The Last Tear escrita por Emis


Capítulo 11
Capítulo 10 - Cansada


Notas iniciais do capítulo

Hahaha...espero que gostem^^ e comentem!

Ainda não coloquei nenhuma imagem nesse capítulo porque... estou procurando uma que fique boa.



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Eu estava nervosa, ao ponto de quebrar tudo, exatamente tudo. Até o portão que estava na minha frente.

Perai, tinha um portão na minha frente? E, Como que eu vim parar aqui? Um jardim estranho com um portão enorme?

–Droga! De novo eu não estava prestando atenção para onde eu ia! - Gritei. - Olha o que me dá ficar perdendo a cabeça com aquele elfo idiota! "Você vai ter que me ouvir'', uma merda! - Eu o imitei, inconformada com aquilo. Ele não tinha o direito de falar comigo daquele jeito, muito menos, porque fui eu quem ganhou a aposta e não ele! Quem ele pensa que é para ficar me dando ordens?

Eu precisava fazer alguma coisa e rápido, antes que alguém me encontrasse e mandasse eu ficar nesse inferno, que não tem uma alma normal. E, como eu estava no portão, que parecia dar para a rua, se eu saísse da área protegida por "Deus", pensei em sair dali, mas o portão não abria.

Sabe o que é não abrir, mesmo não tendo cadeado ou algo do tipo? É, eu estava tentando abrir um portão que só precisava puxar, mas a coisa não abria, muito menos fazia algum movimento quando eu o puxava.

–Dá para contar mais alguma coisa, que eu ainda não saiba? - Olhei para o céu, com a esperança de que "Deus" talvez me respondesse o porquê do portão não abrir sem ao menos ter um cadeado ou alguma fechadura.

Depois que ninguém me respondeu, como eu imaginava, tentei subir nas grades do portão, que não eram nada fáceis, porque o ele era enorme, mas não tinha espaço o suficiente para pôr o pé no espaço entre as grades. É, mas não tinha outro jeito, a não ser atravessando o portão, por cima.

Eu ouvi o riso do Keith, enquanto subia de pouco em pouco o portão, até estar bem longe do chão.

–Você quer que eu te dê uma ajuda ou prefere que eu abra o portão? - Ele perguntou, rindo. Aquilo estava me dando nos nervos, mesmo eu não podendo olhá-lo, eu sabia que ele estava dando aquele sorriso de "eu sei que você quer a minha ajuda, então peça logo".

–Não precisa, eu me viro sozinha. - Respondi sem me virar, porque senão eu perderia a concentração e cairia.

–Tem certeza, Julieta? - Ele riu, então virei para olhá-lo.

–Tenho, meu Romeu! - Afirmei, gritando. De onde ele tira essas coisas? - Romeu uma merda. Ele esta se achando muito engraçado, sendo um rei sem um reino e se sentindo o gostoso. - Murmurei.

–Cuidado para não cair, ou o seu lindo rostinho vai virar uma bosta, minha cara JULIETA!- Ele disse sorrindo.

–Não me digas, ROMEU, eu "te amo" mas não ao ponto de cair! - Fingi um drama quando falei.

Ele riu até não aguentar mais e eu já estava de saco cheio com a atuação, então subi até ficar sem fôlego, quando minha mão começou a suar e eu deslizei, perdendo o equilíbrio e me soltando das barras de prata.

Senti que era melhor morrer do que ficar nesse inferno, quando me soltei do portão, mas o keith apareceu do nada e me pegou, antes de eu cair.

–"O ouvido humano é surdo aos conselhos e agudo aos elogios." - Keith falou, me segurando. - Muito bom, humana. Quase perde mais neurônios do que jamais teve. - Ele sorriu.

–Me solta. - Falei. Ele estava fazendo uma cara de "você não vai me agradecer?" - Agora. - Ordenei.

–Tudo bem. - Ele me jogou como se eu fosse um peso, sendo livre das costas,mas seria dos braços nessa ocasião. Eu bati minhas nádegas no chão e quase que o xinguei, mas não o fiz, só mostrei uma careta.

–Tem como você abrir a droga do portão? - Perguntei, franzindo o cenho quando levantei e ele me encarou.

–É claro que tem. Mas, por que que você quer ir embora? - Ele perguntou.

–Porque, é melhor eu começar a procurar a Laura sozinha do que ficar esperando a ajuda de um elfo estúpido que quer me dar ordens, entende? Fora os amigos desse elfo que são mais anormais que ele, principalmente porque jogam uma faca envenenada sem nenhum motivo. - Respondi, dando um sorriso falso.

