesmo por que, ninguém nunca tinha dito a ela que a amava. Tsuna se aproximou dela e levantou seu rosto. Yui parecia que iria explodir de tanta vergonha, então Tsuna a beijou. Começou com um beijo calmo e apaixonado por parte de ambos. Tsuna a colocou na parece e começou a intensificar o beijo, pedindo espaço para Yui, o que foi concedido sem hesitação por parte da garota, até que ambos pararam por falta de ar. Yui se separou ele, bastante corada.

- Algum problema Yui? – perguntou Tsuna ao ver a reação dela.

- Não. Nenhum. – falou ela sorrindo.

Tsuna  ficou sorridente com o que havia feito. Yui se sentia feliz, aproveitando aquele abraço bom, ela se sentia segura. Até que a mão de Tsuna se transformou em garras e assim cortou parte das costas dela, fazendo com que ela desmaiasse e o sangue jorrasse por todo o lado.

- Vamos ver como irá reagir, Senju. – falou para si mesmo.

Escreveu uma carta e mandou que entregassem no quarto do Misaki. Tsuna fugiu e escondeu Yui em algum canto por aí. Não demorou muito para Masami perceber que Yui havia sumido. Ela resolveu procurar seu irmão e Rin para ver se eles haviam visto ela.

- NIIIIIIII-SSSSSAAAAAAAAAAAAAANNNNNNNN!!!!!!! – gritava ela no meio da quadra.

- Não acredito que ela está fazendo isso. – se lamentou ele.

- Hahahahahahaha. – ria Rin – Vai lá ver o que sua irmã quer.

Misaki foi até Masami, completamente furioso. Os outros olhavam e riam da situação e do escândalo que Masami havia feito.

- O que foi?! Não pode esperar? – perguntava ele.

- Não dá pra esperar. A Yui sumiu e eu não faço ideia de onde ela esteja!

- Vai ver ela saiu por aí, pra ficar longe de você. Ela não precisa ficar perto de você o tempo todo! – ele voltava para o treino.

- Mas nii-san...

- Affe. – ele se segurava para não arrancar a cabeça dela. – Me dá um bom motivo de ela ter sumido.

- Ela recebeu uma carta do Tsuna para se encontrar com ele. Aí ela foi e não voltou.

- O Tsuna? – ele parou de andar. – Por que ele faria isso?

- Não sei... Talvez a Yumi saiba quem ele é. A Yui disse que viu ela e ele juntos alguns dias atrás.

Misaki se perguntava o que a Yumi teria a ver com isso, mas decidiu ir com Masami perguntar para ela. Os dois foram ao quarto dela e bateram.

- O que é? – perguntou Yumi ao abrir a porta. – O que querem?

- O que sabe sobre o Tsuna? – perguntou Misaki, sendo direto.

Yumi olhou para os dois. Sabia que teria que escolher um lado logo, mas ainda não sabia qual. Então resolveu ajudar eles, mesmo contra a vontade dela e de seu pai.

- Entrem. Agora. – disse ela, friamente.

Ambos entraram e sentaram no sofá. Yumi os acompanhou e se sentou em frente a eles.

- O que querem saber? – perguntou ela.

- De onde o conhece? Quem ele é exatamente e o que ele fez com a Yui. – falou Masami apressadamente.

- Ele pegou a Yui? Hum... Isso não é bom. – sussurrava Yumi.

- Dá pra responder? Quero resolver logo isso. – falou Misaki.

- E você acha que vai chegar nele e dar um monte de socos? Haha, muito engraçado – ironizava Yumi.

- Eu Vou fazer isso, Akuma. Ao contrário de você, eu sei bater.

- Vai achando que vai bater nele. Você vai é se ferrar se acha que consegue fazer isso.

- Por que Yumi? – perguntou Masami.

- Porque ele consegue ser mais cruel que eu. – respondeu Yumi, bem tranquila. – Podem comprar um caixão pra amiga de vocês, não vão conseguir salvá-la do Tsuna. Isso está fora de questão.

- Nem pensar! – gritou Misaki. – Ela é nossa amiga e vamos salvar ela!

Yumi olhava a reação dele. Parecia diferente, alguma coisa que os Humanos chamavam de “determinação” e isso a incomodava. Não adiantava salvar Yui, ele iria morrer se tentasse.

- Bom, se quiserem morrer pra um Akuma pior que eu, vá em frente. Só vou avisando que ele vai arrancar mais do que seu Automail. – falou Yumi, apontando para o Automail do Misaki.

- Quem disse que eu vou perder, Akuma? Já disse que eu não sou você. – falava ele, confiante.

Masami e Misaki saíram do quarto. Yumi sabia que ele não iria durar muito, mas a teimosia era tanta que era possível ele não morrer.

