Os dias se passaram e eu e o James estávamos cada vez mais unidos. Estávamos no fim de fevereiro, no dia da final do quadribol. Grifinória contra Lufa-lufa. O time Grifinório não comia nada, estavam nervosos e tensos. Até porque a Lufa-lufa realmente estava boa esse ano, já que seu apanhador era ninguém menos que Amos Diggory, meu ex.

Por isso meu atual estava nervoso, achava que tinha a obrigação de ganhar, de se mostrar superior ao Amos. Esse último que ainda demonstrava ter algum sentimento por mim. Já que sempre que eu não estava acompanhada do James ele ficava me cantando e tentando me fazer terminar com o meu namorado.

Enfim, chegou a tão esperada hora do jogo. Sentei-me nervosa na arquibancada, queria tanto que a Grifinória ganhasse, mas o James estava tão nervoso! Ele nervoso nem sempre dá certo.

POV JAMES

Preparei-me, estávamos entrando no campo e meu coração estava a mil. Eu nunca ficara tão nervoso em um jogo de quadribol, talvez no meu primeiro, mas já fazia tanto tempo. Respirei fundo, ouvi madame Hooch dizer:

- Apertem as mãos capitães! Quero um jogo limpo!

Apertei a mão do Diggory, capitão da Lufa-lufa, com força, e ele retribuiu a força. Dizendo:

- Vou ganhar essa fácil, fácil, pela Lily.

 Ah, aquilo me deu um ódio, a pressão de vencer aumentou ainda mais. Montamos na vassoura, ouvimos o apito e subimos.

O jogo estava indo muito bem. Ganhávamos de 20 a 10, mas a Lufa-lufa jogava bem, bem demais talvez. Mas tínhamos a melhor artilheira de todos os tempos, a Marlene, o melhor batedor, Almofadinhas, e é claro, o melhor apanhador, eu. Nosso time era ótimo, íamos vencer, tínhamos que vencer.

Depois de alguns minutos tentando achar o pomo eu percebi que o placar não estava muito bom. Estava 70 a 30 pra Lufa-lufa, cheguei perto de Marlene apenas pra falar:

- Vamos, você é a melhor, consegue ganhar isso! Tenta melhorar o placar que eu vou achar o pomo o mais rápido possível.

Ela assentiu e continuou o jogo, fez mais um gol, estávamos melhorando. Até que vi um pequeno pontinho dourado muito longe, perto das arquibancadas, perto da Lily. Alias, foi por isso que eu vi o pomo, obvio. Porque sou um idiota apaixonado que em vez de procurar o pomo pra ganhar o jogo fico olhando a minha namorada. Mas dessa vez deu certo. Atravessei o campo com tudo pra chegar ao pomo, mas o Diggory estava mais perto e quando me viu voando muito rápido, também avistou o pomo e correu pra pegar. Inclinei-me mais na vassoura pra ela ir mais rápido. “Pela Lily” pensei, e então eu estava quase do lado dele. Sabia que se ele se esticasse mais pra pegar o pomo ganharia. Mas então fui mais esperto, simplesmente me joguei. E caí com tudo na arquibancada. Tá, talvez nem tão esperto assim, mas eu tinha conseguido, peguei o pomo levando a vitória pra Grifinória. O ruim disso, nem conseguia me mover direito. Mas Lily estava do meu lado, me abraçou e me beijou. Contudo, quando ela se virou pra pedir ajuda pra me levar à ala hospitalar Diggory a pegou em seus braços e a beijou.

De repente tudo ficou vermelho, não podia acreditar na raiva que tomou conta de mim, podia matar a qualquer um agora. Quem esse babaca pensa que é pra beijar a minha Lily? O meu Lírio. Graças a Merlin ela o empurrou longe. Mas no momento em que o vi juntos toda a dor em meu corpo pareceu pouco comparado ao ciúmes e dor no meu coração. Então me levantei, sem ligar pros machucados e dei um soco no Diggory tão forte que o fez cair da vassoura estacionada ao lado da arquibancada. Abracei a Lily e a beijei.

- Você está maluco James? Você acabou de cair na arquibancada, deve estar todo machucado e se levanta assim e joga um garoto de uma altura como essa? Pirou na batatinha? Senta aí, vou buscar ajuda médica urgente para os dois.

- Só tinha que proteger o que é meu, Lírio. E por favor, não vá, fica aqui do meu lado.

- Mas eu só vou chamar ajuda.

- Não precisa ir senhorita Evans. Venha, vamos levar o senhor Potter pra enfermaria – Disse Dumbledore acompanhado da professora McGonagall.

Lá, Lily não saiu do meu lado nenhuma vez pra minha felicidade. Fui liberado a noite com uma detenção. Mas valeu a pena. Lily me ajudou a andar, pois estava mancando um pouco, e fomos pra torre da Grifinória, me deixou na porta do dormitório masculino e estava indo quando a puxei:

- Meu Lírio, não vai me ajudar a subir? Estou incapacitado.

Ela revirou os olhos. Ai, ai, como ficava linda fazendo aquilo. Ela me acompanhou até a porta silenciosamente, já que os garotos estavam dormindo, me deu boa noite e me beijou. Estava indo embora quando a chamei:

- Lírio, fica aqui, dorme comigo, por favor. Os garotos não vão se incomodar. Por favor.  – E fiz a minha melhor cara de cachorrinho sem dono. Ou melhor, cervo sem dono.

- James, preciso ir, tomar banho, trocar de roupa...

- Mas vem depois?

- Quem sabe?

Tomei um banho rápido e necessário, coloquei a minha calça que uso pra dormir quando não está muito frio. Isso mesmo, sem camisa. Não acreditava que meu amor realmente iria vir. Ela sempre cumpria as regras. Mas quando retirei meus óculos, vi a porta abrir, então os coloquei novamente apenas pra vê-la.

Ela usava um pijama, digamos assim, curto. O short era muito pequeno e a blusa aparecia um pouco da barriga sexy dela. Ai, como ela estava linda.

Ela veio em minha direção calmamente pra não acordar ninguém, e quando reparou que eu estava sem blusa arregalou os olhos olhando na direção do meu abdômen.

- Que foi Lily? Perdeu alguma coisa aqui?

- Idiota!

Ela se deitou ao meu lado, me beijou e deu boa noite.

- Boa noite meu lírio.

Dormi muito abraçado com ela. E tive ótimos sonhos. Foi um longo dia. Nada melhor do que terminar com o amor da minha vida.