–Esse ELFO deve ser muito gentil para ajudar uma humana. - Ele disse sorrindo.

Céus! Eu estava no limite e ao invés de socá-lo, eu descontei minha raiva no portão, que deixou minha mão com um belo de um sangramento.

–Você vai abrir o portão ou eu vou precisar ficar socando-o até que ele abra? - Eu o ameacei, mas sabia que não daria um grande efeito nele.

–Humana, vamos deixar uma coisa clara. Você pode ir, porém esse lugar é o mais seguro para você agora. - Respondeu sério.

–Olha, ELFO. Eu tenho um nome e eu não gosto de ficar repetindo toda hora. Eu me chamo Kate Maureen e em primeiro lugar, não recebo ordens. Em segundo lugar, eu sei me cuidar. - Peguei a faca que estava em seu bolso. - Me empresta isso?

–Pode ficar, mas duvido que você consiga usá-lo. - Ele deu um sorriso de lado.

–Eu consigo, e você já pode abrir o portão porque eu preciso ir embora e eu não tenho tempo para ficar discutindo com você. - Eu sorri. Era um sorriso nada apreciador.

–Tudo bem, mas saiba que eu te avisei. Este lugar é o mais seguro agora. - Ele falou, depois deu de ombros, pondo a mão nas grades e dizendo algo. - Libertas quae sera tamen! - Ele gritou.

O portão começou a se abrir lentamente e sozinho, sem que alguém precisasse puxá-lo.

–Mas que droga! Você fala poucas palavras e essa coisa se abre, já eu tenho que socar para tentar abrí-lo. - Me revoltei quando o portão se abriu, depois perguntei. -O que você disse?

–Eu não disse nada. - Ele respondeu.

–Não. O que você falou para abrir o portão?! - Falei, querendo alguma explicação.

–"Libertas quae sera tamen"? - Ele me olhou incerto e eu fiz que sim com a cabeça. - É um passe para o portão se abrir. "Liberdade ainda que tardia". Só nós, elfos, conseguimos abri-lo. Nenhuma outra pessoa ou demônio consegue entrar neste lugar, mesmo falando a frase certa.

–Até mais, elfo... - Eu me despedi, sentindo que seria a última vez que o visse, graças a Deus!

Atravessei o portão, seguindo até a calçada. Olhei para trás para ver se ele ainda estava me olhando e, descobri que não tinha nada naquele lugar. Não tinha nada, literalmente nada. Era um terreno vazio. Parecia que eu estava sonhando e havia acordado só agora, parada na calçada. Mas não, eu não estava sonhando porque depois de um tempo eu consegui ajustar meus olhos e, eu enxerguei. O keith estava encostado no portão, me olhando estranho e o prédio estava lá, inteirinho, como se existisse há muito tempo.

– Melhor sair daqui, esse lugar é muito estranho. - Murmurei, andando rápido.


Finalmente eu estava em casa, depois de ter passado o maior sufoco pedindo dinheiro para algumas pessoas que passavam na rua. Ainda bem que sempre tinha uma alma caridosa que me dava dois ou três reais e eu finalmente consegui pegar o ônibus para casa.


–Essa foi a pior semana da minha vida. - Falei para mim mesma, sentada no sofá da sala, quando me dei conta de que eu não estava sozinha. Ouvi o som de alguma coisa se arrastando e fazendo barulho no andar de cima. - Mãe! Você está aí?! - Gritei.

Ninguém respondeu, mas o barulho ainda continuava. Parecia ser alguma coisa sendo jogada contra o chão e haviam passos.

Merda! Estão me assaltando?!!

Fui logo para a cozinha pegar a faca de prata que o Keith havia me dado. Eu tinha deixado em cima da mesa da cozinha, quando cheguei em casa. Depois de ter pego a faca, eu subi as escadas lentamente para não fazer barulho, quando alguma coisa se jogou em cima de mim e eu caí.

–Droga! - Eu me recompus e olhei para o que havia me acertado.- Mãe! - Eu gritei desesperada, porque ela estava toda machucada e segurando uma faca, igual a do Keith e parecida com a da Camila. Tinha escritas e um símbolo, o mesmo símbolo que eu havia visto nas facas e a que eu estava segurando agora.

–Kate,vai embora, agora! - Ela oredenou, se levantando e subindo as escadas.

–Mas, o que está... - Eu fiquei boquiaberta, não entendendo nada, quando um lobo apareceu.

– Merda! - Ela disse, depois começou a descer as escadas.

