POV LILY

Acordei no dia seguinte feliz, sentindo o cheiro do James. Foi aí que eu me lembrei, passei a noite com ele, no dormitório masculino. Ai meu Merlim! Quando só tinha a gente nas férias de natal tudo bem, mas agora tinha um monte de gente, o que eles comentariam? Sirius e Remo já haviam acordado, mas não pareciam perceber a minha presença. Nessa hora James acordou dizendo:

- Bom dia Lírio.

E quando ele falou isso Sirius e Remo olharam espantados pra onde estávamos.

- A Lily dormiu aqui? – Perguntou Remo

Fiquei totalmente corada e escondi o meu rosto no peito do James.

- Sim, ela dormiu, algum problema? Não fizemos nada de errado, só dormimos mesmo.

- Ah tá James, vou fingir que acredito – disse Sirius, fazendo James tacar uma almofada nele.

- James – sussurrei quando ele estava levantando e me puxando junto – Eu estou com um pijama meio curto, e não gostaria de mostrá-los aos seus amigos.

- Nem eu deixaria.

Ficamos na cama mais um tempo esperando os garotos saírem, e quando saíram eu me levantei, coloquei um robe que o James me emprestara e fui correndo pro dormitório das meninas, onde elas, já acordadas perguntaram onde eu passei a noite. E quando contei ficaram cheias de segundas intenções na cabeça. Jurei que só dormimos e me arrumei pra mais um domingo na escola. Estávamos perto das provas, então eu tinha que estudar.

Tomei um café da manhã rápido, dei um beijinho no James e fui pra biblioteca cheia de livros.

Já estava estudando por horas e o horário do almoço já estava quase no fim quando decidi parar pra comer alguma coisa. No momento que entrei no salão principal percebi que ele já estava quase vazio, e me sentei junto ao Sirius que ainda estava comendo. Como esse garoto come! A gente conversou um pouco e eu perguntei:

- Você viu o James?

- Não, já não o vejo a horas, pensei que estivesse com você. A gente estava treinando quadribol. Ai ele disse que iria te ver na biblioteca.

-Bem, fiquei lá a manhã inteira e não o vi.

- Então quando acabarmos aqui a gente vai pro salão comunal ver se ele está lá e se não estiver olhamos no mapa.

Concordei e depois de um tempo subimos. A cada corredor que passávamos eu procurava o James, perguntávamos a todo mundo se tinham visto ele. E como ninguém o tinha visto comecei a ficar apreensiva. E se algo tivesse acontecido a ele. Quando entramos no salão comunal o Sirius apertou a minha mão e disse:

- Calma, nós vamos encontrá-lo.

Mas não o encontramos. Sirius foi até o dormitório pegar o mapa e não achou o James lá. Então ele bateu no velho pergaminho dizendo “eu juro solenemente não fazer nada de bom” e ele se abriu mostrando um mapa perfeito de Hogwarts. O procuramos por todos os cantos e não o encontramos, eu já estava desesperada quando o achei perto das masmorras junto de ninguém mais, ninguém menos que Mulciber, Avery, Snape e um outro amiguinho deles, Dolohov. Um garoto do sétimo ano. Tão mal quanto os outros.

- Eu vou lá, e vou chamar o Aluado, vai que ele está precisando da gente.

Ele foi procurar o Remo e eu fui junto. O encontramos rapidamente e eles disseram pra eu ficar no salão comunal, neguei. Não podia ficar parada enquanto meu namorado provavelmente corria perigo!

Fomos correndo e o encontramos ali. Com varinhas em punho Só ouvimos Dolohov dizendo:

- Vamos Potter, é a sua última chance de se juntar a nós de um jeito bom. Você é um bom aluno, e de sangue tão puro quanto deve ser. Não sei por que você se junta àqueles mestiços imundos e aquela sangue-ruim.

- Já disse, acho melhor você pensar infinitas vezes antes de abrir a boca pra xingar a Lily. E eu jamais me juntarei a vocês. Jamais.

- Você pediu, agora vai ser do pior jeito.

Nessa hora Sirius, Remo e eu entramos em cena com varinhas na mão.

- Pontas, esse cara tá te atrapalhando? Vamos dar uma lição nesses sonserinos.

- Não almofadinhas, não vale a pena.

Ai ele se virou e me viu junto aos garotos com a varinha na mão pronta pra atacar.

- Lírio? O que você está fazendo aqui? Vamos embora!

Nessa hora um jato azul estava vindo na direção do James que estava de costas olhado pra mim. Rapidamente lancei um feitiço escudo nele e o James revidou. Mas não muito. Pois disse que precisávamos ir. Pra não perdermos tempo com esses idiotas. Ouvimos ao longe a voz do Snape dizendo:

- Vai se arrepender Potter. Acho melhor você repensar a sua escolha se gostar mesmo dessa sangue-ruim.

Lágrimas começaram a brotar em meus olhos. Eu não era muito de chorar, mas ele realmente me acertou. Sempre fora o meu melhor amigo. E agora virou um monstro. James se virou pra começar a duelar com a raiva estampada em sua cara. Mas eu apenas o chamei e disse pra seguirmos. No meio do caminho pra torre da Grifinória ele me puxou para um canto enxugou as minhas lágrimas e disse:

- Porque você chora por esse imbecil? Não liga. Ele não vale a pena. Eu te amo. É isso que importa. E sempre vou amar.

- Você não entende James. Ele sempre foi o meu melhor amigo. E dói vê-lo me tratando desse jeito. Ele não é assim. Ele não é mau.

Nessa hora não pude evitar as lágrimas, elas escorriam constantemente em meu rosto e eu não conseguia mais disfarçar. James me abraçou e ficamos um tempo assim. Até que, mais calma decidi perguntar:

- Eles estavam te chamando não é? Pra ser um deles. Um comensal da morte. Seguidor de você-sabe-quem.

Ele assentiu e disse:

- Mas saiba que eu jamais vou aceitar. Vou lutar contra eles nem que seja a última coisa que eu faça. Vamos esquecer esse assunto. Venha, vamos passear um pouco.

Fomos pros jardins e acabamos realmente esquecendo todo esse negócio de comensal da morte. Estávamos nos divertindo. O resto do dia foi ótimo. Jantamos com todo mundo e fomos dormir. Dessa vez, cada um em seu respectivo dormitório.