The Last Tear escrita por Emis


Capítulo 10
Capítulo 9 - Frustrada


Notas iniciais do capítulo

Olha, me desculpem se não pude postar o capítulo mais cedo, porque como essas semanas estão sendo meio corridas, não tenho muito tempo para escrever.

Thank you!



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Eu tinha terminado de tomar banho e o keith estava lendo um livro, que parecia ser o mesmo que eu havia visto. Nele tinham símbolos.

–O que você está fazendo? - Perguntei saindo do banheiro.

–Você não está vendo? - Respondeu sem tirar os olhos do livro. - Lendo.

–Ah...Mas é claro que você está lendo! Por que fui perguntar? - Eu estava sendo irônica.

Ele finalmente me olhou, depois sorriu.

–Você quer que eu te respondo? - Fechou o livro e se levantou, vindo em minha direção, ficando a centímetros de mim. - Eu ainda quero saber, por que os humanos são tão curiosos? - Sussurrou em meu ouvido.

–É a nossa espécie sabe, descobrir coisas novas, mesmo quando não gostamos do que vamos descobrir. - Falei no mesmo tom que ele e o empurrei. - Sai. Você está muito perto.

Ele segurou o meu braço e pegou uma mecha do meu cabelo.

–É melhor secar ou vai pegar um resfriado. - Disse se afastando.

–Eu faço o que eu quiser com o meu cabelo. - Torci o cabelo na toalha enquanto o Keith me olhava com desprezo. - Quer alguma coisa? - Perguntei.

–Não, só estou imaginando...Como que uma humana pode ser tão indelicada? - Ele sorriu.

–Não me ofendo. - Falei. - Seus comentários só me preocupam quando não está humilhando ou provocando, ou debochando de alguém.

–Você me conhece muito bem humana. Já até sabe como lidar comigo? - Perguntou indiscreto.

–Infelizmente, não. - Falei firme e ele riu.

–Vamos, eles já devem estar comendo. - Disse abrindo a porta do quarto.

Nós saímos do quarto e pegamos o elevador, até descermos no 1° andar e seguirmos até a cozinha, que dava para a sala de estar.

–Você não pode ir sozinha! - Gabriel dizia a Karen, quando entramos na sala.

–Eu não escolhi, foram eles que me convocaram. - Karen respondeu.

–Quem te convocou para onde? - Keith perguntou, se sentando.

–Para... - Ela falava, mas então me viu e não terminou de responder. - Olá, Kate! Você está melhor?

–Sim, estou, obrigada. - Falei calma e educada.

–Sente-se. - Ela disse, indicando para que eu sentasse ao lado do Keith.

–Então? Para onde você vai? - Keith perguntou a Karen.

–Para nenhum lugar. - Camila respondeu. - E por que a humana ainda está aqui?

É, por que eu ainda estou aqui? Não era para ele me ajudar em vez da Karen que não sabe de nada?

–Bom, até a humana falar o que está acontecendo para a Karen, o mais provável era que ela ficasse aqui. - Keith respondeu.

–Por que? O que aconteceu? - Karen me olhou espantada.

–Sinceramente, eu também não sei. Foi tudo tão rápido que nem sei mais o que fazer. - Falei calma. - Primeiro eu estava em uma festa, segundo eu não estava bêbada para ter desviado de algo caindo do nada e terceiro, minha amiga morre e eu fico viva. Ah! Mas, o mais interessante é que eu conheci elfos e...Não são elfos pequenos, com orelhas pontudas, mas são elfos que se parecem com humanos, exatamente humanos. Dá para entender?

–Sim, certamente. - Karen disse. - Você teve dias difíceis.

–Difíceis? - Eu ri. - Calma, eu só estou começando. Depois desses acontecimentos, eu tive sonhos que não pareciam ser normais e olha que eu achava que ter sonhos estranhos eram normais, mas depois de conhecer ele, eu não tenho mais certeza sobre o que é normal e o que não é. - Apontei para o Keith.

–Por que acha que seus sonhos não são normais? - Keith peguntou.

–Porque, em um dos meus sonhos eu estava com uma mulher e era uma mulher que eu nunca havia visto. Mas, o estranho era que ela me chamou de "filha" e depois virou uma águia. A mesma águia que eu havia sonhado antes, quando eu estava no hospital. - Respondi.

–E como era a águia? - Gabriel perguntou.

–Era uma águia normal, sabe? penas, garras e um bico? - Falei. - Só que o único problema era que ela falava.

–Falava? - Keith riu. - Ainda bem que era só um sonho ou você estaria delirando.