Eu me levantei e a segui rapidamente. Nós fomos até o banheiro, porque era o lugar mais seguro e o mais próximo de onde estávamos. Mas, o ''animal'' estava nos seguindo e nós tínhamos que entrar logo e trancar a porta do banheiro.

Ela pegou um balde, depois colocou água e começou a falar em latim, pondo a mão na água. Eu só escutava os rosnados e as batidas na porta, uma pior que a outra, parecendo que a porta iria se quebrar.

–Pacem in terris. Pacem in terris. Pacem in terris! - Ela gritou e colocou a mão na porta, despejando o líquido. Ouvi um uivo, mas muito agudo mesmo, que eu tive até que tapar os ouvidos e me ajoelhar de tanta dor.

–Pronto, pelo menos aqui nós estamos seguras. - Ela disse, se sentando na privada, depois que o uivo se foi.

–O que está acontecendo?! - Eu estava estupefata. Como que ela tinha uma faca igual a do Keith e como que ela sabia latim?! - O que você fez com a minha mãe? - Eu disse, finalmente, depois de pensar por um tempo. Era alguma coisa parecida com a minha mãe, só podia ser.

Ela começou a rir.

–Filha, ninguém fez nada comigo e como que você tem uma adaga? - Eu não entendi de primeira, mas depois ela apontou para a minha mão no qual estava segurando a faca do Keith.

–Ah...Um elfo me emprestou. - Eu sorri quando ela me olhou espantada.

–Você conheceu um elfo? Como e quando?! - Ela se levantou, totalmente aflita.

–Bom, é uma longa história... - Eu não estava nem um pouco afim de contar os fatos e as perdas que eu tive nessa semana.

–Você vai me contar. - Ela insistia, depois completou. - Onde esse elfo está, agora?

–Em um terreno vazio. - Eu sorri, percebendo que ela não entendeu.

–Me leve até ele e depois nós conversamos, entendeu mocinha? - Ela disse, no tom de "você vai ter que me contar, cada detalhe".

–Droga! Mas como que nós vamos sair daqui com aquela coisa lá fora? - Perguntei.

–Nós vamos sair daqui. Tudo depende se a magia fez efeito. - Ela disse, firme.

–Ótimo, vamos nos suicidar então, mamãe. - Eu a provoquei, porque ela odiava quando eu a chamava de "mamãe".

–Eu não estou com brincadeiras, Kate. - Ela estava séria. - Você vai ter que lutar. Foi por isso que seu pai te treinou e por isso que ele te pôs no kung fu. - Ela olhou para baixo, com um rosto triste por mencionar meu pai.

–Eu fui preparada para lutar? - Perguntei. - Mas por qual motivo eu preciso lutar?

–Porque você foi abençoada. - Ela dizia com um rosto firme, não mostrando mais nenhum sinal de tristeza que havia em seu rosto.

–Abençoada por quem? Pelo Papa? - Eu ri. Só podia ser brincadeira. Não fazia sentido algum.

–Não, Kate. Por Deus. - Ela falou e eu ri mais ainda.

–Mãe, como que uma garota normal, bom, não tão normal assim, pode lutar contra essas coisas só porque é abençoada? - Falei, não acreditando em nada no papo de ser abençoada.

–Você não é normal. - Ela falou e me deu uma pontada no coração. Me sentindo rejeitada, uma estranha. - Você foi escolhida para proteger os humanos e lutar contra os filhos das trevas e os demônios, como nós, elfos.

–Como vocês quem?! - Eu estava estupefata, novamente. - Você é uma deles? Eu não sou sua filha?!

–Não, é claro que você é minha filha, isso você pode ter certeza. Você é minha filha. - Ela disse, me segurando. - Mas, você é alguém mais forte que os elfos.

–Como o quê? - Perguntei.

–Como um anjo. - Eu não estava acreditando em nada dessas baboseiras.

–Mãe, você está começando a ficar louca. - Eu recuei.

–Não, eu tenho provas, mas primeiro precisamos encontrar os outros elfos. - Ela disse, se direcionando para a porta. - Vamos ter que lutar.

–Ótimo, minha mãe é uma elfa e eu sou o que? - Eu estava falando comigo mesma. - Uma coisa incerta e que me dizem que sou um anjo. Essa é a piada mais sem graça que eu já ouvi em toda a minha vida. - Murmurei, cansada.

–Vamos logo, Kate! - Ela gritou, depois que abriu a porta e o lobo não estava mais lá, graças a Deus!


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Notas finais do capítulo

Talvez eu mude o nome da fic (só para avisar ^.^)

Obrigada e continuem acompanhando..