- Vou ter que decidir o que fazer... – falava ela.

No meio do caminho, Misaki pegou suas coisas e foi procurar Tsuna. Ele achou uma carta que dizia que Yui estava em um ginásio abandonado não muito longe da escola. Masami queria ir, mas ele havia dito que era mais seguro se ela ficasse na escola. Misaki seguiu ao ginásio abandonado, onde a carta havia indicado. Quando abriu o portão, viu Yui, amarrada, com a roupa cheia de sangue e desacordada.

- Ora... Pelo visto viu minha carta. – falou Tsuna.

- O que fez com ela? – perguntou Misaki, furioso.

- Hahaha, parece até que ela é sua namorada, Senju.

- Isso não é da sua conta. Só responda a pergunta.

- Eu tenho uma missão. Uma missão que Yumi-san não conseguiu fazer, por pura idiotice e sentimentalismo. Por isso que eu falo que Akumas não deviam ser criados no mundo humano, eles se apegam e perdem os princípios.

- Missão? Que missão?

- Quem sabe um dia eu te conto. Agora, se me der licença, tenho que matar a garota.

- Hoje não Akuma, ela vem comigo - Misaki Disse colocando as O-Gloves e ativando as Shinu ki no Honoo - Eu vou te queimar todinho e só vão sobrar cinzas.

- São as chamadas Shinu ki no Honoo... Interessante - Tsuna disse enquanto admirava as chamas de Misaki - E pela cor alaranjada eu acho que são chamas do Céu.

 - Andou se informando bastante não é? - Misaki disse observando Tsuna que ativava uma espécie de Chama negra.

- Sei o suficiente sobre as minhas presas... Misaki Senju formado na Academia Sekai aos 9 anos.  Ja foi Mago, Ninja, Exorcista e Mafioso,  até a uns dias atrás trabalhava na Unidade de pesquisa paranormal de K.C.S.A e misteriosamente voltou a Sekai. Nós Akumas suspeitamos de você.

- Sokka... Vocês sabem bastante sobre mim. Mesmo assim, Pode vir com tudo vou te mostrar o poder que eu tenho nesses punhos - ele Disse enquanto avançava até Tsuna.

- Patético. - Misaki que vinha voando a velocidade máxima perdeu Tsuna de vista e de repente sentiu um golpe em seu pescoço, mas diferente de um golpe comum esse tinha chamas negras que queimaram o seu pescoço e abriram uma ferida.

- Gostou das minhas chamas Senju? - Tsuna disse lambendo um pouco do sangue que esta em suas mãos - Essa chama negra queima qualquer coisa orgânica. Vai ficar uma cicatriz bem interessante - Tsuna disse com um sorriso sinistro.

- Maldito !!!!! - Misaki disse fechando o ferimento com as Shinu ki no Honoo - Essas sua chamas negras são perigosas.

- São uma das chamas mais perigosas de Gehenna. - Tsuna disse antes de desaparecer novamente e aplicar um chute que é defendido por Misaki que usa as Shinu Ki Honoo para impedir o contato com o corpo - Bela ideia impedir as minhas chamas com as suas mais elas não vão durar muito tempo.

- É verdade, mas se eu fizer isso - Misaki disse enquanto as chamas negras começaram a desaparecer - Zero Chitten Toppa Kai!

- Minhas Chamas!!!!! - Tsuna disse enfurecido.

E logo após isso Misaki deu um Gancho de direita nele o fazendo voar e sentir o sangue vindo a sua boca e escorrendo pelos lábios.

- Parece que você vai ficar assim por mais um tempo até se recuperar das minhas chamas - Misaki disse ativando as chamas com o braço direito e pondo ele para trás de seu corpo e fazendo o mesmo com seu braço esquerdo só que na direção contraria - Operation X - disse ele ligando o sistema de equipamentos para o X-bunner.

- Vai usar a mesma técnica que usou na Yumi? Não sou tão ingênuo, mas mesmo assim pode usar com força total eu não vou escapar, um ataque fraco desse não vai me ferir - um sorriso arrogante e mais sinistro ainda apareceu na face do Akuma.

- 200.000, chama fraca e chama forte em simetria perfeita, impossível de manter. - o Computador embutido nos fones de Ouvido de Misaki avisava sobre a quantidade de energia acumulada.

- X-bunner: Hiper Explosion - Misaki disse Liberando uma grande quantidade de energia em Tsuna que tentou defender o ataque, mas foi desintegrado pelo mesmo assim como metade do Ginásio.

Os escombros caíram em cima de Tsuna, o esmagando completamente. Misaki sorriu ao ver a cena e foi ajudar Yui, que continuava caída no chão.