–Bom, continuando... - Eu o ignorei. - Eu não entendi, mas a águia disse " Você começou a despertar", o que foi sinistro e depois virou pó, pó igual a quando o Keith matou um demônio.

Eles ficaram quietos, um olhando para o outro.

–O que está acontecendo? - Um homem falou, entrando na sala. Ele estava com as mesmas roupas de caça, iguais aos do Keith, quando o conheci. Só que agora ele estava com um jeans e uma blusa branca.

–John! - Karen disse. - Ainda bem que você voltou, eu estava ficando preocupada.

–Eu só estava caçando, por que você ficaria preocupada? - Ele perguntou calmo.

–Porque você chegou tarde. - Ela disse.

–Então, o que está acontecendo? - Perguntou e olhou para mim. - Quem é a senhorita?

–Eu me chamo Kate. Kate Maureen, prazer em conhecê-lo. - Levantei me apresentando. - E o senhor?

–Jonathan Hazelwood, prazer em conhecê-la. - Ele apertou minha mão, que parecia ser minúscula em comparação a dele, depois ficou me olhando. - Você não é humana?

–Sou sim, algum problema? - Respondi, sem pensar. É claro que tinha problema, eles são elfos! Humanos não enxergam elfos! - Bom, é, tem vários problemas, quer saber de alguns? - E ri.

–Vamos ouvi-la. - Respondeu olhando para os outros.

Todos me olharam e eu comecei a contar, contar tudo, até a parte em que eu fiz a aposta com o KEITH e, perdi.

–Você não perdeu a aposta. - Gabriel disse, depois que terminei de falar.

–Eu não perdi?! - Falei me sentindo besta. - Por que que o Keith disse que eu tinha perdido então?

–Eu NUNCA disse isso, humana. - Keith respondeu. - Eu falei que poderia te contar o que vi, depois que você desmaiou, mas você não respondeu, só jogou um travesseiro em mim. - Ele deu de ombros.

–Ah! E o que foram as ameaças então? - Perguntei.

–Que ameaças? Eu não preciso de ameaças para você fazer algo, eu sempre consigo as coisas que eu quero, mesmo se for escrava ou não. - Ele sorriu, me olhando como se eu estivesse despida, me sentindo totalmente exposta e com calafrios.

–Ah é? Então o que foi o lance do quarto? - Retruquei sem saber o que eu falava.

–Aquilo? - Ele riu alto. - Não foi nada. Você está ficando louca?

–O que aconteceu no quarto? - Camila perguntou.

–Nada. - Keith respondeu. - Eu só emprestei uma blusa a ela.

–Certo, mas o que eu posso fazer para te ajudar? - Karen mudou de assunto..

–Nada, porque nem eu sei o que fazer. - Olhei para baixo, percebendo que o tempo passava e nada, nem uma dica de onde a Laura estava. - Ela sumiu. A Laura sumiu, mas não sei quem a levou e o por quê de tê-la levado. - Falei baixo, para mim mesma.

–Será que alguém não sentia raiva ou ressentimento dela? - Gabriel perguntou.

–Não, a Laura não era uma pessoa de se ter raiva. Ela se dava bem com qualquer tipo de pessoa e tinha um espírito caridoso, sempre se preocupando com o próximo. - Parei, pensando em mim. Eu até que tinha bastante "inimigos", pensando bem. - Eles poderiam tê-la levado, para me fazerem ficar com raiva ou algo do tipo, mas por que levariam um corpo morto?

–Para fazer macumba com o corpo dela? - Camila disse indiferente.

–E eu vou fazer com o seu se você não fechar o bico, passarinho. - Sorri para ela que me olhou com raiva, pegando uma faca do bolso.

–Você ainda vai falar como se estivesse no mesmo nível que eu, humana? - Ela jogou a faca em minha direção, mas eu desviei, fazendo um corte pequeno em minha bochecha e o sangue escorrendo em meu rosto.

–Camila! - Karen gritou, brava.

Todos ficaram quietos, até eu começar a rir.

–Isso é o melhor que consegue fazer? - A desafiei, me levantando.

Ela me olhou furiosa, derrubando a cadeira quando se levantou, disparando até mim. Mas o John a segurou e ela ficou imóvel com o aperto dele.

–Gabriel, leve a Kate para fazer um curativo no rosto, agora! - Karen ordenou brava e depois olhou para o Keith, que estava sentado, se divertindo muito.- E você, nós vamos ter uma conversinha. - Ela disse para ele, que deu de ombros.

–Vamos, antes que você veja a Karen furiosa. - Gabriel me puxou quando eu não me movia.

–Por que? Ela é tão brava assim? - Perguntei quando saímos da sala e estávamos na cozinha.

–Brava? - Ele riu. - Ela é pior que a Camila quando está brava.

–Ainda bem que ela não tem um pavio curto, igual a Camila. - Falei me encostando na parede, enquanto o Gabriel procurava algo, nos armários. - O que você está fazendo? - Observei.

–Procurando o kit de primeiro socorros. - Ele disse.

–Nem precisa, o meu corte não é tão grande assim. - Passei a mão na bochecha para limpar o sangue que escorria.

–Achei! - Ele gritou se levantando e segurando uma caixinha de plástico. - Vêm aqui, eu vou desinfetar o corte. - Ele pôs a caixinha em cima da mesa e pegou uma cadeira, indicando para que eu sentasse.

Nós sentamos e ele pegou um paninho molhado, passando em minha bochecha para tirar o sangue, depois pegou um vidro com umas coisas estranhas escritas na tampa.

–Ai! - Eu gritei. - Que negócio é esse? - Perguntei segurando seu braço, impedindo que ele passasse o remédio.

–É uma pomada feita com ervas e gengibre. - Ele me olhou como se eu fosse estranha, achando graça que eu segurei seu braço com força. - Você tem medo de uma pomada e não da Camila? - Ele riu.

–São duas coisas diferentes. - Respondi. - A pomada me afeta porque, eu preciso dela e não posso evitar, mas a Camila não faz muita diferença na minha vida, então eu posso acabar com ela quando eu quiser. Entendeu?

Ele começou a rir.

–Agora eu entendo porque que o Keith te trouxe aqui. - Ele disse. - Você é diferente. Não tem medo de elfos, que são mais fortes que você e ainda não consegue passar uma pomada?

–Eu consigo passar uma pomada, mas antes eu preciso me preparar mentalmente. - Respondi e ele me olhou engraçado. - O quê? Isso aí é ardido. - Apontei para a pomada.

–Pronta? - Disse após um tempo.

–Sim. Pode passar. - Ele riu quando afirmei.

Eu sabia que o corte estava doendo cada vez mais quando ele passava a pomada, mas por quê?

–Isso arde! - Falei finalmente depois que terminou de fazer o curativo.

–Arde, bom, porque está tirando o veneno. - Ele não sabia o que dizer.

–Que veneno?! - Levantei surpresa.

Kate, não se irrite. - Ele tentou me acalmar. - Na faca tinha um veneno que só a Camila consegue fazer para matar demônios e machucar os humanos. - Ele respondeu.

–E você nem me contou?! - Falei com raiva.

–Bom, se você não passasse a pomada eu até teria te contado, mas você passou e está tudo bem agora. - Ele sorriu fazendo a minha raiva passar, porque era um sorriso doce e inocente. Eu sabia que não era culpa dele. Era a culpa da Camila.

–Eu vou acabar com ela! - Fui em direção á porta da sala.

–Calma! - Ele apareceu na minha frente, igual ao Keith quando aparecia e sumia do nada, me impedindo de passar. - Kate, a Karen está ''cuidando" da Camila e não é preciso que você vá lá ou então é você quem vai ouvir um bom sermão da Karen.

–Por que eu vou ouvir sermão se não fiz nada?! - Respondi.

Gabriel não disse nada e quem falou foi o Keith, que entrou na cozinha.

–Porque foi você quem começou a provocar a Camila, quando você não tem direito de responder. - Ele me olhou enfurecido, se sentando na cadeira. - Entendeu, humana?

–Ótimo, agora sou eu quem levo a culpa?! - Retruquei. - Quem foi que me trouxe aqui?!

–Fui eu e por isso que você vai me obedecer sendo uma empregada, escrava ou qualquer coisa do gênero ou não, você vai ter que me ouvir. - Ele riu. - Ou, você não vai conseguir encontrar sua amiga. Entendeu? - Ele me olhou sério, até eu não conseguir falar nada e revirar os olhos de tão nervosa que eu estava, então não suportei olhar para ele e resolvi sair da cozinha.

–Kate! - Gabriel me chamou quando eu estava abrindo a porta.

–Não me siga! - Ordenei. - Quero ficar sozinha por um tempo! - Falei batendo a porta da cozinha.


Foi essa "faca" que a Camila lançou na Kate.


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Notas finais do capítulo

Bom, se eu demorar duas semanas ou mais para postar um capítulo, é porque estou sem tempo.

Me desculpem pela demora!



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