- Calma, Yui. – falava Misaki, enquanto a carregava. – Você está segura agora.

- Mi... Misaki.... – falava Yui, muito fraca.

- Yui, não fale nada. – falava ele.

- Cuidado... – falou Yui.

Então chamas negras começaram a aparecer na frente dos dois.

- Nani? – se perguntou Misaki.

- MUAHAHAHAHAHAHAHA. – ria Tsuna com uma voz demoníaca. – Acha mesmo que eu morreria de forma tão idiota, Senju?

Misaki não teve tempo de atacá-lo, Tsuna veio em direção a ele e o derrubou com uma de suas chamas. Yui foi jogada no chão e Misaki estava bem longe dela. Tsuna atacou Misaki caído no chão e o chutou para mais próximo da Yui, involuntariamente. Mas Misaki estava ferido e não podia se mover para revidar.

- Agora que você morre, Senju. Satã-sama finalmente ficará feliz comigo. – ria Tsuna.

Tsuna preparou as chamas negras em suas mãos e mirava nele. Quando lançou as chamas, Misaki pensava que não tinha mais jeito e não iria deter Satã. Até que apareceram chamas Azuis que destruíram as chamas negras.

- Nani? – perguntou Misaki.

- Eu disse que não ia derrotar ele. – respondeu uma garota.

-Yumi-san? – falou Tsuna. – Veio acabar com ele junto comigo?

- Não. Acho que vou encontrar minha mãe de outro jeito, que não inclua meu pai nessa. – respondeu Yumi, sorrindo.

- Quer dizer que a filha de Satã irá trair o próprio pai em uma causa perdida? – perguntou Tsuna. – Nunca irá encontrá-la sem a ajuda dele.

- Não quero a sua opinião. – respondia Yumi. – Acha mesmo que eu ligo se eu traí ou não ele?

- Com certeza não liga. Mas agora que está do lado do Senju, terei que destruí-la, Yumi-san.

- Pode vir. Ao contrário do Senju, eu sei como bater em você.

Tsuna avançou em direção a Yumi, ela, como era rápida, desviou e chutou Tsuna, que não sentiu nada.

- Só isso que sabe fazer? Pensei que era mais forte que isso, Yumi. – falava Tsuna.  – Pensei que sabia como bater em mim.

- E eu sei. – respondia Yumi, enquanto aumentava as chamas azuis em seu corpo.

Yumi atacou Tsuna com as chamas azuis canalizando pela Katana e cortando seu ombro bem de leve.

- Haha ... E você sabe bater em mim mesmo? – de repente o sangue negro do braço de Tsuna começou a jorrar sem parar manchando o local inteiro.

- O-o que você fez?????

- As suas chamas negras podem ser uma das mais fortes de Gehenna, mais as minha são herdadas diretamente de Satã que são as chamas mais fortes que quando usadas podem ser redirecionadas pra dentro do corpo do inimigo - Yumi disse colocando a Katana nos ombros.

- Então naquela hora... - Tsuna disse se lembrando do momento em que foi cortado pela Katana.

- Agora não tem mais volta, o seu braço vai apodrecer e “tã dã”... Você vai sangrar até a morte.

- Ora, sua... – dizia Tsuna, que continuava sangrando.

- Morra, Tsuna.

- Não, não irei morrer. – falou Tsuna, que era coberto por suas chamas negras. – Eu irei voltar, Yumi. Quando eu voltar, você vai morrer e seu pai terá a honra de fazer isso.

Então Tsuna se foi, engolido por suas chamas. Yumi suspirou aliviada e olhou para o Senju e para Yui e sorriu.

- Parece que precisa de ajuda, né? – riu ela.

- Descobriu isso sozinha, é? – falou ele, ainda ferido.

Yumi ajudou Misaki a se levantar. Logo chegou Rin, que ouviu a história toda dos dois e levou Yui para a enfermaria enquanto Yumi carregava Misaki.

- Por que resolveu me ajudar? – perguntou Misaki.

- Acho que existem coisas mais importantes que a destruição dos Humanos. – falava ela, sorrindo levemente.

- Mas e sua mãe... Você não quer achá-la?

- Quero, mas eu não quero depender de ninguém pra encontrá-la. Vou encontrar ela sozinha e ter minha família novamente.

Yumi continuou a carregá-lo. Ela parecia meio cansada, mas tinha esperança de que agora estava fazendo a coisa certa. Misaki não deixava de olhar para os olhos avermelhados dela e como eles pareciam felizes e mais bonitos do que pareciam antes. Ele decidiu que a partir daquele dia, sempre tentaria fazer ela sorrir e ver seus olhos felizes novamente.